sexta-feira, 31 de julho de 2009

Taticas de Guerra

Texto: Jr. 17:7-8

INTRODUÇÃO: Após entrar em contato com a realidade da alta cúpula do Satanismo - a Irmandade - muitos vêm com perguntas sobre o que devem fazer para resistir ao diabo. Mais espe¬cialmente, o que fazer para identificar os Satanistas e lu¬tar contra aquilo que está por trás deles.

O objetivo principal deste estudo é lançar as bases da resistência espiritual através do conhecimento das armas da nossa Guerra.

Sem esse entendimento - que é fruto direto de compro¬misso com o Senhor - não pode haver resistência, nem vitória.
A maioria das pessoas está acostumada às "receitas de bolo" no que diz respeito à Batalha Espiritual. Neste senti¬do tememos decepcionar alguns, pois não existe tal receita. E preciso desmistificar alguns destes conceitos, e introdu¬zir novos, para que o exército de Deus esteja apto para o confronto.
Entendam o seguinte através de um exemplo simples-, um lutador de boxe tem que zelar por todo um conjunto de práticas para obter o máximo da sua performance, não é assim?
Ele tem que ter resistência física (muscular), capacida¬de aeróbica, conhecimento técnico. Uma boa alimentação. Tem também que praticar o que aprendeu. Tem que estar subordinado a um bom treinador. Estar disposto a corrigir os erros. Além de muita disciplina e força de vontade.
Da mesma maneira, o "lutador espiritual", o soldado de Cristo, o Guerreiro da Luz, também precisa entender que há todo um CONJUNTO de características a serem leva¬das em conta.
Neste livro vamos ver que conjunto de características são estas, desenvolvendo alguns temas que são da maior relevância no contexto da Guerra.
A vitória é nossa, sim!
Pois "sabemos que o Senhor é grande, e que o nosso Deus está acima de todos os deuses. Para isso se manifestou o filho de Deus, para destruir as obras do diabo. Jesus já despojou principados e potestades, os expôs ao desprezo e triunfou por meio da obra da cruz. Jesus é o cabeça da Igreja e também de todos eles, colocou-os debaixo de seus pés e deu autoridade a nós, à Igreja, para fazermos o mesmo. As portas do Inferno não prevalecerão contra a Igreja"! (51. 135:5 ; I Jo 3:8 ; Cl. 1:15-18 ; Cl. 2:10,15; Hb. 10:13 ; Mc. 16:17-18 ; Mt. 16:18).
No entanto, raciocine conosco.... deixe que o próximo capítulo lance novas luzes sobre este assunto.






A REALIDADE DA INTENSIDADE DA GUERRA

É claro que as lutas que estamos vivendo hoje, no final dos tempos, - e as que virão a seguir - são totalmente ímpares. Afinal, o príncipe deste mundo aproxima-se do seu momen¬to de apogeu.
Isso deve acontecer antes que ele seja destruído. Pois durante algum tempo Satanás deverá reinar sobre a terra através do governo do anticristo. E este tempo está próxi¬mo! (Dn. 7:19-27 ; Dn. 8:23-25).

Perceba que embora tenhamos as promessas de vitó¬ria, a verdade é que Deus nunca disse que antes da vitória não existia a Guerra!!!

Antes de possuir a Terra... há que lutar! Naturalmente, A GUERRA É REAL.
Se você não crê que ela existe este estudo não é para você.
Paulo escreve na carta aos Efésios: "A nossa luta não é contra sangue ou carne, mas contra principados, potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais da maldade nas regiões celestes" (Ef. 6:12).
"Luta" quer dizer confronto. Quer dizer combate!
Nós não devemos dar maior ou menor ênfase a este as¬sunto do que daríamos a qualquer outro. Mas, sim, ajusta e merecida atenção a fatos que são inegáveis. Porque - quer queiramos ou não - já aprendemos que o Cristão tem inimigos reais que querem o seu mal acima de qualquer outra coisa. Defrontamo-nos aqui com uma verdade espiritual clara e concreta, tão verdadeira quanto qualquer outra da Bíblia.
E interessante notar que na carta aos Efésios Paulo tra¬ta de diversos assuntos referentes ao dia a dia do Cristão. O último assunto da epístola faz menção à Batalha Espiritu¬al, e o apóstolo inicia com a expressão "quanto ao mais, ir¬mãos, (...)", ou seja, "além disso tudo". Essa expressão de¬monstra que a Batalha Espiritual também faz parte do dia a dia e da realidade do Cristão da mesma forma que os assun¬tos anteriormente tratados.
"Nossa Luta" quer dizer que ela envolve a todos. Não ape¬nas os "mais espirituais", ou os "menos espirituais". Paulo se dirige "aos irmãos", isto é, o assunto abrange toda a Igreja.
Já dissemos que muitos não crêem na realidade da Guerra Espiritual. Mas hoje estamos aqui para aprender o que a Bíblia d\z. Se Paulo fala acerca de uma Guerra, é porque ela existe. Ninguém fala do que não é real.
Ainda no versículo 12 Paulo acrescenta mais detalhes acerca da natureza desta Batalha, mostrando aonde ela ocor¬re. "Nas regiões celestes". Mas o que são as regiões celes¬tes? Este termo está fazendo referência ao mundo celestial, ao reino espiritual. Ele existe de fato! Como compreender melhor como "funciona" o reino espiritual?
Por exemplo: o mundo que conhecemos, este nosso rei¬no físico, humano, nossa Terra, é regida por leis que cha¬mamos de "LEIS DA NATUREZA", ou naturais. O nosso mundo funciona do jeito que funciona por causa delas. As¬sim, uma pedra jogada para o alto volta por causa da lei da gravidade; um tronco incendiado vira cinzas porque a rea¬ção de combustão transformou a sua massa em energia térmica e luminosa; as estações do ano vem e vão, por cau¬sa da translação da Terra em torno do Sol. E assim por diante.
No entanto.........."Deus é Espírito" (Jo 4:24). Sabemos que, no princípio, o "Espírito de Deus pairava sobre as águas" (Gn. 1:2). Ora! O Espírito que paira sobre as águas não está sob ação de nenhuma lei conhecida no mundo terrestre!
Ao longo da Bíblia há outras evidências claras do Reino Espiritual. Diz que o "além e o abismo" estão descobertos aos olhos de Deus (Pv. 15:11). No Livro de Jó Deus lhe per¬gunta sobre o mundo do além, sobre "as portas da morte, as portas da região tenebrosa", e sobre onde seria a "morada da luz e das trevas" (Jó 38:17,19).
Em Apocalipse menciona-se sobre os gafanhotos que sai¬rão do abismo sob a liderança de Abadom (Ap. 9:2-3,11).
O próprio Jesus diz que "vai para junto do Pai", mas os discípulos ainda permanecem no mundo; embora não sejam "cidadãos deste mundo", como acrescenta Paulo. Jesus tam¬bém fala na "casa do Pai, onde há muitas moradas" (Jo 16:5,17 ; Jo 17:14 ; Jo 14:2).
As leis que regem o Reino Espiritual são muito diferen¬tes das Leis do Reino Físico. E impossível explicar pelas vias naturais como foi a ressurreição de Lázaro, como se multi¬plicaram pães e peixes, ou como se deu a travessia pelo Mar Vermelho!
Em outras palavras, vemos que existe uma outra "di¬mensão", regida por outras leis, invisível aos nossos olhos, mas que é real e habitada por seres espirituais, tanto bons ("céus", "Casa do Pai"), quanto maus ("além", "abismo").

Conclui-se então que: a Batalha Espiritual é uma reali¬dade que nos envolve a todos, origina-se nesta dimensão Espiritual que é regida por outras leis e habitada por ou¬tros seres, mas reflete-se no mundo físico e nos envolve enquanto seres humanos. Lembram-se do exemplo de Jó? Ele estava enfrentando uma Batalha Espiritual, embora não soubesse. Foi o próprio diabo que pediu permissão a Deus para atacar sua vida. Começou no Reino Espiritual, mas as conseqüências foram físicas.

Já que estamos falando em Reino Espiritual e "seres espirituais"..... vamos adiante:
Observando ainda Efésios 6-12, a luta não é contra "san¬gue e carne", isto é, seres humanos. Contra quem lutamos então?
Versículo 11: o diabo.
Versículo 12: principados, potestades, dominadores, for¬ças espirituais da maldade.


1) O DIABO
General do exército inimigo. Seu caráter é o pior possí¬vel, sua crueldade não tem parâmetros. Observe alguns dos seus adjetivos: "pai da mentira", "destruidor", "ladrão", "ho¬micida", "o que procura devorar como leão", "o que vem pe¬cando desde o princípio", etc, etc, etc
No versículo 11 Paulo fala das suas "astutas ciladas", ou seja, toda sorte de armadilhas. E não sejamos simplistas em achar que as ciladas do diabo consistem em cavar um buraquinho e cobri-lo com folhas. Se dependesse dele ne¬nhum buraco seria tão fundo quanto ele gostaria.
O diabo tem poder. Não é comparável ao Poder de Deus, mas ele tem poder. E inteligente, mais do que qualquer ser humano poderia ser.
Se Jesus, e Paulo, e João falaram tanto acerca do diabo, sua atuação e, principalmente, a atuação no final dos tempos (que é agora!)... é porque queriam chamar nossa atenção para isso. Se possível fosse, até os eleitos seriam enganados. (Mt. 24:4-5,9-11,15-26 ; II Ts. 2:3-12 ; I Jo 2:18-23 ; Ap. 13:1).

2) O EXÉRCITO INIMIGO
O diabo não trabalha sozinho porque não é onipresente, onipotente e onisciente como Deus. Neste texto Paulo dis¬crimina os principais níveis da rede hierárquica demoníaca.
• Principado: quer dizer "Aquele que tem dignidade de Príncipe", Autoridade Imperial. Também é um termo utilizado para fazer referência ao Território sob o domínio de um Príncipe. São demônios ligados ao go¬verno e domínio de regiões inteiras do Globo Terres¬tre, mais especificamente Norte, Sul, Leste, Oeste (aspecto não ligado ao texto, mas a outras referênci¬as). São em número não elevado e muito poderosos; os mais poderosos abaixo do próprio diabo.
• Potestade: termo também associado a Poder, Potên¬cia, Força. Refere-se a entidades que são príncipes de Nações (e não mais regiões extensas do Globo). São em número muito maior mas decrescem um pou¬co em poder e independência.
• Dominadores e Hostes Espirituais: os primeiros co¬mandam os últimos: militarmente falando, os dominadores seriam algo como tenentes ou sargen¬tos. E o grande contingente do exército são os solda¬dos (hostes). Estes crescem absurdamente em nú¬mero e não são mais responsáveis por Nações. Não são mais demônios territoriais. No caso, os dominadores seriam governantes de cidades, bairros, regiões menores. As hostes malignas teriam atuação mais a nível individual.
Obs. Apenas no que diz respeito à Irmandade os Principados e Potestades teriam influência direta e "aliança" com pessoas.

Por que Paulo se dá ao trabalho de esmiuçar esta rede hierárquica?

Basicamente para deixar bem claro que existem intensidades diferentes de ação demoníaca e, consequentemente, níveis diferentes de Batalha! A Igreja de Cristo no Brasil está mais acostumada aos demônios do baixo Espiritismo, da Umbanda, Quimbanda e Candomblé. Não são demônios de patente elevada. Todo mundo já ouviu falar em exús, pomba-gira, tranca-rua, etc... não é assim?
Mas dificilmente entramos em contato direto com de¬mônios como Leviathan, Astaroth, Belzebú, por exemplo. A luta contra eles é muito diferente e requer outro tipo de preparo.
E tempo da Igreja preparar-se para confrontos mais elevados porque quem se deparar com a Irmandade, certa¬mente também irá deparar-se com Principados e Potestades. E o confronto com esta casta de demônios é algo que nor¬malmente não compreendemos ainda. E uma Guerra de nuances especiais, e vai muito além das "corriqueiras".
Portanto, esta Introdução tem por objetivo dar o aler¬ta: não menosprezemos o inimigo! Este é o pior jeito de começar qualquer confronto. Antes busquemos de Deus a postura correta, a visão verdadeira! Não fiquemos nem aquém... e nem além... do necessário.

Existe uma boa maneira de começar. Vamos abordar os diversos aspectos da vida de um Guerreiro de Cristo?
Como já mencionamos anteriormente, são vários os aspectos a serem levados em consideração. E todos eles são importantes!



















SANTIDADE I

• SANTIDADE: Atributo divino que consiste na ausên¬cia, em Deus, da mais insignificante imperfeição. Esta¬do de perfeição a que são chamados todos os homens.

• SANTO: Bem-aventurado; eleito que vive conforme a Lei de Deus. Que cumpre com todo o escrúpulo, com a maior exatidão seus deveres religiosos e morais. Com o caráter de Santidade. Indivíduo de vida exem¬plar e de conduta irrepreensível.

1) FALEMOS PRIMEIRO DA SANTIDADE DO SENHOR
"Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo Poderoso, que era, que é e que há de vir" (Ap. 4:8 ; Is. 6:3).
A Palavra também nos diz que "Não há Santo como o Senhor" (I Sm. 2:2). Ele é até nomeado como sendo "O San¬to" (Pv. 9:10 ; Is. 43:14-15 ; Ap. 16:5).
Há inúmeros textos que fazem menção à Santidade do Senhor nos seus diversos aspectos (Ap. 15:4 ; Ex. 15:11; SI. 47:8 ; Ez. 36:20-23 ; SI. 99:3).
Às vezes o Senhor pode destruir em nome da Sua Santi¬dade (Lv. 10:1-3 ; Ez. 38:16,22-23).
Outras vezes, Ele jura por ela, como fez com Davi (SI. 89:3-4,20-21,34-35).
Podemos depreender que boa parte da essência do cará¬ter de Deus é a Santidade.
É muito mais fácil nos lembrarmos do Senhor como sen¬do o Deus de Amor, o Deus da Paz, o Deus das bênçãos. E Ele o é, de fato. Mas mais raramente observamos simples¬mente que Ele é Santo...
O Seu Poder, a Sua Autoridade, a Sua Fidelidade, o Seu Amor e Justiça, a sua Palavra....! O Seu Nome é Santo, o Seu Trono é Santo, a Sua Justiça é Santa.
Podemos dizer que tudo o que Deus E, e tudo o que Ele tem em Si mesmo, e tudo o que Ele expressa por meio de atitudes... está como que "mergulhado" nesta Santidade. Tudo vem carregado dela, recendendo a ela.

Se Deus é capaz de jurar pela Sua Santidade é sinal de que ela é grande e forte o suficiente para servir de "selo" do juramento.

2) O SEGUNDO ASPECTO: SEMPRE QUE DEUS PRE¬TENDIA UTILIZAR-SE DE ALGO...
Primeiro Ele santificava este "algo". Por exemplo, o Se¬nhor santificou:
O sétimo dia (que seria Dele): Gn. 2:3 ; Ex. 20:8-11
O óleo, o Tabernáculo e seus utensílios: Ex. 30:22-38 ; Ex. 40:9-11
Os Sacerdotes: Ex. 28:41 ; Ex. 29:44
O Templo: I Re 9:3
Israel: Ex. 29:43 ; Ez. 37:28 (futuro)
Os Discípulos: Jo 17:16-20
A Igreja: Ef. 5:26-27
A Noiva (a Nova Jerusalém): Ap. 21:2,9

Começam a entender aonde queremos chegar? A Bíblia é muito clara em dizer que:

3) NÓS TAMBÉM DEVEMOS SER SANTOS!
Observe alguns textos: Lv. 19:2 ; Lv. 11:44-45 ; Lv. 20:7 ; II Co 6:16-17 ; I Pe 2:9 ; Hb. 12:10,14.
E fácil compreender que Deus espera de nós a santidade. Isso é tão importante que não haveria nem necessidade de men¬cionar. E claro que sem santidade fica difícil ser usado por Deus.
Santidade em todos os aspectos da vida Cristã. E inclusive na Guerra. Não há como ir adiante sem falar bastante sobre isso.
Assim como a Santidade do Senhor vem do Seu âmago, da Sua essência, do mais profundo do Seu Ser... e se mani¬festa por meio dos Seus atributos e padrões de conduta.... o mesmo deverá acontecer conosco. Santidade não é santi¬dade de fato se o for apenas na letra.
Já entendemos que Deus espera de nós - e requer - um padrão de santidade. Mas muitas vezes esta nossa santida¬de tem sido apenas uma "capa externa", farisaica, nada além de mera fachada para constar. Para ostentar. Apenas.
Isto está acontecendo porque esta santidade nasceu na alma. E fruto da alma. Esforço da carne. Produto da mente.-
Não é resultado direto da transformação do Espírito Santo. Não nasceu no íntimo do coração. Não mudou a es¬sência. Estamos brincando de "faz-de-conta", e muitas ve¬zes enganando-nos a nós mesmos!
E isso não podemos sustentar por muito tempo... (Tg. 1.22).
A verdadeira santidade tem que vir do Trono de Deus e encontrar eco no nosso espírito, num coração manso e hu¬milde que está disposto a pagar o preço de dar liberdade ao mover do Espírito Santo (Rm. 8:13).

E essa santidade que nasce de dentro para fora tem que expressar-se por meio de atitudes.

Quando Deus diz para nos tornarmos santos em todo o nosso procedimento, está justamente querendo dizer isto: para expressarmos a santidade em atitudes palpáveis (I Pe 1 15-16 ; I Ts 4:3-8 . II Co 7:1 , Ef. 1:4,12).
O processo de santificação é individual. E vem como fruto de um relacionamento com Deus, onde o Espírito Santo é capaz não somente de comunicar o que quer, mas também tem o direito de agir no sentido de nos auxiliar na mudança. Porque este processo de santificação também é "duplo", isto é, o Senhor nos santifica, mas nós nos santificamos também.
Ou seja: Deus efetuará em nós tanto o querer como o realizar, mas vamos entender isso! Nada de recitar versículos. Certamente Deus fará a Sua parte, mas a nossa parte é querer que Ele aja! Existe um empenho que é huma¬no, uma busca que é nossa. E aquilo que devemos fazer, Deus não o fará por nós.
Esforcemo-nos, portanto! Se há alguém capaz de impe¬dir o mover do Senhor em nossas vidas, somos nós mesmos.

Voltemos um pouco ao contexto da Guerra.
O texto Bíblico nos diz que devemos resistirão diabo para que ele fuja de nós. Mas quase todo mundo esquece da primeira condição para que a resistência seja eficaz: estar sujeito a Deus! (Tg. 4:7).
Ou seja, sem estarmos sujeitos a Deus não podemos re¬sistir ao diabo. E é óbvio que ele não vai fugir!
No livro de Tiago o contexto imediato nos diz um pouco mais sobre o que ele considera sujeição: amor a Deus, e não ao mundo. Purificação. Limpeza de coração e mente. Fideli¬dade (Tg. 4:1-4).
Em outras palavras: a sujeição é diretamente proporcio¬nal ao processo de santificação. Como pode haver sujeição sem santidade?

Verificamos que existe uma certa dificuldade em fazer com que este processo aconteça.
Os muros que colocamos no gráfico anterior demons¬tram que este não é um processo que vai acontecer natural¬mente na sua vida, isto é, existe um esforço a ser empenha¬do a fim de transpor as dificuldades que o homem natural vai enfrentar para alcançar a santidade e, mais ainda, para expressá-la!

4) QUAL É O MAIOR OBSTÁCULO AO DESENVOLVER DA SANTIDADE?
Certa ocasião perguntaram a Jesus qual seria o maior dos mandamentos, ao que Ele respondeu: "Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de todas as tuas forças" (Mc. 12:30).
O principal problema em não nos submetermos ao pro¬cesso de santificação é porque não amamos o Senhor o sufi¬ciente. A santidade que vamos desenvolver - ou não - é di¬retamente proporcional ao amor que temos pelo Pai.
Afinal, em outras palavras... vida de santidade é uma vida de mortificação da carne. As obras da carne são diametralmente opostas às obras do espírito. E nada é tão duro quanto mortificar a carne. E uma luta tão ferrenha, ou até mesmo mais terrível do que ir contra todo o exército das Trevas!
Ir contra satanás é uma coisa... ir contra si mesmo e contra os impulsos do nosso eu é outra muito diferente. Muitas vezes teremos de ir contra nossos desejos. Vonta¬des. Ideais. Planos e projetos de vida. Formas de pensar e viver. Tradições. Heranças familiares.
É algo que temos que fazer voluntariamente! E só mesmo pelo Espírito de Deus para nos dispormos a isto! (Rm. 7:14-25 ; Rm. 8:9-11 ; Gl. 5.16-25).
As vezes, por amor a Deus você deixará de lado muitas coisas (Jo 14:15,21 ; I Jo 2:15-16 ; I Jo 4:16). O amor cita¬do em Marcos 12:30 deve ser mais forte do que tudo! Não estamos dizendo que isto é fácil... mas deve ser o nosso alvo.
A verdadeira santidade r\ão acontece sem amor profun¬do a Deus. Sem adoração. E preciso prostrar-se diante do Trono, em completa rendição. E diante do Rei dos Reis te¬mos que escolher o caminho certo. O Amor é prático!














SANTIDADE II

A Fé sem obras é morta(Tg 2: 17,20,26). Do mesmo jeito, a santidade que não se expressa nada é além de pura Teologia.
Muitas são as características do verdadeiro Cristão. Mas não vamos aqui colocar um jugo sobre o povo de Deus.
Nós sabemos - e Deus também sabe - que o processo de santificação não acontece do dia para a noite. Pode levar uma vida toda! E a perfeição nós não iremos atingir, nem nesta vida, nem nesta Terra. Mas somente quando nos fo¬rem dados novos corpos, novos céus e nova terra!
Maranata!
Mas a questão é a seguinte: nós não devemos estar con¬formados com o pecado. Pelo contrário. Uma coisa é estar¬mos tentando com todas as nossas forças alcançar a santi¬dade em tudo... e ainda assim falharmos. Outra coisa é rela¬xarmos: "Ah, não consigo mesmo!". E continuarmos pecando (Hb. 10:26-31 ; Rm. 6:1-2,12-16).
O pecado voluntário e consciente é um perigo!

O pecado, como diz o texto, é "sobremodo maligno" (Rm. 7 13). Corrói como câncer, e devastará a sua vida se não for tratado como deve.

Muitas vezes o tratamento tem que ser radical, exatamen¬te como faríamos com um tumor que está crescendo dentro do organismo. Somente uma cirurgia ampla associada a um trata¬mento agressivo poderá interromper o processo da doença que levará à morte. Não adianta tomar remédio via oral.
As vezes, quando estamos "sofrendo de certos pecados", nossa tendência humana é querer que Deus também nos dê apenas um "remedinho via oral". Quando o tratamento efi¬caz - e que nos livrará do pior - é uma extensa, dolorosa e assustadora cirurgia!
Por mais difícil que possa ser esse tratamento, nosso consolo e certeza é que o Médico dos médicos jamais falha¬rá. E um dia esse tratamento chegará ao fim! Então estare¬mos definitivamente libertos de pecados que nos assolam e acorrentam, tornando-nos vulneráveis ao diabo.
Porque certamente estas áreas não trabalhadas das nos¬sas vidas serão um prato cheio para a atuação dele.

Creia nisso: ele vai nos atacar sempre aonde somos fracos e vulneráveis. Na nossa carnalidade. Nunca aonde somos fortes e Cristo triunfa em nós!

A Bíblia diz que podemos "dar lugar ao diabo" (Ef. 4.27). Damos lugar aonde há pecado. Quem continua na prática do pecado "procede do diabo" (I Jo 3:6-10).
Portanto é preciso que olhemos de frente para as nossas falhas. E partamos para a conquista das deficiências. Não podemos dar lugar ao diabo.
O texto de Hb. 12:4 fala em "resistir até ao sangue" na luta contra o pecado. Isso mostra que temos que estar dis¬postos a uma luta de unhas e dentes, com todo o nosso ser e vontade, para resistir ao pecado.
Para resistir aos impulsos da carne muitas vezes a dor e agonia de alma serão muito grandes. Haverá sofrimento in¬terno e angústia.
Temos que confiar que Deus é Aquele que sabe o que é melhor, não podemos continuar decidindo a nossa própria vida sem pedir os conselhos do Pai. Pois "enganoso é o cora¬ção, mais do que todas as coisas, e desesperadamente cor¬rupto, quem o conhecerá? (Jr. 17:9).
Para que você conheça melhor o padrão de conduta que Deus espera dos Seus filhos, dê uma checada nas "listas" que aparecem em praticamente todos os livros do Novo Testamento. Elas vão orientar o Cristão em qualquer tipo de situação.
Observe-as, e seja sincero com você mesmo. Façamos um apontamento das nossas falhas à luz da Palavra de Deus e passemos a buscar o Auxílio que vem do Alto para assemelharmo-nos mais a Cristo naquilo em que ainda não somos semelhantes.
Será impossível que leiamos estes textos e não tenha¬mos, pelo menos, o desejo de reformular as nossas vidas!!!
Cada passo dado, cada mudança de conduta, cada vitó¬ria será uma porta a mais fechada na sua vida, uma tranca a mais, uma defesa a mais... contra as astutas ciladas do diabo.
"Portanto, todo aquele que ouve estas minhas palavras e as pratica, será semelhante ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha. Desceu a chuva, trasbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa; con¬tudo, ela não caiu, porque estava edificada sobre a rocha" (Mt. 7:24-25).

1) AS "LISTAS"
• Mt. 5:16,19,23-24,27-32,37,42,44,48 , 6:1-8,14-21,24-34 . 7:1-5,12 ; 10:24-25,32-33,37-39 ; 12:30-32.36-37 , 16.24-25 ; 18:4-9.15-17 . 19.9; 20:26-28 ; 23:2-3 ; 24:42

• Rm 12 . Rm 13 , Rm 14 ; 15: 1-3,5-7 . 16:17-18

• I Co 1:10 , 4:6-7 . 5:1-2,6-13 ; 6:1-6,9-10,12,16-20 ; 1 Co. 7 , 8-9,12 ; 9:26-27 ; 10:04,19-21,31-33 ; 11:1,27-34 , 12:27-31 ; 13:3-7 ; 14:1,3,13-15,26-40 ; 15:33-34,58 ; 16:13

• II Co 6:14-18 ; 9:6 9 : 13:1,11

• Gl. 5:16-26 ; 6:1-10

• Ef. 4:17,22-32 ; Ef. 5 ; 6:1-11

• Fp. 1:27-28 ; 2:1-4,14-16 ; 3:13-14 ; 4:4-6,8-9

• Cl. 2:6-8 ; Cl. 3 ;4:1-6

• I Ts. 4:1-12 ; 5:6-8,11-23

• II Ts. 3:4-15

• I Tm. 2:1-3,8-15 ; 3:1-12 ; 4:4-5,7,11-16 ; I Tm. 5 ; I Tm. 6

• II Tm. 2:1-7,14-26 ; 3:1-11,14 ; 4:1-5

• Tt. 1:5-9 ; 2:1-15; 3.1-11

Fm.: uma súplica de Paulo a Filemon em favor de um escravo fugitivo, Onésimo. Incentivo ao per¬dão.

• Hb. 5:11-14 ; 10:22-26,38-39 ; 12:1-2,14-15 ; 13:1-9,15-19

• Tg. 1:2-8,12,19-27 ; 2:1,8-9,12-17,20 ; 3:1-2,8-18 , 4:4,7-12,17 ; Tg. 5
• I Pe 1:13-17,22 ; 2:1-3,11-20 ; 3:8-11,15-17 ; 4:2,7-11 ; 5:1-9

• II Pe 1:5-10; 3:14,17-18

• I Jo 1:6-9 ; 2:3-6,9-11,15-17,28-29 ; 3:4-7,9-10,14 24 ; 4:7-8,20-21 ; 5:2-3

• II Jo 8-11

• III Jo 11

• Jd. 20-21

Que façamos bom uso das orientações da Palavra!!!













CONSEQUÊNCIAS DA VIDA DE SANTIDADE

Ao procurarmos agradar a Deus em todas as áreas da nossa vida, começamos a colher os frutos desta entrega. Estes são alguns deles:

1) OBEDIÊNCIA:
A melhor coisa que pode nos acontecer é aprender a obedecer! Deus nos levará ao centro perfeito da Sua vonta¬de, e este é o melhor lugar para estarmos. O centro da vontade de Deus - lugar atingido apenas pela obediência e pela sujeição - é o lugar aonde as coisas acontecem!. Obe¬decer = fazer a vontade de Deus, e não a nossa.
Neste ponto seremos de fato chamados amigos de Deus, como foi Abraão, que não fez a sua própria vontade, mas obedeceu ao Senhor, entregando Isaque.

2) EXERCÍCIO DA FÉ:
Neste ponto a intimidade com o Senhor será forte e nos levará naturalmente a exercer a fé que remove montanhas, a fé que trás o invisível ao mundo visível, porque teremos aprendido a pedir em conformidade com o Espírito Santo.

3) SOBRENATURAL DE DEUS:
Neste ponto provaremos do sobrenatural de Deus em nossas vidas, no nosso dia a dia.
Na provisão, na proteção, no discernimento espiritual, no contato com anjos, etc. Teremos paz... mesmo em tem¬pos de luta! O sobrenatural de Deus é fruto do alinhamento com a vontade de Deus.

4) AUTORIDADE CONTRA O INIMIGO:
E também, este é o ponto em que mais autoridade contra o inimigo nós teremos. O Salmo 91, por exemplo, promete o livramento contra nossos adversários de diversas formas (SI. 91:3-8,10-13). Mas a condição para tal livramento é "ha¬bitar no esconderijo do Altíssimo, e descansar à sombra do Onipotente (...), fazer Dele a nossa morada, o nosso refúgio e baluarte, com confiança (Sl 91:1-2,9,14-16). É preciso ape¬gar-se a Ele com amor e conhecer o Seu Nome para obter o livramento, a salvação e a glorificação do Senhor. Não con¬fiamos em quem não conhecemos. A confiança vem da comu¬nhão, da intimidade, do relacionamento! Isso quer dizer que jamais entraremos no esconderijo do Altíssimo sem conhecê-lo, jamais a Sua sombra estará sobre nós, se nós escolhermos estar longe Dele! Nunca Ele nos será refúgio e baluarte... se não o obedecermos! Como fazer do Senhor a nossa morada sem estarmos sujeitos aos princípios da Sua Palavra???

Enfim: E preciso rever, rever, rever o nosso Cristianismo! As promessas existem, mas há condições para que se cumpram em nossas vidas. Como reivindicá-las sem fazer a nossa parte?
Deus é Deus de Misericórdia e Graça, que tem prazer em nos auxiliar. Mas no que diz respeito ao confronto com as Trevas (e o Salmo 91 está falando de um confronto) não aconselhamos ninguém a reivindicar promessas sem antes reformular e rever as bases do seu compromisso com Deus.

Deus nunca quis que andássemos sozinhos.
Trouxe Eva para Adão; companheiros para Moisés, Josué e Davi. Eliseu para Elias; Barnabé para Paulo. Paulo para Ti¬móteo. Até Jesus teve os seus doze discípulos! E antes da sua crucificação, Ele orou ao Pai sobre a futura Igreja, para que "todos fossem um, para que o mundo cresse que Jesus veio ao mundo, e amou o mundo (Jo 17:20-23).
Em Eclesiastes lemos o texto: "Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho; porque se caírem, um levanta o seu companheiro; ai, porém, do que estiver só. Porque caindo, não haverá quem o levante. Tam¬bém se dois dormirem juntos, eles se aquentarão, mas um só como se aquentará? Se alguém quiser prevalecer con¬tra um, os dois lhe resistirão; o cordão de três dobras não se rebenta com facilidade" (Ec. 4:9-12).
Nos dias de Salomão este já era um princípio de sabe¬doria. Nos dias de hoje certamente não haverá de ser di¬ferente.
Deus espera que Sua Igreja viva debaixo dos princípios de Unidade. E é impossível falar de Unidade sem falar de Alianças. Esta é uma palavra que temos tratado de forma leviana.

1) O QUE E UMA ALIANÇA?
Uma aliança é mais do que um relacionamento; é mais do que uma amizade.
Veja só: alguns relacionamentos e amizades que pode¬mos encontrar na vida acontecem naturalmente a nível de alma', isto é, o envolvimento é fruto da semelhança de per¬sonalidades ou de objetivos comuns. Outras aproximações podem acontecer puramente de forma egoísta, onde o in¬teresse maior é a satisfação de si mesmo, do próprio de¬sejo do coração. A ênfase não está no dar, mas no receber (Pv. 19.4).

A aliança verdadeira, no entanto, pressupõe, antes de tudo, um vínculo espiritual cuja maior expressão é o amor (não é apenas um vínculo de almas).

Falamos antes sobre o amor a Deus, e como este nos ajudaria a desenvolver uma vida de santidade e obediência. Mas Jesus colocou um segundo mandamento, semelhante ao primeiro, que era "amar ao nosso próximo como a nós mes¬mos. Não há mandamento maior do que estes" (Mc. 1231).
Aqui está a chave para uma vida harmoniosa dentro do Corpo de Cristo. O amor. Novamente.
Da mesma maneira que uma vida de santidade, sujeição e obediência não acontece sem verdadeiro amor a Deus, nós também nunca usufruiremos de alianças verdadeiras sem amor genuíno ao próximo (Jo 15:12,17 ; I Jo 3:14,23 ; I Jo 4.7-8,11-12,19-21).
Este tipo de amor tem uma raiz espiritual. Somente o novo homem é capaz de exercê-lo. "Nós amamos porque Ele amou primeiro"!
Normalmente as verdadeiras alianças são aquelas que resistem ao furor das lutas, dos dissabores da vida, dos desertos áridos que vez por outra nos assolam.
A presença do amigo é de importância fundamental es¬pecialmente nas horas mais duras (Pv. 17:17 ; 18:24). Aqui o termo "amigo" quer dizer muito mais do que uma amizade qualquer; trata-se de uma aliança entre duas pessoas, e é tão forte que um não abandona o outro em hipótese alguma!
Qualquer amizade que não envolva verdadeiro compro¬misso de um com o outro não se encaixa nas definições que temos visto até então.

2) VAMOS VER ALGUNS TIPOS DE ALIANÇAS?
Ainda que toda aliança pressuponha o elo de amor frater¬nal, a nível de definição, podemos diferenciar alguns tipos. Por exemplo:

Há alianças de amor puro, alianças de autoridade, alianças ministeriais, alianças de fidelidade, alianças de amizade. E alianças de Guerra!

As alianças de amor puro podem ser aquelas que aconte¬cem entre marido e mulher.
As de autoridade se dão entre pastores e ovelhas, por exemplo, ou entre pais e filhos. Ou como foi Moisés para com o povo de Israel.
Um exemplo de aliança de fidelidade foi a de Davi com Mefibosete (filho de Jônatas), ou como aquela entre Rute e Noemi.
Uma das mais bonitas alianças de amizade aconteceu com Davi e Jônatas. Alianças ministeriais foram aquelas entre Elias e Eliseu, por exemplo, ou entre Paulo e Barnabé. Ou entre os doze discípulos.
Houve alianças de Guerra entre Davi e os seus valentes; o mesmo entre Gideão e os trezentos homens.
Entendam que não estamos dizendo que uma aliança mi¬nisterial não seja também de amizade. Ou uma aliança de amor não envolva também a fidelidade. Naturalmente que os diferentes aspectos estão em íntima associação.

3) PROPÓSITO DA ALIANÇA

O que queremos ressaltar é que existe um propósito principal a ser cumprido quando a aproximação de duas ou mais pessoas nasce no coração de Deus.

Pode ser que você venha a associar-se a pessoas com as quais nunca sonhou; de repente acontecem aproximações inusitadas!
Algumas vezes a aliança vai perdurar por muito tempo; outras vezes, depois que o propósito de Deus é cumprido, a aliança pode naturalmente desfazer-se.
Por mais que os discípulos amassem Jesus e o quisessem por perto, era tempo daquela aliança deixar de existir na¬queles moldes (Jo. 16:4-7,28). Por mais que houvesse víncu¬lo entre os doze discípulos, depois do Pentecostes cada um teve o seu caminho próprio (At.1:8).
Por mais que Jônatas amasse Davi chegou o tempo de afastamento, depois que o propósito de Deus foi cumprido (I Sm. 23:16-18). Eles não mais se viram depois que Saul decidiu-se realmente a matar Davi. A última vez foi em Horesa, quando renovarem profundamente a aliança. Ape¬sar disso, nunca tornaram a encontrar-se...
Por mais que Moisés fosse importante, ao entrar na ter¬ra prometida o povo contou apenas com a liderança de Josué (Dt. 34:4-9).
Diante do que aprendemos aqui, vamos tirar a nossa con¬clusão.

Especialmente no que se refere à Batalha Espiritual, há algo que tem que ficar bem claro: SOLDADO NÃO VENCE A GUERRA SOZINHO!

Normalmente Deus não vai mandar ninguém enfrentar o inimigo sozinho, por menor que possa parecer esta Batalha.
Fuja de atitudes tais como: "Deus me falou para con¬frontar tal e tal demônio. E é o que vou fazer, porque Deus falou." Questione esse tipo de ordem, porque muitas vezes elas partem do nosso próprio coração. Cuidado ao sair por aí confrontando e afrontando os poderes das Trevas de maneira tola e imprudente. Sem cobertura de oração. Sem retaguarda. Sem liderança. Sem ter sido enviado e nem ca¬pacitado para isso. Sozinho.
Isso acontece porque há pessoas que querem sair guer¬reando, e têm até um coração muito sincero, mas esque¬cem-se de que talvez não tenham sido chamadas para isso. Naquele momento.
É preciso conhecer o tempo e o modo de Deus. (Jz. 7:1-9). Fazer o que Deus não mandou é tão ruim quanto deixar de fazer o que Ele quer. E, em se tratando da Guerra, aprenda um princípio: busque de Deus as suas alianças!

Seja qual for o tipo e a intensidade da Guerra, é melhor que você não esteja sozinho!









ESTRUTURA FAMILIAR

Os primeiros - e talvez dos mais intensos - campos de Batalha serão travados dentro do contexto familiar. Por quê?

A família constitui-se na base da Sociedade. Mas é também a base da Igreja, pelo simples fato de que esta "idéia" nasceu no coração de Deus.

Antes de Deus constituir o Povo de Israel e antes de constituirá Sua Igreja, Deus constituiu a família (6n. 2:24). Este foi o primeiro propósito de Deus para o homem e a mulher. Marido, Esposa... e filhos (SI. 127:3-5 ; Pv. 17:6).
Ainda que o compromisso com Deus deva ser o fundamen¬to de todo o homem, a família é o segundo compromisso mais importante. Nos textos de Mc. 10:29-30 e Lc. 14:25-26 Je¬sus cita a família como podendo ser "empecilho" ao compro¬misso com Ele. Este exemplo não é à toa. Um compromisso muito importante (familiar) só poderia ser momentaneamen¬te substituído por outro mais importante (com Ele).
Mas a verdade é que Deus se alegra com a família e tem prazer em abençoá-la!

1) BÊNÇÃOS E MALDIÇÕES FAMILIARES

O princípio da Bênção Familiar ("hereditária") é Bíbli¬co. Existem bênçãos que podem abranger toda uma fa¬mília, por gerações.

Começou lá no Gênesis:
Em Gn. 12:2-3 ; 17:2-8 ; 22:17-18 Abraão recebeu a pro¬messa de uma benção que não era referente apenas a ele próprio, mas também à sua descendência. Sara igualmente: Gn. 17:15-16,18. Esta benção, que alcançou Isaque (Gn. 26:2-5), já tinha sido "ampliada" - na verdade, confirmada porque Rebeca, sua esposa, recebera benção semelhante. Observe Gn. 24:60.
Deus permanece confirmando e reafirmando seu compro¬misso com aquela família ao longo das Escrituras. Veja: Jacó recebeu as promessas do Alto novamente - Gn. 28:3-4,13-15 ; 35.11-12. E José sabia que as promessas de Deus aos seus antepassados não deixariam de ser cumpridas (Gn. 50:24).
Como se não baseasse este exemplo tão claro, ao longo do VT Deus continua nos fazendo lembrados do princípio da benção familiar.
Só que então Ele faz uso de outros recursos'- um deles é o emprego das genealogias que encontramos na Palavra; ou¬tra maneira é através da autoridade da benção Patriarcal (Veja exemplos em I Cr. Capítulos 1 a 8, e em Gn. 49).
O Senhor também promete que fará misericórdia até mil gerações daqueles que amam e guardam os seus manda¬mentos (Ex. 20:6).
Em Deuteronômio 28 há promessas decorrentes da obe¬diência aos princípios da Palavra, e algumas incluem situa¬ções que podem envolver a família.
Como o fruto do ventre, a fartura no lar e o sucesso nos negócios (Dt. 28:4-5,8,11-12).
Estes textos de Deuteronômio - das bênçãos e maldi¬ções - ocorrem justamente no momento em que a aliança do povo de Israel com Deus é renovada, e é relembrada a pro¬messa feita a Abraão, Isaque e Jaca. Mas esta aliança é feita não somente com eles, naquele momento, mas com to¬dos aqueles que não existiam ainda, no entanto seriam des¬cendência de Abraão! (Dt. 29:9-15).
E o discurso de Moisés termina com a advertência: "Os céus e a terra tomo hoje por testemunha contra ti, que te propus a vida e a morte, a benção e a maldição. Agora esco¬lhe a vida, para que vivas, tu e teus filhos (...)" (Dt. 30:19).
E lindo perceber que a benção familiar não ficou restri¬ta ao VT!
Pois somos descendência de Abraão através de nossa herança em Cristo (61. 3:7-9,14,29), somos um povo aben¬çoado desde o Gênesis! As promessa de Dt. 28 são para nós até hoje. E se prevalece o princípio desta "hereditariedade", é claro que não somente estas bênçãos nos dizem res¬peito, mas toda e qualquer benção que for derramada sobre nossas famílias, em qualquer tempo!
Não é linda a fidelidade de Deus??!!

Porém, do mesmo modo, há também maldições que podem acompanhar uma família, por causa de pecados dos antepas¬sados (Nm. 14:18, Dt. 28:17-18,30-34,38-42,56-57-59).

Note bem, os pais não morrem pelos filhos, nem os filhos pelos pais, cada um pelo seu próprio pecado (Dt. 24:16). Mas certas práticas pecaminosas deixam marcas nos filhos por toda a vida. As feridas emocionais são portas de legalidade a demônios. Até que se rompa o círculo vicioso, geração após geração os indivíduos sofrerão conseqüências do pecado.
Jesus tomou sobre Si as nossas maldições. De fato Ele fez isso, mas assim como é necessário tomar posse da sal¬vação para que ela se concretize nas nossas vidas, também cabe a nós tomar posse da libertação das nossas maldições (Is. 53:4-6 ; &\. 3:13).

Em suma: estes já são motivos suficientes para que o inimigo faça das famílias um dos seus alvos de ataque predi¬letos. Contaminar a família é um facilitador para a contami¬nação da Igreja e da Sociedade. O diabo sabe disso!
De fato elas têm sido literalmente bombardeadas, e não podemos negar que as mais ferrenhas e desgastantes lutas podem acontecer entre quatro paredes.
E de máxima importância que você busque estruturar bem a sua família, dentro dos padrões Bíblicos, debaixo da orientação do Espírito Santo. Especialmente se você for o responsável por ela!

2) A DESESTRUTURA FAMILIAR SÓ TRÁS CONSEQÜÊNCIAS FUNESTAS...

Veja alguns exemplos:
• Gn. 27:41 - Esaú passa a odiar Jacó depois que este lhe rouba o direito de primogenitura. Houve uma se¬paração de vinte anos por causa disto.
• Gn. 37- O partidarismo de Jacó faz com que José seja odiado pelos irmãos.
• I Re. 11:1-6 - Salomão foi contaminado por suas mui¬tas mulheres.
• II Re. 11:1-2 - Atalia matou seus próprios netos, para tornar-se Rainha.
• II Sm. 12:14-18 - O primeiro filho de Davi com Bateseba morreu.
• II Sm. 13:28-29 ; 13:37-39 ; 14:28,32-33 ; 15:10-13
Absalão matou um irmão, foi banido por Davi e, de¬pois de perdoado, ainda tentou usurpar o trono, cons¬pirando contra o próprio pai.



Não vamos nos ater ao relacionamento entre pais e fi¬lhos neste estudo. Vamos falar um pouco do relacionamento marido e mulher. Porque partimos do pressuposto de que, se houver falha neste último, dificilmente haverá acerto no primeiro. Tudo começa no relacionamento do casal. Se ele for bom, os filhos perceberão isto, e darão mais ouvidos aos pais. Mas se, ao contrário, homem e mulher deixarem de entender-se, os filhos naturalmente deixarão de ouvir o que eles têm a dizer. Por mais certo que esteja.
Muitos são os fatores que podem contribuir para a per¬da de harmonia dentro do lar. Mas o principal problema é o afastamento dos princípios da Palavra de Deus. E isso pode acontecer-nos mais diversos níveis.
O relacionamento do casal tem que ser saudável! E só será saudável se seguir a proposta Bíblica.

3) A MULHER
Todo aquele que conhece a Bíblia não questiona a impor¬tância da figura masculina. No entanto, o papel da mulher muitas vezes tem ficado esquecido. Dentro da Igreja per¬cebemos que a figura feminina tem sido encarada como uma peça de menor importância, supérflua, até mesmo descartável. Poucas vezes os seus Ministérios são reco¬nhecidos como especialmente relevantes, ou fundamentais.
Mas Deus tem muito a dar a elas, e a fazer por meio delas!
Muito longe de fazer deste estudo um apelo feminista, va¬mos recordar um pouco do que a Bíblia diz sobre a mulher como mulher, como pessoa. Antes de falar do seu papel como esposa.

Na Criação, Deus formou HOMEM E MULHER à Sua imagem e semelhança.

Se Deus nos criou a todos, isto é, "Homem e Mulher os criou", isto quer dizer que somos iguais em essência até aí, não? A imagem a semelhança de Deus. Então, pelo menos diante do Pai, não há diferença. Entendam... pelo menos no que refere a ser imagem de Deus (Gn. 1:26-27).
Segundo comentários da Bíblia de Estudo Vida, existe um motivo pelo qual a mulher foi criada de uma maneira especial (de uma costela de Adão - Gn. 2:18-24). Na verda¬de, Deus sempre soube que "não era bom que o homem esti¬vesse só". Mas era importante que ele ficasse um tempo sozinho, para perceber esta solidão, e chegar a esta con¬clusão.
Ele precisava "por si só chegar à compreensão da neces¬sidade de comunhão, de amizade e intimidade com alguém que lhe fosse semelhante. Deus lhe fez então uma auxiliadora; isto não significa que ela seja inferior ao ho¬mem ou tenha que atuar apenas como 'auxiliar'.". Neste sen¬tido, Deus queria que a mulher fosse uma parceira de vida para o homem. Cada um com o seu papel mas ambos interdependentes, necessitando um do outro e sendo parte importante na vida um do outro (I Co. 11:11-12).
Embora semelhantes em essência, teriam papéis dife¬rentes: o homem, o cabeça; a mulher, a adjutora (Muito di¬ferente de uma "serviçal").

Observemos um outro texto.
Em Joe! 2:28-29 o Senhor promete derramar do Seu Espírito sobre toda carne. Isto é, homens, velhos, jovens, escravos, livres. Isto inclui as mulheres (Ainda que esta seja uma promessa futura).
Se elas fossem seres tão inadequados, tão incapazes, receberiam o Espírito Santo nas mesmas condições que os homens? Ou será que Deus lhes dará apenas "meio Espíri¬to"? Novamente percebemos a mesma idéia, que diante de Deus temos o mesmo valor. A mesma importância. Com pa¬péis diferentes a exercer, é claro. Mas, é só. Lógico que existe uma ordem de valores colocada pelo próprio Deus.

Já reparou na genealogia de Jesus?
Raabe, a prostituta de Jerico, aparece nela. Rute, a moabita, também (Mt. 1).
Nem Raabe nem Rute eram israelitas. Mas fizeram a vontade de Deus de alguma forma. E isto é o que importa.
Raabe... Rute... ao lado de Davi... de Abraão......!!! Precisa dizer mais?

O próprio Jesus quebrou todas as regras distorcidas da época, porque ele era Deus.

E, nas entrelinhas, disse muita coisa. (As vezes nem tão nas entrelinhas).
Do mesmo modo como Ele foi duro com os Fariseus, que colocavam muitas vezes as tradições humanas antes da Pa¬lavra de Deus (Mt. 15:1-9), Jesus começou a mudar diver¬sos preceitos (Veja Sermão do Monte).
A desprivilegiada posição de figuras femininas também foi de uma maneira ou de outra contestada. A atitude de Jesus, em mais de uma ocasião, levou a exaltação e reco¬nhecimento de mulheres. Ele tratou de maneira muito dife¬rente estas mulheres, a ponto de vez ou outra escandalizar a todos, certamente.
Veja as histórias da mulher samaritana, da mulher com fluxo de sangue, da viúva pobre, da mulher adúltera, da mulher cananéia. Da Maria, irmã de Lázaro, que ungiu Je¬sus. Da própria Maria Madalena, que viu os anjos no túmulo de Jesus, e o Senhor, antes dos discípulos!!!

Paulo segue os mesmos princípios em suas recém inau¬guradas Igrejas.

Ele orienta que as mulheres pudessem ter acesso ao en¬sino da Palavra. Isso era uma tremenda concessão, uma mudança radical na mentalidade da época se formos levar em consideração os costumes. Quanto ao texto que diz que deveriam permanecer calados e aprender com os próprios maridos, veja bem!
Elas tinham - naturalmente - menos instrução. Portanto, poderiam fazer perguntas tolas ou indiscretas, atrapalhar. Era só uma questão de ordem. Além do que, deixar de res¬peitar normas culturais muito exageradamente poderia dei¬xar de ser eficaz em atrair pessoas para a Igreja. (Segun¬do comentários da Bíblia de Estudo Vida).
Mas o ensino e o aprendizado não eram negados; e note que era isso o que acontecia com mulheres judias e gregas. Mas as Cristãs podiam aprender. Podiam também profeti¬zar e manifestar dons (I Co. 11:5 - obs. O véu era sinal de submissão ao homem).
Paulo manda saudações e orientações a mulheres em suas cartas. Sinal que deveriam ser atuantes na Igreja (Rm 16:1-16). Seus nomes aparecem ao lado do nome dos homens. Isto quer dizer que Paulo reconhecia a autoridade delas para evangelizar e ensinar.
Quanto a I Tm 2:11-15, segundo comentários da Bíblia de Estudo Vida: "Timóteo enfrentava uma situação em que falsos mestres estavam explorando mulheres. Era preciso restringir o envolvimento público delas na Igreja. Paulo queria que a Igreja de Éfeso tivesse a melhor imagem possível para que o Evange¬lho pudesse ser ouvido num ambiente essencialmente hostil".
Então, neste contexto, o objetivo era fazer com que os Cris¬tãos e Cristãs se adaptassem a condições culturais imperfeitas.

4) A ESPOSA
São diversas as orientações para as mulheres e esposas. Tantas, que não há tempo para falar sobre tudo. Portanto, vamos ao principal.

• A Submissão ao Marido:
As esposas serão submissas aos maridos como ao Se¬nhor. Ser submissa, embora não seja sinônimo de "ser o capacho", é fator fundamental para o bom anda¬mento do lar. Deve ser espontânea, e não fruto de imposição autoritária. O oposto da submissão é algo condenado pela Bíblia, o "exercer autoridade de ho¬mem". Tomar o lugar do marido e exercer o papel dele já está caindo no erro de Jezabel.

• A Sensualidade/ As Vestes/ O Adultério:
Cuidado! Num País como o nosso é fácil começar a acos¬tumar-se com princípios totalmente errados. A mu¬lher não deve exercer a sua sensualidade e a sedução fora do casamento. A Palavra faz menção a vestes femininas, tanto físicas como espirituais. O adultério é um erro inominável, segundo os critérios do Senhor.

• Cuidados Domésticos:
Com marido, filhos e casa. A mulher é responsável pelo bom andamento da sua casa, deve esforçar-se para isso. Deve amar o marido e os filhos, cuidar deles, fazer o bem.

A Língua:
A Bíblia, embora fale sobre os pecados da língua para todo Cristão, em algumas circunstâncias dá orienta¬ção exclusiva para mulheres. Quanto a não mentirem, não serem tagarelas, nem maledicentes, nem criado¬ras de intrigas, nem caluniadoras. Há sérias restri¬ções às mulheres rixosas. As mulheres devem falar com sabedoria.


Trabalho Secular:
Sendo direção do Senhor, não é errado a mulher tra¬balhar fora, ou ter o seu próprio dinheiro e negócios. Sem dar-se às frivolidades do mundo.

Comportamento Geral:
Honestas, modestas, de espírito manso e tranqüilo, que pratiquem o bem e não se perturbem com facili¬dade; sérias no proceder, mestras do bem; devem permanecer na fé, amor e santificação, usar de bom senso, não ser conduzidas por paixões e concupiscências; devem instruir as mais jovens quanto ao casa¬mento e ao lar; misericordiosas, sensatas, bondosas, que não difamem a Palavra; não sejam preguiçosas ou ociosas; antes respeitáveis, discretas, temperantes, prudentes, fiéis em tudo!
(Que Deus "tenha dó" de nós, mulheres, que ainda não chegamos lá!)

• Principais Textos:
Pv. 5:3-6 ; Pv. 7:10-21,26-27 ; Pv. 11:16,22 ; Pv. 19:14 ; Pv. 21:19 ; Pv. 27:15-16 ; Pv. 30:20 ; Pv. 31:10-31 ; Ef. 5:22-24 ; I Tm. 2:9-15 ; I Tm. 3:11 ; I Tm. 5:13 ; II Tm. 3:6-7 ; Tt. 2:3-5 ; I Pe 3:3-6.

• Algumas conseqüências do bom proceder para a mulher:
- Terá o seu valor reconhecido (Pv. 31:10).
- Conquista a confiança do marido naquilo que faz (Pv. 31:11).
- Será louvada publicamente por suas obras (Pv. 31:31).
- Será louvada pelo marido e pelos filhos (Pv. 31:28-29).
- Não temerá o futuro (Pv. 31:21,25).
- Preservará o casamento (Pv. 5:18-19).
- Edificará o lar (Pv. 14:1).
- Será a glória do homem, a coroa do marido. Algo de muito bom (I Co. 11:7 ; Pv. 12:4 ; Pv. 18:22).
- Poderá ganhar um marido incrédulo (I Co. 7:13-14 ; I Pe 3:1-2).

Em suma: a mulher Cristã pode encontrar realizações no lar, na carreira e na Sociedade. E importante que ela descubra o seu verdadeiro papel, nem aquém nem além.

5) O HOMEM
O Novo Testamento destaca as características dos ho¬mens que vão exercer cargos de liderança dentro da Igreja. Pressupõe-se, portanto, que o verdadeiro caráter Cristão deve fazer parte da essência de todo homem. Antes mes¬mo de receber o chamado para a liderança. Naturalmente o líder será capacitado com a Unção, terá algo a mais. Mas se ele não tiver introjetado antes dentro de si os princípios do verdadeiro caráter de Cristo, nunca será requisitado por Deus para a liderança.
Vamos citar alguns dos principais tópicos que os homens Cristãos devem procurar desenvolver em suas vidas.


• Zelo pelo Evangelho:
O homem deve ser dado ao estudo e ensino, deve com¬portar-se como padrão dos fiéis, ter cuidado com a doutrina e consigo mesmo; ser capaz de exortar, ser constante, irrepreensível, sadio na fé; não insubordinado, não dado a discussões insensatas, obediente às autoridades; não parcial; não neófito; não precipita¬do; amigo do bem, que tenha bom testemunho dos de fora; que pastoreie o rebanho de boa vontade e seja modelo do rebanho.

• Cuidados dentro do Lar:
Que ele governe bem a sua própria casa, crie filhos sob disciplina, seja marido de uma só mulher, tenha filhos crentes, seja hospitaleiro, seja respeitável, de consciência limpa, não dado ao vinho. E que não caia em adultério, cujas conseqüências são completamen¬te funestas, segundo a Palavra.

• Relacionamentos/ Comportamento Geral:
O homem deve ser temperante, sóbrio, modesto, cordato, inimigo de contendas, não avarento, não arrogante, não irascível, não faccioso, de uma só pala¬vra, não violento, com domínio de si, não ganancioso. Que fuja do amor ao dinheiro e siga a justiça, a pie¬dade, a fé, o amor, a paciência, a mansidão.

• Principais Textos:
Pv. 5:1-5,8-11,15-23 ; Pv. 6:23-26,29,32-35 ; Pv. 7:5-7,22-27 ; I Tm. 3:1-10,12 ; I Tm. 4:11-16 ; I Tm. 5:17-22 ; I Tm. 6:3-12 ; Tt. 1:6-11 ; Tt. 3:1-2,9-11 ; I Pe. 5:1-4.

6) O MARIDO
Em relação ao casamento, o Logus de Deus é aquele: não é bom o homem estar só. Se Paulo teve direção diferente (ele, ao recusar casar-se, diz estar "falando como homem")...ou se Pedro afastou-se demasiadamente da família por cau¬sa do Ministério... compreendam que isso era Rhema para Paulo, para Pedro. Não é Rhema para todo mundo!

• As orientações sobre o matrimônio são claras: Ef. 5:22-33.
Os maridos amarão as esposas como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela, para santificá-la (...) para a apresentar a si mesmo (...). Os maridos devem amar as esposas como ao próprio corpo. Quem ama a sua esposa a si mesmo se ama. Porque ninguém jamais odiou a sua própria carne; antes a alimenta e dela cuida, como Cristo faz com a Igreja (...).
A submissão da esposa de certa forma está diretamen¬te ligada (e é também diretamente proporcional) ao amor do marido por ela.
Por outro lado será que o amor do qual Paulo fala, e que compara com o de Cristo pela Igreja, se resume em suprir apenas necessidades materiais? Ou o cuidado do marido pela esposa (como o de Cristo para com a Igreja) deve abranger tudo: material, emocional, espiritual?

Indo adiante:

• Se o padrão de amor é o amor de Cristo, temos que considerar três aspectos:

- I Co. 13:1-8 - este é o verdadeiro amor. Isto inclui o amor conjugai.
- Deus também diz "ama teu próximo como a ti mes¬mo", "ama teu próximo como eu vos amei". Isto inclui o amor conjugai.
- "Faça a teu próximo como quereis que façam a ti". Isto inclui o amor conjugai!
Lembremos também de I Pe. 3:7:
"(...) e, tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com dignidade pois sois, junta¬mente, herdeiros da mesma graça de vida, para que não se interrompam as vossas orações".
Cristo amou a Igreja e cuidou dela (e cuida !) para apresentá-la a Si mesmo. E fácil perceber que aquele mari¬do que não amar e nem cuidar da sua esposa nada terá para apresentar a si mesmo. Perderá a sua auxiliadora!

7) CONCLUSÃO
A Sociedade, muitas vezes inspirada pelo diabo, detur¬pou e consolidou conceitos terríveis que transformaram os relacionamentos matrimoniais em péssimos arremedos do padrão original de Deus.
E quando não existe aliança entre marido e mulher... a verdadeira aliança... também não existe a verdadeira família.

Apenas a "verdadeira família" terá cem por cento do seu potencial de resistência ao inimigo. Quanto mais pro¬blemas e mais distância do padrão Bíblico, mais portas estarão abertas aos demônios e sua influência.

Não há outro caminho senão admitir as falhas, reconhe¬cer os pecados... e pedir perdão a Deus. E ao cônjuge. E aos filhos. E os filhos aos pais. Por vezes será necessário aconselhamento de casais e ministração de cura interior. Aonde permanecer o coração endurecido, Deus não poderá operar e nem trazer nenhuma mudança.
Cabe ressaltar, no entanto, que cada um é responsável individualmente por si mesmo, apesar de haver um cabeça (o marido). Uma vez que alguém não queira alinhar-se, pres¬tará satisfações a Deus. E colherá as conseqüências de suas próprias atitudes.
Aconteceu assim com a mulher de Lá, aconteceu assim com Nadabe e Abiú. Aconteceu assim com Esaú. Aconteceu assim com Absalão. Aconteceu assim com o filho pródigo.
Se quem não quiser alinhamento for o próprio cabeça, aos demais membros da família cabe orar diante de Deus e dar bom testemunho.
Especialmente neste caso, o líder do lar tem uma dupla "satisfação" a dar a Deus. Por si mesmo e pelo membros da sua família, os quais Deus colocou debaixo da sua guarda. Se ele deixar de cuidar dos da sua casa, Deus cobrará dele as conseqüências (I Tm. 58).
































ESTRUTURA MINISTERIAL


"Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. E em vão que me adoram, ensinando dou¬trinas que são preceitos de homens." (Mt. 15:8-9).
Existem algumas falhas importantes na Igreja de Cris¬to, e estas precisam ser sanadas.

O exército das Trevas tem se estruturado cada vez mais, e embora a Noiva não possa ser destruída, não se pode dizer o mesmo de muitos Ministérios e líderes que têm vivido um Cristianismo de fachada.

Todo Cristão tem o seu chamado específico, tem o seu lugar no Corpo de Cristo e foi convocado para exercer um papel neste Corpo (I Co 12:12-31). Portanto podemos dizer que, em Cristo, todos nós temos um "Destino Espiritual".
Não cabe aqui alongarmo-nos demais neste assunto, por¬tanto vamos nos ater apenas ao que chamamos comumentemente de "Chamado Ministerial". Isto é, aqueles que têm como "Destino Espiritual" um "Chamado Ministerial".
E claro que o homem natural não é capaz de por si só, desempenhar bem o seu Destino Espiritual. Para capacitá-lo, Deus derrama sobre ele uma Unção. A Unção é a capacitação sobrenatural dada por Deus para que possamos desempenhar algo.
Como aconteceu, por exemplo, com Bezalel no período da construção do Tabernáculo. Ele foi cheio do Espírito Santo para realizar toda a arte e o artesanato necessários (Ex. 31:1-11). Ou como foi com ôideão, na época dos Juízes, que recebeu uma Unção de liderança (Jz. 6:34). E foi assim tam¬bém - de uma forma muito mais plena! - com os Apóstolos no Pentecostes (At. 1:8 ; At. 2:1-4).
Agora o Espírito Santo não está mais "sobre" as pesso¬as, mas "em" todo Cristão autêntico!
Se você leu os textos das aulas de Santidade II e Es¬trutura Familiar encontrou lá algumas diretrizes para aqueles que vão exercer cargos de liderança dentro da Igreja. Por¬tanto não vamos repetir aqui estes aspectos de caráter que devem ser desenvolvidos.

1) VISÃO E ESTRATÉGIA
Todo Ministério tem duas condições importantes para que se desenvolva bem. São elas: a Visão e a Estratégia. O próprio Deus trará Visão Dele mesmo e do que Ele quer. E em momentos oportunos, revelará também as Estratégias necessárias para cada situação. Porque é claro que se o Mi¬nistério nasceu no coração de Deus, todo o resto também virá Dele. E não da mente e do entendimento humano.
Exemplifiquemos um pouco para facilitar. Observe o qua¬dro a seguir.



2) ANÁLISE DOS EXEMPLOS
Vamos analisar os exemplos positivos primeiro:
Davi tinha seu Destino Espiritual, que era ser Rei de Israel. Para tanto, Deus o ungiu através do Profeta Samuel. Como saber que Davi recebeu a Visão de Deus e permane¬ceu nela, levando a bom termo o seu Destino Espiritual?
A própria Palavra refere-se a Davi como sendo o "Homem segundo o coração de Deus". Se Davi tivesse perdido a Visão não seria assim nomeado. (I Sm 13 1.4 : At, 13:22) Por causa disso, durante toda a sua vida, Davi recebeu do Senhor as Estratégias necessárias para as suas muitas lutas.
Logo na primeira aparição como guerreiro, os soldados que estavam à beira do vale não quiseram enfrentar o gigan¬te Golias. Diante da certeza de Davi em enfrentar Golias, Saul ofereceu a sua própria armadura e armas convencionais.
Davi até tentou, mas a Estratégia de Deus para aquela situação era outra. E Davi optou pela pedra e pela funda. E obteve a vitória. Em nome do Senhor do Exércitos (I Sm. 17:31-51)
Outro exemplo semelhante é o de Moisés, cujo Destino Espiritual era ser o libertador do povo do cativeiro no Egi¬to. Ele recebeu a Unção necessária e teve a Visão correta, tanto de si mesmo quanto do Deus a quem iria servir. Este processo provavelmente teve início já no Egito, mas foi con¬tundente no deserto, durante a visão da sarça ardente e da revelação do grande "Eu Sou" (Ex. 3:14-20).
Moisés permaneceu na Visão. A Palavra irá referir-se a ele como "o amigo de Deus, a quem o Senhor falava face a face"(Ex. 33:11).
Sabemos quantas foram as estratégias de Deus recebi¬das por Moisés!

Naturalmente os exemplos negativos também têm a sua vez:
Como Nadabe e Abiú. Cuja natureza carnal levou-os a ofe¬recer fogo estranho ao Senhor. Estratégia errada! Perde¬ram a Visão da Santidade do Senhor e do propósito ao qual tinham sido chamados. E foram consumidos (Lv. 10:1-3).
Saul também é um exemplo de como a perda da Visão leva o indivíduo a receber Estratégias erradas, fruto do egoísmo e orgulho da própria alma. Fruto da desobediência (I Sm. 15.10-30 ; I Sm. 13.8-14).
Salomão, embora com toda a sua sabedoria, corrompeu-se por causa dos prazeres mundanos e sua associação com mulheres estrangeiras. Este foi o princípio do seu erro: sua desobediência. Pois o Senhor havia advertido claramente contra este tipo de casamento, "porque perverteriam o seu coração" (i Re. 11:1-3). Salomão perdeu completamente a Visão da fidelidade para com Deus, e também do seu papel como líder de Israel. Sua ruína foi total, tão grande que ele chegou a inclinar-se perante Astarote e Moloque, dentre outros, permitindo sacrifícios a estes demônios!

O processo pode ser também coletivo:
O Povo de Israel pereceu no deserto porque perdeu a Visão de Deus e também de quem eles eram e do que deve¬riam conquistar. E do que podiam em Deus. Tudo isto foi substituído por uma visão de Incredulidade! (Nm. 13:25-33; Nm. 14).
Ao invés de entrarem em Jerico, permaneceram 40 anos no deserto até que toda a geração incrédula fosse consumida. A Unção de conquista que eles já tinham recebido não se manifestou, o Destino Espiritual daquela geração não foi cumprido. Canaã foi conquistada, mas não por eles. O plano de Deus nunca será frustrado, mas Ele não depende de ho¬mens. Se nós nos colocarmos em posição de desobediência, Deus levantará outro em nosso lugar, para fazer o que não fizemos.

Esta perda de Visão, individual ou coletiva, pode ser temporária ou permanente.
Foi permanente nos exemplos anteriores: Nadabe e Abiú morreram; Saul perdeu o trono; a geração incrédula pere¬ceu no deserto. E quanto a Salomão, é controverso saber se houve arrependimento genuíno ou não, pois ele sofreu séri¬as conseqüências (Elas só não foram maiores por causa da fidelidade de Deus a Davi, Seu servo - I Re 11:31-40).
Analisemos, portanto, uma perda temporária da Visão. Isto aconteceu, por exemplo, quando o povo reconstruía o Templo de Jerusalém sob a direção de Zorobabel. Por cau¬sa da ação dos inimigos, eles pararam de trabalhar (Ed. 4:1,21-24), e o trabalho ficou parado por quase dezesseis anos, desde o começo do reinado de Ciro (536 a.C.) até o segundo ano de Dario (520 a.C).
A Visão só foi restaurada e o trabalho pôde ser retoma¬do apenas após exortações Proféticas (Ed. 5:1-2 ; 6:14-15). E a obra foi completada ainda sob a direção de Zorobabel, governador de Judá.

ENFIM: As causas de perda de Visão são basicamente as que se seguem:
• incredulidade - Israel diante de Jericó.

• Rebeldia e desobediência / idolatria - Salomão e o culto aos deuses das suas mulheres (I Re 11:1-13); Israel e Judá antes do exílio (II Re 17:5-23 ; II Re 25:8-22 - não analisado no quadro).

• Orgulho/Carnalidade - Saul/ Nadabe e Abiú.

• Ação dos inimigos - Reconstrução do Templo

E fácil perceber que quando se perde a Visão, a Unção deixa de se manifestar. O Ministério fica desvirtuado, dei¬xamos de receber Estratégias. Enganados, andamos à deri¬va. E deixamos de cumprir o nosso Destino Espiritual. Em duas palavras: perdemos a bênção!
Este - dentre outros - é um dos inúmeros problemas que a Igreja de hoje vem enfrentando.

Estamos perdendo a Visão do Reino!
A Igreja existe, na maior parte das vezes, apenas para agradar a si mesma....! Mas a verdade é que cada um precisa estar no devido lugar, exercendo corretamente o seu papel, debaixo da orientação de Deus, para a edificação do corpo (I Co 12:27-31 ; Ef. 4:11-16).
Os últimos tempos seriam tempos difíceis para o Povo de Deus. Tempo em que o amor se esfriaria de quase todos, e a iniqüidade aumentaria (Mt 24 12); tempo de mornidão... (.Ap 3 14-17) tempo de apostasia... (I Tm. 4:1-2); tempo de engano... (Mt. 24.4-5,11).

Por isso, é claro que a Igreja precisa ser restaurada. Apenas a Igreja Santa poderá ser chamado de Noiva!

Muitos são os problemas que a Igreja tem enfrentado. A semelhança de Jerusalém, estamos com muitas portas queimadas a fogo, e muros derribados. E preciso recons¬truí-los.
E para reconstruí-los, é necessário encontrar as suas brechas, não é assim?
Caso contrário.....como resistir ao inimigo??

3) VAMOS VER ALGUNS DOS PRINCIPAIS PROBLEMAS:

• Divisões:
Geralmente por causa de rebeldia à Liderança. Re¬beldia é como pecado de feitiçaria.

• Ausência de Cobertura Espiritual aos Líderes:
Os líderes são normalmente "sugados" pela Congre¬gação e às vezes são sustentados espiritualmente por quase ninguém.

• Líderes em Série:
Formados apenas na letra. Sem chamado real do Alto.

• Imposição Precipitada de Mãos:

Delegação de encargos espirituais precocemente, ou erroneamente. Unção de neófitos.

• Auto-Unção:
Indivíduos que se auto proclamam para cargos de Li¬derança.

• Princípio de Submissão Errado:
Normalmente de novos líderes e pastores que, ao in¬vés de se submeterem aos antigos, passam a exercer uma "competição velada" para futura "usurpação de poder".

• Resistência à Realidade da Guerra:
Caindo em extremos, medo ou triunfalismo.

• Alianças Falsas:
Por exemplo, com políticos do mundo.

• Falta de Acompanhamento das Ovelhas:
Gera uma Igreja cheia de problemas mal resolvidos. A Igreja é composta por indivíduos, e estes têm que ser saudáveis.

4) PARA ENTRAR NO PRUMO:
Não há outro caminho a não ser a mudança real de rumo; ou seja: mudanças práticas. Só ouvir falar no assunto não trará restauração.
Certamente haverá necessidade de uma ou mais destas diretrizes, dependendo dos problemas que cada Ministério enfrenta:

• Confissão de Pecados
• Remissão da Terra/ Reconsagração do Templo
• Alterações Estratégicas
• Talvez haja Necessidade de:
- Jejum
- Ministração de Líderes
- Alteração de Alianças



































ATITUDES DE GUERRA

Vamos distinguir duas coisas: todo mundo tem suas Guer¬ras particulares, ninguém está isento disto, como dissemos atrás.

Mas nem todos são chamados para participarem da Batalha a nível Ministerial.

E muito importante reconhecer a diferença, e como exa¬tamente Deus quer que você atue. A questão do chamado é muito importante. Assim como a população militar de um determinado país é sempre menor do que a população civil, assim também no contexto da Batalha Espiritual: o número de guerreiros será sempre menor do que o número de ove¬lhas de uma determinada Igreja ou Ministério.
Após adquirir todo este conhecimento novo, é necessá¬rio buscar compreender aonde está o seu lugar, porque nin¬guém poderá aparatar-se para uma Guerra da qual não faz parte, e para a qual não foi chamado. Lembram-se dos 300 de Gideão?!
Vamos então dar início à última parte: as Atitudes de Guerra.
Chamamos de "Atitudes de Guerra" cercas práticas que podem ser necessárias - ou não - dependendo da intensida¬de de Batalha a ser enfrentada.
São elas: Unção com óleo; Jejum; Oração Específica; Louvor e Adoração; Revestimento com Armadura; Ministração de Libertação e Cura interior.
Apresentaremos a seguir um pequeno estudo sobre cada um destes tópicos.

1) UNÇÃO COM ÓLEO

Definição de "Unção": No grego - chrisma. Ato ou efei¬to de ungir, untar. Untar com óleo ou com ungüento. Aplicar óleos consagrados a; dar Unção a; sagrar. Purificar, corri¬gir, melhorar. Investir (em autoridade ou dignidade).

Definição Bíblica: Diversos vocábulos hebraicos são as¬sim traduzidos, com raízes que significam "engordar", "es¬fregar", "derramar" e "ungir". Os óleos eram especialmente preparados com essa finalidade, sobretudo se algum uso sagrado estivesse em pauta.
A título de melhorar a explicação------► o melhor signi¬ficado Bíblico de ungir seria "fazer separação ou santificação" de algo ou alguém. Uma marca espiritual que trás conseqüências no mundo físico. E uma metáfora Bíblica que simboliza o derramamento do Espírito Santo sobre algo ou alguém.


Vamos ver um pouquinho da História da Unção:
Desde a Grécia e o Oriente Antigo é conhecido o uso da Unção. A gordura mole (ungüento), ou azeite, era untado ou derramado sobre uma pessoa ou objeto. No Oriente Antigo ungir tinha vários significados. Eram aplicados óleos para embelezamento, purificação e higiene do corpo, e na cura de feridas e doenças.
Naquela época acreditava-se que cada doença estava associada à ação de deuses ou demônios, e havia um concei¬to terapêutico e mágico envolvendo a Unção.
Ela era usada também na instituição de um oficial, na instituição de Rei ou vassalo, conferindo proteção ao ungi¬do. Também eram ungidos, na intenção de investi-los com poderes especiais, árvores sagradas, armas, ídolos.
Usava-se a Unção também por ocasião da libertação de uma escrava, para desvincular uma noiva da casa de seus pais, e na ocasião de seu casamento.
Várias formas dessa prática foram bem averiguadas tam¬bém na Babilônia e no Egito, antes dos tempos Bíblicos. A Unção de reis e sacerdotes nestes lugares eram práticas comuns. Além disso, ungir estava associada ao exorcismo e às cerimônias que preparavam os jovens para sua entrada na sociedade dos adultos.
Portanto, a prática da Unção é antiquíssima e vem de culturas pré-hebréias.

Mas falemos um pouco da Unção Bíblica agora! Como acontecia a Unção no período do Velho Testa¬mento? Quais eram os tipos de Unção?

Vamos ver exemplos:
• No período pré-monárquico, temos o relato sobre como Jacó ungiu a coluna que erigira em Betel, apa¬rentemente uma forma de dedicação. Isso foi uma direção direta de Deus a Jacó, porque ainda não ha¬via sido dada a receita do óleo de Unção, nem institu¬ída oficialmente a Unção. Jacó ungiu com azeite, ape¬nas (Sn. 28:18-20 ; 31:13 ; 35:14-15).

• Ainda antes de Deus dar a receita do óleo e de fato instituir a Unção como ato fundamental em toda con¬sagração, a primeira menção importante sobre o sím¬bolo da separação espiritual é encontrada em Ex. 12:7. "Tomarão do sangue, e pô-lo-ão em ambos os umbrais e na verga da porta, nas casas em que o comerem". A Unção com sangue de cordeiro, tipificando o sangue de Cristo, era um símbolo de libertação, proteção e consagração a Deus.

• Durante o Êxodo os Sacerdotes, bem como os uten¬sílios do Tabernáculo e da Tenda da Congregação, receberam a Unção com óleo, literalmente falando, para ocuparem suas respectivas funções (Ex. 30:22 31 : Ex. 40:9-15 ; Lv 8.10-12,30) A Unção de um Sacerdote lhe conferia um ofício vitalício.

• Durante a época dos Juizes, após a instituição ofici¬al, a Unção era usada por ocasião da consagração de governantes. Por exemplo, Jotão falou por parábola a história de Abimeleque, que matou os seus irmãos e se declarou rei (Jz. 98,15).

• Mais tarde, a Unção passou a ser feita também para a consagração de reis (I Sm. 9:16 ; I Sm. 10:1; I Sm. 16:12-13 ; I Cr. 14:8). A Unção fazia do rei um servo de Deus, alguém sobre quem vinha o Espírito Santo. O rito da Unção dos reis criou o termo "ungido do Senhor", que se tornou virtual sinônimo de "rei". O óleo era derramado sobre as suas cabeças como sím¬bolo da consagração ao ofício.

Obs. Note que a "Unção" apoderou-se de Davi. A "Unção" nos prepara para aquilo a que fomos chamados. E um símbo¬lo da presença do Espírito Santo, que nos guarda, nos ins¬trui em todos os caminhos que devemos andar, para o aper¬feiçoamento do nosso próprio Ministério. A Unção de Davi forjou nele a coragem, o temor a Deus; ensinou-o a seguir princípios de autoridade e a confiar em Deus. Confrontou-se com o gigante Golias, conquistando a vitória. Foi perse¬guido por Saul durante anos. Obteve a vitória contra seus inimigos. Observe como ele foi ensinado pela "Unção", pelo Espírito Santo, dia a dia.

Quem unge?
A Unção dos profetas era dada diretamente por Deus, como uma operação espiritual (Ex. Moisés, Samuel, Zadoque, Elias e outros). Esta Unção os capacitaria a ungir outros, mediante direção do Alto. Moisés ungiu Arão, Samuel ungiu Saul e Davi, Zadoque ungiu Salomão, Elias ungiu Jeú e Eliseu (I Re 1:39; I Rs. 19:16).

E a Unção no período do Novo Testamento?
O seu uso enfatiza com maior veemência ainda a questão espiritual. O principal fruto da Unção seria trazer o conhe¬cimento, a sabedoria e a capacitação sobrenatural para a obra de Deus (anunciar o Evangelho com alegria, poder, au¬toridade, manifestação de curas, etc).

• Aparece como substantivo no NT, por três vezes: I Jo 2:20,27.

vs. 20 - "Ora, vós tendes a Unção da parte do Santo, e todos tendes conhecimento" vs. 27 - "E quanto a vós, a Unção que d'Ele recebestes fica em vós, e não tendes necessida¬de de que alguém vos ensine; mas, como a sua Un¬ção vos ensina a respeito de todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como vos ensinou ela, assim n'Ele permanecei".

• Como verbo chrio = ungir, ocorre por cinco vezes:

"O Espírito do Senhor está sobre Mim, porquanto Me ungiu para anunciar boas novas aos pobres; en¬viou-Me para proclamar libertação aos cativos, e restauração da vista aos cegos, para pôr em li¬berdade os oprimidos, e para proclamar o ano acei¬tável do Senhor" (Lc. 4:18-19 = Is. 61:1-3).
"Amaste a justiça e odiaste a iniqüidade; por isso Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria, mais do que a teus companheiros" (Hb. 1:9 ; SI. 45:7).

"Porque verdadeiramente se ajuntaram, nesta ci¬dade, contra o Teu santo Servo Jesus, ao qual ungiste, não só Herodes, mas também Pôncio Pilatos com os gentios e os povos de Israel" (At. 4:27).

"Concernente a Jesus de Nazaré, como Deus O ungiu com o Espírito Santo e com poder; o qual andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com Ele" (At. 10:38).

"Mas aquele que nos confirma convosco em Cristo, e nos ungiu, é Deus, o qual também nos selou e nos deu como penhor o Espírito em nossos corações" (II Co. 1:21-22).

• Mas o termo christós (= ungido), é usado mais de 540 vezes, desde Mt. 1:1 até Ap. 22:21. A palavra "Messi¬as", hebraica, corresponde a "Christós" no grego. Por¬tanto, Messias, Christós significam "Ungido".

"O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restaura¬ção da vista aos cegos, para por em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor" (Lc. 4:18-19).

O Senhor Jesus foi "ungido" com a presença do Espírito, a qual capacitou-O a pregar o Evangelho e a realizar prodí¬gios e milagres, conforme diz o texto. A Unção da qual Je¬sus está falando é a própria presença do Espírito Santo, de forma permanente, n'Ele mesmo. O Senhor Jesus era o Servo de Deus por motivo de Sua Unção. E nós, por termos rece¬bido o Espírito Santo da mesma maneira, também somos "ungidos" de Deus (At. 10:38 ; II Co. 1:21-22).
O Espírito Santo é o autor da Unção tanto de Jesus quanto dos cristãos.
A Unção do (ou "com") Espírito Santo nos comissiona para servir a Deus. Há uma presença contínua do Espírito de Deus em nós, e um Ministério interno Dele em nossas vidas. O fato de termos sido ungidos por Deus nos capacitaria a uti¬lizar o óleo de Unção com a mesma autoridade de sacerdo¬tes e profetas do Velho Testamento, pessoas em quem o Espírito estava "sobre". Hoje, somos "sacerdócio real", e o Espírito está "em" nós.

Em suma, quais são os tipos de Unção?
O Novo Testamento não anula nem invalida a Unção do Velho Testamento, mas acrescenta-lhe novos significados e usos mais abrangentes.

Velho Testamento:

• Coisas: colunas ou pilhas de pedras, utensílios do Tabernáculo.

• Lugares: depois de restaurado, o Templo de Israel foi consagrado, bem como seus utensílios, sacerdo¬tes e levitas. Embora não se faça menção à Unção com óleo, sabemos que tudo foi feito segundo estava escrito no "Livro de Moisés" (Ed. 6:16-20, 8:28-30). Depreende-se que a primeira consagração, feita pelos sacerdotes e por Salomão, seguiu o mesmo princípio (IRe. 8:1-11).

• Pessoas: Sacerdotes, Reis, Profetas, como visto an¬teriormente.

Novo Testamento:

• Doentes: alguns intérpretes vêem um uso sacramen¬tai na Unção, algo semelhante à Extrema Unção. No caso de não haver cura física, o fato é que há cura espiritual sempre. Esta prática seria importante an¬tes da morte. Em outros casos, a Unção seria uma representação do poder curador do Espírito Santo agindo sobre o doente e restaurando-lhe a saúde (Tg. 5:14 : Mc. 6:13).

• Jejum: antes de alguém jejuar, deveria lavar o rosto e ungir a cabeça com óleo para não dar uma impres¬são "ruim": isto é, a de que a pessoa estava em "ago¬nia" ou "sofrimento extremo" por causa do jejum. Muitas vezes essa era uma atitude farisáica, justa¬mente para mostrar aos outros uma religiosidade falsa (Mt. 6:17), No entanto a experiência nos mostra que, no jejum dentro do contexto da Batalha, se for dire¬ção de Deus para você (Palavra Rhema), é possível usar o óleo antes de iniciar o período do jejum. O objetivo não é mais puramente estético, mas simboli¬za uma consagração ao Senhor de todo aquele perío¬do e também da sua pessoa.
O Espírito Santo te guiará e cuidará durante o jejum de uma maneira especial, quebrando toda opressão que geralmente acompanha este momento. Se possí¬vel, peça a uma pessoa que tenha autoridade sobre você para ungi-lo(a), como seu pastor(a), presbítero, pais ou maridos crentes, comprometidos com Cristo.

• Expulsão de demônios: os doze discípulos recebe¬ram de Jesus autoridade para curar enfermos e expulsar demônios mediante Unção com óleo (Mc 6:13). Não que o óleo em si tenha este poder, mas era um ato simbólico que demonstrava o derrama¬mento do Espírito.
Depreendemos deste estudo que a Unção tem especial importância no contexto da Guerra. Porque uma vez que algo ou alguém seja consagrado e santificado por meio da Unção com óleo, toda influência demoníaca (prévia ou posterior) será anulada. Desde que a pessoa consinta de fato em es¬forçar-se para mudar a direção dos seus caminhos e aban¬donar o pecado. Se não o fizer, invalidará a Unção. A Unção despedaça o jugo. Mas Luz e Trevas não podem coexistir!

Receita do óleo de Unção: Êxodo 30:22-25
Mirra - 500 sidos (1 sido - 11,4 gramas de prata)
500 x 11,4 gr - 5,7 kg
Canela aromática - 250 sidos - 2,850 Kg
Cálamo aromático - 250 sidos = 2,850 Kg
Cássia - 500 sidos = 5,7 Kg
Azeite de oliveira - um him = 6.2 litros
Obs. Algumas das informações citadas acerca da História da Unção foram extraídas de estudo feito pela Pastora Mátiko Yamashita.

2) JEJUM
Vamos ressaltar alguns pontos importantes sobre a ques¬tão do jejum.

• Purificação/ Arrependimento:
Em primeiro lugar, temos que entender melhor o motivo de entrarmos em jejum.
Jejuar não é apenas ficar sem comer, não se trata de dieta Por isso é fundamental ressaltarmos que há dois ti¬pos de jejum: o que agrada a Deus, o jejum santo... e o que não agrada!!

O jejum santo, neste primeiro contexto, seria, em poucas palavras, um "Ritual de Purificação".

Em Is. 58:3-14 Deus exorta Seu povo, deixando bem claro qual é o tipo de jejum que chega aos céus como aroma suave e adentra a sala do Trono.
Não é tão somente o ato ritualístico e cheio de aparên¬cias que vai fazer a diferença. Não basta vestir uma capa legalista. Se ao terminarmos nosso jejum continuarmos com os mesmo pecados, mentindo, sendo egoístas, adulterando, retendo perdão e cheios de mágoas no coração, tendo condições de fazer o bem a quem necessita, mas não o fazen¬do... de que terá adiantado martirizarmos a nossa carne???!!
A Lei exigia o jejum no Dia da Expiação como um reflexo de humildade e verdadeiro arrependimento. Veja em Lv. 16:29-34. O termo "afligir as vossas almas" queria dizer passar por um período de jejum. Sem comidas, bebidas, podendo chegar à abstenção de trocas de roupas, banhos e relações sexuais.
O que, em outras palavras, significava largar tudo e con¬centrar em Deus um coração contrito, quebrantado, dis¬posto a mudar. O jejum deveria ser um momento introspectivo que levasse ao genuíno arrependimento.
No entanto, no período do VT o jejum passou a ser enca¬rado como um ritual que por si só podia conquistar favores de Deus, uma espécie de barganha, de auto flagelação com endereço certo. Um "toma lá, dá cá"!
Esse tipo de postura não acarretará resultados espiri¬tuais de peso...
Porém, tanto antigamente como agora, os rituais não têm razão de ser, a não ser que sejam motivados por fé sincera e desejo de mudanças espirituais reais. Novamente: fruto de um coração que quer mais agradar a Deus que ser aben¬çoado.

Por isso, a fundamental importância do jejum é muito mais no que diz respeito à motivação interna, do que a sua aparência externa.

"No dia em que jejuais, cuidais dos vossos próprios inte¬resses (...)". fala o texto.
Motivação errada... jejum errado... perda de tempo!
"Seria este o jejum que escolhi, que o homem um dia af lija a sua alma, incline a sua cabeça como o junco e esten¬das debaixo de si pano de saco e cinza? Chamarias tu a isso jejum e dia aceitável do Senhor?"; e "(...) jejuando assim como hoje, não se fará ouvir a vossa voz no alto".
Por outro lado o Pai também encoraja: se fizermos um jejum de coração disposto, perdoando nosso inimigos, aben¬çoando vidas, tendo atitude condizente com a expressão do cristianismo, trazendo para nossas vidas verdadeiras obras de justiça, o Pai nos recompensará.
O texto promete saúde, direção contínua, abundância, cuidado em todos os níveis, justiça, proteção, bênção fami¬liar, bênção na Nação, exaltação, etc.
E nossas preces serão atendidas!
Mas não nos esqueçamos: "(...) não seguindo os nossos caminhos, nem pretendendo fazer a nossa própria vontade, nem falando palavras vãs, então nos deleitaremos no Se¬nhor, que nos fará cavalgar sobre os altos da Terra, e sere¬mos sustentados com a herança de Jacó, nosso pai, porque a boca do Senhor o disse".

• Guerra Espiritual:
O segundo aspecto a ser levado em consideração é que o jejum também indiretamente implica na autoridade espiri¬tual que receberemos sobre principados e potestades.
E uma atitude de Guerra Espiritual.
Lembram-se quando os discípulos de Jesus não conse¬guiram expulsar um demônio (Mt. 17:14-21)? O pai do jovem pede ajuda a Jesus por causa do insucesso anterior....
Depois Jesus é interrogado por seus discípulos sobre porque não conseguiram ter êxito contra aquele espírito imundo (afinal eles eram alunos do melhor dos mestres).

Embora Jesus os exorte quanto à pequenez da sua fé, coloca um aparte, dizendo que "certas castas só saem mediante jejum e oração".
Foi também depois de um jejum de 40 dias que Jesus enfrentou satanás no deserto: poderia certamente estar fraco na carne, mas estava forte em espírito! (Mt. 4:1-11).
Daniel, após jejuar por 21 dias (Dn. 10:2-12), sem comer nada aprazível, nem beber vinho, recebe um anjo enviado por Deus, que atende sua súplica! "Desde o primeiro dia em que aplicaste o coração a compreender e a humilhar-te pe¬rante o teu Deus, foram ouvidas as tuas palavras (...)". Notemos que a motivação é fundamental, como explicado antes.
No entanto foi travada uma Batalha Espiritual pois o anjo enviado a Daniel foi resistido por 21 dias pelo príncipe da Pérsia. Até que Miguel foi ajudá-lo. E por que ele foi aju¬dar? Porque Daniel continuou c/amando e jejuando, até que recebeu a resposta. Se ele não tivesse perseverado duran¬te os 21 dias, talvez o resultado fosse diferente.
E importante não colocar Deus em uma "caixinha". Nem sempre devemos seguir moldes de jejum! Deixe que o Espí¬rito Santo o oriente como fazer. Neste último exemplo, Daniel não pensou assim: "Vou fazer 21 dias de oração e jejum, e assim Deus me responderá...".
Ele orou e jejuou, 21 dias, até que obteve a resposta. Conosco talvez tenha que ser assim vez por outra, depen¬dendo do nível de Guerra a ser enfrentado.

• Petição/ Intercessão:
Um último aspecto a ser enfocado quanto ao jejum e suas principais aplicações em nossas vidas é no que diz res¬peito às petições/intercessões.
Embora Davi não tenha recebido o favor do Senhor quando ele pediu pela vida do primeiro filho que teve com Bateseba, entrou em jejum durante sete dias (II Sm. 12:15-23).
Quando Deus pretendeu destruir o povo de Israel no deserto, Moisés subiu ao monte durante 40 dias, e interce¬deu a favor do povo. Para isso esteve em jejum completo! (Dt. 9:18-29).
Quando Davi profetizava contra seus inimigos, e desa¬bafava sua dor diante de Deus clamando por justiça, ele jejuou muitas vezes (SI. 109:24).
Na Igreja primitiva vemos que os líderes jejuaram para buscar direção Divina e comissionar pessoas (Saulo e Barnabé).
A busca por orientação não deixa de ser uma Petição/ Intercessõo. Dependendo da orientação que buscamos de Deus, é necessário jejuar (At. 13-1-3) Esta prática nos torna mais sensíveis à voz do Senhor!
Jesus havia dito aos discípulos que enquanto Ele esti¬vesse presente na Terra não haveria jejum, mas quando se fosse para junto do Pai, então os seus seguidores deveriam jejuar (Mt. 91447 - neste aspecto, o jejum seria uma for¬ma de buscar o pano novo e os odres novos).
Os propósitos do jejum Cristão são os mesmos citados até agora porque o NT não retira nenhum dos significados anteriores mencionados no VT. Apesar de que agora não se trata mais de uma prática obrigatória, mas sim algo benéfi¬co ao desenvolvimento espiritual.
Paulo mesmo é um que menciona quantas vezes esteve em jejuns (II Co 6:5 ; 11:27).

3) ORAÇÃO ESPECÍFICA

Vamos chamar de Oração Específica a "Oração Reve¬lada", ou "Discernida".
Deus é Onisciente, sabe de tudo. Especialmente aquilo que não sabemos. A Palavra diz que Deus não faz coisa algu¬ma sem primeiro revelar aos Seus Profetas (Am. 3:7). Diz que nos anunciará "coisas grandes e ocultas que não sabemos" (Jr. 33:3).
Também afirma que o Espírito Santo da Verdade seria enviado, habitaria em nós e nos conduziria a toda a Verdade, anunciando as coisa que hão de vir (Jo 14:16-17 ; Jo 16:13).
"(...) derramarei o Meu Espírito sobre toda a carne, e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos ve¬lhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões. Até sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei do Meu Espírito. Mostrarei maravilhas no Céu e na terra, san¬gue e fogo, e colunas de fumaça (Jl. 2:28-30).
Estes são apenas alguns dos textos Bíblicos que garan¬tem que o verdadeiro homem espiritual estaria apto a discernir as coisas do espírito, teria acesso à mente de Cristo e entenderia, e saberia, aquilo que naturalmente não se pode (I Co 2:10-16). As coisas de Deus, somente o Espírito de Deus conhece. Mas nós recebemos o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos tudo aquilo que vem Dele para nós. Pelo menos é assim que deveria funcionar.
A Bíblia garante, e é farta em exemplos no que diz res¬peito ao discernimento espiritual (Por exemplo, foi assim com José no Egito, ou com Daniel na Babilônia).
Mas a Palavra também é c\ara em dizer que não devemos apagar o Espírito (I Ts 519).
Se diz isso, é porque pode acontecer. E passamos a ser guiados pela alma, e pelos enganos do diabo. Muitas vezes até achando que somos guiados por Deus. Realmente que o Senhor nos proteja de situações terríveis como esta!...
Somente o que está ligado a Deus, e que O busca cons¬tantemente em oração, procurando caminhar pela trilha certa, independente das circunstâncias... poderá reivindi¬car o livramento nas horas amargas, e o discernimento espi¬ritual para todas os momentos. E neste último que se baseia a Oração Específica.
Podemos orar por assuntos que jamais passariam pela mente e entendimento humanos. Porque brotaram direta¬mente do espírito. No contexto da Guerra ela é especial¬mente importante. Inclusive a Palavra faz menção ao termo "discernir" associado ao fato de (poder) "fazer distinção entre o bem e o mal" (Hb. 5.14). E o Cristão adulto, maduro, é aquele capaz de fazer isto. Ele deixa de ser ingênuo.
Não é o propósito deste livro falar sobre Dons Espiritu¬ais. Mas não podemos deixar de citar aqui a importância e necessidade dos dons face à realidade da Guerra(I Co 12:4-11,31 ; I Co 14:1-5,12-13 ; Rm. 12:3-8).
Existe um Dom Espiritual específico de discernimento de espíritos(I Co 12:10). É interessante notar que se exis¬te tal Dom, é sinal que nem sempre é tão fácil assim discernir entre o que vem de Deus e o que não vem!
A palavra de conhecimento também é importante. Atra¬vés desta manifestação pode-se conhecer o que nossos olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem a mente humana captou. Mas os olhos, os ouvidos e a mente do Senhor, de¬tentora de todo conhecimento, sabe! Isto é fato! E real! E muitos estratagemas ocultos do inimigo serão assim revela¬dos. Lembram-se de Mt. 10:26?
Haverá momentos em que Deus certamente trará pala¬vras de sabedoria também. E as orações poderão ser muito, muito mais específicas. Os bons verdadeiros existem, são incontestáveis e de auxílio inestimável.

Muito embora você possa receber de Deus estes Dons, não estamos falando necessariamente deles, mas de toda orientação que vem do Espírito Santo diretamente ao seu espírito.

Algumas vezes você terá experiências sobrenaturais por meio de visões, ou sonhos, ou sensações muito claras no es¬pírito. Outras vezes a direção correta virá claramente em sua mente através de impressões fortes. Não adianta que¬rer colocar Deus numa caixinha e dizer como o Espírito se manifesta. Seria esta uma tarefa tola! Mas algo é certo: Ele fala! E pode dar a direção correta, e somente Ele.
Alguns outros conselhos para evitar que você tome a di¬reção errada:
Na dúvida sobre o que fazer diante de uma situação, espere e ore mais. E, principalmente: aconselhe-se! Com conselheiros idôneos. Aprenda a não fazer nada impulsiva¬mente, e sem dividir o fardo com ninguém. Você perceberá que vai começar a caminhar com sabedoria.
Muitas vezes as soluções que vêm de Deus em momento algum passariam pela sua mente. Ou será que Moisés pen¬sou em atravessar o mar?!? Creio que esta seria a última das últimas alternativas. Porque não era uma direção hu¬mana.

Mas, cuidado! Os dons falsos também existem. E pa¬rece até que em maior quantidade do que os verdadeiros.

E improvável que alguém com a vida suja e cheia de legalidades possa realmente mover-se nos Dons do Espírito. Mas nem sempre estas legalidades são visíveis.
Lembra-se do que dissemos antes? Agora é tempo de engano, de esfriamento, de falsos profetas.
Quando nossas vidas não estão realmente ligadas a Deus, as manifestações sobrenaturais que porventura aconteçam podem muito mais ser contaminação da alma e mente huma¬nas, ou pura influência demoníaca. Quem nunca ouviu falar das célebres "Profetadas", que causam nada mais do que danos e mais danos?
Isso não é privilégio nosso, do nosso tempo... houve fal¬sos profetas nos tempos Bíblicos (Jr. 23:11-16,21-22,2b 32 ; Lm. 2:14 ; Sf. 3:4 ; Jr. 8:7-12).
Aliás, frente a qualquer palavra de profecia que for dada a você, tome algumas atitudes de prudência: fuja de deci¬sões precipitadas, sem aconselhar-se (Pv. 24:6). Na dúvida, não faça nada. E espere. Se for interesse e vontade de Deus, Ele falará muitas vezes a mesma coisa de diferentes formas.
Nosso conselho é: busque os Dons. Claro! Como foi incenti¬vo do próprio /Apóstolo Paulo. Mas eles são ferramentas de auxílio, e existe um mínimo de condições para o bom êxito. Em suma, tudo o que já foi dito até agora: vida genuína com Deus!

4) LOUVOR E ADORAÇÃO
Louvor e Adoração são expressões de fé.
E a maneira de dizermos a Deus que, independentemen¬te das circunstâncias, sabemos que Ele é o Grande "El-Shaddai"! Ele sempre vence!

Tais atitudes - quando verdadeiras - são importantes em determinados momentos de Guerra.

Vamos ver alguns exemplos Bíblicos que possam compro¬var a nossa tese?
Em II Cr. 20:3-4,12,15-18,21-23 vemos gritos de Guer¬ra que, em forma de cânticos de Louvor, serviam para bus¬car a ajuda de Deus. (E não aumentar a coragem deles pró¬prios). Repararam que antes de receber esta direção de Deus, e o livramento, Josafá apregoou jejum em toda Judá?
Josué e Gideão comandaram cortejos semelhantes, com gritos de Guerra que glorificavam a Deus (Js 6:8-10,13-16,20-21 ; Jz. 7:16-22).
E quanto a Paulo e Silas, em At. 16:25-26? Apesar da dor de seus ferimentos - afinal, foram surrados quase até a morte, - eles louvavam a Deus na prisão. E cantavam tão alto que todos os demais presos ouviam. De repente, um grande terremoto abriu todas as portas da cadeia e os li¬vrou. Além do que, o carcereiro converteu-se.
Deus estava esperando, novamente, o Louvor e a /Adora¬ção começarem para operar com Poder!

5) REVESTIMENTO COM ARMADURA

Partamos do seguinte princípio: Deus sempre trabalha em parceria conosco. Ele nada fará sozinho, nem nós tão pouco.

Em se tratando de Batalha Espiritual, o princípio não é diferente.
Voltemos um pouco para Efésios 6:10, "fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder"; e, logo a seguir "revesti-vos de toda armadura de Deus (...)".
Como o próprio texto menciona, há aí um duplo aspecto: o que Deus faz é garantir fortalecimento a nós, através de sua presença e poder. O que nós devemos fazer é revestimo-nos com a armadura e ficarmos firmes.
Notamos que o ato de revestir-se vem como uma ordem imperativa: "revesti-vos, pois"; o objetivo aparece claro no versículo 13, isto é, para que possamos resistir no dia mau, vencer tudo e ainda permanecermos inabalados. E óbvio o contrário: não tomar da armadura significa não prevalecer, ser derrotado. Você. pode imaginar um soldado indo para o Vietnã apenas de calça jeans e camiseta? Claro que não, ele vai totalmente preparado.

Este é outro aspecto: Paulo é categórico ao dizer "tomai toda a armadura", ou seja, apenas pedaços dela não garantem um bom resultado final.

Fica então implícito que o ato de revestir-se tem que ser via "vontade própria", individualmente, e não podemos negligenciar nenhuma peça.
A partir daí, Paulo passa a explicitar cada uma das par¬tes da armadura.
Antes de falarmos sobre isso, é interessante notar que é impossível acontecer o revestimento sem que certos pa¬drões de santidade (conduta) estejam expressos na sua vida. Porque como acontece o revestimento? Não apenas no ato de fé, ao dizer, "tomo posse do cinturão da verdade", por exemplo. Se você não aprendeu a viver a verdade, a ex¬pressar a verdade, e muito menos conhece o Senhor da Ver¬dade... não adianta apenas verbalizar da boca para fora. Você só estará revestido quando aprender a viver aquilo que aquela peça expressa.
Davi estava sem armadura.... os soldados de Saul tinham armadura... mas embora os soldados estivessem revestidos de uma armadura física, a falta de conhecimento e intimi¬dade com o Senhor dos Exércitos não os capacitou na luta contra os filisteus, e especialmente Golias. Davi, embora não revestido fisicamente, por causa da vida de bastidores que tinha com Deus, recebeu, na hora, um revestimento es¬piritual. O revestimento foi fruto da vida!
Em Efésios estamos falando de uma Batalha Espiritual, portanto o revestimento também é espiritual. Mas, da mesma forma, ele só vai acontecer como fruto de uma vida com Deus.
A Armadura Espiritual é uma figura alegórica de verda¬des muito profundas. Em termos gerais, observemos alguns detalhes: há peças "ofensivas" - a espada. Há peças "defen¬sivas" - a couraça, o cinturão, o capacete e o escudo. Há também os sapatos, um misto de tudo: ofensivo/defensivo, mas com um significado especial.
Iniciamos pelas peças defensivas - elas protegem a cabeça (capacete), o tórax (couraça), a porção abdominal (cinturão); ou podem proteger qualquer outra parte (escudo).

• Capacete da Salvação:
A grande "central" de tudo é o cérebro. O capacete pro¬tege a cabeça, a mente, as vontades, o poder de decisão, os órgãos dos sentidos. Tudo está relacionado ao cérebro. A porção mais nobre do corpo. Fomos salvos por Cristo e, igual mente, esse também é o ato mais nobre que há; fomos com¬prados por sangue e selados com selo real. E o ato nobre de. Jesus que tem que proteger a parte nobre do corpo. A lembrança, a certeza, a proteção conferida por esse fato tem que ser presente durante a Batalha. Somos filhos, e nada pode mudar isto. A certeza da Salvação e o que ela significa é a defesa mais poderosa contra satanás e seus ataques a nível da mente, que são os mais acirrados.
Além disso, devemos desenvolver a nossa Salvação. Tudo o que somos está no cérebro, e tudo isto tem que ser modi¬ficado pela Salvação.

• Couraça da Justiça:
Sabemos que uma vez salvos, uma das conseqüências mais imediatas é a justificação. Não podemos entrar numa Bata¬lha contra o acusador sem a certeza de "não haver acusação sobre nós". Seria derrota certa, morte certa. Por outro lado é claro que se nós, de livre e espontânea vontade estivermos em pecado, nunca estaremos revestidos desta couraça. Mes¬mo que se "da boca para fora" estivermos cobertos com ela!
Reparemos que a couraça cobre o tórax, onde encon¬tram-se coração e pulmões, órgãos nobres que não podem ser lesados. O coração é o símbolo da vida humana. A justi¬ça de Deus sobre nós trás vida! E impede que o diabo tenha poder de nos lesar mortalmente. E como se seus ataques, por piores que sejam, não possam ferir a vida que há em nós. Da mesma forma, a couraça cobre também braços em parte, regiões que se movimentam. Creio haver nisso uma menção ao fato de que uma vez justificados, devemos con¬tinuar andando em justiça.
Isto é, nossos braços (e, consequentemente, as mãos) devem estar limpos.

• Cinturão da Verdade:
Fisicamente falando, o cinto dá volta ao corpo, e reco¬bre o abdome, está sobre as "entranhas".
Antigamente, as entranhas (interior abdominal) eram associadas ao lado emocional do ser humano. Note um deta¬lhe interessante: a gordura das entranhas era oferecida junto com os rins e sua gordura, com o redenho ("revesti¬mento") do fígado e o sangue nos sacrifícios pelo pecado (Lv. 4:8-10). Segundo a cultura da época, estes elementos eram os principais representantes da essência da alma hu¬mana (e o pecado reside na alma do ser humano!).
A nível espiritual percebemos então que há necessidade da Verdade circundar completamente o nosso ser, pela fren¬te e pelas costas. Jesus é a Verdade, Sua Palavra é a Ver¬dade. O contato com a Verdade de Deus teria um forte impacto sobre as emoções. Contra a Verdade de Deus as emoções, muitas vezes extremamente irracionais e errône¬as, não prevalecem. A racionalidade de Deus contrabalança a irracionalidade da alma humana. O cinturão da Verdade seria uma arma poderosa para nos auxiliar exatamente quan¬do estamos emocionalmente abalados. Pois a Verdade do Senhor é imutável!

• Escudo da Fé:
A fé precisa ser recebida. Através do Logos, mas prin¬cipalmente da Rhema. E precisa ser exercida. O exercício da fé constitui-se num item de defesa que vai adequar-se às mais diversas circunstâncias. O Escudo é móvel e pode proteger o Guerreiro dos "dardos inflamados do inimigo" em qualquer região do corpo (qualquer circunstância). A fé também pode ser ofensiva, em algumas circunstâncias. Mas tanto a nível defensivo quanto ofensivo é preciso estar dis¬posto a aprender a manejar o escudo!

Em suma: praticamente falando, o completo revestimento com essas peças de defesa se dá tanto pelo recebimento destas dádivas, através de Cristo, como pelo exercício das mesmas, segundo o padrão de Cristo.
Quanto às armas ofensivas/defensivas, estas que estão nas mãos e nos pés do guerreiro, e não sobre o seu corpo: há um simbolismo diferente.
No caso da Espada (assim como o Escudo), há necessida¬de de toma-la voluntariamente e aprender a manejá-la. En¬volve a decisão humana, própria, e o desejo de aprender a manuseá-la bem. Os sapatos têm um simbolismo a mais, o qual veremos a seguir.

• Espada do Espírito:
E a única arma claramente ofensiva. O próprio texto se explica dizendo que esta arma é a Palavra de Deus. Sabe¬mos que Jesus fez recuar o diabo com o manejo da Palavra (Mt. 4:1-11); o autor de Hebreus diz que a Palavra l,é mais cortante do que faca de dois gumes" (Hb. 4:12); e em Apocalipse o cavaleiro que vem no cavalo branco (Jesus) tem uma "espada na boca" (Palavra). (Ap. 19:11-16).
A arma é tão importante que é a única para a qual Paulo dá maiores explicações sobre o seu uso: ele discrimina no v. 18 um pouco mais acerca de como usá-la. Parece estar inti¬mamente ligada à vigilância e oração, ao orar no espírito, e à súplica perseverante. Assim é que, espiritualmente falan¬do, a Espada do Espírito está na nossa boca; a Palavra deve ser liberada pelos nossos lábios segundo a orientação e discernimento do Espírito Santo. E não é, claro, qualquer palavra, mas a oração eficaz que é feita sobre a Palavra de Deus e da Palavra de Deus. Esta tem efeito de espada!
Estas duas armas estão intimamente associadas: Pala¬vra e Fé (que é muito versátil) ligadas ao Espírito de Deus, uma combinação que faz todo o Inferno tremer. Afinal, nas armas da nossa milícia não são carnais, mas são poderosas em Deus para destruir fortalezas, anulando sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus(...). (II Co. 10:4-5).

• Sapatos da Preparação do Evangelho da Paz:
São ofensivos, são defensivos. Mas há aqui um significa¬do específico. Os pés estão ligados ao ato de caminhar, à direção, à orientação dada ao corpo. Isso tem a ver com "intenção".
Assim é que o guerreiro pode estar totalmente paramentado, mas marchar na direção errada, marchar por conta própria. Ou nem marchar. Desviar-se dos verdadei¬ros propósitos do General.
A prontidão para com o Evangelho da Paz tem que ser a diretriz do nosso caminhar, inclusive durante a Guerra. E um alerta para que ninguém entre em luta orientado por causas erradas. Seria um risco demasiadamente grande, pois, afinal, o objetivo do soldado é "satisfazer aquele que o arregimentou" (II Tm. 2:4).

Enfim: Muitos conselhos práticos foram vistos. /Apren¬damos realmente a nos paramentar eficazmente para a Ba¬talha.

6) MINISTRAÇÃO DE LIBERTAÇÃO E CURA INTERIOR
Também não é o propósito deste estudo falar demasia¬damente sobre isso. No entanto, há alguns aspectos funda¬mentais a serem considerados.
A Libertação tem por objetivo quebrar antigas legalidades que tenham sido dadas a demônios, através de pecados conscientes ou mesmo inconscientes. Estas "brechas" tor¬nam-se portas de entrada para a atuação de entidades e, dependendo do tipo de envolvimento no passado, a influên¬cia do inimigo pode ser enorme.
A Cura Interior já é um pouco diferente. Visa principal¬mente dar espaço ao poder curador do Espírito Santo diante de traumas, feridas emocionais e conseqüências dos pecados.

Enfim: a Libertação lida com o pecado em si, com as práticas que abriram legalidade à atuação de demônios. A Cura Interior pressupõe o tratamento das conseqüên¬cias do pecado na alma, das feridas abertas por ele e pelos demônios.

Jesus conquistou para nós na cruz a salvação, a liberta¬ção de maldições e curas integrais do espírito, alma e cor¬po. A obra redentora é completa! (Is. 53:4-6 : I Pe 2:24 ; G\. 3:13-14).
No entanto, nós não estamos salvos enquanto não cre¬mos com o coração e confessamos com a boca, isto é, en¬quanto não tomamos posse pessoalmente da Salvação. Não é isso? Igualmente, não há libertação de maldições e nem cura se não tomarmos posse destas também. Tais proces¬sos são "estancados" a partir do momento em que, através da oração e confissão dos pecados, através da petição pela cura, o poder do Espírito Santo entra em ação.
Às vezes é necessário que isto seja feito em conjunto, porque a oração em concordância tem muito poder. /Aonde dois concordarem na terra estará ligado nos Céus. Devemos mutuamente nos dar suporte, confessar os nossos pecados uns aos outros, e orarmos uns pelos outros para sermos curados (Mt. 18:18-19 ; Tg. 5:16-17).
Somos testemunhas da realidade e importância dos pro¬cessos de Libertação e Cura Interior. Faz toda a diferença!
E nisso entramos no último ponto: há pessoas que vão precisar passar por isso antes de realmente entrar no seu Destino Espiritual. E há outras, dependendo do nível de Guer¬ra que irão enfrentar em suas vidas, para as quais é mais importante ainda que se submetam à Ministração.
O diabo sabe aonde atacar. Conhece os nossos pontos fra¬cos, sabe por onde entrar, sabe onde bater, conhece as nos¬sas feridas. Especialmente aquelas que ele mesmo causou.

Sem sermos ministrados, ficamos mais vulneráveis; nosso andar é mais dificultoso.
Por esses motivos aconselhamos aqueles a quem o Espí¬rito Santo dirigir neste sentido que busquem a Ministração o quanto antes. Para serem curados.






























UM PEQUENO ESTUDO SOBRE ANJOS

1) A REALIDADE DOS ANJOS
Os anjos são citados cerca de 300 vezes em toda a Bí¬blia, sendo que no livro de Apocalipse se encontra o maior número de relatos.
Não há nada que seja mencionado na Palavra de Deus por mero acaso. Tudo que está escrito, assim está com um pro¬pósito definido. Deus não despenderia seu tempo em men¬cionar e relatar fatos envolvendo anjos se estes não exis¬tissem, ou se seu valor não fosse expressivo para Deus! E muito menos se estes não tivessem nenhuma relação com os filhos de Deus!
Se a Bíblia é uma carta aos filhos, e ela menciona os anjos... então é porque estes têm algo a ver com os filhos.
Até Jesus chegou a citar os anjos em seus ensinos:
• Nas parábolas - Ex. Parábola do Joio (Mt. 13:39).
• Como associados à Sua segunda vinda (Mt. 24.31).
• Que se alegram com mais uma vida que é escrita no livro da Vida (Lc. 15:10).
• Estavam à Sua disposição, no momento de necessida¬de (Mt. 4:11 ; 26:53).

2) QUEM SÃO OS /ANJOS?

ANJO = MENSAGEIRO

Anjos são seres espirituais dotados de inteligência, cons¬ciência própria, e de posse de um caráter moral. Seu conhe¬cimento excede o dos homens.
Eles conhecem os planos de Deus para o mundo e para os homens mediante revelação de Deus (Ap. 10:5-7; 17.1-18).
São capazes de desempenhar sua tarefas com sabedo¬ria e zelo, a mando de Deus e a serviço dos homens (Sl. 103:20 ; Hb 1:14); ainda que não sejam oniscientes, onipresentes ou onipotentes.
São emotivos, e se alegram em servir a Deus (Jó 38:7). Não devem receber adoração dos homens (Ap. 19-10).
O seu número é espantoso! São comparados às estrelas do céu! (SI. 148:2). Quantas estrelas há no céu??? Bilhões!!!!
Lc. 2:13-15 menciona apenas uma parte do que seria uma legião de anjos. Quando Jesus disse que poderia ter chamado em seu auxilio doze legiões de anjos, isso signifi¬ca que poderiam ser cerca de 54.000 a 63.600 anjos!!!! (Mt. 26:53). Este cálculo foi feito com base no que seria uma Legião do Exército Romano, ponto de referência para este texto: uma Legião Romana era composta por 4200 a 5000 homens e 300 cavaleiros! (Ref. "A Civilização Roma¬na" - Pierre Grimal).
Ap. 5:11 diz que "o (seu) número era de milhões de mi¬lhões e de milhares de milhares". Podemos arriscar dizer que o numero total de anjos pode ser comparado ao numero total de seres humanos em TODA A HISTÓRIA!!!!

3) QUAL SUA FORMA DE ATUAR?
• GUARDAM E PROTEGEM OS FILHOS DE DEUS
• DÃO ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS
• TRAZEM PROFECIAS
• TRAZEM ENTENDIMENTO DE VERDADES
• ESPIRITUAIS
• TRAZEM RESPOSTA DE ORAÇÃO
• TRAZEM SINAIS
• SUPREM NECESSIDADES
• DESTROEM INIMIGOS
• TRAVAM LUTAS DIRETAS COM DEMÔNIOS
• OPERAM SINAIS NA NATUREZA


Principais Textos.

ÊX. 20:20-23 ; I Re 19:5-8 ; II Re 19:35 ; II Cr. 32:21 ; Sl. 91:11-12 ; Is. 37:36 ; Dn. 6:22 ; Dn. 8:15-19 ; Dn. 10:5-21 ; Lc. 1:13,18-20 ; Lc. 1:26-38 ; At. 8:26 ; At. 12:6-11 ; Jd. 9 ; Ap. 12:7-9 ; Ap. 16:17-21 ; Ap. 17:1-3,7,15.

4) UM POUCO MAIS ÜAS FUNÇÕES ANGELICAIS:
Existem cinco tipos de anjos que a Palavra de Deus men¬ciona. São cinco categorias angelicais com patentes e fun¬ções bem definidas:

• Guerreiros e Ministradores: Anjos e Arcanjos
A grande maioria das aparições angelicais de toda a Bí¬blia são desta categoria, anjos ou arcanjos.
Parte dos anjos criada por Deus é guerreira, e forma um exército cujo capitão é o Arcanjo Miguel, um dos primeiros príncipes: "Miguel e seus anjos" quer dizer "anjos sob a liderança de Miguel" (Ap. 12:7 ; Dn. 10:13 ; Dn. 12:1). Miguel tem sido colocado por Deus para defender o Seu povo, opon¬do-se contra os seus inimigos. Este grande e poderoso exército tem pelejado ao longo da História, mas nenhuma tão tremenda quanto as grandes batalhas que ainda estão por vir. Eles pelejarão contra todo o exército do Mal.
O termo "Jeová Sabaoh", ou "Senhor dos Exércitos", faz menção a isto. Ou seja, quer dizer "Senhor dos Exérci¬tos Celestiais", ou "Senhor dos anjos"!
Naturalmente existe uma hierarquia entre eles. Se não fosse assim, Miguel não teria ido em auxílio de um anjo de menor poder do que ele mesmo.
Há também anjos ministradores, cuja maior função não é combater, mas trazer consolo, alívio e direção: " Não são todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor do que hão de herdar a salvação?" (Hb 1:14).

• Anjos Ligados à Adoração: Querubins e Serafins
Os Querubins são citados quando a Glória e a Santidade de Deus estão também presentes. Normalmente eles estão no Céu, perto de Deus, a não ser que haja necessidade de vir à Terra. Ao que parece, eles estão mais perto do Trono e sua principal função é adorar.
No cativeiro babilônico, Ezequiel teve revelação da Glória de Deus, e isto envolveu a visão de quatro criaturas. Depois estas são identificadas como Querubins. Em Apocalipse, a visão relacionada à Glória e ao Trono do Senhor também en¬volve a presença destas quatro criaturas (seres viventes). (Ap. 4:6-9 ; Ez. 1:4-28 ; Ez. 10:3-5,10-14,18-22).
As visões descritas são muito estranhas porque vão com¬pletamente além da experiência e entendimentos humanos. Inclusive deve haver uma total falta de palavras paro, des¬crever o que foi visto. Mas fica claro que eles são indescritivelmente poderosos, com aparência de brasas ou bronze polido, e de movimento como o relâmpago! A luz inunda tudo à sua volta, e seu resplendor é incomparável!
Os Querubins são anjos da mais alta hierarquia, sua be¬leza, poder e caráter são impossíveis de serem descritos. Por isso Ezequiel usa de tudo o que é conhecido de melhor na época para tentar descrevê-los. E em Ez. 1:28 se diz que "esta era a aparência da Glória do Senhor".
Em outros trechos da Palavra de Deus eles são citados também como estando perto de Deus (II Sm. 6:2 ; SI. 80:1 ; Sl. 99:1).
Figuras de Querubins aparecem também adornando o Propiciatório que estaria sobre a Arca, no Tabernáculo, em forma de imagens de ouro. As figuras dos Querubins tam¬bém foram bordadas nas dez cortinas de linho que formari¬am as paredes internas e o teto plano do Tabernáculo, bem como no véu que separaria o Santo dos Santos do Lugar Santo. Naturalmente isto não é por mero acaso, pois tudo tinha a ver com a expressão da Glória de Deus.
No Santo dos Santos a "Shekinah" se manifestava! E todo o ambiente interno do Tabernáculo exibia imagens e mais imagens de Querubins. Sem dúvida isso simbolizava a pre¬sença destes seres, de uma guarda especial e tremenda destacada por Deus, totalmente real no Reino Espiritual, a volta e dentro do Tabernáculo (Ex. 25:17-22 ; 37:7-9 ; 26:31 ; 36:8 ; 26:31 ; 36:35).
Em outras palavras, os Querubins simbolicamente "de¬marcavam" o local de manifestação divina na Terra!
Repare que eles aparecem também em Gn. 3:24, guar¬dando a árvore da Vida com suas espadas flamejantes.
Note mais um detalhe importante! Satanás era um Querubim e, acima disto, ele era um Querubim ungido! (Ez. 28:14). O que significa que ele tinha algo a mais, uma capacitação a mais dada por Deus que ou outros não tinham! Não existe outro texto dizendo que algum Querubim rece¬beu uma Unção especial.
O respeito entre as patentes é observado quando o /Ar¬canjo Miguel encontra com satanás.
Embora seja ele um dos primeiros príncipes, não ousa re¬preender o diabo, mas diz: "O Senhor te repreenda" (Jd. 9).
Os Serafins são citados menos vezes, mas também es¬tão associados à presença próxima de Glória de Deus. Em Is. 6:1-7 é narrada a visão do Trono e das vestes do Se¬nhor, que enchiam o Templo. Os Serafins voavam acima do Templo e exaltavam a Santidade de Deus. A voz do seu cântico abalava as estruturas do Templo e ele se encheu de fumaça, tal era o poder destes seres e a indescritível pre¬sença de Deus naquele lugar!!!
Diz o texto que Isa\as foi tocado por um Serafim, e ele tinha na mão uma brasa viva do Trono de Deus. Assim foi Isaías perdoado e comissionado para o trabalho pro¬fético.

• Os Anciãos:
Citados algumas vezes em Apocalipse, veja algumas das referências: Ap. 4:4,10-11 ; 5:5-9,14.
"Parecem ser seres angélicos, cuja função é (também) adorar e servir a Deus. Uma tradição os identifica como representantes tanto de Israel (as 12 Tribos), quanto da Igreja (os 12 apóstolos)".
(Segundo comentários da Bíblia de Estudo Vida).
Compare, por exemplo, com a descrição da Nova Jeru¬salém no final do livro (Ap. 21:12-17 ; Ap. 22:2). Também cita 12 portas, 12 anjos, 12 tribos, 12 fundamentos, 12 apóstolos.
As dimensões da cidade: 12000 estádios, com uma mu¬ralha de 144000 cavados. No meio da praça está a Arvore da Vida, que produz 12 frutos.
O número 12 (e seus múltiplos) têm sempre uma conotação de Governo Divino.
Em suma: peça a Deus constantemente que Ele envie Seus anjos para proteger você, sua casa, seus negócios. A pre¬sença deles precisa ser invocada, e o Senhor dará ordens para que eles venham, e estejam sempre ao seu redor! O número e a patente dos anjos destacados para acompanhá-lo serão de acordo com a intensidade de lutas que você en¬frenta.











CONCLUSÃO

Vamos começar com o texto Bíblico... Que é bálsamo para as nossas almas, refrigério vindo do Pai Amoroso e Longânimo... O qual só deseja o nosso bem...

"Filho meu, se o teu coração for sábio, alegrar-se-á o Meu também; exultará o Meu íntimo quando os teus lábios falarem coisas retas. Não tenhas inveja dos pecadores; an¬tes no temor do Senhor perseveraras todos os dias. Porque deveras haverá bom futuro, não será frustrada a tua espe¬rança; ouve, filho Meu, e se sábio; guia retamente no cami¬nho o teu coração" (Pv. 23 15-19).

Animemo-nos com estas palavras de encorajamento!

Porque não é objetivo deste livro "desanimar" a Igreja, nem os irmãos, uma vez que basta olhar à nossa volta para reconhecermos as deficiências tanto individuais quanto co¬letivas.
Mas o Senhor almeja - ansiosamente! - que deixemos de invejar os pecadores, de nos comportarmos como eles, de intimamente acharmos que haverá algum lucro no erro.
O Povo de Deus necessita urgentemente entrar num pro¬cesso introspectivo... de conscientização do pecado... e dor... dor aguda por causa dele! Dor genuína! Não é possível conti¬nuar havendo conformismo, desculpas, justificativas e, pior ainda... ausência de consciência.

Depois desta leitura pelo menos duas coisas ficam claras.

A primeira é que as verdadeiras mudanças virão, virão sim! Mas como fruto de genuíno arrependimento. O arre¬pendimento trará uma mudança da nossa sorte, e um novo mover dos Céus nas nossas vidas, famílias, Igrejas e Nação, se nós de fato O buscarmos de todo o nosso coração (Jr. 29:12-14).
A segunda é que elas não acontecerão da noite para o dia, e disso precisamos estar bem certos. Haverá um pro¬cesso a iniciar-se em cada um de nós, tanto maior e mais rápido quanto mais nós mesmos o permitirmos. O que enco¬bre as suas transgressões jamais prosperará: mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia (Pv. 28:13).
A nossa maior recompensa, como diz o singelo texto do início, é que o Senhor irá alegrar-se com cada gesto nosso para pôr fim ao pecado. Cada esforço, cada lágrima, cada luta e cada vitória... trarão alegria ao nosso Deus. O Seu coração se alegrará , e o Seu íntimo ficará exultante por nossa causa!!!
Como é bom saber que somos provados e aprovados por Ele! Não desistamos, portanto! A luta é muito grande e bas¬tante árdua, mas vamos continuar buscando ao Senhor en¬quanto (ainda) podemos achá-Lo, invocando-0 enquanto (ain¬da) está perto" (Is. 55:6).
A nossa outra recompensa é também muito boa: tere¬mos mais condições de fazer frente aos avanços do inimigo contra nós! Há tantas e tantas vezes em que estamos sendo literalmente massacrados pelas forças infernais e nem se¬quer nos damos conta disto...

Este tempo precisa chegar ao fim!

Gostaríamos agora de terminar a nossa conclusão com outro texto Bíblico... com um célebre versículo, certamente conhecido de todos nós: (...) se o Meu Povo, que se chama pelo Meu Nome, se humilhar, orar e Me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então Eu ouvirei dos Céus, perdoa¬rei os seus pecados e sararei a sua terra." (II Cr. 7:14).
Só que hoje oremos e pecamos que o nosso Deus traga uma outra revelação sobre este texto... e nos faça mais conscientes do seu verdadeiro significado. Transforme-se ele em um verdadeiro princípio a ser seguido pela Igreja de Cristo, fielmente!
Então, no dia em que o Senhor Jesus vier nos buscar, poderá encontrar a Sua Noiva limpa... perfumada... adornada... tão linda... Maravilhosa!

Louvado seja o Nome do Senhor!