quinta-feira, 31 de março de 2011

Sete coisas que existem no inferno e que precisamos ter na Igreja

TEXTO: Lc. 16. 19-31

Introdução: Muitos não acreditam que possa haver o inferno. Mas o fato é que de todos os escritores do livro sagrado, o que mais fala dele é o próprio Senhor Jesus.
7 COISAS QUE EXISTEM NO INFERNO E QUE PRECISAM EXISTIR NA IGREJA:

1 – NO INFERNO EXISTE UMA VISÃO CLARA DA REALIDADE ESPIRITUAL (v.23):
- Aquele homem rico morreu e foi para o inferno e a primeira coisa que vemos na vida dele, é uma visão clara, os olhos dele se abriram.
- Aquele homem quando estava aqui, vivia numa completa cegueira. Mas de repente no inferno, ele foi tomado de lucidez espiritual, de um esclarecimento.

A visão que ele teve no inferno se baseia em duas coisas:

1º - Existe uma realidade depois da morte: Essa realidade, é o que te leva a crer no Senhor para salvação, pois existe sim um Julgamento e muitos serão condenados para o inferno;

2º - O outro lado da visão, que esse esclarecimento da visão da realidade da vida depois da morte, é o que deve nos levar a ter uma atitude evangelizadora;
- Aquele que é displicente com o evangelismo, é na verdade alguém que não tem esclarecimento a respeito das realidades do espírito, porque se tivesse, não seria indiferente para advertir as pessoas a respeito da vida após a morte.
- Você tem sido atencioso ou displicente em relação ao evangelismo?

2 – NO INFERNO EXISTE SÚPLICA E CLAMOR (v. 24a):
- Podemos pensar que o inferno é um lugar cheio de blasfêmia, mas o texto mostra que o inferno é um lugar cheio de súplica, clamor e grito de misericórdia. Mas lá não terá ninguém para ouvir, não se poderá mais orar ao Pai.
- O rico pede algo para Abraão, mas nós, temos o caminho aberto, podemos chegar diante do trono da graça pelo sangue de Jesus e chamar Deus de Pai, Ele vai responder dizendo que nós somos filhos e vai nos abrir os tesouros do céu.
- É terrível pensar que no inferno há clamor e às vezes, na igreja não há!
- Existe um clamor em seu coração pelos perdidos?

3 – NO INFERNO EXISTE CONSCIÊNCIA DA PRÓPRIA CONDIÇÃO (v.24):
- Mais do que qualquer outra coisa, aquele homem teve a clara percepção da futilidade de todas as coisas, diante do peso da eternidade.
- Ele sabia que estava no inferno por causa de suas escolhas nessa vida.

4 – NO INFERNO EXISTE SEPARAÇÃO (v.26):
- Separação é um princípio vital na Palavra de Deus, o capítulo 1 de Gênesis mostra separação entre o dia e a noite, entre a luz e as trevas, entre águas de cima e águas debaixo, entre a terra e o mar, depois Deus separou Abraão de Ló, Isaque de Ismael, Esaú de Jacó, Deus separou Davi de Saul.
- Hoje, no Novo Testamento, Deus separa, a alma do espírito; Deus separa o que é da carne, daquele que é espiritual; o santo do profano; o filho de Deus e o filho da ira; salvação da condenação;
- No inferno eles entendem bem, que existe separação, lá as coisas são claras, mas muitos de nós não entendemos a separação!

5 – NO INFERNO EXISTE PREOCUPAÇÃO COM A SALVAÇÃO DOS PECADORES (v.27-28):
- Ele estava no inferno e preocupado com os que ficaram aqui.
- Muitos pensam que quem está no inferno, não está preocupado nenhum pouco com aqueles que estão aqui a caminho do mesmo. Mas isso é um engano.
- Quem está no inferno sofrendo em chamas esta preocupadíssimo com aqueles familiares, amigos que estão caminhando a passos largos para a perdição. Este homem estava muito preocupado com sua família.
- Mas, muitas vezes entre nós ignoramos as pessoas da nossa própria família. Pais, irmãos, primos morrendo perdidos e nós não fazemos nada.

6 – NO INFERNO EXISTE ESPÍRITO MISSIONÁRIO (v.27):
- Jesus disse: “Pai envia trabalhadores para a sua seara".
- Precisamos de obreiros, precisamos de pastores, precisamos de pessoas dispostas!
- Foi Ele quem disse: “Pede ao Pai para que envie trabalhadores para a seara, pois a seara está madura, mas os trabalhadores são poucos”.
- No inferno o rico estava preocupado com seus parentes e amigos, não queria que eles fossem para o mesmo lugar.
- Esse homem no inferno tinha um espírito missionário, e esse mesmo encargo precisa estar em nossos corações como Igreja.

7 – NO INFERNO EXISTE O ENTENDIMENTO DO CAMINHO DA SALVAÇÃO (v.31):
-O que aquele rico queria era o seguinte: "Permita alguém que está aqui que está vendo essas coisas horríveis, para que possa voltar para contar lá em cima o tormento que é esse lugar tenebroso, e não venha para cá. Mas Abraão disse: Eles já tem Moisés e os profetas. Porém, o que é gracioso é que foi isso que Deus fez em Cristo.
1 - Jesus é Aquele que desceu do céu – Ele pode nos falar das coisas do céu;
2 - Mas Jesus é Aquele que morreu na cruz pelos nossos pecados e foi enviado ao inferno, diz a Bíblia;
- E esse Jesus que foi ao inferno, ressuscitou! Ele é esse que pode voltar e dizer que existe o céu e o inferno e que você não precisa ir para lá.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Legalismo e Liberdade Cristã

Hoje venho postar sobre algo que muito me entristece e afasta muita gente das igrejas evangélicas, na verdade eu mesma tinha um certo preconceito em relação as igrejas evangélicas antes de conhecê-la verdadeiramente e sobretudo conhecer a Palavra de Deus, achava que teria que me vestir como uma velha, usar coque no cabelo o tempo todo, enfim... Tudo isso por conta de absurdos impostos ao povo de Deus por líderes autoritários que querem que os crentes vivam debaixo da lei, sendo que eles mesmos são incapazes de fazer tal coisa, isso por que duvido que alguém o consiga, pois se é pra viver na lei então faça-o na íntegra, aí então quero ver este homem ou mulher que conseguirá tal proeza. Minha cunhada certa vez foi visitar a igreja que a irmã dela congrega, a qual não citarei o nome, e a primeira coisa que ela ouviu foi uma crente que se dirigiu a ela não para lhe dar as boas vindas mas sim para criticar a sua saia, pelo amor de Deus meus irmãos! Que povo de Deus é esse? A verdade é muitas almas não são salvas poque tem muito crente que ao invés de praticar os ensinamentos de Jesus fica preocupado com a vida alheia e cheios de legalismos absurdos, tem se esquecido de viver o Evangelho para viver tão somente a igreja, esquecendo-se de que está escrito que “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus”(MT 7:21). Sem dizer que agindo de tal forma estão desfazendo do sacrifício de Jesus, o qual veio ao mundo para que vivessemos debaixo da graça e não mais da lei. Vamos estudar a palavra de Deus para não se deixar levar por tamanha heresia, quem conhece a Palavra dificilmente é enganado e manipulado por estes "líderes", pois conhece as leis de Deus, conhece os ensinamentos de Jesus. Se Jesus disse: "Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e meu fardo é leve." ( Mateus 11.28) Onde está o problema em interpretar isto? O Senhor veio para nos tirar o fardo e não para nos dar mais peso para carregar!
Ou será que a página do novo testamento em Mateus 12 que fala que Jesus é o Senhor do sábado fora arrancada de suas Bíblias? Nesta passagem os fariseus repreende jesus por seus discípulos, tendo fome, começaram a colher espigas e a comer, então Jesus lhes diz: Pois eu vos digo que está aqui quem é maior do que o templo. Mas se vós soubésseis o que significa: Misericórdia quero e não sacrifício, não condenaríeis os inocentes. Porque o Filho do Homem até do sábado é Senhor (Mt 12.6-8). Está mais que claro, jesus pede misericódia e não sacrifício, então vamos guardar os mandamentos do Senhos em nossos corações para não virar as costas para o sacrifício de Jesus que com a sua vida pagou o preço pela nossa reconciliação com Deus, lava nosso pecados com seu sangue, morreu para que pudéssemos viver debaixo da graça. Mas este tempo vai acabar e há de chegar a grande tribulação, então povo de Deus preparem-se e dediquem-se para ser a noiva que Jesus merece.
O que é Graça: O próprio Deus se dando, e se sacarificando em nosso favor, se despojando de qualquer sentimento de justiça que acusasse o homem.
O que é Legalismo : Que diz respeito à lei, fazer obedecer por lei, regra ou seja imposição. Para falar da graça de Deus precisaria muito tempo e espaço, porque esse tema é ilimitado, chocante, divino, salvador e desconhecido por grande parte dos crentes.
Entenda isso, você não precisa provar nada para você mesmo, nem para os outros e nem para Deus. Deixe a graça de Deus te libertar da armadilha do desempenho. A graça de Deus faz-nos dignos e valiosos por aquilo que somos, e não por aquilo que realizamos com sucesso.
No evangelho de João cap. 8 e vers.36 está escrito: ¨Se o Filho vos libertar verdadeiramente sereis livres¨. Há muita gente proclamando este versículo com algemas.

A Graça abrange, o Legalismo limita.
A Graça Perdoa, o Legalismo Pune
A Graça é Incondicional, o Legalismo é condicional
A Graça traz liberdade, o Legalismo escraviza
A Graça traz o amor pelo céu, o Legalismo traz o medo do inferno
A Graça traz o amor pela vida, o Legalismo traz o medo da morte
A Graça dá, o Legalismo cobra
A Graça é Fé, misericórdia e justiça, o Legalismo é o dizimo do endro, da hortelã e cominho.
A Graça capacita os escolhidos, o Legalismo escolhe os capacitados
A Graça serve, o Legalismo quer ser servido.

PALAVRA INTRODUTÓRIA
O assunto tratado nesta lição é um tanto polêmico pelo fato de que muitos ainda confudem usos e costumes com doutrinas .
O estudo , porém , será baseado nos ensinos bíblicos tão claramente expostos pelo apóstolo Paulo .
O Espírito Santo há de nos esclarecer .

1. O APÓSTOLO DEFENSOR DA LIBERDADE CRISTÃ
A carta escrita aos gálatas pelo apóstolo Paulo é o livro que traz os esclarecimentos mais claros com respeito ao assunto em estudo.

1.1 - A ESCOLHA ACERTADA
Após 14 anos da ausência , quando esteve viajando por muitos lugares , pregando o evangelho aos gentios , Paulo retorna à Jerusalém acompanhado por Barnabé e por Tito .
Barnabé era um judeu cristão , homem cheio de fé e do Espírito Santo , muito conceituado , tanto por Paulo como pelos crentes da igreja de Jerusalém .
Tito era gentio convertido que Paulo levou consigo como testemunha real da obra que o Senhor estava realizando entre os gentios .

1.2 - DEFENDENDO O SEU MINISTÉRIO
Quando alguém quer desmerecer uma pessoa , coloca em dúvida a sua autoridade , para que as suas palavras não sejam ouvidas como verdadeiras .
Era isso que estavam querendo fazer com respeito a Paulo.

1.3 - A VERDADE DO EVANGELHO EM PAUTA
A grande questão era , em síntese , entre a " Liberdade cristã " e o " Legalismo " .
Havia uma grande discórdia , até mesmo entre os discípulos acerca da liberdade cristã e o jugo judaizante. Para os cristãos judaizantes eles criam que Jesus era o Salvador e o Messias , mas eles também defendiam a idéia de que tanto judeus como gentios estevam ainda obrigados a se submeter à lei judaica .Eles não abriam mão do cumprimento da lei com relação aos gentios .

2. LIBERDADE OU JUGO
Depois de 14 anos , Paulo volta a Jerusalém , onde estavam as colunas da Igreja , Paulo , Tiago e os demais apóstolos ( At 2.8,9) e com eles se reúne para tratar daquele assunto de tanta seriedade .
Os judeus queriam de toda forma que os gentios participassem da circuncisão , como demonstração de obediência à lei . Aqueles judeus não abriam mão do cumprimento da lei .

2.1 - SUBMISSÃO À LEI JUDAICA
Paulo , então , vem com toda a sua disposição e coragem defender a verdade do evangelho.
Dessa forma , Paulo estava isentando os gentios das pretensões dos legalistas .
Paulo queria que os judeus entendessem está em uma pessoa : JEUS CRISTO , e não em códigos e leis , rituais ou costumes desse ou daquele grupo religioso .

2.2 - O QUE SE ENTENDE POR LEGALISMO
Essa expressão fala de abuso dos propósitos da lei . Significa a crença de que a lei ( ou diversas provisões da mesma ) deve ser observada para obter a salvação . Secundariamente , o termo significa que a vida cristã deve ser governada pela oberservação da lei .

2.2.1 - O LEGALISMO NOS DIAS ATUAIS
Alguns líderes estão se equivocando e transformando certos costumes em doutrinas , como se a sã doutrina da Bíblia não fosse suficiente para um viver cristão digno.
É claro que os bons costumes são necessários como : agradecer um favor , cumprimentar as pessoas , ter asseio pessoal etc. Essas ações e atitides são os frutos produzidos pelos cristãos e devem ser incentivados .
Mas aqui o caso é outro . Estão colocando paridade entre certos costumes e a doutrina bíblica .
Será que existe alguma diferença do legalismo do passado para o de hoje ?
O espírito do farisaísmo é o mesmo . O que muda é o que se dita para ser seguido .

2.3. COM A LEI , É TUDO OU NADA
Os judeus discutiam com o apóstolo Paulo e até os condenavam porque queriam obrigar os crentes gentios a se circuncidarem , deste modo obedecendo a lei judaica .
Mas a lei não se resume somente na circuñcisão . Leia algumas exigências da lei nos textos que se seguem : Dt 22.25;21.15-17;21.18-21 , Lv 21.5.
Alguns " legalistas " modernos gostam de usar o texto de 1Pe 3.3-6 para impor regras e leis, deturpando até o sentido exato da Bíblia .
O texto diz : " O enfeite delas não seja o exterior " . Ele não está dizendo que é proibido . Está dizendo que não deve ser prioridade . Existem coisas superiores e mais edificantes para se priorizar como um espírito manso e quieto e a submissão ao marido .
Pedro está avertindo ao crente para não se deixar levar pela beleza de uma gravata , um terno ou um vestido caro . Não está proibindo o uso de tais objetos . Mas o cristão não deve ser admirado pelo mundo pelo seu vestir , pelos seus bens materiais , por um adorno mesmo que seja uma jóia cara .

2.4 . RECONHECIMENTO DE UMA LEI
Vamos aqui esclarecer alguns pontos .
Hermenêutica é a ciência da interpretação .
Exegese é a ciência de interpretar um texto , de acordo com a língua original na qual foi escrito .
Hermenêutica ensina que texto sem contexto dá lugar a heresias .
Se alguém quiser pegar um texto isolado (com fazem os legalistas ) e dele fazer doutrina para a igreja , vamos nos tornar heréticos , deturpando a Bíblia .

2.4.1. CARACTERISTICAS DO LEGALISTA
Não são ordenanças humanas ou costumes sociais ou religiosos que ajudam a santificação do crente .
Paulo registra algumas características do legalista ( Gl 2.4 ) :
* falso irmão , gosta de intrigas ;
* intrometido , se intromete na vida alheia , querendo se meter onde não foi chamado , fica espiando secretamente para ter o que falar ;
* dominador , quer subjugar as pessoas criando códigos , regras , leis e costumes . Quando Deus criou o homem , deu - lhe o privilégio de dominar sobre todas as coisas ( Gn 1.28 ) , MENOS SOBRE O OUTRO ;
* hipócrita ( Gl 2.11 ) . Os legalistas se identificam com os fariseus ( Mt 23 ) . Farisaísmo era a elite religiosa que subjugava o povo impondo - lhe um fardo que nem ela mesma conseguia carregar .
Paulo repeliu veemente esse tipo de pessoas ( ( Gl 2.5 )
Ele teve uma atitude firme e não aceitou as regras e as imposições feitas aos gentios convertidos .

3. A TROCA DA LEI PELA GRAÇA
Paulo defendeu o verdadeiro evangelho da graça diante dos líderes da igreja , em Jerusalém .
Enquanto o legalismo quer que todos sejam iguais , a graça se alegra com a diferença ; a graça nos faz livres para pensar , louvar , adorar ao Senhor da maneira de cada um. No legalismo , você tem que cumprir rituais para agradar a quem está por cima . Na graça , você pode ser o que você é . Quer chorar , quer sorrir , quer falar alto ou baixo , ajoelhar ou ficar em pé , você é livre !
Mas é claro que a recomendação é fazer tudo com decência e ordem . Leia Gl 5.13 ; 1Co 6.12 .

3.1. USOS E COSTUMES SÃO TEMPORAIS
Os usos e costumes estão ligados à cultura de cada povo .
São exigências de homens ´, por essa razão são passageiros .

3.2. O QUE TEM VALOR PARA O CRISTIANISMO
O que é que vai valer mais para o cristianismo ? é ser legalista ou ser um liberal moderno ?
Está bem claro que quem usar um dos extremos . Aqui está a chave para os que querem subjugar o povo com o seu legalismo ou para quem quer usar da liberdade cristã para dizer que é livre para praticar o que bem entender .
A Bíblia é maravilhosa . Paulo é quem fala com autoridade que lhe é peculiar .

4. A GRANDEZA DO EVANGELHO
Quando uma pessoa é transformada pelo Evangelho , ela adquire um novo pensar , um novo sentir , um novo agir.

4.1. TRANSFORMAÇÃO RADICAL
A transformação não é apenas para obedecer a códigos , mas acontece para uma mudança radical de vida , ou seja , um novo viver em Cristo .

4.2. GUIADOS PELA PALAVRA
Alguns deixam de guiar as ovelhas pelo ensino da Palavra de Deus e criam normas , preceitos , regras e dificuldades para os crentes seguirem a Cristo .
Se você está insatisfeito nesta igreja , você tem liberdade , como cristão para procurar outro pastor , outra igreja onde você se sinta bem . Não procure contenda , nem queira criar problemas para a direção da igreja . Deus , certamente , vai abençoar você em outro lugar , porque Ele conhece a sua sinceridade .

CONCLUSÃO
O que sustenta a Igreja e cada crente em particular é a Palavra de Deus . O Salmista disse : " Escondi a tua palavra no meu coração , para eu não pecar contra ti " . ( Sl 119.11) .
Nenhuma regra , dogma , ritual ou costume imposto por homens impede você de pecar .

O legalismo falsifica a verdade do evangelho de Cristo para interesse próprio através das leis, e as usam de uma forma que mereça a salvação. Mas será que Jesus me livrou da escravidão do pecado para me colocar numa escravidão de leis? Com base em Gálatas 2, essa mensagem irá esclarecer-lhe sobre o verdadeiro propósito da lei de Deus e saberá que não estamos mais debaixo da lei, mas da graça revelada em Jesus Cristo.

domingo, 27 de março de 2011

A HISTÓRIA DAS IGREJAS ERRADAS APÓS A EXCLUSÃO

Os Católicos
Os Protestantes

Como dissemos a história das igrejas erradas diferem muito da história das igrejas fiéis. Assim como os fiéis que foram apelidados de "anabatistas" elas também tiveram um apelido. Foram conhecidos por Católicos.
O Catolicismo Original
Em nosso país se conhece apenas o catolicismo romano. No entanto ele não é o único nem primeiro. O catolicismo primitivo foi uma organização eclesiástica a qual pertenciam várias igrejas. Estas igrejas estavam espalhadas por todo o Império Romano. Após a morte dos apóstolos muitas igrejas sofreram a influencia maligna do paganismo. Seus membros, instigados pelos falsos pastores, foram vítimas de ensinamentos errados a respeito da autoridade de Cristo sobre sua igreja e também a respeito de como se chegar até o céu. Tais pastores desviaram grandes igrejas sendo que muitas delas um dia foram grandes baluartes da fé. A própria igreja de Roma é um exemplo. O apóstolo Paulo chegou a escrever uma carta a esta igreja. Porém, devido ao mau uso do púlpito, os falsos pastores desviaram completamente o rebanho, Devido terem aceitado heresias estas igrejas foram excluídas pelas igrejas fiéis em 225.

Igreja Católica significa "Igreja Universal". E apesar deste apelido ter sido usado pela primeira vez em 170 pelo bispo de Cartago, referindo-se a todas as igrejas cristãs, ela não tinha a idealização que tem hoje. Este nome começou a ganhar força a partir de 313 quando as igrejas erradas aceitaram ser servas do imperador. Aí sim ficou decidido que a igreja tinha que ser Universal. Tornou-se tão Universal que quem não pertencesse a ela seria punido com a morte. Este pensamento fez com que estas igrejas enchessem suas fileiras de pessoas não convertidas. Em algumas épocas a conversão chegou a ser nacional e não pessoal. Se o rei do país tornasse católico ele obrigava todo seu povo a ser católico também. O evangelho a partir de 313 deixou de ser proposto para ser imposto sobre todos os moradores do Império Romano.

O catolicismo original contava com cinco patriarcados (ou igrejas mais importantes). Eram eles: Jerusalém, Roma, Constantinopla, Antioquia e Alexandria. Estas cinco igrejas brigavam entre si para ver qual delas teria a primazia sobre as demais. Esse quadro começou a mudar com o advento do islamismo. A nova religião praticamente destruiu a importância de três patriarcados: Jerusalém, Antioquia e Alexandria. Isso polarizou o catolicismo em duas grandes correntes. A corrente grega reunia sobre sua autoridade as igrejas do Oriente e foram lideradas pela igreja de Constantinopla. Já a corrente latina reunia sobre a sua autoridade as igrejas do ocidente e foram lideradas pela igreja de Roma. Essas duas igrejas foram rivais até o século IX. Nesse tempo o catolicismo se dividiu.

A Divisão do Catolicismo

No ano de 869 os bispos de Roma e Constantinopla tiveram um grande atrito entre eles. No final da confusão os pastores de Roma e Constantinopla se excomungaram mutuamente. Desde este dia estas duas igrejas se separaram e até hoje existe dois tipos de Catolicismo. O Catolicismo Oriental - representado pelas igrejas de rito grego - também chamado de Igreja Ortodoxa Grega; e o Catolicismo Ocidental - representado pelas igrejas de rito latino - também conhecido como Igreja Católica Apostólica Romana.

Algumas Diferenças dos Dois Catolicismos

A infalibilidade papal e a supremacia universal da jurisdição de Roma constituem a diferença essencial, que a igreja ortodoxa não admite, pois ferem a santa escritura;

A sagrada escritura e a santa tradição representam o mesmo valor como fonte de revelação, segundo a igreja ortodoxa. A romana, no entanto, considera a tradição mais importante que a sagrada escritura.

A virgem Maria, igual as demais criaturas, foi concebida em estado de pecado original. A igreja romana, em 1854, proclamou o dogma de fé a Imaculada conceição da Virgem Maria.

Os sacerdotes ortodoxos podem optar livremente entre o celibato e o matrimonio.

A Igreja Ortodoxa só admite ícones nos templos e o batismo é por imersão - mas é infantil.

Na Igreja ortodoxa não existem as devoções ao sagrado coração de Jesus, Corpus Christi, Via Crucis, Rosário, Cristo Rei, Imaculada Conceição, Coração de Maria entre outras.

Na igreja ortodoxa o chefe principal é chamado de Patriarca e ele deve-se submeter a decisão do Santo Sínodo Ecumênico, que compõe todos os patriarcas chefes das Igrejas Autônomas.

Na Igreja Romana o chefe principal é chamado de Papa e a ele se submete toda igreja.

A igreja Ortodoxa segue o ritmo do Catolicismo original compondo-se de diversas igrejas autônomas e nacionais (Ex. Igreja da Rússia, Igreja da Armênia, Igreja Copta). Já a igreja Romana considera-se uma igreja Una, sendo ela mãe e não igual a todas as outras igrejas.
A Igreja Católica Realmente Precisava ser excluída em 225?
Pode parecer maldade das igrejas fiéis o fato de terem excluídos de sua comunhão as igrejas erradas em 225. Mas os fatos que se sucederam mostraram que as igrejas fiéis realmente tinham razão.

A primeira razão está no espírito que as movia. Não era o espírito de Deus. Seus pastores geralmente eram homens cruéis e sanguinários. Os papas foram os maiores perseguidores das igrejas fiéis que o mundo conheceu. Por mais de 1300 anos perseguiram e mataram cruelmente os membros das igrejas fiéis. Com a introdução do batismo infantil seus membros acabaram todos sendo cristãos sem precisarem se converter de seus pecados.

Na questão doutrinária os erros aumentam ainda mais. Os dois primeiros erros - formação da hierarquia e salvação pelo batismo- logo foram seguidos por muitos outros. Para que os bárbaros, acostumados com os cultos às imagens, pudessem realmente serem atendidos pela igreja Católica, muitos lideres eclesiásticos entenderam ser necessário materializar a liturgia. Surgiu a idolatria. A veneração de anjos, santos, relíquia, imagens e estátuas foi uma conseqüência lógica deste procedimento. Os pagãos, acostumados à veneração de seus heróis, quando vinham para a igreja católica, pareceu-lhes natural substituir os seus heróis pelos santos e lhes dar um status de semi-divindade. Não tardou e em 590 já veneravam até relíquias, cadáveres, dentes, cabelos ou ossos dos considerados "santos". Ações de graças ou procissões de penitencia tornaram-se parte do culto a partir de 313. A oficialização do batismo infantil foi feita a partir de 370. Em 471 foi promulgado o dogma de que Maria é mãe de Deus. Assim, por volta de 590 se desenvolveu rapidamente sua veneração. A doutrina da Imaculada Conceição só apareceu em 1854, e de sua miraculosa assunção em 1950.

A cada ano que passa estas igrejas tornam-se cada vez mais longe das escrituras. Apesar de existir muita gente boa em suas fileiras é impossível alguém que cumpra certo suas doutrinas chegar ao céu. Não se pode servir a dois senhores.
A ORIGEM DAS IGREJAS PROTESTANTES

No século XVI, por volta de 1500, a igreja Católica Romana passou por uma crise interna que resultou na dissidência de quase metade de seus fiéis. Essa dissidência foi chamada de "Reforma Protestante". Foi dessa reforma que surgiram as Igrejas Luterana, Presbiteriana, Anglicana e a Reformada da Holanda. Todas essas igrejas foram reformadas por padres ou com a ajuda de padres. Os mesmos já não agüentavam tanta heresia e opressão que vinha do Catolicismo Romano. Certos absurdos como mariolatria, purgatório, adoração de santos e imagens e as indulgencias, eram erros tão graves, que mesmo um católico bem informado não pode suportar.
A ORIGEM DA IGREJA LUTERANA

A primeira igreja protestante a surgir foi a Igreja Luterana. Esta igreja leva o nome e as características de seu fundador, Martinho Lutero. Lutero era um homem muito inteligente, porém agressivo. Não concordava com a venda de indulgencias e outras heresias da igreja de Roma. Contudo nunca quis abandoná-la. Sua vontade era reformá-la.

Em 1512 Lutero começou a pregar contra a salvação pelas obras. Fez muitas conferencias confirmando que o justo iria viver da fé. E nisso ele tinha razão. Em vários sermões ele condenou a prática da venda da indulgencia. Em 31 de Outubro de 1517 ouviram-se fortes marteladas na porta da Igreja de Wittenberg. Era Lutero condenando o Papa Leão X e seus legados numa bula de 95 teses. Entre estas teses, algumas eram especialmente desafiadoras:

"Os pregadores de indulgencias erram quando declaram que o perdão do Papa livra o pecador da penitencia e assegura-lhe perdão".

"Os que se julgam seguros da salvação pelas cartas do Papa, serão amaldiçoados eternamente , e na companhia de seus mestres.

"Por que o Papa não esvazia o purgatório pelo amor?"

Devido a essa bula Lutero foi excomungado pelo Papa em 1519. Mas, apoiado pelos imperadores regionais e pelo povo de muitas cidades alemãs, Lutero levou a afinco suas idéias. Ao meio de muita confusão e guerras ele conseguiu reformar a igreja católica na Alemanha em 1521. Essa igreja foi chamada de Luterana.

Seus seguidores foram chamados de luteranos. Na Alemanha e em alguns outros países do norte europeu ela se tornou a religião oficial do pais. A maioria das igrejas católicas que existiam nesses países - contanto os fiéis, prédios e padres - simplesmente se tornaram luteranos. Geralmente as freiras se casaram com ex-padres. O termo missa foi conservado. As formas liturgicas de dirigir o a missa quase não mudou. O batismo infantil era uma lei que devia ser cumprida. A hierarquia continuava a mesma, sendo o primeiro chefe da igreja Luterana o próprio Lutero.

A igreja luterana matou e perseguiu os batistas na Alemanha e em todos os países que ela se tornou a igreja oficial do país. No ano de 1525 Lutero ordenou a morte de mais de cem mil anabatistas no sul da Alemanha. Seu ódio aos batistas estava fundamentado no fato que estes, por obedecerem a Bíblia, nunca o aceitou como um servo de Deus.
A ORIGEM DA IGREJA ANGLICANA

Em 1531, o rei da Inglaterra, Henrique VIII, queria se divorciar de sua esposa para se casar com outra mulher. O Papa não autorizou o feito. Essa recusa aborreceu o rei, e então ele, que chegou a ser inimigo da reforma proclamada de Lutero, reformou a Igreja Católica na Inglaterra. Essa nova Igreja foi chamada de Anglicana (ou Episcopal). No princípio a única coisa que diferia da Igreja Católica era o fato de não ter papa. Depois, com o passar do tempo, os anglicanos adotaram muitos princípios de Calvino.

Assim como os luteranos e os presbiterianos ela usa o erro do batismo infantil. Também possui uma hierarquia quase igual a do catolicismo. Devido as conquistas da Inglaterra sobre muitos países, essa igreja foi muito favorecida. Está representada em quase todos os países do mundo e é muito forte onde a Inglaterra mantém o seu controle. A igreja Anglicana tem muitas filhas. A mais conhecida em nosso país é a Igreja Metodista.

A Igreja Anglicana tornou-se tão intolerante para com os batistas como foi o catolicismo. No Pais de Gales havia um grande número de batistas e por causa da perseguição quase todos tiveram que fugir para a América. A perseguição dos anglicanos aos batistas durou até o ano de 1688. Grandes pastores como Tomas Hellys e John Bunyan fizeram história devido a perseguição que o anglicanismo lhes moveu.
A ORIGEM DA IGREJA PRESBITERIANA

A Igreja Presbiteriana foi fundado por João Calvino. Ele foi um grande teólogo no sentido teórico, porém, um péssimo executor no sentido prático. Assim como Lutero ele buscava uma reforma dentro da Católica. Não conseguindo acabou se rebelando, e, em 1541 formou uma igreja na cidade de Genebra, Suíça. Essa igreja no princípio não tinha um nome definido, mas João Knox, um grande seguidor das idéias de Calvino, chamou-a de PRESBITERIANA.

Nesta cidade Genebra Calvino impôs as suas ordenanças eclesiásticas. Eram leis extremamente rígidas e severas. Ali o evangelho não era pregado mas ordenado aos cidadãos. Proibiu as diversões, as festas, os enfeites e as críticas ao seu governo. Aqueles que eram considerados infratores recebiam duros castigos, inclusive a morte na fogueira. Agindo dessa forma ele queimou feiticeiros, humanistas e batistas. Sua cidade era tão santa que na hora de casar ele não quis uma membra de sua igreja. Casou-se com a viuva de um pastor anabatista.

Como foi dito sua teologia era apenas teórica. Calvino teve verdadeiro ódio pelos batistas, pois os mesmos não aceitarem sua igreja como sendo uma igreja biblicamente correta. Os batistas viam na igreja Presbiteriana alguns erros que não podiam ser deixados de lado. O primeiro era o batismo infantil. O Segundo foi consistia dela ter se tornado uma religião do Estado. O terceiro foi a formação de uma hierarquia esquematizada em presbitérios.

A Igreja Presbiteriana é a religião Oficial da Escócia e está bem organizada em muitos países do mundo inteiro. Hoje ela divide-se principalmente em Igrejas Nacionais (Ex. P. do Brasil) as Independentes, e as Renovadas.
A ORIGEM DA IGREJA METODISTA

Muito próximo do século XVIII nasceram três meninos na Inglaterra. Eram eles: John Wesley, Carlos Wesley e George Whittfield. Estes três se tornaram pais e fundadores de um movimento que mais tarde foi conhecido como metodismo.

John Wesley se tornou pastor anglicano em 1728. Apesar disso só aceitou Jesus em 1538, ou seja, dez anos após a sua conversão. Em 1739 ele foi ser capelão nos EUA. Na viagem de navio, como uma tempestade lhes sobreveio, teve medo de morrer. Acabou notando que tinha no navio um grupo de pessoas que não temiam a morte. Esse grupo cantava e orava alegremente no momento da tempestade. Essas pessoas eram os Irmãos Morávios (os mesmos que receberam a influencia dos paulicianos no século XII). John aprendeu muito com esse grupo e, provavelmente, foi por eles batizado.

Neste mesmo ano John encontrou-se com George Whitfield. George convidou-o para participar de uma pregação ao ar livre. Carlos também se juntou ao grupo. Assim os três iniciaram um reavivamento na igreja Anglicana. John Wesley nunca rompeu com a igreja da Inglaterra. Ele não queria formar uma nova religião. Contra sua vontade, no ano de 1784, formou-se a Igreja Metodista na cidade de Baltmore, nos EUA.

Os metodistas nunca perseguiram os batistas. Na verdade o seu começo está ligado a pessoas que realmente tiveram uma transformação em suas vidas. O erro desta igreja é que conservaram o sistema Episcopal da Igreja Anglicana e o costume de batizar crianças.

O que a Bíblia diz sobre o legalismo?

Pergunta: "O que a Bíblia diz sobre o legalismo?"

Resposta: A palavra "legalismo" não pode ser encontrada na Bíblia. É um termo que os Cristãos evangélicos usam para descrever uma posição doutrinária que enfatiza um sistema de regras e regulamentos para alcançar salvação e crescimento espiritual. Legalistas acreditam que é necessário ter uma aderência estrita e literal a essas regras e regulamentos. De acordo com a doutrina ensinada na Bíblia, essa posição vai de encontro à graça de Deus. Aqueles que defendem uma posição legalista podem até deixar de entender o verdadeiro propósito da lei, principalmente da lei de Moisés no Velho Testamento, a qual é para ser um “professor” ou “tutor” para nos levar a Cristo (Gálatas 3:24).

Em relação à disposição de alguns, legalismo é o contrário de ser gracioso, por isso até crentes podem ser legalistas. Somos ensinados, no entanto, a ser graciosos uns com os outros: "Acolhei ao que é débil na fé, não, porém, para discutir opiniões" (Romanos 14:1). É triste dizer que alguns defendem sua posição escatológica de uma forma tão forte que acabam excluindo outras pessoas de sua comunhão antes de dar-lhes a chance de expressar uma opinião diferente. Isso também é legalismo. Muitos crentes legalistas de hoje cometem o erro de exigir uma aderência inadequada às suas interpretações bíblicas e até mesmo às suas tradições. Por exemplo, alguns acham que para serem espirituais eles precisam evitar cigarro, bebidas alcóolicas, danças, filmes, etc. A verdade é que evitar essas coisas não é garantia de espiritualidade.

Para evitar cair no erro do legalismo, podemos começar a aplicar as palavras do apóstolo João: "Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo" (João 1:17). Lembre-se também de ser gracioso, especialmente aos irmãos e irmãs em Cristo. "Quem és tu que julgas o servo alheio? Para o seu próprio senhor está em pé ou cai; mas estará em pé, porque o Senhor é poderoso para o suster" (Romanos 14:4). "Tu, porém, por que julgas teu irmão? E tu, por que desprezas o teu? Pois todos compareceremos perante o tribunal de Deus" (Romanos 14:10).

Uma conselho de precaução é necessário aqui. Enquanto precisamos ser graciosos uns com os outros e tolerantes do desacordo sobre assuntos disputáveis, não podemos aceitar heresia. Somos exortados a batalhar pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos (Judas 3). Se nos lembrarmos dessas diretrizes e então aplicá-las em amor e misericórida, estaremos protegidos contra o legalismo e heresia. "Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora. Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem e, presentemente, já está no mundo" (1 João 4:1-3).

Verdades E-x-a-g-e-r-a-d-a-s

Vitaminas são essenciais para a saúde. Uma dieta equilibrada normalmente nos fornece quantidades suficientes delas, mas algumas pessoas tomam cápsulas para garantir a ingestão adequada de diversas vitaminas. Mas, você sabia que quantidades excessivas de algumas vitaminas podem prejudicar a saúde? Se tomar mais de cinco vezes a quantidade certa de vitamina A, pode perder cabelos, sofrer dor de cabeça, ter visão embaçada e até danificar o fígado. Se tomar dosagens muito altas de vitamina B-6, pode ter dificuldade em andar. É verdade que vitaminas são boas, até necessárias, mas se exagerar esta verdade, pode se prejudicar.

Exercício físico faz bem, mas a pessoa que vai além dos limites pode sofrer problemas nos músculos, nas juntas, no coração, etc.

A comida é essencial para a vida, mas se comer mais do que deve, engorda. É importante controlar o apetite e limitar o que come, mas se limitar demais, sofrerá de má nutrição ou problemas como anorexia e bulimia.

A verdade é importantíssima, mas verdades exageradas se tornam perigosas. Quando se trata da saúde espiritual e do estudo da palavra de Deus, também precisamos ter cuidado para não exagerar uma verdade ao ponto de contradizer outra. Estudo desequilibrado traz prejuízos espirituais. Vamos considerar alguns exemplos.

Exageros em Relação à Salvação

A Bíblia claramente mostra que a salvação vem pela graça de Deus: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2:8-9). Obtemos o perdão dos nossos pecados “...segundo a riqueza da sua graça, que Deus derramou abundantemente sobre nós...” (Efésios 1:7-8). Infelizmente, muitos enfatizam esta verdade ao ponto de excluir a obediência do homem, negando o ensinamento do evangelho sobre a necessidade do batismo para remissão dos pecados (Atos 2:38; 22:16; 1 Pedro 3:21). Na época da Reforma Protestante, Martinho Lutero corretamente criticou a ênfase demasiada em obras de mérito, a venda de indulgências, etc. Mas ele exagerou tanto a verdade da salvação pela graça que enfrentou um problema insolúvel quando encarou a carta de Tiago, que ensina que a fé sem obras é morta e inútil. Lutero chamou esta carta uma “epístola de palha” e disse que não era da qualidade das Escrituras. Uma verdade exagerada leva ao ponto de rejeitar um livro da Bíblia!

Mas, há perigos no outro lado da mesma questão. Algumas pessoas reconhecem que o batismo é necessário para a salvação mas exageram este fato tanto que negam a necessidade dos pré-requisitos dados por Deus. Precisa ser batizado para ser salvo? Jesus disse que sim (Marcos 16:16); mas é necessário crer (Marcos 16:16) e se arrepender (Atos 2:38) antes de ser batizado. As igrejas que praticam o batismo de recém-nascidos elevam o batismo acima da fé e do arrependimento, batizando crianças ainda incapazes de tomar suas próprias decisões.

Considere mais um exemplo de exageros em relação à salvação. Paulo ensina que a graça de Deus é muito maior do que o pecado do homem: “...onde abundou o pecado, superabundou a graça” (Romanos 5:20). Alguém poderia exagerar esta verdade, decidindo pecar mais e mais para receber mais graça de Deus. Paulo temia tal abuso quando perguntou: “Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante?” E ele mesmo respondeu: “De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos?” (Romanos 6:1-2). Paulo não queria pregar uma verdade exagerada.

Exageros em Relação à Liberdade em Cristo

A verdade nos liberta (João 8:32). Deus nos libertou das trevas (Colossenses 1:13-14) e das ordenanças dos homens (Colossenses 2:20-22). Mas esta liberdade não é a libertinagem. Ainda estamos sujeitos a limitações impostas por Deus para o nosso bem. Algumas pessoas justificam sua rebeldia contra as “regras” de Deus citando textos como 1 Coríntios 6:12 e 10:23 – “Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm; todas são lícitas, mas nem todas edificam”. Dizem que a liberdade em Cristo deixa a consciência de cada um como a autoridade máxima. Por não estudar bem o contexto dessas afirmações de Paulo, não percebem o seu tom de ironia. Os mesmos capítulos não deixam sombra de dúvida. Há diversas coisas absolutamente (veja 6:15) ilícitas na palavra de Jesus, incluíndo a prostituição (6:13-20) e a idolatria (10:14,21). Em Cristo, temos a liberdade, mas não a libertinagem (1 Pedro 4:1-5).

A liberdade exagerada tenta esquecer da servidão. Todos nós (ênfase em todos) somos servos (escravos). Decidimos servir a Deus ou servir ao diabo. “Não sabeis que daquele a quem vos ofereceis como servos para obediência, desse mesmo a quem obedeceis sois servos, seja do pecado para a morte ou da obediência para a justiça?” (Romanos 6:16; veja 7:6). O que algumas pessoas oferecem como liberdade é, na verdade, a pior escravidão imaginável (leia com cuidado as palavras de 2 Pedro 2:17-22).

Exageros em Relação à Moda

Algumas igrejas têm listas de regras sobre vestimenta. Muitas proibem, por exemplo, que as mulheres usem calças compridas. Não é difícil entender como chegaram a fazer tais regras. Interpretações humanas de alguns textos, como Deuteronômio 22:5 (“A mulher não usará roupa de homem...”), levaram ao ponto de impor essas proibições. Mesmo quando todos reconhecem que calças compridas não são roupas exclusivamente masculinas (até o ponto que um homem usando certas calças seria considerado efeminado), as regras persistem.

Uma vez que entendemos que regras como essa são humanas e não bíblicas, enfrentamos alguns desafios. Algumas pessoas se acham livres de regras ao ponto de seguirem a moda mundana e adotarem costumes de roupas sensuais e indecentes. Paulo ensina as mulheres a se vestirem “em traje decente,...com modéstia e bom senso” (1 Timóteo 2:9). Certamente o comportamento e a vestimenta dos homens devem refletir as mesmas características de decência, modéstia e bom senso.

Roupas sensuais feitas para provocar pensamentos impuros nos outros não são adequadas para santas mulheres que esperam em Deus (1 Pedro 3:3-5). Mas até algumas mulheres cristãs se acham livres de regras e adotam a prática de usarem roupas indecentes. Qual o problema? Às vezes, pode ser a ingenuidade de uma pessoa que realmente não percebe o efeito de tal roupa. Nestes casos, cabe aos outros (especialmente os maridos, pais e irmãos) orientar as mulheres e moças sobre as suas roupas. As mulheres mais velhas, também, devem instruir as jovens a serem sensatas (Tito 2:3-5).

Mas nem todas as mulheres que usam roupas sensuais podem alegar ingenuidade. Muitas entendem bem o efeito de suas vestimentas, e sabem que provocam pensamentos impuros nos homens. Nestes casos, o problema é bem mais grave, pois as roupas indecentes manifestam um coração impuro e impiedoso. Ao invés de fazer regras sobre roupas, devemos trabalhar para purificar o coração (1 Pedro 3:4).

Exageros em Relação ao Uso do Nosso Dinheiro

Alguns anos atrás, escrevi um artigo sobre o dízimo, mostrando que esta lei fazia parte da antiga aliança. Afirmei (e ainda ensino) que as igrejas hoje que usam textos como Malaquias 3:10 para exigir os dízimos (10%) dos membros estão erradas. Hoje devemos ofertar com generosidade e com amor, conforme a nossa prosperidade, mas o Novo Testamento não estipula uma porcentagem exata para as nossas contribuições à igreja.

Infelizmente, algumas pessoas exageram esses fatos ao ponto de ignorar outros ensinamentos importantes sobre o uso do nosso dinheiro. Quando aprendem que o dízimo era exigência do Velho Testamento, sentem um grande alívio. Que bom, agora não preciso me sacrificar como antes! Pelo jeito de alguns, parece que pegaram as palavras de Paulo sobre a oferta – “... não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria” (2 Coríntios 9:7) – e aplicaram assim: Agora estou muito alegre mesmo, porque posso jogar algumas moedinhas na coleta e ficar com quase todo o meu dinheiro para mim! Podem até reforçar o argumento, frisando a frase “não por necessidade”. Mas, o mesmo autor disse que ele deu ordens sobre a oferta (1 Coríntios 16:1). Será que Paulo se contradisse? Precisamos ler mais!

A oferta não é obrigatória, alguém replica, pois Paulo disse “Não vos falo na forma de mandamento...” (2 Coríntios 8:8). Mas quando destaca somente estas palavras sem completar o versículo, exagera uma verdade ao ponto de desequilíbrio. Neste caso, basta continuar a leitura: “Não vos falo na forma de mandamento, mas para provar, pela diligência de outros, a sinceridade do vosso amor; pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos” (2 Coríntios 8:8-9). Agora podemos evitar extremos errados. Paulo não queria simplesmente dá mandamentos ou fazer regras, como o dízimo do Velho Testamento. Ele queria mais dos coríntios. Ele queria o amor, o amor sincero, o amor sacrificial! Ele queria incentivar os cristãos a imitarem o exemplo do próprio Senhor Jesus Cristo! Ele deu apenas algumas moedinhas de toda a sua riqueza? Não. Ele se tornou pobre para salvar os pecadores.

Quando os discípulos de Cristo se mostram mesquinhos na questão da oferta, a solução não é voltar à antiga aliança para pegar regras emprestadas. A resposta é mais profunda, no próprio coração de cada um. A igreja do Senhor deve empregar o seu dinheiro exclusivamente para fazer o trabalho que Deus lhe deu. Ela cuida dos irmãos necessitados e se dedica à pregação do evangelho (Atos 4:34-35; 1 Coríntios 16:1-2; Filipenses 4:14-18). Quando amamos sinceramente, imitando o amor de Cristo, daremos livremente com a alegria de participar do trabalho de Deus.

Conclusão

A verdade é importante; é necessária. Mas vamos sempre procurar estudar cuidadosamente para chegar a conclusões equilibradas. Estudando assim com corações sinceros, seremos servos sérios e fiéis. Desta maneira, Deus será glorificado pelas nossas vidas.

sábado, 26 de março de 2011

OS QUATRO ALTARES NA VIDA DE UM HOMEM QUE FOI CHAMADO “AMIGO DE DEUS

Texto: Isaías 41.8

A vida de Abraão é um exemplo de fé e de crescimento espiritual. E o altar foi uma marca distinta na caminhada de Abraão com Deus. Nosso crescimento espiritual é descrito nas Escrituras como sendo um processo lento e contínuo para que o caráter de Cristo seja moldado em nós. O Salmo 84:7 diz: “Vão indo de força em força…”; Romanos 1.17 diz: “…de fé em fé…”; II Coríntios 3.18 diz:“…somos transformados de glória em glória…”; João 1:16 diz: “Porque todos nós temos recebido … graça sobre graça.”

Um altar é um símbolo nas escrituras de adoração e consagração. Não edificamos um altar para nós mesmos, mas para adorar a Deus, oferecer sacrifícios a Ele e invocar o seu nome. O altar é símbolo de uma vida espiritual, uma vida com Deus. Abraão foi chamado “amigo de Deus”, e, essa comunhão, marcada pela vida de altar, revela a essência do que é a verdadeira vida espiritual, ou seja, ela não consiste na medida de nosso conhecimento e instrução acerca das coisas de Deus, mas no quanto somos “amigos de Deus”, no quanto andamos com Deus, no quanto Deus tem-nos como seus amigos!

A primeira experiência pós-salvação deve ser a consagração – sacrifício, entrega, oferta totalmente destinada ao desfrute de Deus. Altar é lugar de sacrifício. Adoração não deve ser uma opção, que podemos decidir fazer ou não fazer, de acordo com nossos caprichos. A resposta de uma verdadeira adoração está no compromisso com a obediência. É preciso que rendamos completamente à vontade do Senhor, o nosso ego.

Quando entregamos tudo na adoração, oferecemos a Deus os nossos planos, desejos, ambições e vontades. Entregar tudo significa “abrir mão das expectativas de tudo quanto desejamos, a fim de que Deus trabalhe em nós e através de nós. Este ato de adoração glorifica a Deus. “O que me oferece sacrifício de ações de graças, esse me glorificará; e ao que prepara o seu caminho, dar-lhe-ei que veja a salvação de Deus” (Salmos 50.23). Quando derramamos tudo na adoração, ficamos impregnados com a fragrância do perfume.

Durante a vida de fé de Abraão nós constatamos a edificação de quatro altares, erguidos no processo de sua jornada interior de conhecimento de Deus e amizade com Ele. Cada um destes altares aponta para um aspecto da obra da cruz em nossas vidas, ampliando nossa consagração, ou seja, o nosso relacionamento com Deus e nossa verdadeira espiritualidade.

O PRIMEIRO ALTAR FOI EDIFICADO EM SIQUÉM

(Gênesis 12.6, 7).

Siquém significa ombro, que é o lugar de maior força do homem. Este primeiro altar na vida de Abrão pode ser denominado o “O Altar da Revelação”. Diz o texto bíblico: “Apareceu o Senhor a Abrão… Alí edificou Abrão um altar ao Senhor que lhe aparecera.” (Gênesis 12.7).

Na verdade Deus se apresentou a Abrão. Adoração e revelação andam juntas. Só podemos adorar o que conhecemos. Jesus disse isso à mulher samaritana (João 4.22).

Uma coisa interessante é ver Deus tomando a iniciativa do relacionamento com o homem. Deus se apresentou a Abrão. Altar de adoração deve fruto de um encontro com Deus.

A fé de Abrão foi ativada pela iniciativa de Deus. A soberania de Deus na salvação é belamente ilustrada no chamado de Abrão. Abrão veio de um lar pagão. Pelo nosso conhecimento, ele não tinha nenhuma qualidade espiritual que atraísse a Deus. Deus, em Sua graça eletiva, escolheu Abrão para segui-lO, enquanto ele ainda estava em seus próprios caminhos. Abrão, como Paulo, e os verdadeiros crentes de todas as épocas, reconheceria que foi Deus Quem o procurou e o salvou, com base na Sua graça.

O SEGUNDO ALTAR FOI EDIFICADO EM BETEL (Gênesis 12.8).

É interessante notar que Abrão edificou um altar entre Ai e Betel Gênesis 12:8, e podemos chamá-lo de altar da separação. Abraão deixou Ai para trás e tinha Betel diante dele.

Betel significava “casa de Deus”. Ai, seu significado era “montão ou ruína”.

Podemos dizer que é a vida de altar, a consagração, permite que a cruz separe-nos do mundo, do amor ao mundo, de “tudo o que há no mundo” ( cobiças, concupiscências e soberba ). A cruz coloca o mundo para trás de nós e mantém viva e clara diante de nós a visão da Casa de Deus (Betel)! E não somente a visão de Betel, mas a cruz operando em nós habilita-nos a participar de Betel, a “sermos edificados casa espiritual, para sermos sacerdócio santo…” I Pedro 2.5.

Deus não pula etapas em nosso relacionamento com Ele. Abrão voltou a Betel depois de passar pelo Egito. O Egito foi o lugar de sua falta de confiança na proteção divina, que o levou a mentir juntamente com sua esposa. Egito da idéia de trevas, talvez por causa da coloração das águas do Nilo. Volta a casa de Deus, lugar onde ouviu as promessas de Deus para sua vida. No Egito tem riqueza, mas não tem altar (Gênesis 12.10-20).

TERCEIRO ALTAR FOI EDIFICADO EM HEBROM (Gênesis 13.18).

Este altar foi erguido logo após um período de separação entre Abrão e seu sobrinho Ló (Gênesis 13.1-13). Hebrom – Cidade montanhosa de Judá, à 36 km de Jerusalém. Os árabes a chamam de ‘elKhalîl’, “O Amigo. Podemos chamar este altar de “Altar da Comunhão ou da Aliança”. A cruz habilita-nos a ter aquela incessante comunhão com Deus, aquela amizade com Deus, aquela vida de união com Deus ! Como já disse Madame Guyon: “O Senhor se coloca no exato lugar daquilo que Ele põe à morte em nossas vidas”. Já compreendemos isso diante do Senhor ? Ele substitui para adicionar e Ele divide para multiplicar. Quem conhece o Seu coração pode confiar em suas mãos !

Hebrom é o lugar onde Deus reafirma a sua aliança e as suas promessas:

· Depois de um conflito.

· Trazendo consolo e motivação.

· Confirmando a sua promessa de abençoar.

· Levando Abrão a decidir a olhar com os olhos de Deus.

· Altar de aliança, pois este é um dos significados de Hebrom (aliança).

O QUARTO ALTAR NA VIDA DE ABRAÃO FOI ERGUIDO EM MORIÁ (Gênesis 22.1-14).

Esse quarto altar é o da adoração, isso inclui entrega total.

Vemos aqui um homem absolutamente rendido a Deus, a ponto de sacrificar seu único e amado filho, um homem que amava a Deus a ponto de confiar em Seus caminhos, um homem tão sensível à voz de Deus que pôde discernir cada instrução de Deus em cada passo do doloroso processo de sacrifício, um homem que adorou no momento em que oferecia o que tinha de mais precioso!

Sem as marcas da cruz em nossas vidas nós adoramos a nós mesmos, nós consideramos nossas vidas e tudo que temos por demais preciosos para serem oferecidos a Deus.

Neste altar, Deus colocou a parte mais íntima e preciosa de Abraão, o próprio coração de Abraão: Isaque. Deus assim tratou com o ser mais interior de Abraão, e tornou-o um adorador.

Três áreas são afetadas quando nos oferecemos como sacrifício vivo a Deus (Romanos 12.1, 2):

· Afeta a posição – Quando estamos sobre o altar, deve haver mudança de identidade, mudança de autoridade. “Antes de trabalharmos para Deus, precisamos ser trabalhados por Ele”. A ausência de quebrantamento oculta o tesouro escondido no vaso.

· Afeta o uso – A verdadeira vida cristã é uma vida de entrega, renúncia e sacrifício. Deus não nos chama a sacrificar apenas o que possuímos, mas também o que somos. Isso envolve tudo, nosso tempo, conforto e segurança. Aparentemente, o vaso quebrado traz prejuízos, levando alguém a pensar: “Que desperdício!” (Marcos 14.3-9). Quando Deus nos trata no altar, somos afetados em nosso orgulho (desejo de ser algo, desejo de aparecer).

· Afeta a forma – O que sobra no altar depois da oferta? Só cinzas! Não podemos apenas querer ter uma oferta, precisamos ser uma oferta agradável ao Senhor. Certo pensador disse: “Homens sãos, não contundidos, não quebrados, são de pouco uso para Deus”. Lutero dizia: “Deus põe a sua marca em todos quantos o obedecem”. A mudança de forma no sacrifício diz respeito ao nosso estilo de vida. Deus remodela a nossa vida para o cumprimento de seu propósito. Holocausto é uma oferta para o deleite de Deus.

Quando parecia que Abraão ia perder seu filho, Deus provê o cordeiro. Na adoração não perdemos o que damos, pelo contrário, somos restituídos por Deus de maneira surpreendente.

CONCLUSÃO:

Quando chegamos neste estágio, não temos mais nenhum interesse pessoal a servir. Tudo o que importa agora é que Cristo seja engrandecido em nós. No altar Deus nos molda. O nosso caráter é afetado. A cada dia que se passa, Deus dá um novo toque em nossa vida, a fim de reforçar alguma linha do caráter de Cristo em nós.

Deus ainda não terminou conosco. Algumas coisas precisam ser deixadas no altar. O único meio de se descobrir a glória é tendo a disposição de perder ou deixar tudo no altar e submeter-se a soberania de Deus. O papel dos ministérios na Igreja não é o de entreter ou manter os fiéis, mas amadurecê-los.

domingo, 20 de março de 2011

“AS SETE CORES DA ALIANÇA COM DEUS”

Texto:

Gênesis – 9

11. E eu convosco estabeleço a minha aliança, que não será mais destruída toda a carne pelas águas do dilúvio, e que não haverá mais dilúvio, para destruir a terra.

12. E disse Deus: Este é o sinal da aliança que ponho entre mim e vós, e entre toda a alma vivente, que está convosco, por gerações eternas.

13. O meu arco tenho posto nas nuvens; este será por sinal da aliança entre mim e a terra.

14. E acontecerá que, quando eu trouxer nuvens sobre a terra, aparecerá o arco nas nuvens.

15. Então me lembrarei da minha aliança, que está entre mim e vós, e entre toda a alma vivente de toda a carne; e as águas não se tornarão mais em dilúvio para destruir toda a carne.

16. E estará o arco nas nuvens, e eu o verei, para me lembrar da aliança eterna entre Deus e toda a alma vivente de toda a carne, que está sobre a terra.

17. E disse Deus a Noé: Este é o sinal da aliança que tenho estabelecido entre mim e entre toda a carne, que está sobre a terra.



INTRODUÇÃO

A mensagem que veremos a seguir é algo fundamental e excêncial em nossas vidas, pois quer você queira ou não queira, Jesus está voltando, para buscar a sua noiva (leia minha mensagem A NOIVA AINDA NÃO ESTÁ PRONTA), mas não uma noiva desatenta e descompromissada e sem aliança, mas uma noiva fiel.

Por isso a mensagem denominda “AS SETE CORES DA ALIANÇA COM DEUS”, vem preencher a necessidade da igreja dos últimos dias, e esta igreja somos nós. Peço que cada um dos amigos e amados irmãos leitores abram seus corações e deixem uma alinaça colorida ser colocada em seus corações, neste momento.



O RELATO DO CONTEXTO

Todos nós conhecemos o relato da história em que Deus, resolve destruir, aniquilar, de uma vez, um povo que havia se contaminado, corrompido pelo maior câncer que ainda vem matando homens e mulheres, O PECADO. Porém a humanidade não seria aniquilada por completo, pois ao olhar do céu, Ele vê um homem chamado Noé, e a bíblia diz que este homem era justo.

Deus então chama Noé (do Hebraico significa REPOUSO, DESCANSO)e manda que ele construa uma arca, que tipologicamente representava a pessoa de Jesus, e nesta arca coloque um casal de casa espécie de animal, e segundo alguns estudiosos, eram cerca de oito mil animais, ou quatro mil casais. E que também, Noé divulgue uma mensagem de salvação, dizendo ao povo que Deus iria destruir a terra com água. Mas todos começaram caçoar da cara de Noé, pois já havia muitos anos não chovia na terra onde habitavam os viventes.

Isto nos dá o amparo legal de crer que se a muitos e muitos anos não chovia na terra, então a mente do homens já havia se esquecido de como era boa uma boa chuva torrencial, e se há muito tempo não chovia, até alguns alimentos que dependiam das chuvas, eles já se esqueceram do gosto.

Assim somos nós, pois quando se passa muito tempo que não provamos de algo, acabamos por desacreditar que este algo ainda possa acontecer novamente. Uma grande verdade é que o ser humano de um modo geral, tem maior indice de credibilidade, quando ele pode ver o que deseja.

Assim tudo acontece, por quarenta dias e qurenta noites, uma abundante chuva cai sobre a face da terra, incobrindo o mais alto monte existente. Então, passados os dias, Noé vendo que a chuva havia cessado, decide então soltar uma ave, a saber, uma pomba, para então saber se realmente as águas haviam baixado sobre a terra, (leia minha mensagem AS TRÊS VIAGENS DO ESPÍRITO SANTO).

Como as águas já haviam baixado, Deus que havia fechado a única porta da arca, agora a abre e Noé e sua familia saem para novamente povoarem a terra. Mas Deus que é amável e misericordioso, faz uma aliança com Noé, uma aliança de que não mais destruiria a terra com água (Ele não destruiria. Mas o homem é bem capaz!). Esta aliança foi representada por um arco colocado no céu.



O QUE É UMA ALIANÇA

Mas o que é uma aliança? por que Deus é um Deus de aliança? Então vamos entender o que é uma aliança.

Aliança significa pacto, acordo, ajuste, concerto. Uma aliança só pode ser firmada entre duas partes, pois ninguém faz aliança consigo mesmo. Assim uma aliança é usada em um casamento, para que quando olharem em uma pessoa e ver em sua mão esquerda uma aliança, saibam que aquela pessoa já tem uma aliança com outra pessoa.

Teologicamente, a aliança diz respeito a concerto entre Deus e o seu povo, pois na bíblia a palavra aparece como concerto, pacto, e aliança. O Antigo Testamento é chamado Antiga Aliança, e o Novo Testamento, Nova Aliança.



DEUS É UM DEUS DE ALIANÇA

O nosso Deus é verdadeiramente um Deus de alianças. Através delas, Ele, pelo seu imenso amor, nos dá a garantia de muitas bênçãos, se houver fé e obediência. A iniciativa do concerto sempre foi de Deus, que estabelece as condições. Mas porque Deus gosta tanto de fazer aliança com o homem, se bem sabemos que em sua maioria o homem acaba por quebrar esta aliança, e com certeza, também acaba por entristecer o coração de Deus, que jamais falhou na sua parte, pois a sua palavra relata que mesmo que sejamos infiéis, Ele, Deus, continua fiel (II Tm-2:13). Assim, além da aliança feita com Noé, vejamos algumas alianças feitas por Deus com o homem.



A ALIANÇA COM ADÃO

A primeira aliança Deus fez com Adão e Eva, no Éden: deu-lhes a Terra e pleno domínio sobre os animais; deu-lhes fartura de alimento, abençoou-os e disse-lhes que deveriam frutificar e multiplicar. Mas estabeleceu condições: Não deveriam comer do fruto da árvore da ciência do bem e do mal. O princípio da obediência estava criado, se comessem da árvore proibida, morreriam. Desobedeceram, quebraram a aliança, e experimentaram imediatamente a morte moral e espiritual, e, depois, a morte física. Convém lembrar que em todos os concertos há promessas de bênçãos, mas há a contrapartida da fé e fiel obediência. Aliança adâmica ou edênica é como é conhecida a aliança feita com Adão.



A ALIANÇA COM ABRAÃO

O concerto entre Deus e Abraão -aliança abraâmica- foi chamado "concerto perpétuo", porque extensivo às gerações vindouras e já apontando para o Reino Eterno de Cristo (Gn 17.7). Como parte da aliança Deus prometeu fazer de Abraão uma grande nação, e abençoar todas as famílias da terra através dele; dar a terra de Canaã aos seus descendentes, que seriam grandemente multiplicados: "E te farei frutificar grandissimamente e de ti farei nações, e reis sairão de ti" (Gn 12.7,15; 13.16; 15.5). O concerto foi feito com Abrão, nome mudado por Deus para Abraão (pai da multidão). Como parte da aliança, Abraão deveria circuncidar todos os machos, filhos e servos sob sua autoridade, como selo do conserto, e de aceitação de Deus como Senhor. Deus prometeu estender a aliança a Isaque, o filho da promessa que iria nascer.



A ALIANÇA COM ISAQUE

Os termos da aliança foram renovados em Isaque, filho de Abraão: "Serei contigo e te abençoarei... multiplicarei a tua semente como as estrelas dos céus e darei à tua semente todas as terras. E em tua semente serão benditas todas as nações da terra. Eu sou o Deus de Abraão, teu pai. Não temas, porque eu sou contigo, e abençoar-te-ei, e multiplicarei a tua semente por amor de Abraão, meu servo" (Gn 26:2-5,24). Estas foram as palavras de Deus para Isaque. Contra partida, Isaque deveria continuar fiel a Deus.



A ALIANÇA COM JACÓ

"Eu sou o SENHOR, o Deus de Abraão, teu pai, e o Deus de Isaque. Esta terra em que estás deitado te darei a ti e à tua semente. E tua semente será como o pó da terra... e em ti serão benditas todas as famílias da terra" (Gn 28:13-14). As alianças de Deus com seu povo provam que Ele é sempre fiel à sua palavra, nunca deixando de mostrar ao homem que se este for realmente fiel na aliança, uma grande chuva de benção. Para recebermos as bênçãos prometidas derivadas de uma aliança fiel, fé e obediência são indispensáveis.



A ALIANÇA COM OS ISRAELITAS

Passados cerca de três meses da saída do Egito, Deus falou ao seu povo através de Moisés, ao sopé do monte Sinal (Horebe), para, basicamente, renovar e relembrar os termos do concerto com Abraão, Isaque e Jacó:

a) a terra de Canaã seria deles;

b) Deus seria o único Deus de Israel; o povo assumiria o compromisso de guardar suas leis e mandamentos;

c) seriam castigados em caso de desobediência. Uma promessa que deve ser guardada no coração: "Agora, se diligentemente ouvirdes a minha voz, e guardardes a minha aliança, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos...vós me sereis reino sacerdotal e nação santa" (Êx 19:5-6). O pacto foi fechado quando o povo declarou: "Tudo o que o Senhor falou, faremos" (Êx 24:3). Deus requer de nós o firme propósito de acatarmos os termos de sua aliança. As leis que deveriam ser obedecidas eram a lei moral (incluídos os Dez Mandamentos), a lei civil, a lei cerimonial.



RENOVAÇÃO DA ALIANÇA NAS PLANÍCIES DE MOABE

Antes da entrada na terra prometida, e após percorrerem o deserto durante 39 anos, os termos do concerto foram relembrados. A finalidade era de dar conhecimento das promessas divinas aos que nasceram durante a peregrinação, e fortalecer espiritualmente o povo para enfrentar o desafio de conquistar a nova terra. Os capítulos 27 e 28 do livro de Deuteronômio, tratam das maldições e das bênçãos decorrentes da rebeldia ou da obediência a aliança com Deus.



A ALIANÇA COM DAVI

O resultado mais imediato da aliança davídica foi o estabelecimento do reino do filho de Davi, Salomão, que deveria edificar um templo para o Senhor; o reinado de Davi passaria aos seus descendentes: "Fiz aliança com o meu escolhido; jurei ao meu servo Davi: a tua descendência estabelecerei para sempre e edificarei o teu trono de geração em geração" (Sl 89:3-4). A condição para o cumprimento dessas bênçãos seria a fiel obediência de Davi e de seus descendentes.



AS SETE CORES DA ALIANÇA

De todas as alianças que vimos, minha opinição a que mais me chamou a atenção foi a aliança feita com Noé, pelo fato de que Deus usou um fenômeno natural para que Noé se lembrasse e que essa lembrança fosse passada de geração em geração. Esse fenômeno é popularmente conhecido por nós pelos nomes de “Arco Iris, Arco Celeste, Arco da Aliança, ou Arco da Chuva).

Esse arco é um fenômeno óptico e meteorológico que separa a luz do sol em seu espectro (aproximadamente) contínuo quando o sol brilha sobre gotas de chuva. Ele é um arco multicolorido com o vermelho no seu exterior e o violeta em seu interior; a ordem completa é vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil (um azul mais escuro ou azul marinho) e violeta. A aparência do arco-íris é causada pela dispersão da luz do sol que sofre refração pelas (aproximadamente esféricas) gotas de chuva. A luz sofre uma refração inicial quando penetra na superfície da gota de chuva, dentro da gota ela é refletida (reflexão interna total), e finalmente volta o sofrer refração ao sair da gota. O efeito final é que a luz que entra é refletida em uma grande variedade de ângulos. Esse número não é definido, uma vez que os humanos não têm uma percepção visual de cores muito evoluída.

Deus resolve usar um arco que a muito tempo havia sido esquecido, e quase apagado da memória do homem para estabelecer um concerto. E essa aliança tinha e ainda tem sete cores conforme a nossa percepção visual. E então perguntei ao Eterno Deus, o porquê dessa aliança ter sete cores. Se bem sabemos, o número sete tem a representatividade da perfeição de Deus, e tantas outras representatividades, que não vem ao caso agora. Mas sabemos que o nosso Deus não faz nada por acaso.



O VERMELHO

Esta é a cor que representa o sangue que seria derramado na cruz do calvário por um inocente, que jamais seria esquecido pelo homem enquanto vivesse na face da terra. Ele, Jesus, seria o marco da história.



O LARANJA

Esta é a cor que representa o alimento, ou seja, o pão vivo que desceu do céu para saciar a fome de toda a humanidade, e assim sustentar as vidas famintas de um alimento eterno e indispensável para a vida do homem.



O AMARELO

Esta cor representa o ouro, ou seja, o mais valioso metal que existe. E esta preciosa jóia que nos foi dado, Jesus o filho de Deus, que nos amou mais que tudo. O mais valioso homem que veio para se entregar em nosso lugar.



O VERDE

Este é a cor que representa a terra prometida, ou seja, o cumprimento da promessa feita no Éden, quando Deus ao amaldiçoar o diabo, diz que da semente da mulher nasceria um que esmagaria a sua cabeça, o salvador prometido.



O AZUL - Céu

Esta cor representa o infinito céu, ou seja, poder infinito do filho de Deus, pois a bíblia nos relata que todo o poder foi dado ao nome de Jesus.



ANIL – Azul marinho

Esta é a cor que representa o homem que veio do céu, nos mostrando que Jesus desceu do céu para ser nosso Senhor, esta é a cor do Senhorio do Senhor Jesus.



O VIOLETA

Esta é a cor real. Os reis se vestiam com ela para ostentarem o poder. Esta cor representa o rei que há de vir. O rei que voltará para buscar sua rainha.



A ÚLTIMA ALIANÇA DE DEUS

A promessa de uma nova aliança está em Jeremias 31:31-33

"Vêm dias, diz o Senhor, em que farei uma aliança nova com a casa de Israel e com a casa de Judá... porei a minha lei no seu interior, e as escreverei no seu coração. Eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo."

A nova aliança foi selada com o sangue de Jesus, com seu sacrifício voluntário, com sua morte expiatória, vejam as palavras de Jesus antes de morrer por mim e por você:

"Isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, que é derramado por muitos, para remissão de pecados" (Mateus 26.28).

A nova aliança é superior à antiga: "Mas agora alcançou ele ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de UM MELHOR CONCERTO, que está confirmado em melhores promessas" (Hebreus 8:6).



CONCLUSÃO

E as melhores promessas são sobre os que se arrependem têm seus pecados totalmente perdoados (Hebreus 8.12); um novo coração e uma nova natureza recebem aqueles que verdadeiramente amam e obedecem a Deus; são recebidos como filhos de Deus; têm experiência maior em relação ao Espírito Santo.

Como vimos, de aliança em aliança Deus prosseguiu na execução do seu plano de salvação dos homens, sempre oferecendo novas oportunidades. E em todas as alianças estava a pessoa de Jesus. Por isso todas as vezes que você ver um Arco de Chuva no céu, saiba que Deus está te chamando a atenção para a aliança perfeita que é Jesus, que veio para salvar o homem da perdição eterna. Jesus, a perfeita aliança.

quinta-feira, 10 de março de 2011

o que a igreja não pode deixar de ser

Texto: Mateus 16.18

1 – A IGREJA NÃO PODE DEIXAR DE SER EXCLUSIVAMENTE DE JESUS
No texto de Mateus 16.18 Jesus diz “minha igreja”. Somos uma igreja com um único dono: Jesus. Não tem papa, apóstolo, bispo, pastor, ninguém que seja dono da igreja. A igreja pertence exclusivamente a Jesus Cristo, pois Ele a resgatou com o seu sangue.
- 1 Pedro 1.18, 19 - Pois vocês sabem que não foi por meio de coisas perecíveis como prata ou ouro que vocês foram redimidos da sua maneira vazia de viver, transmitida por seus antepassados, mas pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem mancha e sem defeito.
- 1 Coríntios 6.20 - Vocês foram comprados por alto preço. Portanto, glorifiquem a Deus com o seu próprio corpo.

2 – A IGREJA NÃO PODE DEIXAR DE SER EXCLUSIVAMENTE FUNDAMENTADA EM CRISTO
-1 Pedro 2.6 - Pois assim é dito na Escritura: "Eis que ponho em Sião uma pedra angular, escolhida e preciosa, e aquele que nela confia jamais será envergonhado".
Jesus é a pedra principal de esquina e o fundamento da igreja.
-1 Coríntios 13.11 - Porque ninguém pode colocar outro fundamento além do que já está posto, que é Jesus Cristo.
3 – A IGREJA NÃO PODE DEIXAR DE SER AGÊNCIA DO CÉU NA TERRA
Agência são instituições que tratam de assuntos específicos. A igreja é a agência do céu na terra porque trata dos assuntos do Reino de Deus. Estabelece o Reino de Deus.
- 1 Coríntios 4:20 - Pois o Reino de Deus não consiste de palavras, mas de poder.
- Lucas 9.2 - e os enviou a pregar o Reino de Deus e a curar os enfermos.
A prioridade da igreja é implantar o Reino de Deus na terra. Muitos sofrem porque buscam primeiro os seus interesses pessoais e por isso enfrentam muitos problemas. Quando buscamos em primeiro lugar o Reino de Deus todas as outras coisas nos são acrescentadas. Esse é o nosso diferencial como Igreja.
- Mateus 6.33 - Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas.

4 – A IGREJA NÃO PODE DEIXAR DE SER REPRESENTAÇÃO VISÍVEL DE QUE CRISTO É VENCEDOR
O mundo está sob o poder de satanás, mas quando ele vê a igreja representada em algum lugar, ele sabe que naquele local o maligno não pode dominar.
- 1 João 5.19 - Sabemos que somos de Deus e que o mundo todo está sob o poder do Maligno.
Jesus é a representação maior do que o diabo.
- 1 João 5.18 - Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não está no pecado. Aquele que nasceu de Deus, Ele o protege e o maligno não o atinge.
Pode vir para a igreja cheio de pecado, mas quando entrega a sua vida a Cristo e é liberto o diabo tem que sair fora, porque tem alguém maior que ele na casa.

5 – A IGREJA NÃO PODE DEIXAR DE SER O LUGAR DA COMUNHÃO
- 1 Coríntios 12.12 - Ora, assim como o corpo é uma unidade, embora tenha muitos membros, e todos os membros, mesmo sendo muitos, formam um só corpo, assim também com respeito a Cristo.
Os membros do corpo interagem entre si para haver crescimento, vida. Eu preciso de você e você precisa de mim. Esse relacionamento não pode ser superficial, tem que haver amor.
- Colossenses 3.12,13,14 - Portanto, como povo escolhido de Deus, santo e amado, revistam-se de profunda compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência. Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes perdoou. Acima de tudo, porém, revistam-se do amor, que é o elo perfeito.
- João 13.35 – Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros.


6 – A IGREJA NÃO PODE DEIXAR DE SER COLUNA E FIRMEZA DA VERDADE
O termo artista vem do termo hipócrita, aquele que passa por alguma coisa que não é. O resultado é uma falsa religiosidade, falsa espiritualidade, falso cristianismo.
- Mateus 7.21 - Nem todo aquele que me diz: 'Senhor, Senhor', entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus.

Os pentecostais gostam de associar vida com Deus à manifestação dos dons. Há muitas pessoas que sobem no altar e no nome de Jesus profetizam, expulsam demônios e operam curas, mas vivem no pecado. Há diferença entre pecar e viver na prática do pecado. Essas pessoas que vivem no pecado usurpam os dons de Deus.

É importante entender que manifestação dos dons de Deus é sinal do seu poder e da sua misericórdia, não está associado à conduta. A autoridade profética e espiritual diante da igreja na terra é o pastor. Quando o pastor coloca no púlpito pessoas que vivem no pecado, ele está dando legalidade para o espírito que opera naquela pessoa venha operar na igreja.

7 – A IGREJA NÃO PODE DEIXAR DE SER SUSTENTADA PELA PALAVRA DE DEUS.
O que sustenta a igreja não são eventos, festas, eloquência de pregadores, não é a voz dos cantores; porque no mundo tem tudo isso e até melhor. O que sustenta a igreja é a Palavra de Deus. Muitas festas e eventos evangélicos, infelizmente, são verdadeiras fogueiras de vaidades.

- Em Mateus 13 a Parábola do Semeador mostra o valor da terra fértil quando recebe a Palavra. Satanás sabe o valor da Palavra na vida de um cristão por isso ele faz de tudo para tirar a prioridade da Palavra, inclusive dos cultos.

- Mateus 4.4 – Jesus respondeu: Está escrito: ‘Nem só de pão viverá o homem, mas de toda Palavra que procede da boca de Deus’.

Somente a Palavra sustenta e mantêm o cristão em pé. Pela Palavra conseguimos dar bons frutos.

8 – A IGREJA NÃO PODE DEIXAR DE SER A NOIVA DO CORDEIRO
A igreja não pode se aliançar com outro que não seja Jesus, se não comete prostituição. Não pode se aliançar com o Estado. Líderes e membros podem ter opinião política como cidadãos, mas não podem usar o nome da igreja para promover política partidária ou candidato.

Não mexa com a noiva de Cristo. Não a machuque, não a ofenda, não a maltrate. O noivo cuida da sua noiva e ninguém pode mexer com a noiva e ficar impune. O dia das bodas do Cordeiro está chegando. Ele vem.

Apocalipse 19:6,7 - Então ouvi algo semelhante ao som de uma grande multidão, como o estrondo de muitas águas e fortes trovões, que bradava: "Aleluia!, pois reina o Senhor, o nosso Deus, o Todo-poderoso. Regozijemo-nos! Vamos alegrar-nos e dar-lhe glória! Pois chegou a hora do casamento do Cordeiro, e a sua noiva já se aprontou

9 - A igreja não pode deixar de ser cheia do Espírito Santo (Ef. 5:18) 1) porque um lugar vazio pode ser mal ocupado, trazendo morte e destruição; 2) porque precisamos de amadurecimento espiritual para atingir a estatura de Cristo; 3) porque só uma pessoa cheia do Espírito Santo é mais do que vencedora e estará apta a encontrar-se com Cristo, quando Ele vier buscar a Sua Igreja. Obs. Um crente Cheio do Espírito Santo ele é como uma metralhadora, como uma casa com energia elétrica.....

terça-feira, 8 de março de 2011

Os Quatro Níveis da Prosperidade

O termo "Prosperidade" (TICELEAH = Prosperidade de YHWH) aparece na bíblia apenas no antigo testamento, já o termo semelhante "Abençoar" aparece em toda Bíblia, desde Gênesis até Apocalipse. Assim como existem quatro níveis da intelectualidade humana (exemplificado na aula de Hermenêutica), existem também quatro níveis de prosperidade bíblica, nesta ordem:

Kesef = Dinheiro - Alguns perguntam se você tem cacife (dinheiro em hebraico); esse é o nível mais baixo dentro da Prosperidade de Deus. Ainda que você tenha 50 milhões em sua conta, Honda Civic, jatinho particular, etc. Ainda sim você se encontra no nível mais baixo de prosperidade. "O campo de um homem rico produziu com abundância. E arrazoava consigo mesmo, dizendo: Que farei, pois não tenho onde recolher os meus frutos? E disse: Farei isto: destruirei os meus celeiros, reconstruí-los-ei maiores e aí recolherei todo o meu produto e todos os meus bens. Então, direi à minha alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te. Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? (Lucas 12:20)

Zerrut = Honra ou Mérito - O homem mais sábio que existiu declarou que o bom nome vale mais que muitas riquezas, e ser estimado mais que ouro e prata (Pv 22:1). Já viajei para Argentina, Paraguai, Uruguai, Nordeste, Sul; tudo por conta de amigos e em todos os Estados brasileiros tenho uma casa para me hospedar; recebi ofertas para fazer obra missionária no Rio Grande do Sul e a maior delas veio da Europa, apenas por causa do meu bom nome. "e falou a Efrom, na presença do povo da terra, dizendo: Mas, se concordas, ouve-me, peço-te: darei o preço do campo, toma-o de mim, e sepultarei ali a minha morta. Respondeu-lhe Efrom: Meu senhor, ouve-me: um terreno que vale quatrocentos siclos de prata, que é isso entre mim e ti? Sepulta ali a tua morta. Gn 23:13-15

SEKULA = Tesouro ou Crédito - Jesus disse: não ajunteis sekula na terra, mas ajunteis sekula nos céus, pois é bom ter crédito com os homens, todavia o melhor é ter crédito com Deus. "Naqueles dias, Ezequias adoeceu de uma enfermidade mortal; veio ter com ele o profeta Isaías, filho de Amoz, e lhe disse: Assim diz o Senhor: Põe em ordem a tua casa, porque morrerás e não viverás. Então, virou Ezequias o rosto para a parede e orou ao Senhor, dizendo: Lembra-te, Senhor, peço-te, de que andei diante de ti com fidelidade, com inteireza de coração, e fiz o que era reto aos teus olhos; e chorou muitíssimo. Antes que Isaías tivesse saído da parte central da cidade, veio a ele a palavra do Senhor, dizendo: Volta e dize a Ezequias, príncipe do meu povo: Assim diz o Senhor, o Deus de Davi, teu pai: Ouvi a tua oração e vi as tuas lágrimas; eis que eu te curarei; ao terceiro dia, subirás à Casa do Senhor. Acrescentarei aos teus dias quinze anos e das mãos do rei da Assíria te livrarei, a ti e a esta cidade; e defenderei esta cidade por amor de mim e por amor de Davi, meu servo." 2 Reis 20:1-6

LISHMÁ = Valor - É o auge da prosperidade de Deus, pois não tem preço. Por quanto você venderia seus dois olhos? Não tem preço mais tem valor. Existem coisas que podemos negociar, porém existem coisas inegociáveis: sua posição diante de Deus é inegociável, as promessas de Deus na tua vida são inegociáveis, portanto não negocie a unção sobre você, pois ela não tem preço, mas tem valor.

É por isso que com teu emprego você não consegue pagar as contas e realizar tudo que você deseja, porque Deus não te dá emprego para pagar contas; teu emprego é o seu campo missionário; todo sucesso que temos é para influência do Reino; fomos criado para influenciar, impactar pessoas a nossa volta.

A CHAMADA DE ABRAÃO

A CHAMADA DE ABRAÃO
Esta pequena obra não tem a pretensão de esgotar o assunto, muito pelo contrário, reconhecemos que o Estudo sobre a Chamada de Abraão é muito mais ampla do que o exposto abaixo; todavia o nosso alvo são aqueles que ainda não tiveram a oportunidade de se aprofundarem no assunto, mas querem ter alguma base; e para os que já foram mais adiante uma oportunidade para relembrar ou atualizar-se.

POR: JORGE LEIBE





Pregue a Palavra a Tempo e fora de Tempo.

Todos os Direitos Reservados. Copyright – 1998.

Está em vigor a Lei 9.610, de 19/02/98, que legisla sobre Direitos Autorais, que diz que é crime reproduzir por xerocópia ou outros meios obras intelectuais sem a Autorização por escrito do autor.

INTRODUÇÃO

Este estudo irá nos mostrar o início da história de Abraão, cognominado "o pai da fé", incluindo a sua chamada, peregrinação e a fé inabalável em um Deus que aprendeu a amar através do conhecimento transmitido por Noé a seus descendentes.
Vamos dividir este estudo em três tópicos para melhor compreensão do assunto:
I - A História
II - A Chamada
III - A Obediência

I - A HISTÓRIA
A chamada de Abraão deve ser vista cercada de inúmeras circunstâncias, como: local em que vivia, saída de sua terra (trecho percorrido) e sua odisséia.

1 - Local de seu nascimento
Ur dos caldeus (fogo, luz e estabelecimento), também chamada Uri ou Uru, ou Mugher ou Ungemiru ou Mugayyar. Distava de Harã 965 km, e a 1.000 km de Siquém. Esta cidade fora porto do mar, no Golfo Pérsico, na foz do Rio Eufrates, há 19 km de Eridu, local tradicional do Jardim do Éden. Era uma cidade antediluviana e depois foi reconstruída.


a) A cidade antes de Abraão
Era a mais magnificente do mundo de então, centro manufatureiro, fazendeiro e exportador, numa região de fertilidade e riqueza fabulosas, donde partiam caravanas em todas as direções para terras distantes, e embarcações de suas docas, que desciam pelo Golfo Pérsico carregadas de cobre e duras pedras.
No tempo de Abraão, o Golfo Pérsico havia recuado e o Eufrates mudara seu curso, correndo 16 km para o leste. Ur foi eclipsada pela cidade de Babilônia e manteve sua importância até ao período pérsico (700/600 AC), sendo abandonada, sepultada na areia das tempestades do deserto.

b) O nascimento
Abraão nasceu em 1920 AC. Sua cidade Natal tinha 2.000 anos de civilização. Seu tempo foi de grande atividade literária: escolas, dicionários, enciclopédias, etc.

2 - Idolatria no tempo de Abraão
Não era Abraão idólatra, mas viveu rodeado de idolatria. Muitas famílias guardaram as tradições dos antigos e as lições do dilúvio. Existiam capelas familiares. Na cidade tinha o "Ziggurat", torre-templo para adoração do deus-lua. Terá era idólatra, fabricante de ídolos (Js 24.2). Ver Gn 3.19 (Raquel furtou).
Chamá (era o deus-sol), Sin (deus-lua), Ningal (deusa-lua), mulher de Sin. Também não podemos descrer que sua confiança estava em Jeová. Abraão poderia ter recebido de Sem a narrativa do dilúvio, feita por Noé, e a narrativa de Adão e do Jardim do Éden feita por Matusalém. Adão viveu 930 anos e conviveu com Matusalém 243 anos, e Noé conviveu com Matusalém 600 anos.

3 - Abraão e sua Família
Abraão é a nona geração depois de Sem. Seu nome = AB (pai) + RAM (grande) = Abram (pai grande). Em português ficou Abrão. O Senhor Deus lhe fez uma promessa e disse: não te chamarás mais Pai Grande, mas Pai de Grande Nação. Então ficou: AB (pai) + RAM (grande) + AM (povo) = Abram + am. Em português ficou Abraão. A família era influente na cidade.


II - A CHAMADA

1 - Abraão e a saída de Ur dos Caldeus - Gn 11.31,32; At 7.2-4
Aqui tem início a obra da redenção que fora insinuada no Jardim do Éden (Gn 3.15).
Caps 1 a 11 de Gn - Deus se relaciona com a humanidade em geral sem fazer distinção das raças (fracasso do homem). Até aqui a "semente da mulher" é conservada, através de homens apropriados; e também o conhecimento de Deus é mantido.
Caps 12 a 50 de Gn - Deus muda seus métodos. Chama um homem para fundar a raça escolhida mediante a qual ele realizaria a restauração da humanidade. São 39 capítulos dedicados à família escolhida.
Abraão é pai espiritual de todos os crentes (Rm 4.16; Gl 3.7). Somente ele se chama "amigo de Deus" (2 Cr 20.7; Is 41.8; Tg 2.23)

a) Havia dito Deus (At 7.2)
Estevão fala sobre o Deus da Glória à multidão dos circunstantes, ouvintes, espectadores. Fazia ele referência ao caráter essencial de Deus em contraste com os chamados "deuses de Ur", os quais não possuem vida, poder e majestade reais. Pode ser também uma referência à glória divina, externa e visível, que assinalava a presença de Deus aos homens: Ex 25.22 - aparecia a Moisés; Ex 40.34 - a glória do Senhor encheu o tabernáculo; Lv 9.6 - a glória do Senhor vos aparecerá; Ex 33.9 - descia a coluna de nuvem; Ex 33.18 - me mostres a tua glória; Dt 4.11,12; Ex 34.5 - o Senhor desceu... e se pôs ali junto a ele.

b) Sai de tua terra e dentre a tua parentela (At 7.3; Gn 12.1)

Deus se manifestou a Abraão em meio da idolatria universal, chamando-o para uma vida de fé e de separação.
Muitos pensam, que foram duas chamadas, mas não. Foi uma só, com a admoestação posterior de continuar a viagem.

Se pudéssemos pensar por Moisés e ter presente o seu propósito ao escrever este livro (Gn), facilmente poderíamos resolver o problema.

Gn 12.1 deveria estar em Gn 11.27, mas Moisés está escrevendo a genealogia da família eleita e para não interromper a seqüência do pensamento, depois de ter mencionado todos os ancestrais de Terá, dá a seguir sua genealogia, visto ser ele o pai do personagem com quem começou a realizar-se o plano divino.

Depois que Moisés dá a linhagem de Terá, dá a sua saída sem mencionar os motivos (v. 31), até que a morte pôs ponto final na vida do homem cuja genealogia ele descreve (v. 32). Feito isto, Moisés como que retrocede e diz que Terá saiu, ainda que o nome não é mencionado em conexão com a chamada divina, mas é claro que não mencionando Terá, menciona Abraão por cuja causa Terá saiu de Ur. Noutras palavras, pode-se dizer que Moisés contou a saída e a viagem para depois dar os motivos.

Em Gn 12.4 diz: "Assim...". O advérbio "assim" pode referir-se tanto à continuação da viagem em Harã como à saída de Babilônia. (ver Gn 11.2 e 15.7)
Gn 12.4 poderia ser assim parafraseado: "de modo que depois de ter estado por algum tempo em Harã por causa da idade de Terá, ou por causa da doença que o vitimou ou porque as condições fossem tentadoras, Abraão continuou a viagem encetada em Ur, tomando consigo seu sobrinho Ló, deixando o resto da família que o não quis acompanhar." Abraão participou ao pai essa chamada e Terá assumiu a liderança da viagem. Alguns teólogos conjecturam que foi uma mudança de negócios ou a morte do filho mais velho (Arã). A chamada foi feita em Ur e é descrita em At 7.2,3 e a resposta dada em Hb 11.8.

AS PROMESSAS

a) escolha divina (Deus escolheu Abraão e isto importa conhecimento, aprovação, confiança, preparação para o fim destinado);
b) o plano de, através do escolhido, abençoar muitos povos;
c) a chamada divina (positiva, individual);
d) a proteção divina (amaldiçoarei os que te amaldiçoarem);
e) a revelação divina (apareceu o Senhor a Abraão); e
f) a promessa divina (à tua descendência darei esta terra).

O que o Senhor Deus disse a Abraão envolve um tríplice imperativo que exigia renúncia, e uma tríplice promessa garantidora de grandes compensações:
1) renunciar a terra (Deus dá todo um país - Canaã);
2) renunciar à parentela (Deus lhe dá uma grande nação); e
3) pelo obscuro nome do pai (Deus lhe dá o nome aureolado que Abraão possui na terra e no céu).

Ainda tem mais um imperativo: "Sê tu uma benção". Depois, mais três promessas:

1) abençoarei os que te abençoarem
2) amaldiçoarei os que te amaldiçoarem
3) em ti serão benditas todas as famílias da terra

AS PROVAS DE ABRAÃO

A chamada de Abraão o submeteu a três provas:

1ª) Separação (Gn 12.1) de sua pátria e de sua família (Mt 19.29). Deveria voltar as costas para a idolatria para ter comunhão com Deus. A vida de fé começa com a obediência e a separação. "Ou nossa fé nos separa do mundo ou o mundo nos separa de nossa fé". Hb 11.8

2ª) A fome (Gn 12.10-20). Por falta de fé, Abraão foi para o Egito. Deus não lhe havia ordenado sair da Palestina. Recorreu à mentira para escapar do perigo (Sara tinha 65 anos e morreu aos 127 anos de idade). Gn 20.12 Tropeçou em pequenas coisas. Não edificou nenhum altar no Egito. Saiu humilhado, reconhecendo que Deus é santo. Aprendeu o quão perigoso é afastar-se de Deus.

O Egito é símbolo do mundo. Aparece cerca de 470 vezes no AT e NT. Deus disse a Isaque; (Gn 26.2): "Não desças ao Egito".
O Egito é:

1) terra onde se trafica pessoa humana (Gn 37.36);
2) terra de escravidão (filhos de Israel - Dt 4.20; Ex 3.7);
3) lugar de juízo de Deus (Gn 7.12)
4) lugar desejável para se voltar (Nm 14)
5) símbolo do homem natural (deserto)
6) deserto - é estágio intermediário entre o Egito e Canaã. Não está no Egito e não goza das delícias de Canaã.

É preciso retirar o opróbrio (imundície das bebidas, do fumo, do jogo, da linguagem obscena, das roupas escandalosas, do cinema, do furto, da violência, da mentira, do adultério, da fornicação, etc.).

3ª) Contenda sobre pastagens (Gn 13)

a) contenda entre pastores (água difícil e pasto)
b) Ló buscou as coisas pelas vistas
c) "Assim partiu Abraão..." (Gn 12.4)

De Ur para Harã, temos aproximadamente 965km e de Hará para noroeste de Canaã, 643km. Abraão foi assim dirigido na direção de uma terra que desconhecia. Todavia foi conduzido passo a passo, ao longo do caminho, a fim de que pudesse aprender a confiar no Senhor Deus em tudo, exercendo a grande virtude da paciência. "Isso serve de emblema da chamada dos santos para fora do sistema mundano, para longe de seu anterior modo de viver, e dentre os seus antigos companheiros e amigos, a fim de seguirem a Cristo para onde quer que ele se agrade em conduzi-los: que também, finalmente, haverá de levá-los em toda a segurança àquela terra distante, o melhor país celestial".
Vejamos a seguinte comparação:

a) Israel teve começos modestos. Abraão peregrinava em terras estranhas, somente com Deus a seu lado, depois foi pai de uma grande nação.
b) Jesus de Nazaré foi desprezado como o humilde nazareno, peregrino, tendo Deus a seu lado. Era o primogênito da nova nação espiritual - composta por todos quantos nele confiam.

Compare a longa viagem de Abraão com a de Moisés no Egito. De Maria e José de Nazaré a Belém. A nossa neste Mundo.

c) A estada de Abraão em Harã

Harã foi a cidade onde Terá se estabeleceu, após deixar Ur da Caldéia (Gn 11.31). Dela partiu Abraão para Canaã. Jacó fugia de volta para ali a fim de escapar da ira de seu irmão gêmeo, Esaú (Gn 27.43) e onde conheceu a que seria a sua esposa. Harã era uma região bem povoada, desde 3.000 AC, com estradas para diversas outras cidades, inclusive o Egito. O povo era idólatra, adorador do deus lua de Ur.
A exegese nos mostra que Terá não havia morrido quando Abraão saiu de Harã: Em Ur, quando Abraão nasceu, Terá tinha 70 anos de idade. Se Abraão quando saiu de Harã tinha 75 anos, então Terá tinha 145 anos. Se Terá morreu com 205 anos (Gn 11.32), então ele viveu mais 60 anos depois da partida de Abraão para Canaã. Talvez Estevão não se preocupasse com o cronológico.
Por quanto tempo Abraão ficou em Harã não se pode dizer, visto o silêncio que a Bíblia guarda a esse respeito; mas, tomando em consideração diversos fatos, tais como a fertilidade da terra e a aparente riqueza de Abraão ao sair dali, infere-se que ficou um bom tempo, porque o verso 31 de Gn 11 diz que "ali habitaram".

Em Harã, Abraão recebeu a admoestação de continuar a viagem. Talvez fosse mesmo preciso que Deus lhe trouxesse à memória os motivos que o tinham feito sair de Ur. Deus disse: "Sai-te para a terra que te mostrarei". Abraão mesmo parece que se tinha esquecido de continuar a viagem, ou então algum impedimento tinha obstado a continuação, ou quem sabe ele teria julgado ser aquele o lugar para onde Deus o tinha chamado, visto que tinha saído de Ur sem saber para onde ia.

d) A saída de Abraão para Siquém (Samaria)

Abraão tomou a sua casa e foi para o sul. Parou em Damasco, onde nasceu Eliezer. O damasceno, seu fiel mordomo nos anos vindouros (Gn 15.2,3). Demorou algum tempo em Damasco.
A viagem de Harã a Siquém era de mais ou menos 1.000 km, através de lindos cenários. Em lá chegando, o Senhor lhe confirmara o lugar: Canaã. Estendeu suas tendas em Siquém (em Samaria), e estabeleceu ali um altar onde oferecia sacrifícios a Jeová. O altar era a um tempo o lugar de culto e testemunho de que a terra pertencia ao Deus ali adorado, e consequentemente a seus adoradores.
Carvalho de Moré - o carvalho oferecia a sombra mais fresca, não só devido à ramaria como à própria qualidade da árvore. Oferecia também sombra, para os rebanhos nas horas de calor. Moré (Manre) talvez fosse devido a um dono daquela terra (arqueiro).
Abraão desceu a Betel, onde erigiu outro altar. O nome Betel significa casa de Deus. Este nome foi dado por Jacó (muito depois). Antes chamava-se Luz (ou Deus habita na luz). Moisés escreveu muito tempo depois e está dando o nome atual de um acontecimento passado. Altar é uma estrutura elevada, onde se oferecia incenso e se queimavam os sacrifícios em honra dos deuses. Poderia ser feito de terra, ou de uma grande pedra ou de uma plataforma construída de pedras ou madeiras brutas, cobertas ou não. Podia até ser feito também de metal e com certos características que dependia do Deus a ser Adorado.

É interessante notar, que os altares haviam sido finalmente preservados para a adoração verdadeira a Jeová. Negligenciar tais lugares era negligenciar a adoração do Senhor, e o ato de arrasar os altares eqüivalia a um ato de blasfêmia. (Rm 11.3 e Is 1.15)


III - A OBEDIÊNCIA

Obediência é sujeitar-se à vontade de; estar sob a autoridade; não resistir; ceder; estar ou ficar sujeito a uma força ou influência; submeter-se ao mais forte; render-se; seguir o impulso de alguma coisa.

1) Pela fé Abraão, sendo chamado, OBEDECEU (Hb 11.8)

Quando tempo levou sua obediência? Comparar Lc 9.57 SEGUIR:

a) a renúncia do discipulado cristão exige o que "ha de melhor" em um homem;
b) Não basta ficar impressionado ouvindo a Jesus (tem de haver a entre a da própria alma a Cristo); e
c) não agir em momento de entusiasmo (entusiasmo não é arrependimento e conversão). São discípulos mal firmados.
O ato de aceitar o Evangelho não deve ser feito por meios atrativos, artificiais, música agitada, teatrinhos. Não podemos iludir as pessoas com falsas promessas. Jesus falava em solidão e perseguição, em dificuldades e sacrifícios.

2) Quando o Senhor disse a Abraão: Sai da tua parentela, estava dizendo: "Segue-me..."

Ele fala aqui de LEALDADE. É o que exige. Há uma lealdade maior que aquela que damos à família e aos amigos. O judaísmo sempre frisou as obrigações para com os pais. Mas há uma família superior e uma lealdade maior. Nem sempre teremos de escolher entre duas lealdades.
Compare Abraão com este moço Lc 9.57. Abraão obedeceu. O moço disse a Jesus: deixe-me sepultar meu pai. É uma maneira brutal de dizer: não posso ser discípulo enquanto meu pai estiver vivo. Isso adiava o seguir a Jesus por tempo indefinido; que o discipulado parecia uma tolice indigna. A resposta de Jesus era: vem e percorre estrada mais elevada. Vem e cuida dos deveres mais elevados do reino celeste (em contraste com as coisas mundanas, carnais e sociais). Deixe-me despedir - no grego significa separar-se de uma incumbência, como quando um soldado deixa seu posto ou o oficial larga a sua patente. Despedir uns dos outros. O discípulo queria por em ordem os seus negócios, além de despedir-se formalmente dos seus parentes. A chamada de Pedro, André... (Mt 4.18-22). Atos 9.6,15.

3) A chamada exige:

a) Fé - pela fé, Abraão..." O autor de Hebreus devota uma discussão mais longa sobre Abraão do que qualquer outro personagem. Ilustra como a fé o leva a entregar-se a Deus por meio do que grandes coisas foram feitas por ele e através dele.

Vejamos sete maneiras pelas quais a fé operava em Abraão: Hb 11

1 - sendo chamado para peregrinar - a fé exigiu ação aventurosa de sua parte.
2 - sua peregrinação levou-o a reconhecer que sua habitação neste mundo não era certa. v.10
3 - a fé foi um poder miraculoso nele e nos que andavam com ele. v.11 e 12
4 - a fé abre dimensão eterna à vida.
5 - ensina-nos que Deus é o nosso Deus. v.16
6 - ensina-nos que há um sacrifício supremo a ser feito à vontade de Deus. v.17
7 - ensina-nos a esperar o impossível. v.19; Rm 4.17

b) Obediência. Gn 12.1-5
c) Paciência Rm 5.3; Gn 3.15,4,6
d) Confiança Lc 1.18; Jó 19.25; At 5.29
e) Espera Sl 40.1; 42.5.11; 62.15; Is 40.31; Lc 8.40