“Para Jeílson, pastor de uma igreja muito ativa e crescente, o dia começou como tantos outros. Ao acordar pela manhã, ajoelhou-se ao pé da cama e orou. Logo à mesa do café, começaram as muitas preocupações: notícias da congregação que rejeitava o novo obreiro; problemas com o pedreiro na construção do templo; finanças apertadas. No pequeno alpendre da casa pastoral, mais de uma dezena de irmãos já aguardava aconselhamento. As necessidades eram as mais diversas: ajuda para internar o filho doente; a nova convertida, proibida de participar dos cultos, queria saber como contornar a antipatia do marido; um ancião precisava resolver a situação da aposentadoria... Jeílson enfrentava com certa naturalidade aquele amontoado de dificuldades; seu dia-a-dia já era assim há anos. Ele só não se preparara para a notícia que receberia ainda naquelas primeiras horas do dia. "Miriam, sua filha mais velha", relatou-lhe sua esposa, "cortou o cabelo".
Tudo, menos aquilo. Aturdido, sem acreditar no que lhe acontecera, Jeílson abandonou seus compromissos, deixou todos os irmãos esperando no alpendre e correu enfurecido pelo corredor até chegar ao quarto que ficava nos fundos da estreita casa pastoral. Miriam - constatou ele - aparara de fato as pontas do cabelo. Desde a infância de sua filha, Jeílson jamais permitira que uma tesoura tocasse nas mechas castanhas que agora, aos 18 anos de Miriam, já alcançavam a cintura. Totalmente descontrolado, Jeílson perguntou rispidamente, mas sem esperar resposta: "O que você quer comigo? Está querendo envergonhar-me, acabar com o meu ministério?".
Movido por uma ira descomedida, desafivelou o cinto, dobrou em duas voltas e bateu em Miriam até que os vergões se desenhassem em suas costas e pernas. Envolvido pela mesma ira com que a surrava, desabafou: "Não vou tolerar uma desviada dentro da minha casa. Enquanto você morar aqui, não vou admitir que corte seu cabelo novamente, você está me ouvindo?". Ainda ruborizado e com o coração acelerado, voltou ao alpendre para tratar dos seus assuntos ministeriais.
Duas horas depois, recebeu a notícia mais devastadora de sua vida: Miriam havia derramado álcool sobre todo o corpo e ateado fogo. Jeílson correu mais uma vez, agora desesperado, e encontrou no mesmo quarto sua filha agonizando com queimaduras profundas. Naquele mesmo dia, à tarde, Miriam morreu no ambulatório de um hospital.
Embora os nomes e alguns detalhes da história sejam fictícios, ela é verdadeira. Aconteceu em alguma cidade do Brasil. Pior, ela se repete, claro que sem os mesmos extremos, quase todos os dias em alguma família evangélica brasileira. Retrata exatamente a severidade com que algumas denominações brasileiras encaram o problema dos usos e costumes”
A narrativa acima é do livro de Ricardo Gondim, “É Proibido: O que a Bíblia permite e a Igreja proíbe”. Nela, vemos a que ponto o farisaísmo pode arrastar a alma humana. Baseado nesta história, desejo fazer algumas considerações acerca do legalismo:
O Legalismo engana. Muitos pensam que pelo fato de se vestirem de modo diferente já comprararm a salvação! O que eles não percebem é que ao atuar assim, eles estão se auto-enganando. Ora, se a salvação é de graça e por meio da fé, então toda tentativa de propiciar a Deus no tocante a salvação é heresia e engano. É claro que o cristão deve procurar se vestir adequadamente, pois a santidade inclui sim nosso corpo, mas pensar que o fato de usar saia comprida ou não cortar o cabelo te faz mas santo que o teu irmão, é burrice. Santidade não é um conjunto de praxes exteriores: é uma vida com Cristo, refletindo ao mundo o seu caráter e atitudes.
O Legalismo cega. Tanto que o pai da moça, ao receber a notícia de que sua filha tinha cortado o cabelo, foi cegado por seu ódio xiita contra tudo aquilo que ele considerava mundanismo. Assim, armando-se de um falso zelo cristão, e ignorando totalmente o mandamento do amor, espancou gravemente a filha. Uma das maiores características do legalista é a ausência de misericórdia no seu coração. Observe o caso da mulher apanhada em adúltério, por exemplo: a turba enfurecida, além de expor a adúltera ao rídículo, arrastando-a pelas ruas da cidade, ainda queriam apedrejá-la até a morte, e tudo com respaldo bíblico! Tenho certeza que Jeílson, ao espancar sua filha, pensava que estava fazendo o correto e que era respaldado pela bíblia. Ele era um homem "da bíblia", e podia citar uma série de versículos em cadeia temática para justificar sua atitude, mas era incapaz de amar, compreender e simplesmente perdoar (ainda que, para fins práticos, sua filha não havia cometido nenhum pecado).
O Legalismo mata. Foi ele quem matou a jovem de 18 anos. Não quero entrar na questão do suicídio, e da salvação ou condenação da menina. Deixo isso aos meus amigos fariseus, que são verdaderos experts em teologia, principalmente no tocante a condenação de todos aqueles que não rezam segundo a sua catilha de usos e costumes estereotipados. O fato é que, no caso narrado, foi o legalismo quem desencadeou a série de eventos que deu origem a morte da jovem. Este é o caminho inevitável do legalismo: ele conduz a morte. Morre o pregador legalista, em seu equivocado senso de auto-justiça, com uma falsa idéia acerca de si mesmo. Morrem também os seus ouvintes, que acabam comprando essa falsa idéia acerca de Deus, sendo levados em multidão a crer no Deus errado.
Quantos jovens que, semelhantes à moça do texto, foram gravemente feridos na alma por causa de pregações legalistas, do tipo toma-lá-da-cá, nas quais a salvação é obtida mediante o esforço do crente, sendo obrigados a vestir-se como o talibã, tendo seus gostos, sua autonomia, personalidade e vontade claramente violadas, tudo por causa do achismo de pastores que se acham infalíves, que creem-se a última bolacha do pacote e a boca de Deus na terra? Há toda uma geração de desviados das igrejas por causa destas coisas. Hoje estão apartados de Cristo, perdidos no mundo, enfim, mortos! E foi a igreja (instituição) que os matou. A arma do crime? Farisaísmo!
Meus amados amigos, em especial os colegas pastores: não estou aqui como o infalível papa, o dono absoluto da verdade. Sei que erro muitas vezes, e em muitas coisas, e não peço subserviência a minha pessoa, nem que acatem incondicionalmente as minhas idéias. Este blog foi construído sob a égide do livre-pensamento iluminado pelo Espírito Santo, de modo que a intenção não é impor nada, e sim sucitar o debate acerca das nossas praxes eclesiásticas. Sei que algumas denominações possuem os tais usos e costumes como parte da sua tradição, mas entendo que, à luz da bíblia, a ênfase exagerada em tais práticas transformando-as em meios da graça é prejudicial e herética. Pastores: vamos repensar a nossa fé! A reforma não é obra acabada. Sempre há algo novo para aprender, refletir e mudar.
quinta-feira, 21 de abril de 2011
terça-feira, 12 de abril de 2011
O CONSOLIDADOR É UM GADIDA
1 Crônicas 12.8-14
Que tipo de caráter você tem? Seu caráter precisa ser consolidador.
Porém, só consolida quem é consolidado. Deus quer remover toda pedra que queira impedir o processo da consolidação. E para isso precisamos estar atentos ao que Deus está nos ministrando. Ele está nos dizendo que o consolidador tem um perfil.
"Dos gaditas se passaram para Davi, ao lugar forte no deserto, homens valentes adestrados para a guerra, que sabiam manejar escudo e lança; seus rostos eram como rostos de leões, e eles eram tão ligeiros como corças sobre os montes. Ezer era o chefe, Obadias o segundo, Eliabe o terceiro, Mismana o quarto, Jeremias o quinto, Atai o sexto, Eliel o sétimo, Joanã o oitavo, Elzabade o nono, Jeremias o décimo, Macbanai o undécimo. Estes, dos filhos de Gade, foram os chefes do exército; o menor valia por cem, e o maior por mil" (I Cr 12:8-14).
Todo consolidador precisa ter o caráter de um gadita, ser um valente, ter um caráter indubitável. O líder de célula deve ter esse caráter consolidador, pois é responsável por cada um de seus discípulos.
Os gaditas foram responsáveis pela consolidação das 12 tribos de Israel.
Eles eram valentes e destemidos e, onde chagavam, transformavam o lugar.
Na história de Israel, não há um registro de derrota das guerras onde os gaditas estiveram envolvidos.
Davi permaneceu por muito tempo morando no deserto e em cavernas, quando era fugitivo de Saul. Um dia, ouviu dizer que os gaditas estavam indo ao seu encontro. Ao ouvir tal informação, ele foi antes ao encontro deles, pois sabia que nunca haviam perdido uma guerra. Um dos filhos dos gaditas se apressou e disse a Davi que a entrada deles era de paz e de conquista.
A Bíblia relata que esse jovem profetizou para o rei Davi e as palavras por ele emitidas trouxeram consolo. Naquele momento, Davi foi consolidado.
E os gaditas se uniram a Davi e tornaram-se capitães de tropas.
Os consolidadores são linha de frente de guerra. Andam unidos em um só propósito. Eram 11 homens, 12 com Davi. Qual o perfil do gadita? O gadita tem uma unção de caráter e de personalidade. Eles eram homens que tinham o caráter tão ajustado e por isso não perdiam nenhuma batalha. Você terá um caráter tão ajustado que não perderá nenhum fruto fiel.
A consolidação exige um caráter decisivo. Não consolidamos perguntando a pessoa se ela quer ou não ser consolidada, porque o novo convertido não sabe esboçar nada no reino espiritual. O ímpio está nascendo, é como uma criança. Você não pergunta a um bebê se ele quer mamar, se ele quer que troque a fralda, se ele quer tomar banho. Não! Você vai até ele e faz, você toma a iniciativa.
O consolidador precisa receber um caráter de iniciativa, não pode ficar esperando que o ímpio ou o novo convertido venha à sua procura. O discipulador é você, logo, quem tem que consolidar é você.
Se você acompanhar uma pessoa por um ano e dois meses, ela nunca mais se afastará do Reino. É por isso que a consolidação começa desde o Pré-encontro, indo até a Escola de Líderes para entrar no Reencontro. É tempo suficiente para que ela receba um perfil seguro, já tendo passado por experiências com Deus e, portanto, podendo andar com suas próprias pernas, com base em todas as orientações que recebeu.
Você é um consolidador de êxito que receberá a unção de iniciativa pelo próprio Espírito de Deus. É Ele quem lhe dará um caráter consolidador para usar a sua iniciativa e influenciar milhares de milhares.
Vejamos as características que fazem de todo líder um consolidador valente, de caráter indubitável, eis as características de um gadita:
Não tem medo de fortalezas. O consolidador valente enfrenta qualquer fortaleza com ousadia.
Não tem medo de autoridade. Ele respeita as autoridades, mas não tem medo de nenhuma delas.
Não tem medo de guerra. O consolidador de caráter é um líder de guerra.
Existem momentos nos quais o Reino de Deus não é tomado com poesia, mas com ousadia. Arrancar uma vida do inferno, das garras do diabo não fala de poesia, mas de firmeza. Deus lhe dará graça e onde você entrar, sairá com a vitória nas suas mãos. É um homem de destreza, preparado para a peleja.
É um homem vitorioso. Como um gadita que tem garras de leão, traz o resultado e entrega-o ao rei. Ele apresenta o seu fruto fiel porque não é abatido na batalha.
É um líder armado com escudo e com lança. Está pronto para o ataque e para a defesa. Haverá momentos nos quais o consolidador precisará atacar e para isso usará a lança. A lança não é usada por qualquer pessoa, mas por quem é adestrado. No mundo espiritual, você é um arqueiro. Toda flecha e toda lança que o Senhor colocar na sua mão, você tirará da aljava e não errará o alvo. O gadita sabe o momento certo para atacar e para se defender.
Tem personalidade de um líder. Quando a Bíblia diz que o gadita tem cara de leão, está identificando-o como um líder que governa. Quem não governa é governado; quem não orienta é orientado; quem não lidera é liderado. Ter cara de leão representa denunciar a destreza de governar com autoridade.
Não recebe mediocridade sobre sua vida. Ele tem unção e conquista sempre no sobrenatural. Recebe a excelência do Reino. Há pessoas que são pobres por uma questão de circunstância; outras, por uma questão de alma.
É veloz como a gazela. O consolidador deve ser veloz como a gazela das montanhas. Uma gazela pula em média seis metros para cima e nove metros para frente, de forma que corre em uma velocidade muito grande para fugir do predador a ponto de ele ficar cansado e desistir dela. Essa mesma unção Deus nos dará. Não somos comida de predador, portanto, quando ele quiser vir atrás de nós, terá que desistir, pois a velocidade de um gadita frustra o plano do inimigo.
Ter unção do mínimo. Ter um aprisco completo que comporta no mínimo 100 ovelhas. E esse aprisco multiplica gerando outros apriscos. Você como gadita, nessa unção e caráter consolidador, terá ovelhas e discípulos debaixo de sua autoridade.
A unção do máximo. O mínimo tem cem e o que tem mais é porque conquistou mil. "O mais pequeno virá a ser mil, e o mínimo uma nação forte" (Is 60:22). Você terá unção para começar com os seus 100 discípulos, terá unção para tratar com os 1.000 discípulos, debaixo do caráter consolidador da personalidade do governo e não permitirá que o rebanho se disperse.
Tem o governo do Espírito sobre a sua vida. Quem governa o gadita não são as suas emoções, suas convicções. A Bíblia diz que o Espírito de Deus tomou a Amasai e ele começou a profetizar e consolidou o coração do rei.
A segurança de um consolidador é depender do Espírito Santo.
Receberemos unção para consolidar dos súditos ao rei e todos aqueles que desejam receberão o caráter que Deus está imprimindo em nossos corações.
Precisamos desejar o caráter consolidador, o caráter de governo. Receba a unção de governo para consolidar uma nação: garras de leoa, cara de leão, pés ligeiros como os da gazela, destreza para alcançar as fortalezas e governo do Espírito Santo.
Que tipo de caráter você tem? Seu caráter precisa ser consolidador.
Porém, só consolida quem é consolidado. Deus quer remover toda pedra que queira impedir o processo da consolidação. E para isso precisamos estar atentos ao que Deus está nos ministrando. Ele está nos dizendo que o consolidador tem um perfil.
"Dos gaditas se passaram para Davi, ao lugar forte no deserto, homens valentes adestrados para a guerra, que sabiam manejar escudo e lança; seus rostos eram como rostos de leões, e eles eram tão ligeiros como corças sobre os montes. Ezer era o chefe, Obadias o segundo, Eliabe o terceiro, Mismana o quarto, Jeremias o quinto, Atai o sexto, Eliel o sétimo, Joanã o oitavo, Elzabade o nono, Jeremias o décimo, Macbanai o undécimo. Estes, dos filhos de Gade, foram os chefes do exército; o menor valia por cem, e o maior por mil" (I Cr 12:8-14).
Todo consolidador precisa ter o caráter de um gadita, ser um valente, ter um caráter indubitável. O líder de célula deve ter esse caráter consolidador, pois é responsável por cada um de seus discípulos.
Os gaditas foram responsáveis pela consolidação das 12 tribos de Israel.
Eles eram valentes e destemidos e, onde chagavam, transformavam o lugar.
Na história de Israel, não há um registro de derrota das guerras onde os gaditas estiveram envolvidos.
Davi permaneceu por muito tempo morando no deserto e em cavernas, quando era fugitivo de Saul. Um dia, ouviu dizer que os gaditas estavam indo ao seu encontro. Ao ouvir tal informação, ele foi antes ao encontro deles, pois sabia que nunca haviam perdido uma guerra. Um dos filhos dos gaditas se apressou e disse a Davi que a entrada deles era de paz e de conquista.
A Bíblia relata que esse jovem profetizou para o rei Davi e as palavras por ele emitidas trouxeram consolo. Naquele momento, Davi foi consolidado.
E os gaditas se uniram a Davi e tornaram-se capitães de tropas.
Os consolidadores são linha de frente de guerra. Andam unidos em um só propósito. Eram 11 homens, 12 com Davi. Qual o perfil do gadita? O gadita tem uma unção de caráter e de personalidade. Eles eram homens que tinham o caráter tão ajustado e por isso não perdiam nenhuma batalha. Você terá um caráter tão ajustado que não perderá nenhum fruto fiel.
A consolidação exige um caráter decisivo. Não consolidamos perguntando a pessoa se ela quer ou não ser consolidada, porque o novo convertido não sabe esboçar nada no reino espiritual. O ímpio está nascendo, é como uma criança. Você não pergunta a um bebê se ele quer mamar, se ele quer que troque a fralda, se ele quer tomar banho. Não! Você vai até ele e faz, você toma a iniciativa.
O consolidador precisa receber um caráter de iniciativa, não pode ficar esperando que o ímpio ou o novo convertido venha à sua procura. O discipulador é você, logo, quem tem que consolidar é você.
Se você acompanhar uma pessoa por um ano e dois meses, ela nunca mais se afastará do Reino. É por isso que a consolidação começa desde o Pré-encontro, indo até a Escola de Líderes para entrar no Reencontro. É tempo suficiente para que ela receba um perfil seguro, já tendo passado por experiências com Deus e, portanto, podendo andar com suas próprias pernas, com base em todas as orientações que recebeu.
Você é um consolidador de êxito que receberá a unção de iniciativa pelo próprio Espírito de Deus. É Ele quem lhe dará um caráter consolidador para usar a sua iniciativa e influenciar milhares de milhares.
Vejamos as características que fazem de todo líder um consolidador valente, de caráter indubitável, eis as características de um gadita:
Não tem medo de fortalezas. O consolidador valente enfrenta qualquer fortaleza com ousadia.
Não tem medo de autoridade. Ele respeita as autoridades, mas não tem medo de nenhuma delas.
Não tem medo de guerra. O consolidador de caráter é um líder de guerra.
Existem momentos nos quais o Reino de Deus não é tomado com poesia, mas com ousadia. Arrancar uma vida do inferno, das garras do diabo não fala de poesia, mas de firmeza. Deus lhe dará graça e onde você entrar, sairá com a vitória nas suas mãos. É um homem de destreza, preparado para a peleja.
É um homem vitorioso. Como um gadita que tem garras de leão, traz o resultado e entrega-o ao rei. Ele apresenta o seu fruto fiel porque não é abatido na batalha.
É um líder armado com escudo e com lança. Está pronto para o ataque e para a defesa. Haverá momentos nos quais o consolidador precisará atacar e para isso usará a lança. A lança não é usada por qualquer pessoa, mas por quem é adestrado. No mundo espiritual, você é um arqueiro. Toda flecha e toda lança que o Senhor colocar na sua mão, você tirará da aljava e não errará o alvo. O gadita sabe o momento certo para atacar e para se defender.
Tem personalidade de um líder. Quando a Bíblia diz que o gadita tem cara de leão, está identificando-o como um líder que governa. Quem não governa é governado; quem não orienta é orientado; quem não lidera é liderado. Ter cara de leão representa denunciar a destreza de governar com autoridade.
Não recebe mediocridade sobre sua vida. Ele tem unção e conquista sempre no sobrenatural. Recebe a excelência do Reino. Há pessoas que são pobres por uma questão de circunstância; outras, por uma questão de alma.
É veloz como a gazela. O consolidador deve ser veloz como a gazela das montanhas. Uma gazela pula em média seis metros para cima e nove metros para frente, de forma que corre em uma velocidade muito grande para fugir do predador a ponto de ele ficar cansado e desistir dela. Essa mesma unção Deus nos dará. Não somos comida de predador, portanto, quando ele quiser vir atrás de nós, terá que desistir, pois a velocidade de um gadita frustra o plano do inimigo.
Ter unção do mínimo. Ter um aprisco completo que comporta no mínimo 100 ovelhas. E esse aprisco multiplica gerando outros apriscos. Você como gadita, nessa unção e caráter consolidador, terá ovelhas e discípulos debaixo de sua autoridade.
A unção do máximo. O mínimo tem cem e o que tem mais é porque conquistou mil. "O mais pequeno virá a ser mil, e o mínimo uma nação forte" (Is 60:22). Você terá unção para começar com os seus 100 discípulos, terá unção para tratar com os 1.000 discípulos, debaixo do caráter consolidador da personalidade do governo e não permitirá que o rebanho se disperse.
Tem o governo do Espírito sobre a sua vida. Quem governa o gadita não são as suas emoções, suas convicções. A Bíblia diz que o Espírito de Deus tomou a Amasai e ele começou a profetizar e consolidou o coração do rei.
A segurança de um consolidador é depender do Espírito Santo.
Receberemos unção para consolidar dos súditos ao rei e todos aqueles que desejam receberão o caráter que Deus está imprimindo em nossos corações.
Precisamos desejar o caráter consolidador, o caráter de governo. Receba a unção de governo para consolidar uma nação: garras de leoa, cara de leão, pés ligeiros como os da gazela, destreza para alcançar as fortalezas e governo do Espírito Santo.
UNÇÃO É DIFERENTE DE HABILIDADE.
Habilidade é uma propensão natural. Unção é uma capacitação sobrenatural. Tudo começa de uma decisão.
O LEÃO
Aponta para modelo de autoridade. Ele tem autoridade sobre os outros animais da selva. Ele está no topo da cadeia alimentar. Por isso Jesus é chamado de Leão da Tribo de Judá.
HÁ 2 TIPOS DE LEÕES:
Leão da Floresta e o Leão da Montanha.
1. O LEÃO DA FLORESTA
• Leão da Floresta que depende da leoa. Quem caça é a leoa, e ele explora a leoa. • É preguiçoso. • Os leões da floresta competem entre si. • Quando ele sai do BANDO outro leão assume seu lugar
2. O LEÃO DA MONTANHA
• É estratégico. • É mais inteligente e rápido. • É tranqüilo e tímido. • Ele protege a família e vai em busca de comida. Ele se auto sustenta. Ele não desperdiça a caça, caça só o necessário para sua fome. • É monogâmico. • É trabalhador. • Quando ele sai para caçar, coloca a leoa no trono(Governo). Quando ele volta não há disputa pelo trono. O Leão da tribo de Judá foi ao Céu e deixou a leoa , a igreja no Trono e quando ele voltar, vai tomar o seu lugar. • Ele caminha e conquista.
SOMOS FILHOS DO LEÃO DA TRIBO DE JUDÁ.
QUE TIPO DE LEÃO É VOCÊ?
O Quê é a UNÇAO DO LEÃO:
1. O leão da Montanha administra a escolha da sua presa
A Unção do Leão traz uma boa ADMINISTRAÇAO do seu tempo, da sua juventude, dos seus recursos, de tudo que Deus tem colocado em suas mãos.
O bom ADMINISTRADOR sabe o valor de se trabalhar em equipe. Não é do tipo EUQUIPE mas EQUIPE. No trabalho, no casamento, na Célula e Macro. É um bom líder porque não desperdiça a caça. É BOM ADMINISTRADOR!
A Unção do Leão é estratégia para consolidar com inteligência e sabedoria se m haver desperdício.
A Unção do Leão é correr mais rápido na visão que outros por causa do nível de fome
A UNÇÃO DO LEÃO É UMA UNÇAO DE ADMINISTRAR A COLHEITA PARA NÃO DESPERDIÇAR. TER ESTRATÉGIA PARA CONSOLIDAR.
Qual é o tamanho do nosso apetite? Por vidas, por unção, por multiplicação?
Qual o tamanho do seu apetite em ser próspero? Em ter uma vida conjugal feliz? Em ser nobre na vida?
Ultimamente eu tenho feito uma oração a Deus: “Deus eu quero viver e ver na minha vida o sobrenatural. Não quero uma vida mais ou menos, é tudo ou nada!”
Amós 8:11 – Palavra no original significa também fome e sede da presença de Deus. (ex. eu orei pedindo milagres na minha vida).
Unção É UMA CAPACITAÇAO SOBRENATURAL. OU SEJA, VEM DO ESPÍRITO DE DEUS.
TUDO VAI DEPENDER DO QUANTO VOCÊ QUER, O QUANTO VOCÊ TEM FOME DE DEUS E DO QUE DEUS TEM PARA FAZER NA SUA VIDA.
2. O Leão da Montanha luta pelo seu território
Ele não entrega seu território para o inimigo.
Cada leão, conforme sua destreza, tem um território conquistado.
Somos Filhos do Leão e a nossa geografia tem autoridade e liderança.
GOVERNE SUA GEOGRAFIA PORQUE VOCÊ TEM A UNÇAO DO LEÃO.
LUTE PELO SEU TERRITÓRIO!
Seja o melhor na escola, no curso. Sonho alto! Seja o referencial de prosperidade, de vida com Deus.
VOCÊ É BEN GURION = FILHO DO LEÃO
UNÇAO DO LEÃO é a unção que estabelece autoridade sobre a sua geografia (sua escola, seu curso, sua célula, sua Macro, seu ministério).
3. O leão da Montanha tem aliados
Na organização do bando, cada leão tem no mínimo 10 leões debaixo do seu comando. Isso ajuda a demarcar território. O leão chefe de 10 leões e seus “discípulos” determinam o controle do território demarcando o território.
A nossa REDE, a sua Macro, sua célula é um bando que demarca as suas conquistas. Você não luta sozinho, para isso Deus tem colocado outros BEN GURIONS para conquistar com você.
4. O leão da Montanha a cada 3 meses amplia o espaço do seu território.
Diante do rugido do leão-chefe, o território é ampliado. Ele ruge para avisar que é tempo de ampliar o território. Não se acomode! A unção do Leão trará conquistas a cada 3 meses. Deus quer ampliar o seu território.
A Unção do Leão é ampliar sempre o espaço da sua tenda.
QUE ESPAÇO É ESSE?
• Sua Vida com Deus – este ano será tempo de você ampliar seu território de conhecimento e de intimidade com Deus. • Sua Vida Afetiva – Amadurecer, estabelecer alvos da pessoa... • Sua Vida Financeira e Material – Tempo de prosperar; • Sua Vida Acadêmina;; • Sua Célula, seus discípulos
EM 3 MESES – NOVOS TERRITÓRIOS CONQUISTADOS:
De 3 em 3 meses nascem novos leaozinhos, com isso ele precisa de mais espaço e de ampliar seu território. Em 1 ano, o leão da montanha ampliar pelo menos 2x mais o seu território.
O rugido do Leão
8X mais forte que os sons da natureza.
O adversário paralisa diante do rugido.
• Quando o leão ruge portas são abertas. O rugido é o louvor e o louvor abre portas. Deus tem portas novas para sua vida a partir de hoje.
Quando o leão ruge por 1 segundo a natureza pára para receber o comando do Rei dos animais!
O leão ruge para dizer: há fogo na floresta, há perigo, há pessoas estranhas...
O leão denuncia o que está acontecendo.
O rugido do Leão da Tribo de Judá determina novas fases, novo tempo. Nestes dias o Leão está rugindo aqui, e qual é o comando?
Este é um tempo que define uma nova fase para a Rede de Jovens, para a sua Vida. Algo novo a partir do rugido de leão.
CONCLUSÃO
Deus te chama para ser leão da montanha. Você é filho do Leão da Tribo de Judá. BEN GURION – FILHO DO LEÃO. O nosso DNA é coragem, conquista, velocidade em ampliar o território. A Unção do Leão é uma unção para ADMINISTRAR o que Deus têm colocado em suas mãos, unção para ampliar seu território através de estratégias de Deus a cada 3 meses, unção de trabalhar em equipe.
Habilidade é uma propensão natural. Unção é uma capacitação sobrenatural. Tudo começa de uma decisão.
O LEÃO
Aponta para modelo de autoridade. Ele tem autoridade sobre os outros animais da selva. Ele está no topo da cadeia alimentar. Por isso Jesus é chamado de Leão da Tribo de Judá.
HÁ 2 TIPOS DE LEÕES:
Leão da Floresta e o Leão da Montanha.
1. O LEÃO DA FLORESTA
• Leão da Floresta que depende da leoa. Quem caça é a leoa, e ele explora a leoa. • É preguiçoso. • Os leões da floresta competem entre si. • Quando ele sai do BANDO outro leão assume seu lugar
2. O LEÃO DA MONTANHA
• É estratégico. • É mais inteligente e rápido. • É tranqüilo e tímido. • Ele protege a família e vai em busca de comida. Ele se auto sustenta. Ele não desperdiça a caça, caça só o necessário para sua fome. • É monogâmico. • É trabalhador. • Quando ele sai para caçar, coloca a leoa no trono(Governo). Quando ele volta não há disputa pelo trono. O Leão da tribo de Judá foi ao Céu e deixou a leoa , a igreja no Trono e quando ele voltar, vai tomar o seu lugar. • Ele caminha e conquista.
SOMOS FILHOS DO LEÃO DA TRIBO DE JUDÁ.
QUE TIPO DE LEÃO É VOCÊ?
O Quê é a UNÇAO DO LEÃO:
1. O leão da Montanha administra a escolha da sua presa
A Unção do Leão traz uma boa ADMINISTRAÇAO do seu tempo, da sua juventude, dos seus recursos, de tudo que Deus tem colocado em suas mãos.
O bom ADMINISTRADOR sabe o valor de se trabalhar em equipe. Não é do tipo EUQUIPE mas EQUIPE. No trabalho, no casamento, na Célula e Macro. É um bom líder porque não desperdiça a caça. É BOM ADMINISTRADOR!
A Unção do Leão é estratégia para consolidar com inteligência e sabedoria se m haver desperdício.
A Unção do Leão é correr mais rápido na visão que outros por causa do nível de fome
A UNÇÃO DO LEÃO É UMA UNÇAO DE ADMINISTRAR A COLHEITA PARA NÃO DESPERDIÇAR. TER ESTRATÉGIA PARA CONSOLIDAR.
Qual é o tamanho do nosso apetite? Por vidas, por unção, por multiplicação?
Qual o tamanho do seu apetite em ser próspero? Em ter uma vida conjugal feliz? Em ser nobre na vida?
Ultimamente eu tenho feito uma oração a Deus: “Deus eu quero viver e ver na minha vida o sobrenatural. Não quero uma vida mais ou menos, é tudo ou nada!”
Amós 8:11 – Palavra no original significa também fome e sede da presença de Deus. (ex. eu orei pedindo milagres na minha vida).
Unção É UMA CAPACITAÇAO SOBRENATURAL. OU SEJA, VEM DO ESPÍRITO DE DEUS.
TUDO VAI DEPENDER DO QUANTO VOCÊ QUER, O QUANTO VOCÊ TEM FOME DE DEUS E DO QUE DEUS TEM PARA FAZER NA SUA VIDA.
2. O Leão da Montanha luta pelo seu território
Ele não entrega seu território para o inimigo.
Cada leão, conforme sua destreza, tem um território conquistado.
Somos Filhos do Leão e a nossa geografia tem autoridade e liderança.
GOVERNE SUA GEOGRAFIA PORQUE VOCÊ TEM A UNÇAO DO LEÃO.
LUTE PELO SEU TERRITÓRIO!
Seja o melhor na escola, no curso. Sonho alto! Seja o referencial de prosperidade, de vida com Deus.
VOCÊ É BEN GURION = FILHO DO LEÃO
UNÇAO DO LEÃO é a unção que estabelece autoridade sobre a sua geografia (sua escola, seu curso, sua célula, sua Macro, seu ministério).
3. O leão da Montanha tem aliados
Na organização do bando, cada leão tem no mínimo 10 leões debaixo do seu comando. Isso ajuda a demarcar território. O leão chefe de 10 leões e seus “discípulos” determinam o controle do território demarcando o território.
A nossa REDE, a sua Macro, sua célula é um bando que demarca as suas conquistas. Você não luta sozinho, para isso Deus tem colocado outros BEN GURIONS para conquistar com você.
4. O leão da Montanha a cada 3 meses amplia o espaço do seu território.
Diante do rugido do leão-chefe, o território é ampliado. Ele ruge para avisar que é tempo de ampliar o território. Não se acomode! A unção do Leão trará conquistas a cada 3 meses. Deus quer ampliar o seu território.
A Unção do Leão é ampliar sempre o espaço da sua tenda.
QUE ESPAÇO É ESSE?
• Sua Vida com Deus – este ano será tempo de você ampliar seu território de conhecimento e de intimidade com Deus. • Sua Vida Afetiva – Amadurecer, estabelecer alvos da pessoa... • Sua Vida Financeira e Material – Tempo de prosperar; • Sua Vida Acadêmina;; • Sua Célula, seus discípulos
EM 3 MESES – NOVOS TERRITÓRIOS CONQUISTADOS:
De 3 em 3 meses nascem novos leaozinhos, com isso ele precisa de mais espaço e de ampliar seu território. Em 1 ano, o leão da montanha ampliar pelo menos 2x mais o seu território.
O rugido do Leão
8X mais forte que os sons da natureza.
O adversário paralisa diante do rugido.
• Quando o leão ruge portas são abertas. O rugido é o louvor e o louvor abre portas. Deus tem portas novas para sua vida a partir de hoje.
Quando o leão ruge por 1 segundo a natureza pára para receber o comando do Rei dos animais!
O leão ruge para dizer: há fogo na floresta, há perigo, há pessoas estranhas...
O leão denuncia o que está acontecendo.
O rugido do Leão da Tribo de Judá determina novas fases, novo tempo. Nestes dias o Leão está rugindo aqui, e qual é o comando?
Este é um tempo que define uma nova fase para a Rede de Jovens, para a sua Vida. Algo novo a partir do rugido de leão.
CONCLUSÃO
Deus te chama para ser leão da montanha. Você é filho do Leão da Tribo de Judá. BEN GURION – FILHO DO LEÃO. O nosso DNA é coragem, conquista, velocidade em ampliar o território. A Unção do Leão é uma unção para ADMINISTRAR o que Deus têm colocado em suas mãos, unção para ampliar seu território através de estratégias de Deus a cada 3 meses, unção de trabalhar em equipe.
O LEÃO
Aponta para modelo de autoridade. Ele tem autoridade sobre os outros animais da selva. Ele está no topo da cadeia alimentar. Por isso Jesus é chamado de Leão da Tribo de Judá.
HÁ 2 TIPOS DE LEÕES:
Leão da Floresta e o Leão da Montanha.
1. O LEÃO DA FLORESTA
• Leão da Floresta que depende da leoa. Quem caça é a leoa, e ele explora a leoa. • É preguiçoso. • Os leões da floresta competem entre si. • Quando ele sai do BANDO outro leão assume seu lugar
2. O LEÃO DA MONTANHA
• É estratégico. • É mais inteligente e rápido. • É tranqüilo e tímido. • Ele protege a família e vai em busca de comida. Ele se auto sustenta. Ele não desperdiça a caça, caça só o necessário para sua fome. • É monogâmico. • É trabalhador. • Quando ele sai para caçar, coloca a leoa no trono(Governo). Quando ele volta não há disputa pelo trono. O Leão da tribo de Judá foi ao Céu e deixou a leoa , a igreja no Trono e quando ele voltar, vai tomar o seu lugar. • Ele caminha e conquista.
SOMOS FILHOS DO LEÃO DA TRIBO DE JUDÁ.
QUE TIPO DE LEÃO É VOCÊ?
O Quê é a UNÇAO DO LEÃO:
1. O leão da Montanha administra a escolha da sua presa
A Unção do Leão traz uma boa ADMINISTRAÇAO do seu tempo, da sua juventude, dos seus recursos, de tudo que Deus tem colocado em suas mãos.
O bom ADMINISTRADOR sabe o valor de se trabalhar em equipe. Não é do tipo EUQUIPE mas EQUIPE. No trabalho, no casamento, na Célula e Macro. É um bom líder porque não desperdiça a caça. É BOM ADMINISTRADOR!
A Unção do Leão é estratégia para consolidar com inteligência e sabedoria se m haver desperdício.
A Unção do Leão é correr mais rápido na visão que outros por causa do nível de fome
A UNÇÃO DO LEÃO É UMA UNÇAO DE ADMINISTRAR A COLHEITA PARA NÃO DESPERDIÇAR. TER ESTRATÉGIA PARA CONSOLIDAR.
Qual é o tamanho do nosso apetite? Por vidas, por unção, por multiplicação?
Qual o tamanho do seu apetite em ser próspero? Em ter uma vida conjugal feliz? Em ser nobre na vida?
Ultimamente eu tenho feito uma oração a Deus: “Deus eu quero viver e ver na minha vida o sobrenatural. Não quero uma vida mais ou menos, é tudo ou nada!”
Amós 8:11 – Palavra no original significa também fome e sede da presença de Deus. (ex. eu orei pedindo milagres na minha vida).
Unção É UMA CAPACITAÇAO SOBRENATURAL. OU SEJA, VEM DO ESPÍRITO DE DEUS.
TUDO VAI DEPENDER DO QUANTO VOCÊ QUER, O QUANTO VOCÊ TEM FOME DE DEUS E DO QUE DEUS TEM PARA FAZER NA SUA VIDA.
2. O Leão da Montanha luta pelo seu território
Ele não entrega seu território para o inimigo.
Cada leão, conforme sua destreza, tem um território conquistado.
Somos Filhos do Leão e a nossa geografia tem autoridade e liderança.
GOVERNE SUA GEOGRAFIA PORQUE VOCÊ TEM A UNÇAO DO LEÃO.
LUTE PELO SEU TERRITÓRIO!
Seja o melhor na escola, no curso. Sonho alto! Seja o referencial de prosperidade, de vida com Deus.
VOCÊ É BEN GURION = FILHO DO LEÃO
UNÇAO DO LEÃO é a unção que estabelece autoridade sobre a sua geografia (sua escola, seu curso, sua célula, sua Macro, seu ministério).
3. O leão da Montanha tem aliados
Na organização do bando, cada leão tem no mínimo 10 leões debaixo do seu comando. Isso ajuda a demarcar território. O leão chefe de 10 leões e seus “discípulos” determinam o controle do território demarcando o território.
A nossa REDE, a sua Macro, sua célula é um bando que demarca as suas conquistas. Você não luta sozinho, para isso Deus tem colocado outros BEN GURIONS para conquistar com você.
4. O leão da Montanha a cada 3 meses amplia o espaço do seu território.
Diante do rugido do leão-chefe, o território é ampliado. Ele ruge para avisar que é tempo de ampliar o território. Não se acomode! A unção do Leão trará conquistas a cada 3 meses. Deus quer ampliar o seu território.
A Unção do Leão é ampliar sempre o espaço da sua tenda.
QUE ESPAÇO É ESSE?
• Sua Vida com Deus – este ano será tempo de você ampliar seu território de conhecimento e de intimidade com Deus. • Sua Vida Afetiva – Amadurecer, estabelecer alvos da pessoa... • Sua Vida Financeira e Material – Tempo de prosperar; • Sua Vida Acadêmina;; • Sua Célula, seus discípulos
EM 3 MESES – NOVOS TERRITÓRIOS CONQUISTADOS:
De 3 em 3 meses nascem novos leaozinhos, com isso ele precisa de mais espaço e de ampliar seu território. Em 1 ano, o leão da montanha ampliar pelo menos 2x mais o seu território.
O rugido do Leão
8X mais forte que os sons da natureza.
O adversário paralisa diante do rugido.
• Quando o leão ruge portas são abertas. O rugido é o louvor e o louvor abre portas. Deus tem portas novas para sua vida a partir de hoje.
Quando o leão ruge por 1 segundo a natureza pára para receber o comando do Rei dos animais!
O leão ruge para dizer: há fogo na floresta, há perigo, há pessoas estranhas...
O leão denuncia o que está acontecendo.
O rugido do Leão da Tribo de Judá determina novas fases, novo tempo. Nestes dias o Leão está rugindo aqui, e qual é o comando?
Este é um tempo que define uma nova fase para a Rede de Jovens, para a sua Vida. Algo novo a partir do rugido de leão.
CONCLUSÃO
Deus te chama para ser leão da montanha. Você é filho do Leão da Tribo de Judá. BEN GURION – FILHO DO LEÃO. O nosso DNA é coragem, conquista, velocidade em ampliar o território. A Unção do Leão é uma unção para ADMINISTRAR o que Deus têm colocado em suas mãos, unção para ampliar seu território através de estratégias de Deus a cada 3 meses, unção de trabalhar em equipe.
Habilidade é uma propensão natural. Unção é uma capacitação sobrenatural. Tudo começa de uma decisão.
O LEÃO
Aponta para modelo de autoridade. Ele tem autoridade sobre os outros animais da selva. Ele está no topo da cadeia alimentar. Por isso Jesus é chamado de Leão da Tribo de Judá.
HÁ 2 TIPOS DE LEÕES:
Leão da Floresta e o Leão da Montanha.
1. O LEÃO DA FLORESTA
• Leão da Floresta que depende da leoa. Quem caça é a leoa, e ele explora a leoa. • É preguiçoso. • Os leões da floresta competem entre si. • Quando ele sai do BANDO outro leão assume seu lugar
2. O LEÃO DA MONTANHA
• É estratégico. • É mais inteligente e rápido. • É tranqüilo e tímido. • Ele protege a família e vai em busca de comida. Ele se auto sustenta. Ele não desperdiça a caça, caça só o necessário para sua fome. • É monogâmico. • É trabalhador. • Quando ele sai para caçar, coloca a leoa no trono(Governo). Quando ele volta não há disputa pelo trono. O Leão da tribo de Judá foi ao Céu e deixou a leoa , a igreja no Trono e quando ele voltar, vai tomar o seu lugar. • Ele caminha e conquista.
SOMOS FILHOS DO LEÃO DA TRIBO DE JUDÁ.
QUE TIPO DE LEÃO É VOCÊ?
O Quê é a UNÇAO DO LEÃO:
1. O leão da Montanha administra a escolha da sua presa
A Unção do Leão traz uma boa ADMINISTRAÇAO do seu tempo, da sua juventude, dos seus recursos, de tudo que Deus tem colocado em suas mãos.
O bom ADMINISTRADOR sabe o valor de se trabalhar em equipe. Não é do tipo EUQUIPE mas EQUIPE. No trabalho, no casamento, na Célula e Macro. É um bom líder porque não desperdiça a caça. É BOM ADMINISTRADOR!
A Unção do Leão é estratégia para consolidar com inteligência e sabedoria se m haver desperdício.
A Unção do Leão é correr mais rápido na visão que outros por causa do nível de fome
A UNÇÃO DO LEÃO É UMA UNÇAO DE ADMINISTRAR A COLHEITA PARA NÃO DESPERDIÇAR. TER ESTRATÉGIA PARA CONSOLIDAR.
Qual é o tamanho do nosso apetite? Por vidas, por unção, por multiplicação?
Qual o tamanho do seu apetite em ser próspero? Em ter uma vida conjugal feliz? Em ser nobre na vida?
Ultimamente eu tenho feito uma oração a Deus: “Deus eu quero viver e ver na minha vida o sobrenatural. Não quero uma vida mais ou menos, é tudo ou nada!”
Amós 8:11 – Palavra no original significa também fome e sede da presença de Deus. (ex. eu orei pedindo milagres na minha vida).
Unção É UMA CAPACITAÇAO SOBRENATURAL. OU SEJA, VEM DO ESPÍRITO DE DEUS.
TUDO VAI DEPENDER DO QUANTO VOCÊ QUER, O QUANTO VOCÊ TEM FOME DE DEUS E DO QUE DEUS TEM PARA FAZER NA SUA VIDA.
2. O Leão da Montanha luta pelo seu território
Ele não entrega seu território para o inimigo.
Cada leão, conforme sua destreza, tem um território conquistado.
Somos Filhos do Leão e a nossa geografia tem autoridade e liderança.
GOVERNE SUA GEOGRAFIA PORQUE VOCÊ TEM A UNÇAO DO LEÃO.
LUTE PELO SEU TERRITÓRIO!
Seja o melhor na escola, no curso. Sonho alto! Seja o referencial de prosperidade, de vida com Deus.
VOCÊ É BEN GURION = FILHO DO LEÃO
UNÇAO DO LEÃO é a unção que estabelece autoridade sobre a sua geografia (sua escola, seu curso, sua célula, sua Macro, seu ministério).
3. O leão da Montanha tem aliados
Na organização do bando, cada leão tem no mínimo 10 leões debaixo do seu comando. Isso ajuda a demarcar território. O leão chefe de 10 leões e seus “discípulos” determinam o controle do território demarcando o território.
A nossa REDE, a sua Macro, sua célula é um bando que demarca as suas conquistas. Você não luta sozinho, para isso Deus tem colocado outros BEN GURIONS para conquistar com você.
4. O leão da Montanha a cada 3 meses amplia o espaço do seu território.
Diante do rugido do leão-chefe, o território é ampliado. Ele ruge para avisar que é tempo de ampliar o território. Não se acomode! A unção do Leão trará conquistas a cada 3 meses. Deus quer ampliar o seu território.
A Unção do Leão é ampliar sempre o espaço da sua tenda.
QUE ESPAÇO É ESSE?
• Sua Vida com Deus – este ano será tempo de você ampliar seu território de conhecimento e de intimidade com Deus. • Sua Vida Afetiva – Amadurecer, estabelecer alvos da pessoa... • Sua Vida Financeira e Material – Tempo de prosperar; • Sua Vida Acadêmina;; • Sua Célula, seus discípulos
EM 3 MESES – NOVOS TERRITÓRIOS CONQUISTADOS:
De 3 em 3 meses nascem novos leaozinhos, com isso ele precisa de mais espaço e de ampliar seu território. Em 1 ano, o leão da montanha ampliar pelo menos 2x mais o seu território.
O rugido do Leão
8X mais forte que os sons da natureza.
O adversário paralisa diante do rugido.
• Quando o leão ruge portas são abertas. O rugido é o louvor e o louvor abre portas. Deus tem portas novas para sua vida a partir de hoje.
Quando o leão ruge por 1 segundo a natureza pára para receber o comando do Rei dos animais!
O leão ruge para dizer: há fogo na floresta, há perigo, há pessoas estranhas...
O leão denuncia o que está acontecendo.
O rugido do Leão da Tribo de Judá determina novas fases, novo tempo. Nestes dias o Leão está rugindo aqui, e qual é o comando?
Este é um tempo que define uma nova fase para a Rede de Jovens, para a sua Vida. Algo novo a partir do rugido de leão.
CONCLUSÃO
Deus te chama para ser leão da montanha. Você é filho do Leão da Tribo de Judá. BEN GURION – FILHO DO LEÃO. O nosso DNA é coragem, conquista, velocidade em ampliar o território. A Unção do Leão é uma unção para ADMINISTRAR o que Deus têm colocado em suas mãos, unção para ampliar seu território através de estratégias de Deus a cada 3 meses, unção de trabalhar em equipe.
GERAÇÃO GADITA
I Crônicas 12:8-14
INTRODUÇAO
Sétimo filho de Jacó era Gade – Gn. 30:10-11 Gade nasceu debaixo de idolatria e sua mãe Zilpa deu a ele o nome em louvor a deusa da fortuna, uma deusa cananita. Gade quer dizer boa fortuna, ou bem afortunado. A maldição do seu nome foi cancelada na bênção de Moisés (Deut. 33).
GADITA QUER DIZER PRÓSPERO!
Gaditas eram homens valentes, adestrados para a guerra, que manejavam bem escudo e lança Tinham rostos de leão e eram ligeiros como a corça. O MENOR VALIA POR CEM, E O MAIOR POR MIL.
A Tribo de Gade conquistou um território imenso dividido em 7 e cada um dos seus filhos se tornou Príncipe de uma região. (Nm, 26:15-18).
A Tribo de Gade ficou com a Cisjordânia.
Os gaditas juntamente com outros homens, se juntaram a Davi contra Saul, até que Davi se tornasse rei
CARACTERISTICAS DA GERAÇÃO GADITA
1. TER UM CARÁTER DECISIVO Os Gaditas decidiram por Davi e o apoiaram. O Gadita tem um caráter decisivo. Você tem um chamado para ser um líder de iniciativa. Não é “Maria vai com as outras”.
TUDO NA VIDA É DECISÃO: Decide conquistar, decide ganhar almas, decide ser um vencedor, decide fazer a diferença.
2. SER UM DISCÍPULO FIEL
São fiéis as alianças,fiéis aos discipuladores, fieis no ministério. Foram fiéis a liderança de Davi, mesmo em tempos ruins. Houve uma ocasião que eles enfrentaram o inimigo para trazerem a Davi água do poço de Belém (I Cr. 11:17-18).
3. NÃO PERDER BATALHAS
Eram valentes. Ousados. A unção do Gadita é para conquista de território. Você é um líder de guerra para arrancar as vidas das garras do Inimigos e lutar pela consolidação de suas conquistas. Davi foi um tremendo conquistador mas graças a ajuda de seus homens. O gadita é vitorioso. Ele tem cara de leão e garras de leão. Ele não é abatido na guerra. Mas traz o seu fruto e o entrega ao Rei. Nós não perderemos nem um só nos nossos frutos.
4. ESTAR ARMADO COM E LANÇA
Escudo e lança são armas de ataque e defesa. Há momentos que você precisa atacar e outros que você precisa defender. Quem usa escudo e lança tem que ser adestrado. No mundo espiritual o Gadita é um guerreiro adestrado. As flechas que Deus te der serão lançadas e atingirão o seu alvo. O gadita sabe o momento de atacar e de defender.
5. CAPACIDADE PARA LÍDERAR
Cara de Leão aponta para governo e autoridade. Quem não governa é governado. Ter cara de leão revela a destreza de governar com autoridade.
6. SER INIMIGO DA MEDIOCRIDADE
Ele tem unção de conquista. Ele tem unção de excelência! Há pessoas que tem mentalidade pobre. Alma pobre.
7. VELOCIDADE DA GAZELA
A gazela pula 6 metros para cima e 9 metros para frente. Corre numa velocidade surpreendente para fugir de seus predadores, até que eles fiquem cansados e desistam dela. Essa é a unção que você receberá. NÃO SOMOS COMIDA DE PREDADOR! Ele não encontrará em nós terreno para se fazer. O Gadita frustra os planos do inimigo.
CONCLUSÃO
A GERAÇÃO GADITA ARRANCA DE SI :
Sentimentos de autocomiseração, medo, desistência, mediocridade, falta de conquista E libera sobre nós... Unção de conquista, prosperidade na vida pessoal e ministerial, unção para vencer batalhas e conquistadores.
Faça você parte da Geração Gadita hoje!
INTRODUÇAO
Sétimo filho de Jacó era Gade – Gn. 30:10-11 Gade nasceu debaixo de idolatria e sua mãe Zilpa deu a ele o nome em louvor a deusa da fortuna, uma deusa cananita. Gade quer dizer boa fortuna, ou bem afortunado. A maldição do seu nome foi cancelada na bênção de Moisés (Deut. 33).
GADITA QUER DIZER PRÓSPERO!
Gaditas eram homens valentes, adestrados para a guerra, que manejavam bem escudo e lança Tinham rostos de leão e eram ligeiros como a corça. O MENOR VALIA POR CEM, E O MAIOR POR MIL.
A Tribo de Gade conquistou um território imenso dividido em 7 e cada um dos seus filhos se tornou Príncipe de uma região. (Nm, 26:15-18).
A Tribo de Gade ficou com a Cisjordânia.
Os gaditas juntamente com outros homens, se juntaram a Davi contra Saul, até que Davi se tornasse rei
CARACTERISTICAS DA GERAÇÃO GADITA
1. TER UM CARÁTER DECISIVO Os Gaditas decidiram por Davi e o apoiaram. O Gadita tem um caráter decisivo. Você tem um chamado para ser um líder de iniciativa. Não é “Maria vai com as outras”.
TUDO NA VIDA É DECISÃO: Decide conquistar, decide ganhar almas, decide ser um vencedor, decide fazer a diferença.
2. SER UM DISCÍPULO FIEL
São fiéis as alianças,fiéis aos discipuladores, fieis no ministério. Foram fiéis a liderança de Davi, mesmo em tempos ruins. Houve uma ocasião que eles enfrentaram o inimigo para trazerem a Davi água do poço de Belém (I Cr. 11:17-18).
3. NÃO PERDER BATALHAS
Eram valentes. Ousados. A unção do Gadita é para conquista de território. Você é um líder de guerra para arrancar as vidas das garras do Inimigos e lutar pela consolidação de suas conquistas. Davi foi um tremendo conquistador mas graças a ajuda de seus homens. O gadita é vitorioso. Ele tem cara de leão e garras de leão. Ele não é abatido na guerra. Mas traz o seu fruto e o entrega ao Rei. Nós não perderemos nem um só nos nossos frutos.
4. ESTAR ARMADO COM E LANÇA
Escudo e lança são armas de ataque e defesa. Há momentos que você precisa atacar e outros que você precisa defender. Quem usa escudo e lança tem que ser adestrado. No mundo espiritual o Gadita é um guerreiro adestrado. As flechas que Deus te der serão lançadas e atingirão o seu alvo. O gadita sabe o momento de atacar e de defender.
5. CAPACIDADE PARA LÍDERAR
Cara de Leão aponta para governo e autoridade. Quem não governa é governado. Ter cara de leão revela a destreza de governar com autoridade.
6. SER INIMIGO DA MEDIOCRIDADE
Ele tem unção de conquista. Ele tem unção de excelência! Há pessoas que tem mentalidade pobre. Alma pobre.
7. VELOCIDADE DA GAZELA
A gazela pula 6 metros para cima e 9 metros para frente. Corre numa velocidade surpreendente para fugir de seus predadores, até que eles fiquem cansados e desistam dela. Essa é a unção que você receberá. NÃO SOMOS COMIDA DE PREDADOR! Ele não encontrará em nós terreno para se fazer. O Gadita frustra os planos do inimigo.
CONCLUSÃO
A GERAÇÃO GADITA ARRANCA DE SI :
Sentimentos de autocomiseração, medo, desistência, mediocridade, falta de conquista E libera sobre nós... Unção de conquista, prosperidade na vida pessoal e ministerial, unção para vencer batalhas e conquistadores.
Faça você parte da Geração Gadita hoje!
A MANIFESTAÇÃO DE DEUS A MOISÉS
Texto - Êxodo 3:1-14
1. O FOGO NA SARÇA: - Havia tantas árvores imponentes, com ramagens lindas, copudas nas quais Deus podia se manifestar.
2. DEUS USOU UMA ARBÓREA SEM VALOR: - Davis diz uma moita de espinhos, com aparência de uma árvore seca.
3. DEUS QUER APODERAR-SE DO HOMEM COM SUAS FRAQUESAS: - para nele manifestar o Seu poder (II Co 12:9) o que Moisés viu não foi simplesmente a sarça que ardia, mas o poder de Deus.
4. A ATITUDE DE MOISÉS: - A princípio por curiosidade, ele resolveu virar-se para a sarça (Êx 3:3)... até aí uma atitude normal do ser humano.
5. MAS DEUS QUERIA MOSTRAR MUITO MAIS PARA MOISÉS: - Deus queria mostrar a Sua glória, o seu poder, Ele queria falar com Moisés.
6. MUITOS CRENTES SÃO ATRAIDOS: - Pela glória do mundo, pela grandeza, pela aparência exterior.
7. DEUS FALOU A MOISES: - Quando ele se interessou pela visão, Moisés, Moisés não te chegues (Êx. 3:4-5).
8. DEUS SE IDENTIFICA: - do meio do fogo na sarça, EU SOU o Deus de seu pai (Êx.3:6) Anrão e Joquedebe (Joquedebe = Jeová é glória). À uma pessoa interessada Deus se identifica. Essa identificação de Deus é uma demonstração de confiança à uma pessoa interessada, obediente e que faz jus a essa atitude de Deus.
9. TEMENDO MOISÉS ENCOBRIU O ROSTO: - essa atitude contrasta com o comportamento de muitos hoje nas igrejas, que ao supor que tenha recebido algo de Deus, se torna prepotente, mais santo que os outros, com mais direito que os outros, fazendo das igrejas, clubes - cinemas - ou lugar de festas profanas, isto é falta de respeito, é viver enganado e enganando, porque os olhos do Senhor procuram os fiéis da terra; Deus não trata com soberbos
10. TENHO VISTO - O Senhor via o clamor do Seu povo. Deus é diferente dos ídolos Sl 115:15.
11. TENHO OUVIDO: - Deus ouve, é diferente, Sl 115.
12. CONHECÍ AS SUAS DORES: - Deus conhece - Sl.1:6.
13. DESCÍ PARA LIVRÁ-LOS: - Sentido figurado.
14. PARA FAZÊ-LO SUBIR: - O Egito é visto como embaixo, a terra prometida em cima, o inferno é embaixo, o Céu é em cima. Você deve olhar para cima!
www.pastorjorgealbertacci.blogspot.com
http://pastorjorgealbertacci.blogspot.c
1. O FOGO NA SARÇA: - Havia tantas árvores imponentes, com ramagens lindas, copudas nas quais Deus podia se manifestar.
2. DEUS USOU UMA ARBÓREA SEM VALOR: - Davis diz uma moita de espinhos, com aparência de uma árvore seca.
3. DEUS QUER APODERAR-SE DO HOMEM COM SUAS FRAQUESAS: - para nele manifestar o Seu poder (II Co 12:9) o que Moisés viu não foi simplesmente a sarça que ardia, mas o poder de Deus.
4. A ATITUDE DE MOISÉS: - A princípio por curiosidade, ele resolveu virar-se para a sarça (Êx 3:3)... até aí uma atitude normal do ser humano.
5. MAS DEUS QUERIA MOSTRAR MUITO MAIS PARA MOISÉS: - Deus queria mostrar a Sua glória, o seu poder, Ele queria falar com Moisés.
6. MUITOS CRENTES SÃO ATRAIDOS: - Pela glória do mundo, pela grandeza, pela aparência exterior.
7. DEUS FALOU A MOISES: - Quando ele se interessou pela visão, Moisés, Moisés não te chegues (Êx. 3:4-5).
8. DEUS SE IDENTIFICA: - do meio do fogo na sarça, EU SOU o Deus de seu pai (Êx.3:6) Anrão e Joquedebe (Joquedebe = Jeová é glória). À uma pessoa interessada Deus se identifica. Essa identificação de Deus é uma demonstração de confiança à uma pessoa interessada, obediente e que faz jus a essa atitude de Deus.
9. TEMENDO MOISÉS ENCOBRIU O ROSTO: - essa atitude contrasta com o comportamento de muitos hoje nas igrejas, que ao supor que tenha recebido algo de Deus, se torna prepotente, mais santo que os outros, com mais direito que os outros, fazendo das igrejas, clubes - cinemas - ou lugar de festas profanas, isto é falta de respeito, é viver enganado e enganando, porque os olhos do Senhor procuram os fiéis da terra; Deus não trata com soberbos
10. TENHO VISTO - O Senhor via o clamor do Seu povo. Deus é diferente dos ídolos Sl 115:15.
11. TENHO OUVIDO: - Deus ouve, é diferente, Sl 115.
12. CONHECÍ AS SUAS DORES: - Deus conhece - Sl.1:6.
13. DESCÍ PARA LIVRÁ-LOS: - Sentido figurado.
14. PARA FAZÊ-LO SUBIR: - O Egito é visto como embaixo, a terra prometida em cima, o inferno é embaixo, o Céu é em cima. Você deve olhar para cima!
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sábado, 2 de abril de 2011
A BIOGRAFIA DO APOSTOLO PAULO
“Ele era um homem de pequena estatura”, afirmam os Atos de Paulo, escrito apócrifo do segundo século, “parcial-mente calvo, pernas arqueadas, de compleição robusta, olhos próximos um do outro, e nariz um tanto curvo.”
Se esta descrição merecer crédito, ela fala um bocado mais a respeito desse homem natural de Tarso, que viveu quase sete décadas cheias de acontecimentos após o nascimento de Jesus. Ela se encaixaria no registro do próprio Paulo de um insulto dirigido contra ele em Corinto. “As cartas, com efeito, dizem, são graves e fortes; mas a presença pessoal dele é fraca, e a palavra desprezível” (2 Co 10:10).
Sua verdadeira aparência teremos de deixar por conta dos artistas, pois não sabemos ao certo. Matérias mais importantes, porém, demandam atenção — o que ele sentia, o que ele ensinava, o que ele fazia.
Sabemos o que esse homem de Tarso chegou a crer acerca da pessoa e obra de Cristo, e de outros assuntos cruciais para a fé cristã. As cartas procedentes de sua pena, preservadas no Novo Testamento, dão eloqüente testemunho da paixão de suas convicções e do poder de sua lógica.
Aqui e acolá em suas cartas encontramos pedacinhos de autobiografia. Também temos, nos Atos dos Apóstolos, um amplo esboço das atividades de Paulo. Lucas, autor dos Atos, era médico e historiador gentio do primeiro século.
Assim, enquanto o teólogo tem material suficiente para criar intérminos debates acerca daquilo em que Paulo acreditava, o historiador dispõe de parcos registros. Quem se der ao trabalho de escrever a biografia de Paulo descobrirá lacunas na vida do apóstolo que só poderão ser preenchidas por conjeturas.
A semelhança de um meteoro brilhante, Paulo lampeja repentinamente em cena como um adulto numa crise religiosa, resolvida pela conversão. Desaparece por muitos anos de preparação. Reaparece no papel de estadista missionário, e durante algum tempo podemos acompanhar seus movimentos através do horizonte do primeiro século. Antes de sua morte, ele flameja até entrar nas sombras além do alcance da vista.
Sua Juventude:
Antes, porém, que possamos entender Paulo, o missionário cristão aos gentios, é necessário que passemos algum tempo com Saulo de Tarso, o jovem fariseu. Encontramos em Atos a explicação de Paulo sobre sua identidade: “Eu sou judeu, natural de Tarso, cidade não insignificante da Cilícia” (At 21:39). Esta afirmação nos dá o primeiro fio para tecermos o pano de fundo da vida de Paulo.
A) Da Cidade de Tarso. No primeiro século, Tarso era a principal cidade da província da Cilícia na parte oriental da Ásia Menor. Embora localizada cerca de 16 km no interior, a cidade era um importante porto que dava acesso ao mar por via do rio Cnido, que passava no meio dela.
Ao norte de Tarso erguiam-se imponentes, cobertas de neve, as montanhas do Tauro, que forneciam a madeira que constituía um dos principais artigos de comércio dos mercadores tarsenses. Uma importante estrada romana corria ao norte, fora da cidade e através de um estreito desfiladeiro nas montanhas, conhecido como “Portas Cilicianas”. Muitas lutas militares antigas foram travadas nesse passo entre as montanhas.
Tarso era uma cidade de fronteira, um lugar de encontro do Leste e do Oeste, e uma encruzilhada para o comércio que fluía em ambas as direções, por terra e por mar. Tarso possuía uma preciosa herança. Os fatos e as lendas se entremesclavam, tornando seus cidadãos ferozmente orgulhosos de seu passado.
O general romano Marco Antônio concedeu-lhe o privilégio de libera civitas (“cidade livre”) em 42 a.C. Por conseguinte, embora fizesse parte de uma província romana, era autônoma, e não estava sujeita a pagar tributo a Roma. As tradições democráticas da cidade-estado grega de longa data estavam estabelecidas no tempo de Paulo.
Nessa cidade cresceu o jovem Saulo. Em seus escritos, encontramos reflexos de vistas e cenas de Tarso de quando ele era rapaz. Em nítido contraste com as ilustrações rurais de Jesus, as metáforas de Paulo têm origem na vida citadina.
O reflexo do sol mediterrânico nos capacetes e lanças romanos teriam sido uma visão comum em Tarso durante a infância de Saulo. Talvez fosse este o fundo histórico para a sua ilustração concernente à guerra cristã, na qual ele insiste em que “as armas da nossa milícia não são carnais, e, sim, poderosas em Deus, para destruir fortalezas” (2 Co 10:4).
Paulo escreve de “naufragar” (1 Tm 1:19), do “oleiro” (Rm 9:21), de ser conduzido em “triunfo” (2 Co 2:14). Ele compara o “tabernáculo terrestre” desta vida a um edifício de Deus, casa não feita por mãos, eterna, nos céus” (2 Co 5:1). Ele toma a palavra grega para teatro e, com audácia, aplica-a aos apóstolos, dizendo: “nos tornamos um espetáculo (teatro) ao mundo” (1 Co 4:9).
Tais declarações refletem a vida típica da cidade em que Paulo passou os anos formativos da sua meninice. Assim as vistas e os sons deste azafamado porto marítimo formam um pano de fundo em face do qual a vida e o pensamento de Paulo se tornaram mais compreensíveis. Não é de admirar que ele se referisse a Tarso como “cidade não insignificante”.
Os filósofos de Tarso eram quase todos estóicos. As idéias estóicas, embora essencialmente pagãs, produziram alguns dos mais nobres pensadores do mundo antigo. Atenodoro de Tarso é um esplêndido exemplo.
Embora Atenodoro tenha morrido no ano 7 d.C., quando Saulo não passava de um menino pequeno, por muito tempo o seu nome permaneceu como herói em Tarso. E quase impossível que o jovem Saulo não tivesse ouvido algo a respeito dele.
Quanto, exatamente, foi o contato que o jovem Saulo teve com esse mundo da filosofia em Tarso? Não sabemos; ele não no-lo disse. Mas as marcas da ampla educação e contato com a erudição grega o acompanham quando homem feito. Ele sabia o suficiente sobre tais questões para pleitear diante de toda sorte de homens a causa que ele representava. Também estava cônscio dos perigos das filosofias religiosas especulativas dos gregos. “Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens... e não segundo Cristo”, foi sua advertência à igreja de Colossos (Cl 2:8).
B) Cidadão Romano. Paulo não era apenas “cidadão de uma cidade não insignificante”, mas também cidadão romano. Isso nos dá ainda outra pista para o fundo histórico de sua meninice.
Em At 22:24-29 vemos Paulo conversando com um centurião romano e com um tribuno romano. (Centurião era um militar de alta patente no exército romano com 100 homens sob seu comando; o tribuno, neste caso, seria um comandante militar.) Por ordens do tribuno, o centurião estava prestes a açoitar Paulo. Mas o Apóstolo protestou: “Ser-vos-á porventura lícito açoitar um cidadão romano, sem estar condenado?” (At 22:25). O centurião levou a notícia ao tribuno, que fez mais inquirição. A ele Paulo não só afirmou sua cidadania romana mas explicou como se tornara tal: “Por direito de nascimento” (At 22:28). Isso implica que seu pai fora cidadão romano.
Podia-se obter a cidadania romana de vários modos. O tribuno, ou comandante, desta narrativa, declara haver “comprado” sua cidadania por “grande soma de dinheiro” (At 22:28). No mais das vezes, porém, a cidadania era uma recompensa por algum serviço de distinção fora do comum ao Império Romano, ou era concedida quando um escravo recebia a liberdade.
A cidadania romana era preciosa, pois acarretava direitos e privilégios especiais como, por exemplo, a isenção de certas formas de castigo. Um cidadão romano não podia ser açoitado nem crucificado.
Todavia, o relacionamento dos judeus com Roma não era de todo feliz. Raramente os judeus se tornavam cidadãos romanos. Quase todos os judeus que alcançaram a cidadania moravam fora da Palestina.
C) De Descendência Judaica. Devemos, também, considerar a ascendência judaica de Paulo e o impacto da fé religiosa de sua família. Ele se descreve aos cristãos de Filipos como “da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu” (Fp 3:5). Noutra ocasião ele chamou a si próprio de “israelita da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim” (Rm 11:1).
Dessa forma Paulo pertencia a uma linhagem que remontava ao pai de seu povo, Abraão. Da tribo de Benjamim saíra o primeiro rei de Israel, Saul, em consideração ao qual o menino de Tarso fora chamado Saulo.
A escola da sinagoga ajudava os pais judeus a transmitir a herança religiosa de Israel aos filhos. O menino começava a ler as Escrituras com apenas cinco anos de idade. Aos dez, estaria estudando a Mishna com suas interpretações emaranhadas da Lei. Assim, ele se aprofundou na história, nos costumes, nas Escrituras e na língua do seu povo. O vocabulário posterior de Paulo era fortemente colorido pela linguagem da Septuaginta, a Bíblia dos judeus helenistas.
Dentre os principais “partidos” dos judeus, os fariseus eram os mais estritos (veja o capítulo 5, “Os Judeus nos Tempos do Novo Testamento”). Estavam decididos a resistir aos esforços de seus conquistadores romanos de impor-lhes novas crenças e novos estilos de vida. No primeiro século eles se haviam tornado a “aristocracia espiritual” de seu povo. Paulo era fariseu, “filho de fariseus” (At 23.6). Podemos estar certos, pois, de que seu preparo religioso tinha raízes na lealdade aos regulamentos da Lei, conforme a interpretavam os rabinos. Aos treze anos ele devia assumir responsabilidade pessoal pela obediência a essa Lei.
Saulo de Tarso passou em Jerusalém sua virilidade “aos pés de Gamaliel”, onde foi instruído “segundo a exatidão da lei. . .“ (At 22:3). Gamaliel era neto de Hillel, um dos maiores rabinos judeus. A escola de Hilel era a mais liberal das duas principais escolas de pensamento entre os fariseus. Em Atos 5:33-39 temos um vislumbre de Gamaliel, descrito como “acatado por todo o povo.”
Exigia-se dos estudantes rabínicos que aprendessem um ofício de sorte que pudessem, mais tarde, ensinar sem tornar-se um ônus para o povo. Paulo escolheu uma indústria típica de Tarso, fabricar tendas de tecido de pêlo de cabra. Sua perícia nessa profissão proporcionou-lhe mais tarde um grande incremento em sua obra missionária.
Após completar seus estudos com Gamaliel, esse jovem fariseu provavelmente voltou para sua casa em Tarso onde passou alguns anos. Não temos evidência de que ele se tenha encontrado com Jesus ou que o tivesse conhecido durante o ministério do Mestre na terra.
Da pena do próprio Paulo bem como do livro de Atos vem-nos a informação de que depois ele voltou a Jerusalém e dedicou suas energias à perseguição dos judeus que seguiam os ensinamentos de Jesus de Nazaré. Paulo nunca pôde perdoar-se pelo ódio e pela violência que caracterizaram sua vida durante esses anos. “Porque eu sou o menor dos apóstolos”, escreveu ele mais tarde, “. . . pois persegui a igreja de Deus” (1 Co 15:9). Em outras passagens ele se denomina “perseguidor da igreja” (Fp 3:6), “como sobremaneira perseguia eu a igreja de Deus e a devastava” (Gl 1:13).
Uma referência autobiográfica na primeira carta de Paulo a Timóteo jorra alguma luz sobre a questão de como um homem de consciência tão sensível pudesse participar dessa violência contra o seu próprio povo. “. . . noutro tempo era blasfemo e perseguidor e insolente. Mas obtive misericórdia, pois o fiz na ignorância, na incredulidade” (1 Tm 1:13). A história da religião está repleta de exemplos de outros que cometeram o mesmo erro. No mesmo trecho, Paulo refere a si próprio como “o principal” dos pecadores” (1 T 1:15), sem dúvida alguma por ter ele perseguido a Cristo e seus seguidores.
D) A Morte de Estevão. Não fora pelo modo como Estevão morreu (At 7:54-60), o jovem Saulo podia ter deixado a cena do apedrejamento sem comoção alguma, ele que havia tomado conta das vestes dos apedrejadores. Teria parecido apenas outra execução legal.
Mas quando Estevão se ajoelhou e as pedras martirizantes choveram sobre sua cabeça indefensa, ele deu testemunho da visão de Cristo na glória, e orou: “Senhor, não lhes imputes este pecado” (Atos 7:60).
Embora essa crise tenha lançado Paulo em sua carreira como caçador de hereges, é natural supor que as palavras de Estevão tenham permanecido com ele de sorte que ele se tornou “caçado” também —caçado pela consciência.
E) Uma Carreira de Perseguição. Os eventos que se seguiram ao martírio de Estevão não são agradáveis de ler. A história é narrada num só fôlego: “Saulo, porém, assolava a igreja, entrando pelas casas e, arrastando homens e mulheres, encerrava-os no cárcere” (Atos 8:3).
A Conversão:
A perseguição em Jerusalém na realidade espalhou a semente da fé. Os crentes se dispersaram e em breve a nova fé estava sendo pregada por toda a parte (cf. Atos 8:4). “Respirando ainda ameaças e morte contra os discípulos do Senhor” (Atos 9:1), Saulo resolveu que já era tempo de levar a campanha a algumas das “cidades estrangeiras” nas quais se abrigaram os discípulos dispersos. O comprido braço do Sinédrio podia alcançar a mais longínqua sinagoga do império em questões de religião. Nesse tempo, os seguidores de Cristo ainda eram considerados como seita herética.
Assim, Saulo partiu para Damasco, cerca de 240 km distante, provido de credenciais que lhe dariam autoridade para, encontrando os “que eram do caminho, assim homens como mulheres, os levasse presos para Jerusalém” (Atos 9:2).
Que é que se passava na mente de Saulo durante a viagem, dia após dia, no pó da estrada e sob o calor escaldante do sol? A auto-revelação intensamente pessoal de Romanos 7:7-13 pode dar-nos uma pista. Vemos aqui a luta de um homem consciencioso para encontrar paz mediante a observância de todas as pormenorizadas ramificações da Lei.
Isso o libertou? A resposta de Paulo, baseada em sua experiência, foi negativa. Pelo contrário, tornou-se um peso e uma tensão intoleráveis. A influência do ambiente helertístico de Tarso não deve ser menosprezada ao tentarmos encontrar o motivo da frustração interior de Saulo. Depois de seu retorno a Jerusalém, ele deve ter achado irritante o rígido farisaísmo, muito embora professasse aceitá-lo de todo o coração. Ele havia respirado ar mais livre durante a maior parte de sua vida, e não poderia renunciar à liberdade a que estava acostumado.
Contudo, era de natureza espiritual o motivo mais profundo de sua tristeza. Ele tentara guardar a Lei, mas descobrira que não poderia fazê-lo em virtude de sua natureza pecaminosa decaída. De que modo, pois, poderia ele ser reto para com Deus?
Com Damasco à vista, aconteceu uma coisa momentosa. Num lampejo cegante, Paulo se viu despido de todo o orgulho e presunção, como perseguidor do Messias de Deus e do seu povo. Estevão estivera certo, e ele errado. Em face do Cristo vivo, Saulo capitulou. Ele ouviu uma voz que dizia: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues;. . . levanta-te, e entra na cidade, onde te dirão o que te convém fazer” (At 9:5-6). E Saulo obedeceu.
Durante sua estada na cidade, “Esteve três dias sem ver, durante os quais nada comeu nem bebeu” (Atos 9:9). Um discípulo residente em Damasco, por nome Ananias, tornou-se amigo e conselheiro, um homem que não teve receio de crer que a conversão de Paulo’ fora autêntica. Mediante as orações de Ananias, Deus restaurou a vista a Paulo.
O MINISTÉRIO DE PAULO
Paulo começou, na sinagoga de Damasco, a dar testemunho de sua fé recém-encontrada. O tema de sua mensagem concernente a Jesus era: “Este é o Filho de Deus” (At 9:20). Mas Paulo tinha de aprender amargas lições antes que pudesse apresentar-se como líder cristão confiável e eficiente. Descobriu que as pessoas não se esquecem com facilidade; os erros do homem podem persegui-lo por um longo tempo, mesmo depois que ele os tenha abandonado. Muitos dos discípulos suspeitavam de Paulo, e seus ex-companheiros de perseguições o odiavam. Ele pregou por breve tempo em Damasco, foi-se para a Arábia e depois voltou para Damasco.
A segunda tentativa de Paulo de pregar em Damasco igualmente não teve bom resultado. Um ano ou dois haviam decorrido desde a sua conversão, mas os judeus se lembravam de como ele havia desertado de sua primeira missão em Damasco. O ódio contra ele inflamou-se de novo e “deliberaram entre si tirar-lhe a vida” (At 9:23). A dramática história da fuga de Paulo por sobre a muralha, num cesto, tem prendido a imaginação de muitos.
Os dias de preparação de Paulo não estavam terminados. O relato que ele faz aos gálatas continua, dizendo: “Decorridos três anos, então subi a Jerusalém. . .“ (Gl 1:18). Ali ele encontrou a mesma hostil recepção que teve em Damasco. Uma vez mais foi obrigado a fugir.
Paulo desapareceu por alguns anos. Esses anos que ele passou escondido deram-lhe convicções amadurecidas e estatura espiritual de que ele necessitaria em seu ministério.
Em Antioquia, os gentios estavam sendo convertidos a Cristo. A Igreja em Jerusalém teve de decidir como cuidar desses novos crentes. Foi então que Barnabé se lembrou de Paulo e se dirigiu a Tarso à sua procura (At 11:25). Barnabé já tinha sido instrumento na apresentação de Paulo em Jerusalém, num esforço por afastar suspeita contra ele.
A esses dois homens foi confiada a tarefa de levar socorro à Judéia onde os seguidores de Jesus estavam passando fome. Quando Barnabé e Paulo voltaram a Antioquia, missão cumprida, trouxeram consigo o jovem João, apelidado Marcos, sobrinho de Barnabé (At 12:25).
As Viagens Missionárias:
A jovem e florescente igreja de Antioquia resolve enviar a Barnabé e a Paulo como missionários. O primeiro porto de escala na primeira viagem missionária foi Salamina, na ilha de Chipre, terra natal de Barnabé. Este fato, juntamente com a freqüente apresentação que a Bíblia faz desses missionários como “Barnabé e Saulo” indica que Paulo desempenhava papel secundário. Esta era a viagem de Barnabé; Paulo exercia o segundo posto de comando, e os dois tinham “João [Marcos] como auxiliar” (At 13:5).
O êxito de seus esforços missionários nessa ilha incentivaram Paulo e seus parceiros a avançar para território mais difícil. Fizeram uma viagem mais longa por mar, desta vez até Perge, já em terras continentais da Ásia Menor. Dali Paulo pretendia viajar pelo interior numa missão perigosa até à Antioquia da Pisídia.
Mas, exatamente neste ponto, aconteceu algo que causou muita dor de cabeça aos três. O ajudante, João Marcos, “apartando-se deles, voltou para Jerusalém” (At 13:13), onde morava. A Bíblia não nos diz por quê, embora seja natural conjeturar que lhe faltaram coragem e confiança. A súbita mudança dos planos de Marcos causaria, mais tarde, conflito entre Paulo e Barnabé.
Em Antioquia, Paulo tomou-se o porta-voz e criou-se um padrão conhecido de todos. Alguns criam em sua mensagem e se regozijavam; outros a rejeitavam e provocavam oposição. Aconteceu pela primeira vez em Antioquia, depois em Icônio. Em Listra ele foi apedrejado e dado por morto (At 14:19), mas sobreviveu e pôde prosseguir até à cidade de Derbe.
A visita de Paulo e Barnabé a Derbe completou a sua primeira viagem. Logo Paulo resolveu percorrer de novo a difícil rota sobre a qual ele tinha vindo, a fim de fortalecer, encorajar e organizar os grupos cristãos que ele e Barnabé haviam estabelecido.
Nisto discernimos o plano de Paulo de estabelecer congregações nas principais cidades do Império. Ele não deixava seus convertidos desorganizados e sem liderança capaz, mas, pelo mesmo motivo, não permanecia muito tempo num só lugar.
Os judeus muitas vezes faziam convertidos entre os gentios, mas estes eram mantidos numa posição de “segunda classe”. A não ser que estivessem preparados para submeter-se à circuncisão e aceitar a interpretação da Lei segundo os fariseus, eles permaneciam à margem da congregação judaica. Mesmo que chegassem a esse ponto, o fato de não terem nascido judeus ainda os barrava de usufruir completa comunhão.
Assim, qual seria a relação dos convertidos gentios com a comunidade cristã? Paulo e Barnabé viajaram a Jerusalém a fim de conferenciar com os dirigentes ali a respeito desse problema fundamental.
Em Jerusalém, Paulo expôs as suas convicções e saiu vencedor. A descrição da controvérsia que o próprio Paulo apresenta aos gálatas declara que lhe estenderam “a destra de comunhão” e igualmente a Barnabé. Os dirigentes da igreja concordaram em que “nós fôssemos para os gentios” (Gl 2:9).
Após a conferência de Jerusalém, Paulo e Barnabé “demoraram-se em Antioquia, ensinando e pregando,.. . a palavra do Senhor” (Atos 15:35). Aqui, dois incidentes causaram severas tensões às relações de trabalho de Paulo com Pedro e Barnabé.
O primeiro desses incidentes surgiu dos mesmos problemas que provocaram a conferência de Jerusalém. A conferência havia liberado os gentios do regulamento judaico da circuncisão. Contudo, não havia decidido se os cristãos de origem judaica poderiam comer com os convertidos gentios. Pedro tomou posição ao lado de Paulo nessa praxe, o que envolvia relaxar os regulamentos dos judeus com vistas a alimentos. Na realidade, Pedro deu o exemplo comendo com gentios. Mais tarde, porém, ele “afastou-se e, por fim, veio a apartar-se” (Gl 2:12), e Barnabé se deixou levar “pela dissimulação deles” (v. 13).
Paulo, considerando esses atos como nova ameaça à sua missão entre os gentios, recorreu a uma medida drástica. “Resisti-lhe [a Pedro] face a face, porque se tornara repreensível” (Gálatas 2:11). Ele fez isso “na presença de todos” (v. 14). Em outras palavras, ele recorreu à censura pública.
Esse incidente ajuda-nos a entender o segundo, que Lucas registra em Atos 15:36-40. Barnabé desejava que o jovem Marcos os acompanhasse na segunda viagem missionária; Paulo opôs-se à idéia. E a narrativa diz que “houve entre eles tal desavença que vieram a separar-se” (v. 39).
Não sabemos se Paulo e Barnabé voltaram a encontrar-se. Eles concordaram em discordar” e empreenderam viagens, cada um para seu lado. Sem dúvida o evangelho foi desse modo promovido mais do que se tivessem permanecido juntos.
Então “Paulo, tendo escolhido a Silas, partiu. . . E passou pela Síria e Cilícia, confirmando as igrejas” (Atos 15:40, 41). Depois de nova visita a Derbe, o último ponto visitado na primeira viagem, Paulo e seu grupo prosseguiram até Listra para ver seus convertidos nesta cidade. Aqui Paulo encontrou um jovem cristão chamado Timóteo (Atos 16:1), e viu nele um substituto potencial para Marcos.
O que aconteceu aqui redimiu Paulo de qualquer acusação de não se mostrar disposto a depositar confiança em homens mais moços do que ele. Em 1 Tm 1:2 dirigiu-se ao jovem Timóteo “verdadeiro filho”, e na segunda epístola fala dele como “amado filho” (2 Tm 1:2). Na segunda epístola lemos também: “pela recordação que guardo da tua fé, a mesma que primeiramente habitou em tua avó Lóide, e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também em ti” (2 Tm 1:5). Esta referência pode significar que a família de Timóteo fora ganha para Cristo por Paulo e Barnabé na sua primeira viagem. Por certo, quando Paulo voltou, ele quis que Timóteo “fosse em sua companhia” (At 16:3). Este mesmo versículo acrescenta que Paulo “circuncidou-o por causa dos judeus”. Era esta atitude coerente com o julgamento anterior de Paulo sobre Pedro? Ou se devia ao fato de ter ele aprendido a não criar problemas desnecessários? De qualquer modo, uma vez que Timóteo era meio-judeu, esta decisão evitaria problemas muitas vezes. Paulo sabia como lutar por um principio e como ceder por conveniência quando não estava em jogo nenhum princípio. Paulo sustentava que a circuncisão não era necessária à salvação (cf. Gálatas), mas estava pronto para circuncidar um judeu cristão como uma questão de conveniência.
Quando o grupo de evangelistas (dirigido de algum modo não especificado pelo Espírito Santo — At 16:6-8) chegou a Trôade e se pôs a contemplar o outro lado da estreita península, deve ter ponderado sobre a perspectiva de avançar sua campanha ao continente europeu. A decisão foi tomada quando “à noite, sobreveio a Paulo uma visão, na qual um varão macedônio estava em pé e lhe rogava, dizendo: Passa à Macedônia e ajuda-nos” (At 16:9). A resposta de Paulo foi imediata. O grupo navegou para a Europa. Muitos escritores têm sugerido que esse “varão macedônio” pode ter sido o médico Lucas. De qualquer maneira, parece que neste ponto ele entrou no drama de viagem, porque agora ele começa a referir-se aos missionários como “nós”.
A viagem continuou ao longo da grande estrada romana que corre para o Ocidente através das principais cidades da Macedônia — desde Filipos até Tessalônica, e de Tessalônica a Beréia. Durante três semanas, Paulo falou na sinagoga de Tessalônica; depois foi para Atenas, centro da erudição grega, e cidade onde dominava a idolatria (At 17:16). Incansável, ele partiu para Corinto.
Sua primeira e grande missão no mundo gentio estendeu-se por quase três anos. Depois ele voltou a Antioquia.
Após uma curta permanência em Antioquia, Paulo partiu em sua terceira viagem missionária no ano 52 d.C. Desta vez suas primeiras paradas foram na Galácia e na Frígia. Depois de visitar as igrejas em Derbe, Listra, Icônio e Antioquia, ele resolveu fazer algum trabalho missionário intensivo em Éfeso, a capital da província romana da Ásia. Estrategicamente localizada para comércio, era superada somente por Roma, Alexandria e Antioquia em tamanho e importância. Como resultado dos trabalhos de Paulo ali, ela tornou-se a terceira mais importante cidade na história do Cristianismo primitivo — Jerusalém, Antioquia, depois Éfeso.
Paulo chegou a Éfeso para empreender o que provou ser as mais extensas e exitosas de suas atividades missionárias em qualquer localidade. Mas esses anos lhe foram estrênuos. Visto que ele sustentava a si próprio trabalhando em sua profissão, seus dias eram longos. Seguindo o costume dos trabalhadores de um clima tão quente, ele levantava-se antes de raiar o dia e começava a trabalhar. As horas da tarde ele as empregava no ensino e pregação, e é provável que também as horas vespertinas. Isto ele fez “diariamente” durante “dois anos”. Em sua própria descrição desses trabalhos, Paulo acrescenta que ele não só ensinava em público, mas “também de casa em casa” (At 20:20). Teve êxito — muito bom êxito. Somos informados de “milagres extraordinários” (At 19:11) ocorridos durante esses dias agitados em Éfeso. A nova fé causou tal impacto sobre a cidade que “muitos dos que haviam praticado artes mágicas, reunindo os seus livros, os queimaram diante de todos” (At 19:19). Isso suscitou o ódio dos adoradores pagãos, temerosos de que os cristãos solapassem a influência de sua religião.
Depois de três invernos em Éfeso, Paulo passou o seguinte em Corinto, em concordância com a promessa e a esperança expressas em 1 Co 16:5-7. Ali Paulo fez outros preparativos para uma visita a Roma. Escreveu uma carta, dizendo aos cristãos de Roma: “Muito desejo ver-vos, . . . muitas vezes me propus ir ter convosco” (Rm 1:11, 13), e “penso em fazê-lo quando em viagem para a Espanha” (Rm 15:24).
Paulo ignorou as advertências sobre os perigos que o ameaçavam se ele aparecesse de novo em Jerusalém. Ele achava que era decisivo voltar em pessoa, como portador da oferta das congregações gentias. Ele estava “pronto não só para ser preso, mas até para morrer em Jerusalém, pelo nome do Senhor Jesus” (At 21:13). De modo que Paulo foi de novo a Jerusalém, e Lucas escreve que “os irmãos nos receberam com alegria” (At 21:17). Mas espreitando nas sombras estava uma comissão de recepção com intenções diferentes.
Se esta descrição merecer crédito, ela fala um bocado mais a respeito desse homem natural de Tarso, que viveu quase sete décadas cheias de acontecimentos após o nascimento de Jesus. Ela se encaixaria no registro do próprio Paulo de um insulto dirigido contra ele em Corinto. “As cartas, com efeito, dizem, são graves e fortes; mas a presença pessoal dele é fraca, e a palavra desprezível” (2 Co 10:10).
Sua verdadeira aparência teremos de deixar por conta dos artistas, pois não sabemos ao certo. Matérias mais importantes, porém, demandam atenção — o que ele sentia, o que ele ensinava, o que ele fazia.
Sabemos o que esse homem de Tarso chegou a crer acerca da pessoa e obra de Cristo, e de outros assuntos cruciais para a fé cristã. As cartas procedentes de sua pena, preservadas no Novo Testamento, dão eloqüente testemunho da paixão de suas convicções e do poder de sua lógica.
Aqui e acolá em suas cartas encontramos pedacinhos de autobiografia. Também temos, nos Atos dos Apóstolos, um amplo esboço das atividades de Paulo. Lucas, autor dos Atos, era médico e historiador gentio do primeiro século.
Assim, enquanto o teólogo tem material suficiente para criar intérminos debates acerca daquilo em que Paulo acreditava, o historiador dispõe de parcos registros. Quem se der ao trabalho de escrever a biografia de Paulo descobrirá lacunas na vida do apóstolo que só poderão ser preenchidas por conjeturas.
A semelhança de um meteoro brilhante, Paulo lampeja repentinamente em cena como um adulto numa crise religiosa, resolvida pela conversão. Desaparece por muitos anos de preparação. Reaparece no papel de estadista missionário, e durante algum tempo podemos acompanhar seus movimentos através do horizonte do primeiro século. Antes de sua morte, ele flameja até entrar nas sombras além do alcance da vista.
Sua Juventude:
Antes, porém, que possamos entender Paulo, o missionário cristão aos gentios, é necessário que passemos algum tempo com Saulo de Tarso, o jovem fariseu. Encontramos em Atos a explicação de Paulo sobre sua identidade: “Eu sou judeu, natural de Tarso, cidade não insignificante da Cilícia” (At 21:39). Esta afirmação nos dá o primeiro fio para tecermos o pano de fundo da vida de Paulo.
A) Da Cidade de Tarso. No primeiro século, Tarso era a principal cidade da província da Cilícia na parte oriental da Ásia Menor. Embora localizada cerca de 16 km no interior, a cidade era um importante porto que dava acesso ao mar por via do rio Cnido, que passava no meio dela.
Ao norte de Tarso erguiam-se imponentes, cobertas de neve, as montanhas do Tauro, que forneciam a madeira que constituía um dos principais artigos de comércio dos mercadores tarsenses. Uma importante estrada romana corria ao norte, fora da cidade e através de um estreito desfiladeiro nas montanhas, conhecido como “Portas Cilicianas”. Muitas lutas militares antigas foram travadas nesse passo entre as montanhas.
Tarso era uma cidade de fronteira, um lugar de encontro do Leste e do Oeste, e uma encruzilhada para o comércio que fluía em ambas as direções, por terra e por mar. Tarso possuía uma preciosa herança. Os fatos e as lendas se entremesclavam, tornando seus cidadãos ferozmente orgulhosos de seu passado.
O general romano Marco Antônio concedeu-lhe o privilégio de libera civitas (“cidade livre”) em 42 a.C. Por conseguinte, embora fizesse parte de uma província romana, era autônoma, e não estava sujeita a pagar tributo a Roma. As tradições democráticas da cidade-estado grega de longa data estavam estabelecidas no tempo de Paulo.
Nessa cidade cresceu o jovem Saulo. Em seus escritos, encontramos reflexos de vistas e cenas de Tarso de quando ele era rapaz. Em nítido contraste com as ilustrações rurais de Jesus, as metáforas de Paulo têm origem na vida citadina.
O reflexo do sol mediterrânico nos capacetes e lanças romanos teriam sido uma visão comum em Tarso durante a infância de Saulo. Talvez fosse este o fundo histórico para a sua ilustração concernente à guerra cristã, na qual ele insiste em que “as armas da nossa milícia não são carnais, e, sim, poderosas em Deus, para destruir fortalezas” (2 Co 10:4).
Paulo escreve de “naufragar” (1 Tm 1:19), do “oleiro” (Rm 9:21), de ser conduzido em “triunfo” (2 Co 2:14). Ele compara o “tabernáculo terrestre” desta vida a um edifício de Deus, casa não feita por mãos, eterna, nos céus” (2 Co 5:1). Ele toma a palavra grega para teatro e, com audácia, aplica-a aos apóstolos, dizendo: “nos tornamos um espetáculo (teatro) ao mundo” (1 Co 4:9).
Tais declarações refletem a vida típica da cidade em que Paulo passou os anos formativos da sua meninice. Assim as vistas e os sons deste azafamado porto marítimo formam um pano de fundo em face do qual a vida e o pensamento de Paulo se tornaram mais compreensíveis. Não é de admirar que ele se referisse a Tarso como “cidade não insignificante”.
Os filósofos de Tarso eram quase todos estóicos. As idéias estóicas, embora essencialmente pagãs, produziram alguns dos mais nobres pensadores do mundo antigo. Atenodoro de Tarso é um esplêndido exemplo.
Embora Atenodoro tenha morrido no ano 7 d.C., quando Saulo não passava de um menino pequeno, por muito tempo o seu nome permaneceu como herói em Tarso. E quase impossível que o jovem Saulo não tivesse ouvido algo a respeito dele.
Quanto, exatamente, foi o contato que o jovem Saulo teve com esse mundo da filosofia em Tarso? Não sabemos; ele não no-lo disse. Mas as marcas da ampla educação e contato com a erudição grega o acompanham quando homem feito. Ele sabia o suficiente sobre tais questões para pleitear diante de toda sorte de homens a causa que ele representava. Também estava cônscio dos perigos das filosofias religiosas especulativas dos gregos. “Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens... e não segundo Cristo”, foi sua advertência à igreja de Colossos (Cl 2:8).
B) Cidadão Romano. Paulo não era apenas “cidadão de uma cidade não insignificante”, mas também cidadão romano. Isso nos dá ainda outra pista para o fundo histórico de sua meninice.
Em At 22:24-29 vemos Paulo conversando com um centurião romano e com um tribuno romano. (Centurião era um militar de alta patente no exército romano com 100 homens sob seu comando; o tribuno, neste caso, seria um comandante militar.) Por ordens do tribuno, o centurião estava prestes a açoitar Paulo. Mas o Apóstolo protestou: “Ser-vos-á porventura lícito açoitar um cidadão romano, sem estar condenado?” (At 22:25). O centurião levou a notícia ao tribuno, que fez mais inquirição. A ele Paulo não só afirmou sua cidadania romana mas explicou como se tornara tal: “Por direito de nascimento” (At 22:28). Isso implica que seu pai fora cidadão romano.
Podia-se obter a cidadania romana de vários modos. O tribuno, ou comandante, desta narrativa, declara haver “comprado” sua cidadania por “grande soma de dinheiro” (At 22:28). No mais das vezes, porém, a cidadania era uma recompensa por algum serviço de distinção fora do comum ao Império Romano, ou era concedida quando um escravo recebia a liberdade.
A cidadania romana era preciosa, pois acarretava direitos e privilégios especiais como, por exemplo, a isenção de certas formas de castigo. Um cidadão romano não podia ser açoitado nem crucificado.
Todavia, o relacionamento dos judeus com Roma não era de todo feliz. Raramente os judeus se tornavam cidadãos romanos. Quase todos os judeus que alcançaram a cidadania moravam fora da Palestina.
C) De Descendência Judaica. Devemos, também, considerar a ascendência judaica de Paulo e o impacto da fé religiosa de sua família. Ele se descreve aos cristãos de Filipos como “da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu” (Fp 3:5). Noutra ocasião ele chamou a si próprio de “israelita da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim” (Rm 11:1).
Dessa forma Paulo pertencia a uma linhagem que remontava ao pai de seu povo, Abraão. Da tribo de Benjamim saíra o primeiro rei de Israel, Saul, em consideração ao qual o menino de Tarso fora chamado Saulo.
A escola da sinagoga ajudava os pais judeus a transmitir a herança religiosa de Israel aos filhos. O menino começava a ler as Escrituras com apenas cinco anos de idade. Aos dez, estaria estudando a Mishna com suas interpretações emaranhadas da Lei. Assim, ele se aprofundou na história, nos costumes, nas Escrituras e na língua do seu povo. O vocabulário posterior de Paulo era fortemente colorido pela linguagem da Septuaginta, a Bíblia dos judeus helenistas.
Dentre os principais “partidos” dos judeus, os fariseus eram os mais estritos (veja o capítulo 5, “Os Judeus nos Tempos do Novo Testamento”). Estavam decididos a resistir aos esforços de seus conquistadores romanos de impor-lhes novas crenças e novos estilos de vida. No primeiro século eles se haviam tornado a “aristocracia espiritual” de seu povo. Paulo era fariseu, “filho de fariseus” (At 23.6). Podemos estar certos, pois, de que seu preparo religioso tinha raízes na lealdade aos regulamentos da Lei, conforme a interpretavam os rabinos. Aos treze anos ele devia assumir responsabilidade pessoal pela obediência a essa Lei.
Saulo de Tarso passou em Jerusalém sua virilidade “aos pés de Gamaliel”, onde foi instruído “segundo a exatidão da lei. . .“ (At 22:3). Gamaliel era neto de Hillel, um dos maiores rabinos judeus. A escola de Hilel era a mais liberal das duas principais escolas de pensamento entre os fariseus. Em Atos 5:33-39 temos um vislumbre de Gamaliel, descrito como “acatado por todo o povo.”
Exigia-se dos estudantes rabínicos que aprendessem um ofício de sorte que pudessem, mais tarde, ensinar sem tornar-se um ônus para o povo. Paulo escolheu uma indústria típica de Tarso, fabricar tendas de tecido de pêlo de cabra. Sua perícia nessa profissão proporcionou-lhe mais tarde um grande incremento em sua obra missionária.
Após completar seus estudos com Gamaliel, esse jovem fariseu provavelmente voltou para sua casa em Tarso onde passou alguns anos. Não temos evidência de que ele se tenha encontrado com Jesus ou que o tivesse conhecido durante o ministério do Mestre na terra.
Da pena do próprio Paulo bem como do livro de Atos vem-nos a informação de que depois ele voltou a Jerusalém e dedicou suas energias à perseguição dos judeus que seguiam os ensinamentos de Jesus de Nazaré. Paulo nunca pôde perdoar-se pelo ódio e pela violência que caracterizaram sua vida durante esses anos. “Porque eu sou o menor dos apóstolos”, escreveu ele mais tarde, “. . . pois persegui a igreja de Deus” (1 Co 15:9). Em outras passagens ele se denomina “perseguidor da igreja” (Fp 3:6), “como sobremaneira perseguia eu a igreja de Deus e a devastava” (Gl 1:13).
Uma referência autobiográfica na primeira carta de Paulo a Timóteo jorra alguma luz sobre a questão de como um homem de consciência tão sensível pudesse participar dessa violência contra o seu próprio povo. “. . . noutro tempo era blasfemo e perseguidor e insolente. Mas obtive misericórdia, pois o fiz na ignorância, na incredulidade” (1 Tm 1:13). A história da religião está repleta de exemplos de outros que cometeram o mesmo erro. No mesmo trecho, Paulo refere a si próprio como “o principal” dos pecadores” (1 T 1:15), sem dúvida alguma por ter ele perseguido a Cristo e seus seguidores.
D) A Morte de Estevão. Não fora pelo modo como Estevão morreu (At 7:54-60), o jovem Saulo podia ter deixado a cena do apedrejamento sem comoção alguma, ele que havia tomado conta das vestes dos apedrejadores. Teria parecido apenas outra execução legal.
Mas quando Estevão se ajoelhou e as pedras martirizantes choveram sobre sua cabeça indefensa, ele deu testemunho da visão de Cristo na glória, e orou: “Senhor, não lhes imputes este pecado” (Atos 7:60).
Embora essa crise tenha lançado Paulo em sua carreira como caçador de hereges, é natural supor que as palavras de Estevão tenham permanecido com ele de sorte que ele se tornou “caçado” também —caçado pela consciência.
E) Uma Carreira de Perseguição. Os eventos que se seguiram ao martírio de Estevão não são agradáveis de ler. A história é narrada num só fôlego: “Saulo, porém, assolava a igreja, entrando pelas casas e, arrastando homens e mulheres, encerrava-os no cárcere” (Atos 8:3).
A Conversão:
A perseguição em Jerusalém na realidade espalhou a semente da fé. Os crentes se dispersaram e em breve a nova fé estava sendo pregada por toda a parte (cf. Atos 8:4). “Respirando ainda ameaças e morte contra os discípulos do Senhor” (Atos 9:1), Saulo resolveu que já era tempo de levar a campanha a algumas das “cidades estrangeiras” nas quais se abrigaram os discípulos dispersos. O comprido braço do Sinédrio podia alcançar a mais longínqua sinagoga do império em questões de religião. Nesse tempo, os seguidores de Cristo ainda eram considerados como seita herética.
Assim, Saulo partiu para Damasco, cerca de 240 km distante, provido de credenciais que lhe dariam autoridade para, encontrando os “que eram do caminho, assim homens como mulheres, os levasse presos para Jerusalém” (Atos 9:2).
Que é que se passava na mente de Saulo durante a viagem, dia após dia, no pó da estrada e sob o calor escaldante do sol? A auto-revelação intensamente pessoal de Romanos 7:7-13 pode dar-nos uma pista. Vemos aqui a luta de um homem consciencioso para encontrar paz mediante a observância de todas as pormenorizadas ramificações da Lei.
Isso o libertou? A resposta de Paulo, baseada em sua experiência, foi negativa. Pelo contrário, tornou-se um peso e uma tensão intoleráveis. A influência do ambiente helertístico de Tarso não deve ser menosprezada ao tentarmos encontrar o motivo da frustração interior de Saulo. Depois de seu retorno a Jerusalém, ele deve ter achado irritante o rígido farisaísmo, muito embora professasse aceitá-lo de todo o coração. Ele havia respirado ar mais livre durante a maior parte de sua vida, e não poderia renunciar à liberdade a que estava acostumado.
Contudo, era de natureza espiritual o motivo mais profundo de sua tristeza. Ele tentara guardar a Lei, mas descobrira que não poderia fazê-lo em virtude de sua natureza pecaminosa decaída. De que modo, pois, poderia ele ser reto para com Deus?
Com Damasco à vista, aconteceu uma coisa momentosa. Num lampejo cegante, Paulo se viu despido de todo o orgulho e presunção, como perseguidor do Messias de Deus e do seu povo. Estevão estivera certo, e ele errado. Em face do Cristo vivo, Saulo capitulou. Ele ouviu uma voz que dizia: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues;. . . levanta-te, e entra na cidade, onde te dirão o que te convém fazer” (At 9:5-6). E Saulo obedeceu.
Durante sua estada na cidade, “Esteve três dias sem ver, durante os quais nada comeu nem bebeu” (Atos 9:9). Um discípulo residente em Damasco, por nome Ananias, tornou-se amigo e conselheiro, um homem que não teve receio de crer que a conversão de Paulo’ fora autêntica. Mediante as orações de Ananias, Deus restaurou a vista a Paulo.
O MINISTÉRIO DE PAULO
Paulo começou, na sinagoga de Damasco, a dar testemunho de sua fé recém-encontrada. O tema de sua mensagem concernente a Jesus era: “Este é o Filho de Deus” (At 9:20). Mas Paulo tinha de aprender amargas lições antes que pudesse apresentar-se como líder cristão confiável e eficiente. Descobriu que as pessoas não se esquecem com facilidade; os erros do homem podem persegui-lo por um longo tempo, mesmo depois que ele os tenha abandonado. Muitos dos discípulos suspeitavam de Paulo, e seus ex-companheiros de perseguições o odiavam. Ele pregou por breve tempo em Damasco, foi-se para a Arábia e depois voltou para Damasco.
A segunda tentativa de Paulo de pregar em Damasco igualmente não teve bom resultado. Um ano ou dois haviam decorrido desde a sua conversão, mas os judeus se lembravam de como ele havia desertado de sua primeira missão em Damasco. O ódio contra ele inflamou-se de novo e “deliberaram entre si tirar-lhe a vida” (At 9:23). A dramática história da fuga de Paulo por sobre a muralha, num cesto, tem prendido a imaginação de muitos.
Os dias de preparação de Paulo não estavam terminados. O relato que ele faz aos gálatas continua, dizendo: “Decorridos três anos, então subi a Jerusalém. . .“ (Gl 1:18). Ali ele encontrou a mesma hostil recepção que teve em Damasco. Uma vez mais foi obrigado a fugir.
Paulo desapareceu por alguns anos. Esses anos que ele passou escondido deram-lhe convicções amadurecidas e estatura espiritual de que ele necessitaria em seu ministério.
Em Antioquia, os gentios estavam sendo convertidos a Cristo. A Igreja em Jerusalém teve de decidir como cuidar desses novos crentes. Foi então que Barnabé se lembrou de Paulo e se dirigiu a Tarso à sua procura (At 11:25). Barnabé já tinha sido instrumento na apresentação de Paulo em Jerusalém, num esforço por afastar suspeita contra ele.
A esses dois homens foi confiada a tarefa de levar socorro à Judéia onde os seguidores de Jesus estavam passando fome. Quando Barnabé e Paulo voltaram a Antioquia, missão cumprida, trouxeram consigo o jovem João, apelidado Marcos, sobrinho de Barnabé (At 12:25).
As Viagens Missionárias:
A jovem e florescente igreja de Antioquia resolve enviar a Barnabé e a Paulo como missionários. O primeiro porto de escala na primeira viagem missionária foi Salamina, na ilha de Chipre, terra natal de Barnabé. Este fato, juntamente com a freqüente apresentação que a Bíblia faz desses missionários como “Barnabé e Saulo” indica que Paulo desempenhava papel secundário. Esta era a viagem de Barnabé; Paulo exercia o segundo posto de comando, e os dois tinham “João [Marcos] como auxiliar” (At 13:5).
O êxito de seus esforços missionários nessa ilha incentivaram Paulo e seus parceiros a avançar para território mais difícil. Fizeram uma viagem mais longa por mar, desta vez até Perge, já em terras continentais da Ásia Menor. Dali Paulo pretendia viajar pelo interior numa missão perigosa até à Antioquia da Pisídia.
Mas, exatamente neste ponto, aconteceu algo que causou muita dor de cabeça aos três. O ajudante, João Marcos, “apartando-se deles, voltou para Jerusalém” (At 13:13), onde morava. A Bíblia não nos diz por quê, embora seja natural conjeturar que lhe faltaram coragem e confiança. A súbita mudança dos planos de Marcos causaria, mais tarde, conflito entre Paulo e Barnabé.
Em Antioquia, Paulo tomou-se o porta-voz e criou-se um padrão conhecido de todos. Alguns criam em sua mensagem e se regozijavam; outros a rejeitavam e provocavam oposição. Aconteceu pela primeira vez em Antioquia, depois em Icônio. Em Listra ele foi apedrejado e dado por morto (At 14:19), mas sobreviveu e pôde prosseguir até à cidade de Derbe.
A visita de Paulo e Barnabé a Derbe completou a sua primeira viagem. Logo Paulo resolveu percorrer de novo a difícil rota sobre a qual ele tinha vindo, a fim de fortalecer, encorajar e organizar os grupos cristãos que ele e Barnabé haviam estabelecido.
Nisto discernimos o plano de Paulo de estabelecer congregações nas principais cidades do Império. Ele não deixava seus convertidos desorganizados e sem liderança capaz, mas, pelo mesmo motivo, não permanecia muito tempo num só lugar.
Os judeus muitas vezes faziam convertidos entre os gentios, mas estes eram mantidos numa posição de “segunda classe”. A não ser que estivessem preparados para submeter-se à circuncisão e aceitar a interpretação da Lei segundo os fariseus, eles permaneciam à margem da congregação judaica. Mesmo que chegassem a esse ponto, o fato de não terem nascido judeus ainda os barrava de usufruir completa comunhão.
Assim, qual seria a relação dos convertidos gentios com a comunidade cristã? Paulo e Barnabé viajaram a Jerusalém a fim de conferenciar com os dirigentes ali a respeito desse problema fundamental.
Em Jerusalém, Paulo expôs as suas convicções e saiu vencedor. A descrição da controvérsia que o próprio Paulo apresenta aos gálatas declara que lhe estenderam “a destra de comunhão” e igualmente a Barnabé. Os dirigentes da igreja concordaram em que “nós fôssemos para os gentios” (Gl 2:9).
Após a conferência de Jerusalém, Paulo e Barnabé “demoraram-se em Antioquia, ensinando e pregando,.. . a palavra do Senhor” (Atos 15:35). Aqui, dois incidentes causaram severas tensões às relações de trabalho de Paulo com Pedro e Barnabé.
O primeiro desses incidentes surgiu dos mesmos problemas que provocaram a conferência de Jerusalém. A conferência havia liberado os gentios do regulamento judaico da circuncisão. Contudo, não havia decidido se os cristãos de origem judaica poderiam comer com os convertidos gentios. Pedro tomou posição ao lado de Paulo nessa praxe, o que envolvia relaxar os regulamentos dos judeus com vistas a alimentos. Na realidade, Pedro deu o exemplo comendo com gentios. Mais tarde, porém, ele “afastou-se e, por fim, veio a apartar-se” (Gl 2:12), e Barnabé se deixou levar “pela dissimulação deles” (v. 13).
Paulo, considerando esses atos como nova ameaça à sua missão entre os gentios, recorreu a uma medida drástica. “Resisti-lhe [a Pedro] face a face, porque se tornara repreensível” (Gálatas 2:11). Ele fez isso “na presença de todos” (v. 14). Em outras palavras, ele recorreu à censura pública.
Esse incidente ajuda-nos a entender o segundo, que Lucas registra em Atos 15:36-40. Barnabé desejava que o jovem Marcos os acompanhasse na segunda viagem missionária; Paulo opôs-se à idéia. E a narrativa diz que “houve entre eles tal desavença que vieram a separar-se” (v. 39).
Não sabemos se Paulo e Barnabé voltaram a encontrar-se. Eles concordaram em discordar” e empreenderam viagens, cada um para seu lado. Sem dúvida o evangelho foi desse modo promovido mais do que se tivessem permanecido juntos.
Então “Paulo, tendo escolhido a Silas, partiu. . . E passou pela Síria e Cilícia, confirmando as igrejas” (Atos 15:40, 41). Depois de nova visita a Derbe, o último ponto visitado na primeira viagem, Paulo e seu grupo prosseguiram até Listra para ver seus convertidos nesta cidade. Aqui Paulo encontrou um jovem cristão chamado Timóteo (Atos 16:1), e viu nele um substituto potencial para Marcos.
O que aconteceu aqui redimiu Paulo de qualquer acusação de não se mostrar disposto a depositar confiança em homens mais moços do que ele. Em 1 Tm 1:2 dirigiu-se ao jovem Timóteo “verdadeiro filho”, e na segunda epístola fala dele como “amado filho” (2 Tm 1:2). Na segunda epístola lemos também: “pela recordação que guardo da tua fé, a mesma que primeiramente habitou em tua avó Lóide, e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também em ti” (2 Tm 1:5). Esta referência pode significar que a família de Timóteo fora ganha para Cristo por Paulo e Barnabé na sua primeira viagem. Por certo, quando Paulo voltou, ele quis que Timóteo “fosse em sua companhia” (At 16:3). Este mesmo versículo acrescenta que Paulo “circuncidou-o por causa dos judeus”. Era esta atitude coerente com o julgamento anterior de Paulo sobre Pedro? Ou se devia ao fato de ter ele aprendido a não criar problemas desnecessários? De qualquer modo, uma vez que Timóteo era meio-judeu, esta decisão evitaria problemas muitas vezes. Paulo sabia como lutar por um principio e como ceder por conveniência quando não estava em jogo nenhum princípio. Paulo sustentava que a circuncisão não era necessária à salvação (cf. Gálatas), mas estava pronto para circuncidar um judeu cristão como uma questão de conveniência.
Quando o grupo de evangelistas (dirigido de algum modo não especificado pelo Espírito Santo — At 16:6-8) chegou a Trôade e se pôs a contemplar o outro lado da estreita península, deve ter ponderado sobre a perspectiva de avançar sua campanha ao continente europeu. A decisão foi tomada quando “à noite, sobreveio a Paulo uma visão, na qual um varão macedônio estava em pé e lhe rogava, dizendo: Passa à Macedônia e ajuda-nos” (At 16:9). A resposta de Paulo foi imediata. O grupo navegou para a Europa. Muitos escritores têm sugerido que esse “varão macedônio” pode ter sido o médico Lucas. De qualquer maneira, parece que neste ponto ele entrou no drama de viagem, porque agora ele começa a referir-se aos missionários como “nós”.
A viagem continuou ao longo da grande estrada romana que corre para o Ocidente através das principais cidades da Macedônia — desde Filipos até Tessalônica, e de Tessalônica a Beréia. Durante três semanas, Paulo falou na sinagoga de Tessalônica; depois foi para Atenas, centro da erudição grega, e cidade onde dominava a idolatria (At 17:16). Incansável, ele partiu para Corinto.
Sua primeira e grande missão no mundo gentio estendeu-se por quase três anos. Depois ele voltou a Antioquia.
Após uma curta permanência em Antioquia, Paulo partiu em sua terceira viagem missionária no ano 52 d.C. Desta vez suas primeiras paradas foram na Galácia e na Frígia. Depois de visitar as igrejas em Derbe, Listra, Icônio e Antioquia, ele resolveu fazer algum trabalho missionário intensivo em Éfeso, a capital da província romana da Ásia. Estrategicamente localizada para comércio, era superada somente por Roma, Alexandria e Antioquia em tamanho e importância. Como resultado dos trabalhos de Paulo ali, ela tornou-se a terceira mais importante cidade na história do Cristianismo primitivo — Jerusalém, Antioquia, depois Éfeso.
Paulo chegou a Éfeso para empreender o que provou ser as mais extensas e exitosas de suas atividades missionárias em qualquer localidade. Mas esses anos lhe foram estrênuos. Visto que ele sustentava a si próprio trabalhando em sua profissão, seus dias eram longos. Seguindo o costume dos trabalhadores de um clima tão quente, ele levantava-se antes de raiar o dia e começava a trabalhar. As horas da tarde ele as empregava no ensino e pregação, e é provável que também as horas vespertinas. Isto ele fez “diariamente” durante “dois anos”. Em sua própria descrição desses trabalhos, Paulo acrescenta que ele não só ensinava em público, mas “também de casa em casa” (At 20:20). Teve êxito — muito bom êxito. Somos informados de “milagres extraordinários” (At 19:11) ocorridos durante esses dias agitados em Éfeso. A nova fé causou tal impacto sobre a cidade que “muitos dos que haviam praticado artes mágicas, reunindo os seus livros, os queimaram diante de todos” (At 19:19). Isso suscitou o ódio dos adoradores pagãos, temerosos de que os cristãos solapassem a influência de sua religião.
Depois de três invernos em Éfeso, Paulo passou o seguinte em Corinto, em concordância com a promessa e a esperança expressas em 1 Co 16:5-7. Ali Paulo fez outros preparativos para uma visita a Roma. Escreveu uma carta, dizendo aos cristãos de Roma: “Muito desejo ver-vos, . . . muitas vezes me propus ir ter convosco” (Rm 1:11, 13), e “penso em fazê-lo quando em viagem para a Espanha” (Rm 15:24).
Paulo ignorou as advertências sobre os perigos que o ameaçavam se ele aparecesse de novo em Jerusalém. Ele achava que era decisivo voltar em pessoa, como portador da oferta das congregações gentias. Ele estava “pronto não só para ser preso, mas até para morrer em Jerusalém, pelo nome do Senhor Jesus” (At 21:13). De modo que Paulo foi de novo a Jerusalém, e Lucas escreve que “os irmãos nos receberam com alegria” (At 21:17). Mas espreitando nas sombras estava uma comissão de recepção com intenções diferentes.
sexta-feira, 1 de abril de 2011
OS CONFLITOS PODEM ATINGIR A TODOS OS LARES.
Texto Bíblico: Êxodo 4.24-26
Mesmo os lares que têm se consagrado ao Senhor para servi-lO podem ser atingidos por conflitos.
O lar de Moisés é um exemplo desta triste verdade. No meio de uma viagem, explodiu uma crise envolvendo o casal e o filho mais velho, Gérson. Seguindo uma tradição iniciada com Abraão, todo filho devia ser circuncidado. Moisés, talvez ocupado demais com sua missão pública -- a missão de resgatar um povo -- esqueceu-se de sua missão familiar -- a missão de resgatar seu filho. A solução do conflito envolveu uma áspera discussão, em que sua esposa o chamou de "sanguinário".
Não podemos esquecer que o conflito faz parte da experiência humana, como uma necessidade, para nos constituir. No entanto, quando cresce e fica sem controle, ele deixa de ter uma função de vida para ter uma função de morte.
Nossos lares devem reconhecer a existência dos conflitos e criar condições para que sejam minimizados e superados. Não dá para não ter conflitos, mas dá para viver saudavelmente com eles.
A presença de um conflito tão dramático na família de Moisés nos mostra que mesmo os lares cristãos podem ser afetados por conflitos dramáticos. Nós dizemos, numa confissão de desejo e fé: "Eu e minha casa serviremos ao Senhor". Esta confissão, no entanto, não nos isenta de ver nossos lares mergulhados em conflitos, expressos em termos de ameaça da separação, de falta de recursos para a sobrevivência, de triunfo da falta de comunicação, de desentendimento sobre a criação dos filhos, de escolhas unilaterais.
Nossa esperança deve ser que a separação não aconteça, que a família consiga recursos para honrar os compromissos financeiros, que as partes em conflito se engajem no envolvimento, que os pontos de discórdia sejam discutidos em busca de um consenso, que as escolhas sejam compartilhadas.
Estes ideais, contudo, poderão vir a se realizar a partir do reconhecimento de que os conflitos são reais. Muitos, no entanto, estamos fazendo como Moisés, que fez de conta que não havia uma pendência -- a circuncisão do seu filho -- a ser resolvida. Muitos estamos fazendo de conta que os conflitos não existem.
Pior: olhando para as nossas igrejas, incluindo a nossa em particular, concluo que estamos falhando. Não estamos investindo o suficiente no fortalecimento da família. Não estamos fazendo tudo o que devemos para fortalecer a família. Não estamos provendo as melhores condições para que as famílias se desenvolvam.
Em nome do respeito à privacidade, estamos falhando -- e eu me incluo como o omisso principal. E ao fazê-lo, contribuímos para deixar os lares se afundarem e se romperem. A idolatria da privacidade nos tem levado a uma conspiração do silêncio. Fazemos de conta que tudo vai bem, quando muitas coisas não vão bem, quando muitos lares não vão bem.
Também não estou fazendo o discurso do terror, para dizer que todos os lares vão mal. Acredito que a maioria de nossos lares vai bem, vivenciando e resolvendo conflitos controlados. No entanto, penso que esses lares podem viver melhor. Também penso que os lares com conflitos dramáticos podem ser despertados para um recomeço, para uma reconstrução.
No texto que lemos, há uma frase que nos incomoda. Na tradução que adotamos, Deus desejou matar Moisés, por sua negligência como pai. Deus chamou Moisés para uma grande missão, mas, agora, renunciava a tudo, desejava matar Moisés, e o mataria, mesmo que tivesse que achar um substituto. Deus não queria um líder quebrado. Deus sabia que não havia uma nação forte com famílias fracas.
Quero derivar deste nosso mal-estar o mal-estar de Deus diante de famílias distantes do Seu projeto. Deus está incomodado com lares destruídos, e nós devemos nos incomodar também. O Deus incomodado coloca os mais variados recursos, desde o ensino ao conforto do Seu Espírito, para reunir famílias e fortalecer lares.
Eu gostaria que nossa igreja -- de novo me incluindo -- se transformasse numa agência de Deus para o fortalecimento das famílias, tanto das fortes quanto das fracas. Eu gostaria que as famílias com dificuldades acima de suas capacidades se apresentassem, compartilhassem suas lutas.
É possível que algumas não o façam porque não confiam nos pastores que têm. Outras se calam porque acham que ninguém tem nada a ver com a sua vida ou porque não crêem que haja solução para os seus conflitos.
OS CONFLITOS PODEM SURGIR DE DIFERENTES FONTES
Boa parte de nós não consegue superar os seus conflitos por não entender a natureza deles. Por isto, quero convidar você a considerá-los melhor a partir da experiência de Moisés, Zípora e Gérson.
1. Os conflitos podem decorrer das diferenças individuais na família
Zípora era midianita e vivia sob o teto e as ordens do pai, Jetro. Moisés era um nômade, vivendo longe da sua família e do seu povo.
Zípora não era monoteísta e não adorava ao Deus dos hebreus, embora o respeitasse, como fazia seu pai. Moisés tivera um encontro pessoal com o Eu Sou, que lhe deu uma missão para toda a vida.
Zípora era uma dona-de-casa. Moisés era um político.
Zípora vivia para os filhos. Moisés vivia para o seu povo.
Zípora e Moisés eram pessoas diferentes, como são todos os maridos e mulheres de qualquer época e lugar. A noção de tempo não é a mesma entre eles, como não o é para a maioria dos casais.
Uma família é palco de conflitos, porque todos os seus integrantes são diferentes.
Essas diferenças devem ser respeitadas e, mais que respeitadas, cultivadas, estimuladas e valorizadas.
No caso de Moisés e Zípora, essas diferenças ficaram no seu devido lugar, exceto nesse episódio dramático. Numa espécie de retrato de muitos de nossos lares, a ansiedade de Zípora, diante da passividade de Moisés, levou-a à explosão.
Diante da realidade das diferenças, precisamos aprender a conviver com elas. Para bem conviver, precisamos aceitá-las, mas -- bem entendido! -- só aceitar aquelas que não tragam prejuízo à vida familiar.
Não use suas diferenças para se fechar, nem para justificar seu egoísmo. Use as suas diferenças para enriquecer os demais membros da família.
2. Os conflitos podem decorrer da falha no cumprimento dos papéis familiares.
Moisés não estava cumprindo o seu papel. Ainda não tinha circuncidado seu filho. A circuncisão era uma tarefa para os pais. Zípora teve que cumprir o papel do marido.
Há tarefas específicas para cada um no lar, e isto inclui os filhos. Quando um não cumpre a sua parte, há sobrecarga dos outros. Há maridos, por exemplo, que apenas cumprem UM (o de provedores financeiros) dos seus papéis, esquecidos das outras provisões, como a co-educação dos filhos, o suporte emocional à esposa, entre outros.
Há esposas que, mesmo que trabalhem apenas em casa, não fazem da casa um lugar para onde os maridos querem voltar.
Há filhos que só querem ser amados, mas nunca se lembram de amar. Só querem ser aceitos, mas têm imensa dificuldade de aceitar seus pais.
Moisés, não espere que Zípora entre em ação. Ela não entende nada de circuncisão. Ela nem sequer adora o Deus verdadeiro. Você está deixando que ela eduque seus filhos, mas, Moisés, que valores terão eles? Acorda, Moisés! A família deve estar em primeiro lugar.
Zípora, não humilhe Moisés porque ele não fez o que devia e acabou sobrando para você. Lembre-se que ele também já vez algo que cabia a você.
3. Os conflitos podem decorrer da tirania de um dos cônjuges.
Moisés tiranizou Zípora ao deixar para ela a tarefa repulsiva e estranha de circuncidar seu filho. Zípora tiranizou Moisés ao lançar sobre ele mais um peso. Se o problema estava resolvido, para que lhe lançar em rosto, como a mostrar a sua superioridade.
Há pais tiranos. Há filhos tiranos. Há cônjuges tiranos. Há avós tiranos. Esses tiranos do lar disseminam o terror num lugar em que o amor deve ser a meta de todos. Tirano é aquele que impõe a sua vontade sobre as vontades dos outros.
Os tiranos abusam sexual, financeira e emocionalmente dos seus familiares, ou de alguns deles. As áreas em que a tirania pode ser exercida não têm limites.
Faça uma revisão da sua vida: não seja tirano. Deixe sua esposa viver. Se você não consegue, procure ajuda. Não deixe que o seu amor por sua esposa, por exemplo, apague a vida que há nela, o amor que há nela por você.
Se você foi tiranizado, não seja escravo do passado. Se você foi vítima de abuso, tome uma atitude para não continuar sendo abusado a partir da sua memória. Use a sua memória para ser livre e feliz.
Se você está sendo tiranizado, não aceite essa condição de vida. Ore pelo tirano. Se você não pode mudá-lo, Deus pode. Se você não consegue conviver com o tirano, afaste-se dele, sem violência.
4. Os conflitos podem decorrer do pecado
Moisés estava pecando, ao negligenciar seu dever diante do filho, deixando de circuncidá-lo. A omissão é pecado.
O pecado tem devastado famílias.
Quero mencionar três categorias de pecado que têm feito muitas vítimas.
Menciono primeiramente o pecado do desinteresse pelo bem-estar do outro. Uma família em que cada membro busque apenas o que lhe interessa, o seu sucesso, o seu gosto, está prestes a se esfacelar. A indiferença é uma arma apontada para o coração.
Interesse-se pelo seu familiar. Promova seu cônjuge. Fortaleça seu filho. Ame seu pai.
Menciono, em segundo lugar, o pecado da mentira. A mentira destrói a confiança. A falta de confiança solapa a família. Se o marido não trabalhou até tarde, ele não trabalhou até tarde. Se o filho não estudou e foi mal nas provas, ele não estudou e foi mal nas provas.
Viva de tal modo que não precise mentir para se justificar.
Menciono, em terceiro lugar, os pecados sexuais. Não há pecado mais devastador do que o sexual, porque ele sempre envolve o desinteresse pelo sucesso da família e a prática de um sem-número de mentiras. Há maridos, mesmo cristãos, sujando seus corpos em outros leitos que não os seus. Há maridos viciados em pornografia. Há esposas, mesmo cristãs, desejando outros corpos que não o do seu marido.
Prefira o padrão de pureza, instruído por Deus. Não vá na onda dos vendedores de ilusão.
Deus apontou o pecado de Moisés. Se você está em falta como o grande líder do Êxodo, Deus também está apontando para o seu pecado. Deixe que Ele toque a sua vida, para purificá-la.
Mesmo os lares que têm se consagrado ao Senhor para servi-lO podem ser atingidos por conflitos.
O lar de Moisés é um exemplo desta triste verdade. No meio de uma viagem, explodiu uma crise envolvendo o casal e o filho mais velho, Gérson. Seguindo uma tradição iniciada com Abraão, todo filho devia ser circuncidado. Moisés, talvez ocupado demais com sua missão pública -- a missão de resgatar um povo -- esqueceu-se de sua missão familiar -- a missão de resgatar seu filho. A solução do conflito envolveu uma áspera discussão, em que sua esposa o chamou de "sanguinário".
Não podemos esquecer que o conflito faz parte da experiência humana, como uma necessidade, para nos constituir. No entanto, quando cresce e fica sem controle, ele deixa de ter uma função de vida para ter uma função de morte.
Nossos lares devem reconhecer a existência dos conflitos e criar condições para que sejam minimizados e superados. Não dá para não ter conflitos, mas dá para viver saudavelmente com eles.
A presença de um conflito tão dramático na família de Moisés nos mostra que mesmo os lares cristãos podem ser afetados por conflitos dramáticos. Nós dizemos, numa confissão de desejo e fé: "Eu e minha casa serviremos ao Senhor". Esta confissão, no entanto, não nos isenta de ver nossos lares mergulhados em conflitos, expressos em termos de ameaça da separação, de falta de recursos para a sobrevivência, de triunfo da falta de comunicação, de desentendimento sobre a criação dos filhos, de escolhas unilaterais.
Nossa esperança deve ser que a separação não aconteça, que a família consiga recursos para honrar os compromissos financeiros, que as partes em conflito se engajem no envolvimento, que os pontos de discórdia sejam discutidos em busca de um consenso, que as escolhas sejam compartilhadas.
Estes ideais, contudo, poderão vir a se realizar a partir do reconhecimento de que os conflitos são reais. Muitos, no entanto, estamos fazendo como Moisés, que fez de conta que não havia uma pendência -- a circuncisão do seu filho -- a ser resolvida. Muitos estamos fazendo de conta que os conflitos não existem.
Pior: olhando para as nossas igrejas, incluindo a nossa em particular, concluo que estamos falhando. Não estamos investindo o suficiente no fortalecimento da família. Não estamos fazendo tudo o que devemos para fortalecer a família. Não estamos provendo as melhores condições para que as famílias se desenvolvam.
Em nome do respeito à privacidade, estamos falhando -- e eu me incluo como o omisso principal. E ao fazê-lo, contribuímos para deixar os lares se afundarem e se romperem. A idolatria da privacidade nos tem levado a uma conspiração do silêncio. Fazemos de conta que tudo vai bem, quando muitas coisas não vão bem, quando muitos lares não vão bem.
Também não estou fazendo o discurso do terror, para dizer que todos os lares vão mal. Acredito que a maioria de nossos lares vai bem, vivenciando e resolvendo conflitos controlados. No entanto, penso que esses lares podem viver melhor. Também penso que os lares com conflitos dramáticos podem ser despertados para um recomeço, para uma reconstrução.
No texto que lemos, há uma frase que nos incomoda. Na tradução que adotamos, Deus desejou matar Moisés, por sua negligência como pai. Deus chamou Moisés para uma grande missão, mas, agora, renunciava a tudo, desejava matar Moisés, e o mataria, mesmo que tivesse que achar um substituto. Deus não queria um líder quebrado. Deus sabia que não havia uma nação forte com famílias fracas.
Quero derivar deste nosso mal-estar o mal-estar de Deus diante de famílias distantes do Seu projeto. Deus está incomodado com lares destruídos, e nós devemos nos incomodar também. O Deus incomodado coloca os mais variados recursos, desde o ensino ao conforto do Seu Espírito, para reunir famílias e fortalecer lares.
Eu gostaria que nossa igreja -- de novo me incluindo -- se transformasse numa agência de Deus para o fortalecimento das famílias, tanto das fortes quanto das fracas. Eu gostaria que as famílias com dificuldades acima de suas capacidades se apresentassem, compartilhassem suas lutas.
É possível que algumas não o façam porque não confiam nos pastores que têm. Outras se calam porque acham que ninguém tem nada a ver com a sua vida ou porque não crêem que haja solução para os seus conflitos.
OS CONFLITOS PODEM SURGIR DE DIFERENTES FONTES
Boa parte de nós não consegue superar os seus conflitos por não entender a natureza deles. Por isto, quero convidar você a considerá-los melhor a partir da experiência de Moisés, Zípora e Gérson.
1. Os conflitos podem decorrer das diferenças individuais na família
Zípora era midianita e vivia sob o teto e as ordens do pai, Jetro. Moisés era um nômade, vivendo longe da sua família e do seu povo.
Zípora não era monoteísta e não adorava ao Deus dos hebreus, embora o respeitasse, como fazia seu pai. Moisés tivera um encontro pessoal com o Eu Sou, que lhe deu uma missão para toda a vida.
Zípora era uma dona-de-casa. Moisés era um político.
Zípora vivia para os filhos. Moisés vivia para o seu povo.
Zípora e Moisés eram pessoas diferentes, como são todos os maridos e mulheres de qualquer época e lugar. A noção de tempo não é a mesma entre eles, como não o é para a maioria dos casais.
Uma família é palco de conflitos, porque todos os seus integrantes são diferentes.
Essas diferenças devem ser respeitadas e, mais que respeitadas, cultivadas, estimuladas e valorizadas.
No caso de Moisés e Zípora, essas diferenças ficaram no seu devido lugar, exceto nesse episódio dramático. Numa espécie de retrato de muitos de nossos lares, a ansiedade de Zípora, diante da passividade de Moisés, levou-a à explosão.
Diante da realidade das diferenças, precisamos aprender a conviver com elas. Para bem conviver, precisamos aceitá-las, mas -- bem entendido! -- só aceitar aquelas que não tragam prejuízo à vida familiar.
Não use suas diferenças para se fechar, nem para justificar seu egoísmo. Use as suas diferenças para enriquecer os demais membros da família.
2. Os conflitos podem decorrer da falha no cumprimento dos papéis familiares.
Moisés não estava cumprindo o seu papel. Ainda não tinha circuncidado seu filho. A circuncisão era uma tarefa para os pais. Zípora teve que cumprir o papel do marido.
Há tarefas específicas para cada um no lar, e isto inclui os filhos. Quando um não cumpre a sua parte, há sobrecarga dos outros. Há maridos, por exemplo, que apenas cumprem UM (o de provedores financeiros) dos seus papéis, esquecidos das outras provisões, como a co-educação dos filhos, o suporte emocional à esposa, entre outros.
Há esposas que, mesmo que trabalhem apenas em casa, não fazem da casa um lugar para onde os maridos querem voltar.
Há filhos que só querem ser amados, mas nunca se lembram de amar. Só querem ser aceitos, mas têm imensa dificuldade de aceitar seus pais.
Moisés, não espere que Zípora entre em ação. Ela não entende nada de circuncisão. Ela nem sequer adora o Deus verdadeiro. Você está deixando que ela eduque seus filhos, mas, Moisés, que valores terão eles? Acorda, Moisés! A família deve estar em primeiro lugar.
Zípora, não humilhe Moisés porque ele não fez o que devia e acabou sobrando para você. Lembre-se que ele também já vez algo que cabia a você.
3. Os conflitos podem decorrer da tirania de um dos cônjuges.
Moisés tiranizou Zípora ao deixar para ela a tarefa repulsiva e estranha de circuncidar seu filho. Zípora tiranizou Moisés ao lançar sobre ele mais um peso. Se o problema estava resolvido, para que lhe lançar em rosto, como a mostrar a sua superioridade.
Há pais tiranos. Há filhos tiranos. Há cônjuges tiranos. Há avós tiranos. Esses tiranos do lar disseminam o terror num lugar em que o amor deve ser a meta de todos. Tirano é aquele que impõe a sua vontade sobre as vontades dos outros.
Os tiranos abusam sexual, financeira e emocionalmente dos seus familiares, ou de alguns deles. As áreas em que a tirania pode ser exercida não têm limites.
Faça uma revisão da sua vida: não seja tirano. Deixe sua esposa viver. Se você não consegue, procure ajuda. Não deixe que o seu amor por sua esposa, por exemplo, apague a vida que há nela, o amor que há nela por você.
Se você foi tiranizado, não seja escravo do passado. Se você foi vítima de abuso, tome uma atitude para não continuar sendo abusado a partir da sua memória. Use a sua memória para ser livre e feliz.
Se você está sendo tiranizado, não aceite essa condição de vida. Ore pelo tirano. Se você não pode mudá-lo, Deus pode. Se você não consegue conviver com o tirano, afaste-se dele, sem violência.
4. Os conflitos podem decorrer do pecado
Moisés estava pecando, ao negligenciar seu dever diante do filho, deixando de circuncidá-lo. A omissão é pecado.
O pecado tem devastado famílias.
Quero mencionar três categorias de pecado que têm feito muitas vítimas.
Menciono primeiramente o pecado do desinteresse pelo bem-estar do outro. Uma família em que cada membro busque apenas o que lhe interessa, o seu sucesso, o seu gosto, está prestes a se esfacelar. A indiferença é uma arma apontada para o coração.
Interesse-se pelo seu familiar. Promova seu cônjuge. Fortaleça seu filho. Ame seu pai.
Menciono, em segundo lugar, o pecado da mentira. A mentira destrói a confiança. A falta de confiança solapa a família. Se o marido não trabalhou até tarde, ele não trabalhou até tarde. Se o filho não estudou e foi mal nas provas, ele não estudou e foi mal nas provas.
Viva de tal modo que não precise mentir para se justificar.
Menciono, em terceiro lugar, os pecados sexuais. Não há pecado mais devastador do que o sexual, porque ele sempre envolve o desinteresse pelo sucesso da família e a prática de um sem-número de mentiras. Há maridos, mesmo cristãos, sujando seus corpos em outros leitos que não os seus. Há maridos viciados em pornografia. Há esposas, mesmo cristãs, desejando outros corpos que não o do seu marido.
Prefira o padrão de pureza, instruído por Deus. Não vá na onda dos vendedores de ilusão.
Deus apontou o pecado de Moisés. Se você está em falta como o grande líder do Êxodo, Deus também está apontando para o seu pecado. Deixe que Ele toque a sua vida, para purificá-la.
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