terça-feira, 7 de setembro de 2010

Sendo Pesado na Balança

Texto: 1Sm 2.3 / Dn 5.27


Aqui, nesta ocasião está ocorrendo um banquete. Se ele pudesse ser pintado num quadro, retrataria a situação moral e espiritual de um reino inteiro. Aquele banquete de Belsazar era diferente dos modernos banquetes. Ali as pessoas podiam se liberar, nenhuma regra era válida e não ser de que ?enquanto puder, aproveite?. Não existia, enfim, nenhum valor maior que a satisfação pessoal.


O mesmo pecado de Nabucodonozor, que o havia levado depois ao estado de humilhação, estava agora presente nos procedimentos de Belsazar: a soberba. Note: 1) ele procurou dar ?um grande banquete a mil dos seus grandes? (v. 1); 2) havia ainda a participação de ?suas mulheres e concubinas? (v. 2); 3) era uma demonstração de poder e riqueza; 4) era um banquete para exibição, pois o próprio rei ?bebeu vinho na presença dos mil? (v. 1).


Este banquete bem poderia acabar com o rei em uma beberia tremenda e os convidados indo para suas casas arrastados ou carregados, como acabam muitas festas em que não impera o espírito de decência e moralidade.


** Houve ali, algo que provocou a ira de Deus: o rei ?mandou trazer os vasos de ouro e de prata que Nabucodonozor, seu pai, tinha tirado do templo que estava em Jerusalém, para que bebessem por eles o rei, e os seus grandes, as suas mulheres e concubinas? (v. 2).


* Em sua bebedeira perderam o juízo e começaram a brincar com aquilo que é sagrado. Pensaram que poderiam introduzir Deus em festa e acabaram atraindo Sua ira santa. Escarnecem do sagrado e exaltam o profano. Não se pode misturar o sagrado com o profano.


Enquanto os vasos dedicados ao serviço santo do templo estavam sendo transformados em instrumentos de imoralidade, impiedade e culto aos deuses falsos inventados pelos homens, surge Alguém que estraga a festa. Então, sobrevem um silêncio atordoante e estarrecedor!


Um dedo começa a escrever algo na parede e de repente toda aquela algazarra, bebedice, a música, conversas, todos pararam e houve aquele silêncio, todos ficaram com os olhos fitos na parede. A situação piorou quando os ?sábios? não puderam interpretar o que ali fora escrito.

A festa que estava destinada a proporcionar uma noite inesquecível de prazer e alegria, tornou-se inesquecível, sim, mas pela lembrança de um julgamento terrível. Aqueles dedos nunca mais sairiam da mente daquelas pessoas.

No entanto, mesmo diante do medo que a visão lhe proporcionou, o rei continuou na sua arrogância. Ele respondeu: ?Qualquer que ler esta escritura, e me declarar a sua interpretação, será vestido de púrpura, e terá uma cadeia de ouro ao pescoço, e no reino será o terceiro governante? (v. 7).

A princípio, ele prometera algo que por direito não podia. Pois ele não era o rei de fato, e sim, co-regente com seu pai, Nabonido.


Daniel não estava nesta festa. Fora chamado e deu a interpretação. Entre a sua chegada na babilônia e os acontecimentos do banquete, haviam se passado aproximadamente 60 anos. Daniel não esmoreceu a medida que os anos passaram, continuava com a mesma firmeza e segurança.


** O conhecimento da verdade condena. Daniel aponta para o rei como ele tinha errado e pecado contra Deus. Ele mostra que o erro tinha precedente na sua própria família. Ele estava se referindo a Nabucodonozor, seu avô, que tinha sido glorioso e dotado de poderes absolutos sobre o reino.


** O profeta chama atenção do rei para alguns fatos importantes:

1) foi o Altíssimo Deus que deu o reino e a grandeza, a glória e a majestade a Nabucodonozor (v. 18);

2) o poder de Nabucodonozor era grande e diante dele as pessoas tremiam e temiam, pois dispunha da vida de cada um como bem queria (v. 19);

3) o erro de Nabucodnozor foi deixar que tudo isso tomasse conta dele e o ?coração se elevou?, tornando-se arrogante (v. 20);

4) sua queda do trono se dera por causa da arrogância. Ficou entre os animais.


V. 22: ?ainda que soubeste tudo isso?. O conhecimento da verdade condena ainda mais as atitudes do rei para com Deus. se ele sabia o que tinha acontecido com seu avô, não havia desculpas para ele. Belsazar não apenas foi orgulho, mas agiu contra Deus. Belsazar e Nabucodonozor foram iguais num ponto: a arrogância. Foram diferentes, porém, quanto a afrontar ou não a Deus. Nabucodonozor reconheceu o poder e a soberania de Deus, e não utilizou os vasos sagrados do templo de Jerusalém para suas festas. Belsazar, além da arrogância, elevou-se ?contra o Senhor do céu, pois foram trazidos a sua presença os vasos da casa dele, e tu, os teus grandes, as tuas mulheres e as tuas concubinas, bebestes vinho neles? (v. 23).


Belsazar pôde perceber que havia feito uma grande tolice ao cometer pecado contra o Deus santo e zeloso. Infelizmente era tarde demais.


TEQUEL: mostra que o Deus justo e santo ?pesou? a vida de Belsazar. Ele foi como que colocado na balança e não conseguiu equilibrar, porque toda a sua vida estava destituído de valores eternos do Deus eterno. Ele não construiu sua vida de tal forma a considerar o Deus do céu como o seu supremo valor. Agora todos os feitos não conseguem equilibrar a balança justa do Deus justo, porque a sua própria vida não contou com a presença d?Ele.

Contou Deus o teu reino ? At 17.26 = 16 de Tisri (12 de outubro de 539A.C.).

?Naquela mesma noite Belsazar, o rei dos caldeus, foi morto. E Dario, o medo, recebeu o reino? (v. 30-31). Ele não perdeu somente o seu reino. Ele perdeu também o reino de Deus. Nosso Senhor Jesus Cristo fez uma acusação semelhante aos judeus (Mt 21.33-43). Rejeitaram os profetas, e finalmente a Ele próprio. Da mesma forma, Paulo advertiu os judeus quando rejeitaram a mensagem do Evangelho, disse-lhes que perderiam seus privilégios e os daria aos gentios (At 13.44-50).


Deus não o condenou sem causa. Deus fez com que ele soubesse que estava sendo condenado. Nada escapa ao juízo de Deus. a balança está preparada para pesar tanto os fracos como os poderosos.


+ A única coisa que pode equilibrar a nossa balança diante de Deus é o Senhor Jesus Cristo, aceitar o que Ele fez por nós.

O rei Belsazer fora pesado na balança de Deus e achado em falta... Vamos analisar a vida de uma outra personagem bíblico que também fora pesado na balança de Deus, porém, obteve a bênção...


ABRAÃO ? Gn 22

Este homem cresceu espiritualmente. É verdade que existiram momentos de fraqueza na vida dele, como também há em nossos vidas.

Depois de esperar 30 anos pela promessa de um filho, Deus o pede de volta. Moriá distava uns sessenta quilômetros de Berseba, onde eles estavam morando. Aqueles três dias de viagem para o monte indicado por Deus deveriam ter sido de angústia e agonia, dias que pareciam intermináveis, dias quando a expressão ?por quê? jorrou, vez após vez, do seu coração atribulado e rasgou a sua garganta de tanta dor. Abraão sabia, porém, que em Isaque seria chamado a sua descendência.


** A pergunta do jovem Isaque deve ter movido ainda mais o coração do pai: ?Onde está o cordeiro para o holocausto?? Ele não sabia que o cordeiro era ele mesmo. Abraão responde: ?O Senhor Proverá?.


O Senhor intervém no momento exato, quando Abraão toma o cutelo para imolar Isaque, impedindo qualquer dano sobre o filho da promessa. Do ponto-de-vista de Deus, o sacrifício já aconteceu. Deus julga mais as intenções do que os atos.


? Tudo tem um motivo para acontecer e Deus sabe qual é o melhor. Mesmo que não entendas o porquê espera pois no Senhor.


Quando Abraão estava para sacrificar seu filho, Deus lhe enviou um cordeiro como solução. Ele então buscou o cordeiro e colocou-o no lugar de Isaque.


** Sabe, sempre em nossas vidas, Deus nos coloca diante do Cordeiro.

? Quando na passagem do Anjo sobre o Egito, o sangue do cordeiro salvou os israelitas.

? Quando João Batista batizou a Cristo, disse: Eis o Cordeiro de Deus...!

? Quando Cristo, o nosso Cordeiro Pascal, morreu, Ele nos deu o caminho.


Abraão e Isaque (submissão) foram pesados na balança de Deus, mas não foram achados em falta. O rei Belsazar por ter sido achado em falta, foi morto.


** Devemos ter cuidado para não nos encontrar em falta na balança de Deus.


Estar em falta diante de Deus nos faz pessoas sem sal. Arroz sem feijão. Pão sem margarina.

Quando estamos em problemas, achando que não há mais saída, estamos no final do túnel, desesperados, devemos olhar para o Cordeiro.

2Co 12.9: Na fraqueza destes homens, eles se tornaram fortes, porque na hora H olharam para o Cordeiro

Por favor, olhe para diante do Cordeiro e Ele solucionará todas as suas dificuldades.


?Deus não te prometeu que neste mundo você não teria dificuldades. Ele te prometeu que em meio do vale do sombra da morte, Ele NUNCA te deixaria, e Ele está aí perto de você!?

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