terça-feira, 8 de março de 2011

A CHAMADA DE ABRAÃO

A CHAMADA DE ABRAÃO
Esta pequena obra não tem a pretensão de esgotar o assunto, muito pelo contrário, reconhecemos que o Estudo sobre a Chamada de Abraão é muito mais ampla do que o exposto abaixo; todavia o nosso alvo são aqueles que ainda não tiveram a oportunidade de se aprofundarem no assunto, mas querem ter alguma base; e para os que já foram mais adiante uma oportunidade para relembrar ou atualizar-se.

POR: JORGE LEIBE





Pregue a Palavra a Tempo e fora de Tempo.

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INTRODUÇÃO

Este estudo irá nos mostrar o início da história de Abraão, cognominado "o pai da fé", incluindo a sua chamada, peregrinação e a fé inabalável em um Deus que aprendeu a amar através do conhecimento transmitido por Noé a seus descendentes.
Vamos dividir este estudo em três tópicos para melhor compreensão do assunto:
I - A História
II - A Chamada
III - A Obediência

I - A HISTÓRIA
A chamada de Abraão deve ser vista cercada de inúmeras circunstâncias, como: local em que vivia, saída de sua terra (trecho percorrido) e sua odisséia.

1 - Local de seu nascimento
Ur dos caldeus (fogo, luz e estabelecimento), também chamada Uri ou Uru, ou Mugher ou Ungemiru ou Mugayyar. Distava de Harã 965 km, e a 1.000 km de Siquém. Esta cidade fora porto do mar, no Golfo Pérsico, na foz do Rio Eufrates, há 19 km de Eridu, local tradicional do Jardim do Éden. Era uma cidade antediluviana e depois foi reconstruída.


a) A cidade antes de Abraão
Era a mais magnificente do mundo de então, centro manufatureiro, fazendeiro e exportador, numa região de fertilidade e riqueza fabulosas, donde partiam caravanas em todas as direções para terras distantes, e embarcações de suas docas, que desciam pelo Golfo Pérsico carregadas de cobre e duras pedras.
No tempo de Abraão, o Golfo Pérsico havia recuado e o Eufrates mudara seu curso, correndo 16 km para o leste. Ur foi eclipsada pela cidade de Babilônia e manteve sua importância até ao período pérsico (700/600 AC), sendo abandonada, sepultada na areia das tempestades do deserto.

b) O nascimento
Abraão nasceu em 1920 AC. Sua cidade Natal tinha 2.000 anos de civilização. Seu tempo foi de grande atividade literária: escolas, dicionários, enciclopédias, etc.

2 - Idolatria no tempo de Abraão
Não era Abraão idólatra, mas viveu rodeado de idolatria. Muitas famílias guardaram as tradições dos antigos e as lições do dilúvio. Existiam capelas familiares. Na cidade tinha o "Ziggurat", torre-templo para adoração do deus-lua. Terá era idólatra, fabricante de ídolos (Js 24.2). Ver Gn 3.19 (Raquel furtou).
Chamá (era o deus-sol), Sin (deus-lua), Ningal (deusa-lua), mulher de Sin. Também não podemos descrer que sua confiança estava em Jeová. Abraão poderia ter recebido de Sem a narrativa do dilúvio, feita por Noé, e a narrativa de Adão e do Jardim do Éden feita por Matusalém. Adão viveu 930 anos e conviveu com Matusalém 243 anos, e Noé conviveu com Matusalém 600 anos.

3 - Abraão e sua Família
Abraão é a nona geração depois de Sem. Seu nome = AB (pai) + RAM (grande) = Abram (pai grande). Em português ficou Abrão. O Senhor Deus lhe fez uma promessa e disse: não te chamarás mais Pai Grande, mas Pai de Grande Nação. Então ficou: AB (pai) + RAM (grande) + AM (povo) = Abram + am. Em português ficou Abraão. A família era influente na cidade.


II - A CHAMADA

1 - Abraão e a saída de Ur dos Caldeus - Gn 11.31,32; At 7.2-4
Aqui tem início a obra da redenção que fora insinuada no Jardim do Éden (Gn 3.15).
Caps 1 a 11 de Gn - Deus se relaciona com a humanidade em geral sem fazer distinção das raças (fracasso do homem). Até aqui a "semente da mulher" é conservada, através de homens apropriados; e também o conhecimento de Deus é mantido.
Caps 12 a 50 de Gn - Deus muda seus métodos. Chama um homem para fundar a raça escolhida mediante a qual ele realizaria a restauração da humanidade. São 39 capítulos dedicados à família escolhida.
Abraão é pai espiritual de todos os crentes (Rm 4.16; Gl 3.7). Somente ele se chama "amigo de Deus" (2 Cr 20.7; Is 41.8; Tg 2.23)

a) Havia dito Deus (At 7.2)
Estevão fala sobre o Deus da Glória à multidão dos circunstantes, ouvintes, espectadores. Fazia ele referência ao caráter essencial de Deus em contraste com os chamados "deuses de Ur", os quais não possuem vida, poder e majestade reais. Pode ser também uma referência à glória divina, externa e visível, que assinalava a presença de Deus aos homens: Ex 25.22 - aparecia a Moisés; Ex 40.34 - a glória do Senhor encheu o tabernáculo; Lv 9.6 - a glória do Senhor vos aparecerá; Ex 33.9 - descia a coluna de nuvem; Ex 33.18 - me mostres a tua glória; Dt 4.11,12; Ex 34.5 - o Senhor desceu... e se pôs ali junto a ele.

b) Sai de tua terra e dentre a tua parentela (At 7.3; Gn 12.1)

Deus se manifestou a Abraão em meio da idolatria universal, chamando-o para uma vida de fé e de separação.
Muitos pensam, que foram duas chamadas, mas não. Foi uma só, com a admoestação posterior de continuar a viagem.

Se pudéssemos pensar por Moisés e ter presente o seu propósito ao escrever este livro (Gn), facilmente poderíamos resolver o problema.

Gn 12.1 deveria estar em Gn 11.27, mas Moisés está escrevendo a genealogia da família eleita e para não interromper a seqüência do pensamento, depois de ter mencionado todos os ancestrais de Terá, dá a seguir sua genealogia, visto ser ele o pai do personagem com quem começou a realizar-se o plano divino.

Depois que Moisés dá a linhagem de Terá, dá a sua saída sem mencionar os motivos (v. 31), até que a morte pôs ponto final na vida do homem cuja genealogia ele descreve (v. 32). Feito isto, Moisés como que retrocede e diz que Terá saiu, ainda que o nome não é mencionado em conexão com a chamada divina, mas é claro que não mencionando Terá, menciona Abraão por cuja causa Terá saiu de Ur. Noutras palavras, pode-se dizer que Moisés contou a saída e a viagem para depois dar os motivos.

Em Gn 12.4 diz: "Assim...". O advérbio "assim" pode referir-se tanto à continuação da viagem em Harã como à saída de Babilônia. (ver Gn 11.2 e 15.7)
Gn 12.4 poderia ser assim parafraseado: "de modo que depois de ter estado por algum tempo em Harã por causa da idade de Terá, ou por causa da doença que o vitimou ou porque as condições fossem tentadoras, Abraão continuou a viagem encetada em Ur, tomando consigo seu sobrinho Ló, deixando o resto da família que o não quis acompanhar." Abraão participou ao pai essa chamada e Terá assumiu a liderança da viagem. Alguns teólogos conjecturam que foi uma mudança de negócios ou a morte do filho mais velho (Arã). A chamada foi feita em Ur e é descrita em At 7.2,3 e a resposta dada em Hb 11.8.

AS PROMESSAS

a) escolha divina (Deus escolheu Abraão e isto importa conhecimento, aprovação, confiança, preparação para o fim destinado);
b) o plano de, através do escolhido, abençoar muitos povos;
c) a chamada divina (positiva, individual);
d) a proteção divina (amaldiçoarei os que te amaldiçoarem);
e) a revelação divina (apareceu o Senhor a Abraão); e
f) a promessa divina (à tua descendência darei esta terra).

O que o Senhor Deus disse a Abraão envolve um tríplice imperativo que exigia renúncia, e uma tríplice promessa garantidora de grandes compensações:
1) renunciar a terra (Deus dá todo um país - Canaã);
2) renunciar à parentela (Deus lhe dá uma grande nação); e
3) pelo obscuro nome do pai (Deus lhe dá o nome aureolado que Abraão possui na terra e no céu).

Ainda tem mais um imperativo: "Sê tu uma benção". Depois, mais três promessas:

1) abençoarei os que te abençoarem
2) amaldiçoarei os que te amaldiçoarem
3) em ti serão benditas todas as famílias da terra

AS PROVAS DE ABRAÃO

A chamada de Abraão o submeteu a três provas:

1ª) Separação (Gn 12.1) de sua pátria e de sua família (Mt 19.29). Deveria voltar as costas para a idolatria para ter comunhão com Deus. A vida de fé começa com a obediência e a separação. "Ou nossa fé nos separa do mundo ou o mundo nos separa de nossa fé". Hb 11.8

2ª) A fome (Gn 12.10-20). Por falta de fé, Abraão foi para o Egito. Deus não lhe havia ordenado sair da Palestina. Recorreu à mentira para escapar do perigo (Sara tinha 65 anos e morreu aos 127 anos de idade). Gn 20.12 Tropeçou em pequenas coisas. Não edificou nenhum altar no Egito. Saiu humilhado, reconhecendo que Deus é santo. Aprendeu o quão perigoso é afastar-se de Deus.

O Egito é símbolo do mundo. Aparece cerca de 470 vezes no AT e NT. Deus disse a Isaque; (Gn 26.2): "Não desças ao Egito".
O Egito é:

1) terra onde se trafica pessoa humana (Gn 37.36);
2) terra de escravidão (filhos de Israel - Dt 4.20; Ex 3.7);
3) lugar de juízo de Deus (Gn 7.12)
4) lugar desejável para se voltar (Nm 14)
5) símbolo do homem natural (deserto)
6) deserto - é estágio intermediário entre o Egito e Canaã. Não está no Egito e não goza das delícias de Canaã.

É preciso retirar o opróbrio (imundície das bebidas, do fumo, do jogo, da linguagem obscena, das roupas escandalosas, do cinema, do furto, da violência, da mentira, do adultério, da fornicação, etc.).

3ª) Contenda sobre pastagens (Gn 13)

a) contenda entre pastores (água difícil e pasto)
b) Ló buscou as coisas pelas vistas
c) "Assim partiu Abraão..." (Gn 12.4)

De Ur para Harã, temos aproximadamente 965km e de Hará para noroeste de Canaã, 643km. Abraão foi assim dirigido na direção de uma terra que desconhecia. Todavia foi conduzido passo a passo, ao longo do caminho, a fim de que pudesse aprender a confiar no Senhor Deus em tudo, exercendo a grande virtude da paciência. "Isso serve de emblema da chamada dos santos para fora do sistema mundano, para longe de seu anterior modo de viver, e dentre os seus antigos companheiros e amigos, a fim de seguirem a Cristo para onde quer que ele se agrade em conduzi-los: que também, finalmente, haverá de levá-los em toda a segurança àquela terra distante, o melhor país celestial".
Vejamos a seguinte comparação:

a) Israel teve começos modestos. Abraão peregrinava em terras estranhas, somente com Deus a seu lado, depois foi pai de uma grande nação.
b) Jesus de Nazaré foi desprezado como o humilde nazareno, peregrino, tendo Deus a seu lado. Era o primogênito da nova nação espiritual - composta por todos quantos nele confiam.

Compare a longa viagem de Abraão com a de Moisés no Egito. De Maria e José de Nazaré a Belém. A nossa neste Mundo.

c) A estada de Abraão em Harã

Harã foi a cidade onde Terá se estabeleceu, após deixar Ur da Caldéia (Gn 11.31). Dela partiu Abraão para Canaã. Jacó fugia de volta para ali a fim de escapar da ira de seu irmão gêmeo, Esaú (Gn 27.43) e onde conheceu a que seria a sua esposa. Harã era uma região bem povoada, desde 3.000 AC, com estradas para diversas outras cidades, inclusive o Egito. O povo era idólatra, adorador do deus lua de Ur.
A exegese nos mostra que Terá não havia morrido quando Abraão saiu de Harã: Em Ur, quando Abraão nasceu, Terá tinha 70 anos de idade. Se Abraão quando saiu de Harã tinha 75 anos, então Terá tinha 145 anos. Se Terá morreu com 205 anos (Gn 11.32), então ele viveu mais 60 anos depois da partida de Abraão para Canaã. Talvez Estevão não se preocupasse com o cronológico.
Por quanto tempo Abraão ficou em Harã não se pode dizer, visto o silêncio que a Bíblia guarda a esse respeito; mas, tomando em consideração diversos fatos, tais como a fertilidade da terra e a aparente riqueza de Abraão ao sair dali, infere-se que ficou um bom tempo, porque o verso 31 de Gn 11 diz que "ali habitaram".

Em Harã, Abraão recebeu a admoestação de continuar a viagem. Talvez fosse mesmo preciso que Deus lhe trouxesse à memória os motivos que o tinham feito sair de Ur. Deus disse: "Sai-te para a terra que te mostrarei". Abraão mesmo parece que se tinha esquecido de continuar a viagem, ou então algum impedimento tinha obstado a continuação, ou quem sabe ele teria julgado ser aquele o lugar para onde Deus o tinha chamado, visto que tinha saído de Ur sem saber para onde ia.

d) A saída de Abraão para Siquém (Samaria)

Abraão tomou a sua casa e foi para o sul. Parou em Damasco, onde nasceu Eliezer. O damasceno, seu fiel mordomo nos anos vindouros (Gn 15.2,3). Demorou algum tempo em Damasco.
A viagem de Harã a Siquém era de mais ou menos 1.000 km, através de lindos cenários. Em lá chegando, o Senhor lhe confirmara o lugar: Canaã. Estendeu suas tendas em Siquém (em Samaria), e estabeleceu ali um altar onde oferecia sacrifícios a Jeová. O altar era a um tempo o lugar de culto e testemunho de que a terra pertencia ao Deus ali adorado, e consequentemente a seus adoradores.
Carvalho de Moré - o carvalho oferecia a sombra mais fresca, não só devido à ramaria como à própria qualidade da árvore. Oferecia também sombra, para os rebanhos nas horas de calor. Moré (Manre) talvez fosse devido a um dono daquela terra (arqueiro).
Abraão desceu a Betel, onde erigiu outro altar. O nome Betel significa casa de Deus. Este nome foi dado por Jacó (muito depois). Antes chamava-se Luz (ou Deus habita na luz). Moisés escreveu muito tempo depois e está dando o nome atual de um acontecimento passado. Altar é uma estrutura elevada, onde se oferecia incenso e se queimavam os sacrifícios em honra dos deuses. Poderia ser feito de terra, ou de uma grande pedra ou de uma plataforma construída de pedras ou madeiras brutas, cobertas ou não. Podia até ser feito também de metal e com certos características que dependia do Deus a ser Adorado.

É interessante notar, que os altares haviam sido finalmente preservados para a adoração verdadeira a Jeová. Negligenciar tais lugares era negligenciar a adoração do Senhor, e o ato de arrasar os altares eqüivalia a um ato de blasfêmia. (Rm 11.3 e Is 1.15)


III - A OBEDIÊNCIA

Obediência é sujeitar-se à vontade de; estar sob a autoridade; não resistir; ceder; estar ou ficar sujeito a uma força ou influência; submeter-se ao mais forte; render-se; seguir o impulso de alguma coisa.

1) Pela fé Abraão, sendo chamado, OBEDECEU (Hb 11.8)

Quando tempo levou sua obediência? Comparar Lc 9.57 SEGUIR:

a) a renúncia do discipulado cristão exige o que "ha de melhor" em um homem;
b) Não basta ficar impressionado ouvindo a Jesus (tem de haver a entre a da própria alma a Cristo); e
c) não agir em momento de entusiasmo (entusiasmo não é arrependimento e conversão). São discípulos mal firmados.
O ato de aceitar o Evangelho não deve ser feito por meios atrativos, artificiais, música agitada, teatrinhos. Não podemos iludir as pessoas com falsas promessas. Jesus falava em solidão e perseguição, em dificuldades e sacrifícios.

2) Quando o Senhor disse a Abraão: Sai da tua parentela, estava dizendo: "Segue-me..."

Ele fala aqui de LEALDADE. É o que exige. Há uma lealdade maior que aquela que damos à família e aos amigos. O judaísmo sempre frisou as obrigações para com os pais. Mas há uma família superior e uma lealdade maior. Nem sempre teremos de escolher entre duas lealdades.
Compare Abraão com este moço Lc 9.57. Abraão obedeceu. O moço disse a Jesus: deixe-me sepultar meu pai. É uma maneira brutal de dizer: não posso ser discípulo enquanto meu pai estiver vivo. Isso adiava o seguir a Jesus por tempo indefinido; que o discipulado parecia uma tolice indigna. A resposta de Jesus era: vem e percorre estrada mais elevada. Vem e cuida dos deveres mais elevados do reino celeste (em contraste com as coisas mundanas, carnais e sociais). Deixe-me despedir - no grego significa separar-se de uma incumbência, como quando um soldado deixa seu posto ou o oficial larga a sua patente. Despedir uns dos outros. O discípulo queria por em ordem os seus negócios, além de despedir-se formalmente dos seus parentes. A chamada de Pedro, André... (Mt 4.18-22). Atos 9.6,15.

3) A chamada exige:

a) Fé - pela fé, Abraão..." O autor de Hebreus devota uma discussão mais longa sobre Abraão do que qualquer outro personagem. Ilustra como a fé o leva a entregar-se a Deus por meio do que grandes coisas foram feitas por ele e através dele.

Vejamos sete maneiras pelas quais a fé operava em Abraão: Hb 11

1 - sendo chamado para peregrinar - a fé exigiu ação aventurosa de sua parte.
2 - sua peregrinação levou-o a reconhecer que sua habitação neste mundo não era certa. v.10
3 - a fé foi um poder miraculoso nele e nos que andavam com ele. v.11 e 12
4 - a fé abre dimensão eterna à vida.
5 - ensina-nos que Deus é o nosso Deus. v.16
6 - ensina-nos que há um sacrifício supremo a ser feito à vontade de Deus. v.17
7 - ensina-nos a esperar o impossível. v.19; Rm 4.17

b) Obediência. Gn 12.1-5
c) Paciência Rm 5.3; Gn 3.15,4,6
d) Confiança Lc 1.18; Jó 19.25; At 5.29
e) Espera Sl 40.1; 42.5.11; 62.15; Is 40.31; Lc 8.40

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