terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

O livro de apocalipse

1. Título

O livro de Apocalipse é o último livro do Novo Testamento, tanto em sua localização quanto ao período da formação do estenógrafo. Este é, provavelmente, o único livro do Novo Testamento cujo nome é dado em decorrência da primeira palavra encontrada nele, tais quais os títulos dos livros no cânon hebraico. Além disto, Apocalipse possui outras características particulares:

a) é o único livro profético do Novo testamento;
b) este livro traz uma bênção especial para aqueles que o estuda e uma maldição para aquele que “tirar quaisquer palavras do livro desta profecia”;
c) inclui três gêneros literários específicos: o profético (1.1.1), o epistolar (1.4-8), e apocalíptico.

2- Contexto Histórico As perseguições Imperais
3- Tema: O Futuro Glorioso dos Santos e a perdição dos Inpios.
4- Autor: João,apóstolo.
5-Data e local onde foi escrito .
81-95 d.C., na ilha de Patmos, durante o governo do imperador Domiciano.
6. Métodos de Interpretação do Livro
Quatro métodos principais são usados na interpretação do livro de Apocalipse. Dependendo do método adotado, os intérpretes podem chegar a conclusões totalmente díspares. Os principais métodos são: preterista, idealistas, historicistas e futuristas.
7- esboço Apocalipse apresenta a própria estrutura do livro no versículo dezenove do capítulo um: “Escreve as coisas que tens visto, e as que são, e as que depois destas hão de acontecer”. Seguindo o arquétipo apresentado pelo versículo em apreço podemos dividir o livro em três linhas principais:

I-As Coisas que tens Visto (1.1-20)
II- As Coisas que São (2.1-3.22) III- As Coisas que Depois Destas hão de Acontecer (4.1-22.21)

8- conteúdo As três divisões principais do livro de Apocalipse incluem um capítulo introdutório (1.1-19); quatro séries de sete: sete cartas (2.1-3.22), sete selos (5.1-8.1), sete trombetas (8.2-11.19) e sete flagelos (15.1-16.21).
Estas séries de sete abrem parênteses para os interlúdios que são encontrados entre o sexto e sétimo selo: as duas multidões (7.1-17); entre a sexta e a sétima trombeta: o anjo e o pequeno livro, medição do templo e as duas testemunhas (11.1-13). Entre a sétima trombeta e os sete flagelos há o terceiro interlúdio: o dragão, a mulher e o seu descendente (12.1-17), as duas bestas (13.1-18) e as visões de consolo (14.1-20).
Uma estrutura literária também pode ser observável: trata de quatro visões delineadas
no livro 1.9-11; 4.1; 17.1 e 21.9. Entretanto, existem pequenas unidades introduzidas pela frase, “e vi”, “e olhei”, por exemplo, 5.1,11; 6.1,9.

8.1. As Coisas que tens Visto (1.1-20)

A primeira seção de Apocalipse está dividida em três temas principais: Título e descrição do livro (1.1-3), Remetente e Destinatário (1.4-8), Deportação para Patmos e a visão de Jesus Glorificado (1.9-20).

8.2. As Coisas que São (2.1-3.22)

Esta segunda seção esta subdividida em sete missivas endereçadas às igrejas da Ásia:

Éfeso (2.1-7) Amada; Desejada

Esmirna (2.8-11); Mirrada; Amargura

Pérgamo (2.12-17); Fortificada; Alta

Tiatira (2.18-29); Sacrifício Perpétuo

Sardes (3.1-6); Renovados

Filadélfia (3.7-13); Amor Fraterno

Laodicéia (3.14-22). O Povo Reina


8.3. As Coisas que Depois Destas hão de Acontecer (4.1-22.21)

1) Capítulo 4

Esta nova seção do livro de Apocalipse (4.1-11) é um parêntese para as revelações dos juízos divinos. Este prelúdio trata da visão do Trono e da Glória Divina que cerca a habitação de Deus

2) Capítulo 5 e 6

O capítulo cinco é um interlúdio relacionado aos juízos do capítulo seis: os selos. Juízo sobre os ímpios só será executado se houver alguém digno de “abrir o livro selado por dentro e por fora, bem selado com sete selos”. O capítulo seis descreve a abertura dos primeiros seis selos. Vejamos a estrutura:


1º selo (6.2): Cavalo Branco - o Anticristo.

2º selo (6.3,4): Cavalo Vermelho – Guerra.

3º selo (6.5-6): Cavalo Preto - Fome

4º selo (6.7-8): Cavalo Amarelo - Morte

5º selo (6.9-11): Clamor dos Mártires - Justiça

6º selo (6.12-17): Terremoto - Abalo cósmico

7º selo (8.1-11.19): Sete Trombetas - Juízos


3) Capítulo 7

O capítulo sete é um interlúdio entre o sexto e o sétimo selo. Este parêntese está dividido em duas seções principais. O primeiro é uma visão sobre o que irá acontecer na terra. O outro daquilo que irá ocorrer no céu.

4) Capítulo 8 e 9

Estes capítulos concentram-se na abertura do último selo que desencadeia sete trombetas. Vejamos a estrutura das sete trombetas:


1º trombeta (8.7): 1/3 da vegetação é destruída

2º trombeta (8.8): 1/3 da vida oceânica e dos barcos é destruída

3º trombeta (8.10): 1/3 da água doce é envenenado

4º trombeta (8.12): 1/3 do sol, da lua e das estrelas se escurecem

5º trombeta (9.1): Abre-se o abismo, sofrimento sobre os homens

6º trombeta (9.13): Solto os quatros anjos presos junto ao Eufrates

7º trombeta (11.15): Declaração do domínio de Cristo

5) Capítulo 10 e 11

Os capítulos 10 e 11 são parênteses entre a sexta e a sétima trombeta e devem ser considerados como uma unidade parentética. O capítulo 10 trata da mensagem do anjo de Deus e do livro comido por João, enquanto o 11, da medição do templo de Deus (11.1-2) e do ministério das duas testemunhas (11.3-14).

6) Capítulo 12

Este capítulo trata especificamente do Diabo e Israel. A mulher, provavelmente, representa a nação de Israel. O capítulo doze pode ser apresentado como se segue:

a) O ódio de Satanás contra Israel no passado (12.1-5);

b) O ódio de Satanás contra Israel no futuro (12.6-17).

7) Capítulo 13

Este capítulo está dividido em duas seções principais: a besta que subiu do mar (13.1-10) e a besta que subiu da terra (13.11-18). A besta que sobe do mar retrata o poder político e mundial do Anticristo, enquanto a que sobe da terra, o falso profeta (16.13; 19.20), relaciona-se ao poder religioso do Anticristo. Esta é a trindade satânica (cf.16.13).

8) Capítulo 14 a 16

Os capítulos 14, 15 e 16 formam uma seção que inclui o juízo de Deus através das sete taças. Entretanto, o 14, descreve os eventos que precedem estes juízos.

O capítulo 14 trata da doxologia dos santos. As características dos remidos que compõem este coral celeste encontram-se no versículo 4 e 5.

O capítulo 15, inicia-se com uma expressão modelo de João “e vi”. É uma elaborada introdução aos juízos das sete taças – sete anjos que tinham as sete últimas pragas. O propósito destes juízos encontra-se na parte final do versículo um: “porque nelas é consumada a ira de Deus”. Três visões seguem esta seção introdutória:

a) Visão dos “sete anjos com as sete últimas pragas” (v.1)

b) Visão do “mar de vidro misturado com fogo” (vs.2-4)

c) Visão do templo (vs.5-8).

O capítulo 16 trata dos sete anjos cada um deles possuindo uma taça de juízo para ser derramado sobre a terra (v.1). Vejamos:

1º taça (16.2): Chagas malignas sobre os seguidores do Anticristo

2º taça (16.3): Total envenenamento da água salgada

3º taça (16.4-7): Total envenenamento da água doce

4º taça (16.8,9): Calor abrasador do sol

5º taça (16.10,11): Escuridão na capital do Anticristo

6º taça (16.12-16): Seca-se o Eufrates

7º taça (16.17-21): Maior terremoto e tormenta de granizo do mundo

9) Capítulo 17, 18 e 19

O capítulo 17 e 18 formam uma unidade. Enquanto o capítulo dezessete descreve a destruição dos sistemas religiosos do mundo, identificado como Babilônia, a meretriz (vs.1-6), o dezoito trata dos sistemas políticos e econômicos do mundo. As bases históricas para estes capítulos encontram-se no antigo paganismo e na política do império romano.


10) Capítulo 20

Este capítulo descreve a instituição do reino milenar do Cordeiro. Podemos dividir o capítulo nas seguintes seções:

a) Prisão de Satanás (1.1-3);

b) A Grande Ressurreição ( 20.6);

c) O Grande Reinado (20.4,6);

d) A Grande Rebelião (20.7-10);

e) O Grande Trono (20.7-10).

11) Capítulo 21 e 22

O capítulo 21 tem como tema “a apresentação da esposa do Cordeiro” (21.9). Podemos encontrar nestes dois capítulos:

a) Visão do Novo Céu e da Nova Terra (21.1).

b) Visão da Cidade Santa (21.2-22.5).

O livro encerra com algumas admoestações específicas e com a expectativa da Vinda do Cordeiro.

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