terça-feira, 23 de agosto de 2011

Divórcio e Novo Casamento:: Os Quatro Regimes de Divórcio na Bíblia


Embora a Bíblia não trate de casos específicos de divórcio, temos alguns “regimes” ou casos genéricos delineados que ajudam muito na análise das diversas situações. Muitos erros de interpretação resultam da aplicação dos textos em casos que não se enquadram no regime respectivo.
Regime da lei
Em primeiro lugar, devemos examinar o que a lei de Moisés dizia sobre o divórcio. O único texto da lei que trata especificamente do divórcio está em Deuteronômio 24.1-4.
“Se um homem tomar uma mulher, casar-se com ela, e esta depois deixar de lhe agradar por ter ele achado nela qualquer coisa indecente, escrever-lhe-á uma carta de divórcio, e lha dará na mão, e a despedirá da sua casa” (v.1).O que nesse trecho se traduz por “coisa indecente” é uma palavra hebraica que aparece somente uma vez em toda a Bíblia, e aqui o tradutor a chamou de “coisa indecente”; porém, como a palavra não aparece em outro lugar, gerou-se certa confusão para o povo de Israel. O que quer dizer, exatamente, coisa indecente (ou vergonhosa em algumas traduções)? Qual é o alcance dela?
Diante disso, formaram-se várias escolas de interpretação, que foram passando de geração em geração, até chegar aos mais renomados intérpretes da lei, que foram, de um lado, Hillel (o Gamaliel de Atos 5.34 era neto de Hillel), e, do outro, Shamai. Esses dois rabinos, muito respeitados, eram os que tinham maior autoridade na interpretação da Bíblia. É importante saber que, embora todo o povo devesse ler as palavras da lei, cada um na sua casa e para sua família, havia uma orientação na própria Escritura para que, se alguém tivesse dificuldade para interpretá-la ou um caso de difícil resolução, devia ir perguntar aos sacerdotes e aos anciãos e, de acordo com sua orientação, dar a questão por resolvida (Dt 17.8-11; veja também Ag 2.11; Ml 2.7).
Não é difícil imaginar que muitos casos envolvendo separação de casais fossem levados aos rabinos e entendidos na lei. Porém lá também encontraram divergências.
A escola de Hillel era uma escola bem liberal e, basicamente, interpretava essa palavra por qualquer coisa que incomodasse ao esposo. Conseqüentemente, os que seguiam a sua interpretação permitiam o divórcio por qualquer motivo. Por outro lado, Shamai era o representante de uma escola mais restrita e interpretava essa palavra como “fornicação”; para ele nenhum outro motivo era justificado para autorizar o divórcio.
O Regime Ordinário
Olhando agora o Novo Testamento, encontramos as palavras de Jesus sobre o divórcio nos três evangelhos sinópticos (Mt 5.31,32; 19.3-9; Mc 10.2-12; Lc 16.18).
Os judeus queriam saber a posição de Jesus sobre o divórcio em relação às duas escolas rabínicas: ele era a favor da opinião liberal de Hillel ou da linha mais severa de Shamai?
Se tivéssemos somente a resposta de Jesus registrada nos evangelhos de Marcos e Lucas, poderíamos interpretá-la assim: “Não sou a favor nem de um nem de outro; voltem ao propósito original de Deus que não admite divórcio em hipótese alguma (o que Deus ajuntou não o separe o homem)”.
O que podemos afirmar, entretanto, é que essas passagens tratam do regime ordinário, ou seja, do casamento à luz do plano de Deus antes do pecado, e que define a norma para os casamentos no regime da Nova Aliança. De acordo com o texto em Marcos, que é mais completo, essa norma pode ser resumida da seguinte forma:
Primeiro: qualquer que repudiar a sua mulher e se casar com outra adultera;
Segundo: o que se casar com a repudiada adultera;
Terceiro: se a mulher repudiar a seu marido e se casar com outro, adultera.
A atitude do discípulo de Jesus não deve ser de buscar uma brecha, uma permissão nas Escrituras ou nas palavras de Jesus para justificar o divórcio. Devemos crer que a obra perfeita de Jesus permite que voltemos à planta original de Deus para o homem.
Além das passagens nos evangelhos, há mais dois textos no Novo Testamento que falam sobre o divórcio. Romanos 7.1-3 descreve o regime ordinário (casamento sem opção de divórcio), embora seja mais uma alegoria da vida espiritual do que uma afirmação doutrinária. Em 1 Coríntios 7, antes de falar sobre outras situações no casamento, Paulo define o padrão que Deus espera dos cristãos nos versículos 10 e 11.
O Regime da Exceção
Quem já estudou alguma coisa sobre divórcio no Novo Testamento sabe que no evangelho de Mateus encontra-se a famosa cláusula de exceção, que não consta na resposta de Jesus nos outros dois evangelhos. “Eu, porém, vos digo: Quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra, comete adultério…” (Mt 19.9).
Deus não planejou o divórcio quando criou o casamento. Entretanto o pecado entrou e trouxe infidelidade, egoísmo e destruição para o casamento. Moisés permitiu (não ordenou, como disseram os fariseus) o divórcio por causa da dureza dos corações, dureza essa que existia mesmo entre o povo escolhido de Deus (Mt 19.8). Da mesma forma, Jesus admitiu uma exceção ao padrão perfeito e original de Deus, mas deixou claro que era uma exceção muito limitada. Com isso, possivelmente estivesse concordando com a escola rabínica de Shamai e condenando a interpretação liberal de Hillel. Quanto ao padrão normal do casamento, Jesus reafirmou o propósito original de Deus antes do pecado; quanto à possibilidade de quebra da aliança por causa do pecado, concordou com a lei de Moisés, que permitia divórcio somente no caso de impureza, mas rejeitava as interpretações distorcidas dos liberais.
Embora para Deus a aliança do casamento tenha natureza indissolúvel (“tornando-se os dois uma só carne”), Jesus reconheceu que existem atos tão sérios que chegam a quebrar a aliança. É importante, porém, tratar este assunto com muita responsabilidade e temor de Deus, pois não é qualquer situação que pode ser enquadrada no “regime da exceção”. Em toda a Bíblia, seja em relação ao divórcio no sentido literal, seja em relação ao sentido figurado de quebrar nossa aliança com Deus, esse assunto é tratado com a mais séria gravidade. Deus odeia toda e qualquer violação de aliança (Ml 2.16).
Regime Misto
Em 1 Coríntios 7, depois de referir-se ao regime ordinário que é sempre o ponto de referência para qualquer discussão sobre o assunto, Paulo diz: “Aos mais digo eu…” (v.12). Em outras palavras, ele vai tratar de uma situação não coberta pelo regime ordinário, um caso especial. São os casamentos mistos, entre um cônjuge convertido e um não-convertido.
Alguns cristãos achavam que não podiam manter sua aliança de casamento com o cônjuge não-cristão. Entretanto Paulo afirma que em tais casamentos mistos o cônjuge cristão nunca deve tomar a iniciativa para abandonar o casamento; pelo contrário, deve fazer tudo possível para mantê-lo a fim de “santificar” o cônjuge não-convertido e os filhos.
Se, porém, o cônjuge não-convertido resolve ir embora, o cônjuge cristão não ficará sob jugo de condenação nem sob “servidão”, pelo fato de não ter sido a causa do rompimento da aliança. Para muitos estudiosos, teríamos aqui uma segunda “exceção” na indissolubilidade do casamento. De qualquer forma, Paulo está descrevendo uma situação não prevista nas palavras de Jesus nos evangelhos.
Aplicação
Muitos erros são cometidos por tratarem-se todos os casos de forma igual. Se você tratar um caso de exceção somente com os versos do regime ordinário, você estará fazendo um uso equivocado dos versos onde aparece o regime ordinário, não importa em qual livro esteja escrito na Bíblia. Podemos ter todos esses versos marcados, porém não se aplicam no caso de exceção; aplicam-se a todos os demais casos onde não se requer a exceção. Do contrário, a exceção não seria a exceção.
Se você aplicar o regime ordinário onde o Senhor disse: “salvo neste caso”, então você estará passando por cima do Senhor Jesus, colocando uma carga mais pesada do que o próprio Senhor colocou. Porque o Senhor Jesus, sim, estabeleceu uma exceção que você está ignorando.
Por outro lado, é importante ressaltar que a exceção não significa que a pessoa esteja obrigada a repudiar ou a divorciar; pode perdoar. Não é uma ordem, é uma permissão, que em nada revoga o desejo prioritário e fundamental que Deus tem de preservar, sempre que possível, o casamento.
Também é importante enfatizar que a existência de uma exceção não abre as portas, como fazia o rabino Hillel, para permitir o divórcio por qualquer motivo. Existe uma exceção, sim, que não é obrigatória (pois mesmo nos casos cobertos pela exceção, o casamento ainda pode ser preservado pela graça de Deus), e é bem restrita: somente no caso de fornicação (relações sexuais ilícitas) é que um cônjuge pode repudiar o outro. Qualquer outro motivo, segundo Jesus, é causa de adultério, tanto para quem repudia como para quem casa com o repudiado.

12 ATITUDES QUE PODEM FAZER TODA A DIFERENÇA NO SEU CASAMENTO

Toda mudança começa a partir de uma atitude. Pessoas acomodadas acabam se tornando escravas de uma vida sem significado. Há momentos em que o casal deve se rebelar contra tudo aquilo que precisa ser mudado para que os dois alcancem uma vida de excelência. Quando atitudes são tomadas por aqueles que desejam mudanças, Deus entra em ação e faz aquilo que nós não podemos fazer. Atitude é o que Deus espera de todos nós
1. CRIE UM CLIMA EMOCIONALPOSITIVO.
(1) Encha a sua casa com provas de seu amor.
(2) Transforme sua casa em um santuário emocional.
(3) Use sua criatividade para externar o seu amor.
2. DESATIVE SEU BURRO EMOCIONAL.
(1) Ninguém pode fazer isso por você. Conte até 100 antes de responder, respostas precipitadas quase sempre destroem em vez de construir.
(2) Não faça tempestade com as pequenas manias. Não sucumba à lei do capricho, seja flexível.
(3) Não vá para a cama aborrecido (a). Ira não pode ser guardada, é lixo emocional.
(4) Jogue fora, de vez em quando, o resto de lixo do seu casamento
3. NÃO FALE PELAS COSTAS.
(1) Seja honesto (a)
(2) Use as três peneiras para estancar processos de fofocas.
(3) Nunca aceite em sua família que pessoas difamem a igreja. Pelo contrário, promova a igreja em sua casa.
4. PARE DE COMETER OS MESMOS ERROS.
(1) Errar é humano, permanecer no erro é tolice.
(2) No final de cada dia, faça uma auto-avaliação dos seus erros e acertos, para que no dia seguinte você erre menos.
(3) Peça para o seu cônjuge lhe ajudar nas áreas que você é mais vulnerável.
5. VALORIZE AS PEQUENAS MUDANÇAS.
(1) É de pequenas mudanças que se constrói um grande projeto de vida.
(2) Seja exigente com você e paciente com os outros. Todo mundo merece uma segunda oportunidade, até você.
(3) Lembrem-se, os detalhes podem ser a causa das nossas vitórias ou derrotas. Leve-os a sério.
6. NÃO PERMITA QUE A TV JOGUE TODO O SEU LIXO MORAL EM SUA SALA, COZINHA E QUARTO. SEJA SELETIVO.
(1) Você é resultado daquilo que vê e ouve.
(2) Tenha o controle em relação a tudo aquilo que entra na sua casa.
7. VENÇA A ROTINA ANTES QUE ELA SUFOQUE SEU CASAMENTO.
(1) Faça coisas fora da agenda.
(2) Surpreenda positivamente as pessoas que o rodeiam. Tenha gestos nunca tidos.
(3) Liberte a criatividade para fazer coisas fora da agenda a fim de nutrir a sua história conjugal com o sabor da aventura.
(4) Tente fazer algo da forma que você nunca fez.
(5) Faça tudo o que você gosta, sem ferir o cônjuge e transgredir princípios.
8. CONTRIBUA COM O QUE VOCÊ PODE PARA MANTER A CASA SEMPRE EM ORDEM, ARRUMADA, DECORADA, ETC.
(1) Sua casa deve ser o melhor lugar do mundo.
(2) Gente equilibrada interiormente não se sente bem no meio da bagunça e sujeira.
(3) A qualidade do relacionamento familiar também depende de como nós arrumamos a nossa casa.
9. DEMONSTRE INTEGRIDADE PESSOAL.
(1) Reputação e caráter são as duas colunas da nossa vida.
(2) Caráter é a definição do que eu sou.
(3) A crise de integridade é a causa da crise em muitas famílias.
(4) Hoje há muita preocupação com o “TER” e bem pouco com o “SER”.
(5) A pergunta que devemos estar fazendo sempre é: “Qual é o meu conceito diante das pessoas, do diabo e de Deus?”
10. SEJA ECONÔMICO (A), MAS NÃO EXECESSIVAMENTE SEGURO (A).
(1) Busque sempre o equilíbrio entre gastar e economizar.
(2) Aprenda a planejar antecipadamente.
(3) Tenha compromisso com prioridades.
(4) Invista pensando no amanhã.
(5) Cuidado com o desperdício.
(6) Não tenha medo de assumir riscos.
(7) Seja otimista para conseguir ver possibilidades na dificuldade.
11. REVIGORE SUA VIDA SEXUAL.
(1) De o valor devido ao “sexo no casamento”, nem mais e nem menos.
(2) Realizem novas luas de mel sem os filhos.
(3) Esteja aberto para aprender mais sobre ajustamento sexual.
(4) Não faça apenas “sexo”, faça “amor”. Alguém disse: Depois que um casal aprende a “fazer amor”, nunca mais se contenta em apenas “fazer sexo”.
(5) A prática do ATO CONJUGAL com qualidade é uma arte que se aprende. Lembre-se, ninguém sabe tudo.
(6) Continue incentivando sua relação afetivo-sexual.
12. VALORIZE AMIZADES CONSTRUTIVAS E LIVRE-SE DAS DESTRUTIVAS.
(1) Depois da família, quem mais nos influencia são os nossos amigos.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

A Origem e o Signifigaco da palavra ARAUTO ("kéryx")



A palavra grega "kéryx" significa "arauto", "pregador". Refere-se àquele que é comissionado pelo seu soberano para proclamar em voz alta uma mensagem (kerygma) de autoridade. O trabalho de um arauto consiste em tornar conhecida a vontade do seu Senhor, em anunciar suas palavras, em proclamar suas sentenças. Arauto, na idade média, era o oficial que fazia as publicações solenes, anunciava a guerra e proclamava a paz, ou seja, era o mensageiro (singular) do rei. É isso que um pregador é, o mensageiro do Rei Jesus, aquele que simplesmente transmite as ordens do Rei (cf. Colossenses 1:24-29). Teologicamente falando, a pregação é o exercício do trabalho do arauto do Rei do Universo!

A verdadeira pregação nada mais é que a proclamação da vontade de Deus aos homens. Assim, o kéryx é alguém que luta pela verdade a qualquer custo (cf. 2Coríntios 13:8) e está sempre preocupado em saber o que Deus quer que ele transmita.

O objetivo do Blog exercer a função de um kéryx na vida de todos aqueles que, de forma direta ou indireta, tenham acesso ao conteúdo do mesmo. Aqui serão publicados artigos, estudos e reflexões relativos a doutrina, organização religiosa e outros materiais com temas ligados à teologia e ao mundo bíblico em geral. Os materiais disponibilizados no site não estão vinculados a qualquer igreja ou linha doutrinária.
O Relato acima é fonte de estudo retirado o site "Kéryx Estudos Bíblicos e Teológicos"


- “Sola Scriptura” (somente a Escritura como fonte inspirada);
- “Sola Christus” (somente Jesus Cristo como Salvador e Senhor);
- “Sola Gratia” (salvação somente pela graça);
- “Sola Fide” (a justificação da graça, somente mediada pela fé e não obras);
- “Soli Deo Gloria” (somente glorifica a Deus, e não ao homem).