Oséias 11:1-4
A Bíblia é um livro completo. E seus detalhes vão se tornando importantes de acordo com o crescimento espiritual de cada cristão. Nesta noite quero falar sobre PRINCÍPIO DA CORDA. A Bíblia diz que o Senhor nosso Deus nos atraiu, nos puxou, nos chamou com cordas humanas. Com laços de amor. Deus nos prende com cordas e laços de amor, sobre os quais que gostaria de discorrer nesta oportunidade.
1º Imagine a igreja como se fosse uma corda bem comprida segurada por cada membro da igreja. É importante que todos saibam que todos nós somos responsáveis pela corda. Primeiro, como um conjunto, e depois, individualmente. Vamos analisar primeiro o conjunto.
a) Para que todos andem, é preciso que andem numa só direção. O conjunto (o grupo todo) não vai para lugar nenhum se não houver um acordo sobre o destino para onde todos devam ir. Conclui-se que se uma parte dos membros da igreja quiser ir para uma direção, e outra parte quiser ir para outra direção, a corda (o amor), mais cedo ou mais tarde, passará a servir como “cabo-de-guerra”. Onde dois grupos são formados e cada um puxa para o lados opostos. Se brincar, a corda vira um “s”, com vários grupos puxando lados distintos…
b) Algumas vezes encontramos situações onde alguns membros “empacam”. Eles seguram a corda e não movem os pés. Não andam, e nem deixam os outros andarem. Em algumas situações vão para um lado. Pouco tempo depois, a corda é puxada de volta e vai pra direita, pra esquerda, pra cima, pra baixo, sem nunca chegar a lugar algum!
Os membros da igreja (aqueles que estão segurando a corda) que não estão firmados sobre a Rocha (Jesus), ficam entristecidos, desanimados, magoados e largam a corda. Abandonam a igreja. Vão para suas casas, deixam de orar, de ler a Bíblia e de ter a necessária comunhão com a Igreja de Cristo.
Essas situações estão ficando cada vez mais freqüente o rompimento da corda, cada grupo fica com um pedaço da corda e ocorre a fundação de uma nova “igrejinha”, sustentando que esta teria sido a expressa e direta vontade de Deus
2º Gostaria de discorrer sobre os líderese da igreja, que tem a função (óbvia) de dirigir os ministérios e grupos da congregação.
Ainda que a Bíblia diga que quem aspira o episcopado excelente obra deseja (I Tim.3:1), e experiência tem demonstrado que trabalhar com gente é uma das piores coisas que temos que fazer. Os seres humanos são maus, são péssimos, são horríveis. Amar é assumir o risco de sofrer uma decepção. O que quase sempre acontece.
A igreja não é nossa. As almas não são nossas. A obra não é nossa. Todos nós somos mordomos encarregados de cuidar das coisas que Deus nos confiou. A responsabilidade maior é para quem o Senhor confia
ALMAS.
a) Nós, ministros na Seara do Senhor não temos a incumbência de manter as pessoas na igreja. Temos a incumbência de cuidar delas, instrui-las, alimenta-las, conduzi-las ao encontro do Senhor. Temos a incumbência de preparar os futuros cidadãos dos céus. De ensinar as leis que regem o Reino de Deus, de curar suas feridas, dirimir suas dúvidas, apontar seus erros, suas falhas, e encaminha-las de acordo com princípios bíblicos.
Existem sempre duas formas de se fazerem as coisas (no mínimo): a forma certa, e a forma errada. E também muitas variantes: a forma mais certa do que errada, a forma quase certa, a forma certa mas não muito recomendável.
O fato é que quando vamos fazer, pela primeira vez, uma coisa que nunca fizemos antes, acabamos sempre fazendo errado.
b) A missão dos líderes é preparar aqueles que vão ser transformados em anjos. Não temos que ficar adulando, bajulando, mimando os cristãos para que permaneçam na igreja. Se quiserem ser salvos e transformados em anjos, precisam ser preparados. Precisam aprender que têm uma doença chamada “pecado” da qual precisam se livrar. Precisam ser libertos do orgulho -, vaidade -, egocentrismo -, inveja
-, ciúme -, vaidade e todas as demais coisas que os afastam da glória de Deus (Isaias 59).
… e precisam caminhar junto com toda a igreja, numa só fé, num só espírito (Fil.1:27), e em uma só esperança (Ef.4:4).
A igreja primitiva era forte porque ela se comportava, agia, andava como se fossem uma só alma e um só coração, tendo tudo em comum (Atos 4:32). Eles seguravam a corda, e andavam todos numa só direção por que tinha os apóstolos como líderes.
O líder é aquele que goza do carinho e do respeito de todos os liderados. Quando ele puxa a corda para um lado, todos os que estão segurando a corda precisam ir com ele. Suas decisões não podem ser desrespeitadas. Daí a importância de serem decisões certas, de acordo com a Bíblia, e na direção do Espírito de Deus. E precisam ser firmes. Precisamos ir para onde nossos lideres estão puxando a corda. Somos nós que temos que nos adequar à igreja, e não o contrario.
3º Em terceiro lugar gostaria de falar sobre cada irmão, cada cristão que esta segurando a corda.
A Bíblia diz que todos nós andávamos segundo o curso deste mundo, segundo o espírito que agora atua nos filhos da desobediência (Jo.3:36 e Ef.2). E quando nos entregamos a Cristo, começamos a andar contra a correnteza que arrasta o mundo cada vez mais para as trevas, para longe de Deus.
Imagine um rio muito largo, e com uma correnteza muito forte, mas pouco profundo, onde nosso pé alcança o fundo do rio. A igreja é formada por muitas pessoas que estão lutando contra a correnteza do rio do mundo que arrasta as pessoas para o abismo, para as trevas, para a dor, angústia, solidão, confusão, desespero.
a) E existe uma corda na qual todos nós estamos segurando. Essa corda é que une todas as pessoas que estão na igreja. Mesmo que alguém esteja freqüentando a igreja, nossos cultos, cantando, pregando, se não estiver segurando a corda, não participará das bodas do Cordeiro.
b) Contudo, a igreja é também o local onde somos santificados, onde aprendemos as leis que regem o reino de Deus, onde nossas feridas são curadas. Onde cada um precisa se encontrar com Deus de uma forma pessoal. Nesse processo de santificação, que é totalmente subjetivo e pessoal (Deus trata cada um de um modo diferente, porque somos todos diferentes uns dos outros).
Algumas vezes, nossos pés não alcançam o fundo do rio, e ficamos boiando. A única coisa que nos segura à igreja é a corda
(amor). Se no momento em que nossos pés não estiverem alcançando o fundo (lutas, tribulações, perseguições, dores, problemas, frustração, desespero), não estivermos segurando a corda, somos arrastados pela correnteza, a não ser que um outro irmão esteja nos segurando, e não permita que sejamos levados pela correnteza!
A maior parte dos que estão na igreja não estão segurando a corda. Estão nela (igreja) atrás do que ela pode lhes fornecer. Do que podem ganhar com Deus ou com a igreja. Então, quando vêm as lutas, e as tribulações, eles se escandalizam, na forma como Jesus previu na parábola do Semeador (a semente que caiu nas rochas ou entre os espinheiros - Marcos 4:1-20).
E existem aqueles que estão conosco e são do nosso meio, estão segurando a corda, mas, tal e qual a ovelha de Lucas 15, se perdeu. Caiu em pecado. Fez uma besteira. Perdeu o pé por um segundo e a água do mundo os levou.
Como saber se estamos ou não segurando a corda? Somente através das lutas e das perseguições de que a Bíblia diz (atos 14:22, II Tim. 3:12). Como saber se não estamos segurando a corda? Quando culpamos (ou responsabilizamos) o pastor, os irmãos, o presbitério, a igreja pelo nosso afastamento da presença de Deus.
Você está segurando a corda? A responsabilidade é pessoal.
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