sábado, 13 de novembro de 2010

Avivamento: humilhação e operação do Espírito*

Texto – Isaías 32:9-20
Introdução
1. Quem precisa de avivamento? A resposta a essa questão é: quem perdeu a sua vitalidade. Espiritualmente, aviamento tem haver com vida espiritual. A vida que deixa de ser moribunda e passa para a plena vitalidade espiritual.
2. Por exemplo, quem é escravo da mentira, da avareza, do orgulho, está morto espiritualmente. O avivamento quebra os grilhões da alma.
3. Uma vez que o avivamento ocorra na igreja, seus membros não desejarão outra coisa senão a glória de Deus. Essa experiência é desejável para quem sabe o que significa participar da glória do Senhor.
4. Uma mocidade avivada precisa se humilhar por causa dos seus pecados e almeja operação do Espírito em suas vidas.
A revelação do profeta Isaías nos indica algumas atitudes para o avivamento.
I. É PRECISO NOS MANTER PREOCUPADOS COM O PECADO (vv. 9-11).
5. “Levantai-vos, mulheres que viveis despreocupadas [...] vós, filhas, que estais confiantes” (v.9)
• A palavra dita pelo profeta se dirigia às mulheres de Jerusalém, que enquanto o povo estava em pecado elas permaneciam despreocupadas com aquela situação. Tudo parecia bem, mesmo que o povo estivesse a transgredir a vontade de Deus.
• O pecado produz insensibilidade para com Deus. Em muitos casos ele pode nos levar a achar que mesmo que não estejamos em seus caminhos, tudo vai bem. Esse engano nos afasta da vida em Deus.
6. “[...] turbai-vos, vós que estais confiantes” (v. 11).
• O desejo de Deus era que aquelas mulheres chorassem pelo pecado que tomava o povo. Entretanto se mostravam confiantes - como poderia haver confiança se Deus estava contra o povo?
• Precisamos olhar para nossas vidas e perguntar como anda a nossa vida para com Deus. O pecado não pode deixar os nossos corações em paz. Isso é um grande indício de que estamos mais perto da morte espiritual do que da vida.
II. É PRECISO QUE NOS HUMILHEMOS DIANTE DO JUÍZO DE DEUS (vv. 11b-14).
7. “[...] Despi-vos, e ponde-vos desnudas, e cingi com panos de sacos os lombos” (v.11b). “Batei no peito [...]” (v.12).
• O ato de despir-se e se vestir de pano de sacos é relativo a uma expressão de luto. Ou seja, Deus desejava que houvesse pranto, lamento como de morte diante da situação em que se encontrava o seu povo.
• Outra expressão simbólica que Deus esperava era o bater no peito. Simbolizava o pedido de perdão pelos pecados.
• O nosso avivamento precisa começar com o pedido de perdão pelos pecados. Precisamos nos vestir de panos de saco e bater no peito, pois o pecado nos afasta da vida com Deus.
8. “Daqui a um ano e dias vireis a tremer [...] porque a vindima se acabará, e não haverá colheitas” (v.10); “Sobre a terra do meu povo virão espinheiros e abrolhos, como também sobre todas as casas onde há alegria, na cidade que exulta (v.13; cf. 14).
• O juízo contra o pecado havia sido profetizado sobre Jerusalém. A escassez chegaria. Não haveria mais uva na videira, só espinhos e abrolhos. A tristeza tomaria conta da nação. Tudo por causa do distanciamento de Deus provocado pelo pecado.
• O juízo de Deus revelaria a sua santidade. O povo precisava se arrepender do seu pecado para que pudessem comer do melhor da terra. Diante do juízo de Deus só restava a humilhação e arrependimento.
III. É PRECISO QUE ESPEREMOS PELA AÇÃO DO ESPÍRITO QUE NOS ERGUE DA NOSSA HUMILHAÇÃO (v.15).
9. “[...] até que derrame sobre nós o Espírito lá do alto” (v.15).
• O tempo do juízo um dia chegaria ao fim. O profeta diz: “até que derrame sobre nós o Espírito”. Deus havia prometido o dia em que o seu Espírito seria derramado sobre os homens. Naquele dia o seu povo poderia experimentar a vida de Deus em seus corações.
• No Pentecostes houve o avivamento prometido (Atos 2). Nele o Espírito desceu sobre os homens para fazer neles habitação. A promessa foi cumprida.
• Hoje, já possuímos o Espírito de Deus, precisamos nos humilhar e esperar o seu avivamento em nós. Só o Senhor pode nos conceder a graça de sermos avivados. Quando isso estiver para começar notaremos a humilhação no meio da igreja.
IV. É PRECISO QUE EVIDENCIEMOS A JUSTIÇA DE DEUS (v.15b-20).
10. “O efeito da justiça será a paz, e o fruto da justiça, repouso e segurança, para sempre” (v. 17).
• O profeta ilustrou o derramamento do Espírito como sendo uma transformação do “deserto” para o “pomar” (v. 15). O deserto sendo um lugar desolado simbolizava que não havia mais juízo sobre o povo que estava em pecado. Por isso, disse: “o juízo habitará no deserto” (v. 16). A justiça seria vista como um pomar sobre a vida do povo.
• A justiça que deve ser evidenciada em nós é a justiça de Cristo. Ela produz paz com Deus (Romanos, 5:1) e nos dar segurança eterna (Isaías, 32:19). Pela fé em Jesus podemos descansar na certeza de que somos justos.
• Uma vida avivada demonstra a justiça de Deus. Quando a igreja for avivada o mundo conhecerá a justiça de Cristo em cada ação que fizermos. Haverá um desejo intenso por santidade e pela glória de Deus.
Conclusão
Se quisermos o avivamento não podemos flertar com o pecado. Precisamos chorar pelos nossos erros diante da vontade de Deus – ele não rejeita um coração contrito (Salmos, 51:17). Assim, poderemos almejar o dia em que o seu Espírito nos dará uma experiência maravilhosa com a santidade e a glória do Pai. Portanto, busquemos o avivamento todos os dias de nossas vidas.

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