A Bíblia dá muito valor ao amor do homem por uma mulher. Este tipo de amor está nos planos de Deus, e faz parte do Seu projeto para o bem-estar da humanidade.
A Bíblia dá muito valor ao amor do homem por uma mulher. Este tipo de amor está nos planos de Deus, e faz parte do Seu projeto para o bem-estar da humanidade. O livro de Cantares de Salomão fala de pelo menos cinco fases deste amor.
Existe o “amor inicial”, apaixonado, arrebatador, que faz a pessoa ter desejos de intimidade com o seu amado. Ela diz: “Beija-me com os beijos de boca”, numa época em que só irmãos se beijavam publicamente, e que ser beijada em público, ainda que pelo marido, era algo vergonhoso para a mulher. É um amor calcado apenas no sentimento. Não resiste às pressões do tempo.
Depois o livro fala do “amor vacilante”, aquele cujo ardor da paixão já passou, a emoção já assentou poeira, e os noivos começam a descobrir os defeitos um do outro. Só aí é que percebem que o amado não é bom o tempo todo e que a companhia dele ou dela nem sempre é agradável.
Na terceira parte do livro, Cantares fala do “amor crescente”. E ele entende que o amor de um casal pode estagnar ou crescer. O “amor crescente” é capaz de descobrir coisas novas acerca da pessoa amada. Nessa fase do amor, os amantes ficam fascinados e enriquecidos, então aprendem a quebrar a rotina para melhor contemplar, explorar e se encantar com o relacionamento. O “amor crescente” dá espaço para a sadia, florescente e bela expansão do amor.
Na quarta parte do livro, o autor fala do “amor transformador”. Aí, o noivo parece se tornar um pouco exibicionista. Ele chega a dizer para a noiva que “sessenta rainhas, oitenta concubinas e donzelas” queriam se casar com ele. Todas queriam o seu amor, mas ele só tem olhar para a sua amada. E o que Deus quer dizer com isso é que o “amor transformador” é comprometido e fiel.
Finalmente, na quinta parte, o livro fala do “amor maduro”. Depois de passar por todas essas fases, a noiva só quer assumir um compromisso sério com o seu noivo depois de perceber que o amor dele já deixou de ser inicial ou vacilante. Também não é um amor crescente ou transformador. Ela só quer viver com seu amado se o seu amor for maduro. Só o “amor maduro” dá sustentação a uma vida a dois, capaz de enfrentar os píncaros do sucesso e os vales das catástrofes e fracassos, e ainda assim permanecer fiel e disposto a investir tudo no relacionamento conjugal. Por isso, o estribilho do Cântico diz: “Conjuro-vos que não acordeis, nem desperteis o meu amor até que queira”.
Como os crentes estão vendo muitas novelas, e lendo pouco a Bíblia, se contentam com o “amor ardente” e inconsequente, que sempre termina quando surge o primeiro problema. As novelas costumam retratar também o “amor vacilante”, mas geralmente para justificar a separação do casal. E tudo acaba por aí, pois nossa geração é descartável, ou seja, se algo encrencar, ela logo trata de jogá-lo fora. Como os autores novelescos pouco sabem sobre o “amor crescente”, o “amor transformador”, e nada entendem sobre o “amor maduro”, esse assunto não é retratado na TV.
Resta a nós, crentes comprometidos com Deus e com Sua Palavra, a tarefa de mostrar ao mundo como se vive um “amor maduro”. As características de um amor assim é o assunto da nossa próxima pastoral.
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