segunda-feira, 11 de outubro de 2010

O que é deismo e teísmo? qual a diferença entre eles?

Deísmo

O deísmo é uma postura filosófico-religiosa que admite a existência de um Deus criador, mas rejeita a idéia de revelação divina. É uma doutrina que considera a razão como a única via capaz de nos assegurar da existência de Deus, rejeitando, para tal fim, o ensinamento ou a prática de qualquer religião organizada.

O deísmo pretende enfrentar a questão da existência de Deus através da razão, em lugar dos elementos comuns das religiões teístas como a revelação directa, a fé ou a tradição. Os deístas em geral rejeitam a religião organizada e o(s) deus(es) - dito(s) - “revelado(s)”, argumentando que Deus é o criador do mundo mas que não intervém de forma alguma nos afazeres do mesmo, embora esta posição não seja estritamente parte da filosofia deísta. Para eles, Deus se revela através da ciência e as leis da natureza. O deísta não necessariamente nega que alguém possa receber uma revelação directa de Deus, mas essa revelação será válida ´´só´´ para uma pessoa. Se alguém lhe diz que Deus se revelou, para ele será uma revelação secundária e ninguém é obrigado a segui-la. Isto implica a possibilidade de estar aberto às diferentes religiões como manifestações diversas de uma mesma realidade divina, embora não crendo em nenhuma como “verdadeira” ou “totalmente verdadeira”.


Características
Os deistas acreditam em Deus, mas frequentemente se encontram insatisfeitos com as religiões e apresentam geralmente estas afirmações que os diferenciam dos teístas praticantes.

1- Creio em Deus, mas não pratico nenhuma religião em particular.
2- Creio que a palavra de Deus é o Universo e a natureza, mas não os livros "sagrados" escritos por Homens.
3- Gosto de usar a razão para imaginar como será Deus e não apenas aceitar que me doutrinem.
4- Acredito que os ideais religiosos devem tentar reconciliar e não contradizer a ciência.
5- Creio que se pode encontrar Deus mais facilmente fora do que dentro de uma igreja.
6- Desfruto da liberdade de procurar uma espiritualidade que me satisfaça.
7- Prefiro guiar minhas opções éticas pela consciência e reflexão racional a aceitar as opções ditadas pelos livros "sagrados" ou autoridades religiosas.
8- Sou um pensador individual, cujas crenças religiosas não se formaram por tradição ou autoridade de outros.
9- Creio que religião e Estado devem estar separados.


Teismo
Teísmo (do grego Theós, "Deus") é um conceito surgido, no século XVII (por R. Cudworth, 1678), que sustenta a crença em deus, opondo-se ao ateísmo.

Podemos dividir o Teísmo em:

Monoteísmo: crença em um só Deus.
Politeísmo: crença em vários deuses.
Henoteísmo: croposta de veneração de um Deus Supremo, mas não nega a existência de outros.

Referências bibliográfica
Cudworth, Ralph (1617-1688). The true intellectual system of the universe : the first part, wherein all the reason and philosophy of atheism is confuted and its impossibility demonstrated. London : Printed for R.Royston, 1678.


Teismo cristao

O teísmo cristão é a crença na existência de um Deus único - monoteísmo - como causa primária e transcendental do universo e relativo ao cristianismo, sendo cristão o que recebeu o batismo e professa a religião cristã. O termo cristianismo pode ser entendido como o conjunto de religiões cristãs, ou seja, que se baseiam nos ensinamentos, na vivência e nas idéias de Jesus Cristo.


Teismo Agnostico

Teísmo agnóstico
Um teísta agnóstico é alguém que assume não ter conhecimento da existência de Deus, mas acredita que Ele existe de fato.

Pessoas que crêem em divindades geralmente afirmam que "Deus existe" como um fato. Isso pressupõe que eles possuem conhecimento acerca desse mesmo fato, o que não seria possível segundo o agnosticismo. Assim, o teísta agnóstico não afirma isso: ele diz que não sabe se Deus existe ou não, mas que acredita em Deus.


Teismo aberto
(ESTE É IMPORTANTE)

Teísmo Aberto é a teologia que nega a onipresença, a onipotência e a onisciência de Deus.

Seus defensores apresentam outra definição onde afirmam pretender uma reavaliação do conceito da onisciência de Deus, na qual se afirma que Deus não conhece o futuro completamente, e pode mudar de idéia conforme as circunstâncias.

Afirmam também, alguns defensores, que o termo “Todo-poderoso” não pode ser extraído do contexto bíblico pois, segundo eles, a tradução original da palavra do qual é traduzida tal expressão havia se perdido ao longo dos séculos.

O Teísmo Aberto tem origem na Teologia do Processo. Surgido na década de 30, a Teologia do Processo, tendo como principais representantes Charles Hartshorne, Alfred North Whitehead e John Cobb, é uma tendência filosófico-teológica chamada panenteísmo, que consiste na aproximação do pensamento teísta e panteísta; herdando as características de tais inovações mais filosóficas que teológicas, surgindo a seguir o Teísmo Aberto.

O termo Teísmo Aberto teria sido cunhado pelo adventista Richard Rice em 1979, quando publicou pela Review and Herald Publishing, o livro "A Abertura de Deus: a Relação entre a Presciência Divina e o Livre-arbítrio" (The Openness of God: The Relationship of Divine Foreknowledge and Human Free Will).

Os principais defensores teólogos são John Sanders e Clark Pinnock.

Luiz Sayão, da revista Enfoque Gospel, em matéria sobre o tema[1] resume uma frase a sucinta explicação do Teísmo Aberto para quem não conhece teologia: “Teísmo Aberto representa uma reação exagerada contra o calvinismo”.

O Teísmo Aberto defende que Deus se relaciona intimamente com o homem, em detrimento de sua onisciência que seria prejudicada com a dádiva do livre arbítrio; Deus saberia o futuro, mas não todo o futuro, pois esse futuro ainda não teria existência na presença de Deus, dado o livre arbítrio do homem concedido por Deus.

Os defensores da Teologia Tradicional afirmam que seria um completo absurdo Deus se despojar do direito de saber todas as coisas, pois, sendo assim, Deus viveria incertezas, não tendo controle sobre os eventos futuros do Universo.

Contudo, defende o Teísmo Aberto que Deus é Todo-poderoso exatamente por causa desse despojamento, visto que mesmo tendo ausência de controle sobre as escolhas humanas, Deus é capaz de governar o futuro vaticinado. Ou seja, exatamente porque Deus não se preocupa em estar no controle de suas criaturas é que ele demonstra estar realmente no controle.

Tudo teria surgido na bem intencionada apologética de alguns teólogos de livrar Deus da maldade existente no mundo, como explica Luiz Sayão, lingüista e hebraísta pela USP, é uma teologia tipicamente Norte Americana: prática e simples. Em outra curta frase apresenta as conclusões do Teísmo Aberto: “Deus precisa deixar de ser Deus, tornando-se menos onipotente e onisciente para que não seja responsabilizado pelo sofrimento do mundo” .[2]

Coqueluche teológica
O teísmo Aberto não rendeu muitos adeptos e minguou sua divulgação, ou se restringia o debate em “salas” de teologia. No Brasil, quase não se conhecia sobre o assunto senão em salas teológicas até bem pouco tempo, quando dois expoentes do meio evangélico escreveram sobre a impossibilidade de onisciência plena de Deus. Por serem membros da Assembléia de Deus, maior congregação religiosa entre os evangélicos, e da Igreja Batista, congregação das mais conservadoras entre os protestantes, o assunto causou polêmica. Seriam eles Ricardo Gondim e Ed Kivitz. Surgiu então uma variedade de debates em blogs e salas de debate sobre o assunto, sendo os mesmos "acusados" de apóstatas da fé.

Oficialmente, afirmam que Deus é onisciente, contudo mesmo alguns estudiosos que saltam em defesa desses homens ousados e contestadores, expõem defesas apontando em direção ao Teísmo Aberto, ou parcialmente. Alguns questionamentos que conduzem a essa temática, recentemente apresentada por Paulo Brabo são:

“O que alguém está realmente dizendo quando recorre a abstrações como “Deus é eterno por natureza”? O que é ser eterno por natureza? O raciocínio pode ser considerado um guia claro para a natureza da eternidade? O que é ser onipresente? Pode Deus estar presente em lugares que não existem? O futuro é um lugar? O futuro existe? Faz sentido falar do futuro como algo além de possibilidade? Faz sentido esperar que a perspectiva do tempo seja capaz de produzir vislumbres acurados sobre a natureza da eternidade? Faz sentido esperar que Deus faça sentido racional? Podemos tirar conclusões seguras a respeito de Deus a partir do raciocínio dedutivo?”[3]

Os defensores procuram caminhar em direção ao “Teísmo Aberto” sem, contudo defender tal corrente teológica abertamente. Outros sugerem que Ricardo Gondim teria cunhado o termo “Teologia Relacional”, para defender parcialmente o Teísmo Aberto, contudo é sabido que a expressão fôra usada anteriormente por Clark Pinnock.

Na “Teologia Relacional”, defende-se a exclusão da interferência do Ser Supremo nas escolhas de suas criaturas, em detrimento do saber absoluto de Deus.

A tese dos defensores da Teologia Relacional, mais que apresentar uma formulação e a defenderem, consiste primordialmente em criticar os conceitos estabelecidos pelo calvinismo. Quase toda a apresentação é voltada para uma argumentação crítica sem contudo firmar posição.

Na defesa de Ricardo Gondim, Paulo Brabo nega que seja defensor do Teísmo Aberto quando afirma:

“Como Gondim e Kivitz, prefiro a confortável posição de denunciar o calvinismo sem endossar a doutrina do Teísmo Aberto – doutrina que é no fim das contas tão limitante e extrema quanto a que pretende invalidar. Agir diferente
Fonte(s):
Deismo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Deismo

Teismo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Te%C3%ADsmo

Teismo cristao
http://pt.wikipedia.org/wiki/Te%C3%ADsmo…

Teismo Agnostico
http://pt.wikipedia.org/wiki/Te%C3%ADsmo…

TEISMO ABERTO (MUITO BOM)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Te%C3%ADsmo…

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